Entrevistas
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Cidade é novo palco de conflito militar
[Publicado em 17.04.13 – Por Sergio Pompeu, de O Estado de São Paulo] O americano Mike Davis é hoje uma autoridade mundial quando se fala em riscos da urbanização desenfreada. Em 2006, no sombrio livro Planeta Favela (Editora Boitempo), retratou de forma avassaladora o pesadelo urbano do fim do século 20 e início do 21: o tsunami da migração, estimulado pela miséria no campo, e a explosão das favelas e de habitações irregulares, onde hoje vive 1 bilhão de pessoas. Professor de História na Universidade da Califórnia, Davis destacou a preocupação dos militares americanos com redutos pobres urbanos, apontados como o novo cenário do conflito geopolítico. Para ele, a força de paz brasileira no Haiti é um laboratório conjunto com os Estados Unidos para intervenções em áreas miseráveis. Uma experiência, diz, bem-sucedida até agora, que pode ser adotada em larga escala por causa do baixo custo - especialmente se comparado ao do atoleiro dos EUA no Iraque. A entrevista foi publicada originalmente em 3.08.08.
Operação Condor: Entrevista especial com Jair Krischke
[Publicado em 26.03.2013 - “Tenho dito – e não escuto falar sobre isso no Brasil – que seria necessário examinar os arquivos da Polícia Federal, porque ela também foi um braço da repressão”, lamenta o historiador.
Meu filho foi morto pelo sistema repressivo que mantém as suas garras em vários ambientes
[Publicado em 7.3.13 - por Graziela Wolfart / IHU-Online] No último dia 17 de fevereiro, o filho do jornalista e cientista político Dermi Azevedo, Carlos Alexandre Azevedo, cometeu suicídio ingerindo uma quantidade fatal de medicamentos. Quando tinha apenas um ano e oito meses, em 1974, Carlos foi preso e torturado junto com a mãe no prédio do Deops, em São Paulo. Ainda bebê foi vítima de choques elétricos e outras sevícias. E nunca mais se recuperou. Em função deste trágico episódio, a IHU On-Line entrevistou, por telefone, Dermi Azevedo, que reflete sobre as consequências ainda atuais da ditadura militar em nosso país e sobre a importância das comissões da verdade, na busca de desvendar o que aconteceu no período para que os torturadores sejam identificados e punidos. Segundo Dermi, “enquanto outros países avançaram e chegaram a tomar medidas concretas de punição aos golpistas e torturadores, no Brasil ainda estamos muito longe de atingir esse nível. Estamos ainda na fase de descobrir o que aconteceu nos porões da ditadura”.
Assange defende aumento massivo de meios de comunicação
[Publicado em 25.2.13 - por Marcelo Justo/Carta Maior] Em entrevista à Carta Maior, concedida na embaixada do Equador no Reino Unido, Julian Assange fala sobre seu novo livro, que está sendo publicado no Brasil, e analisa o atual momento da mídia mundial. “O abuso que grandes corporações midiáticas fazem de seu poder de mercado é um problema. Nos meios de comunicação, a transparência, a responsabilidade informativa e a diversidade são cruciais. Uma das maneiras de lidar com isso é abrir o jogo para que haja um incremento massivo de meios de comunicação no mercado”, defende.
Guerra no Mali evidencia questões do novo imperialismo, diz historiador
Publicado em 21.2.13 - por Folha de S.Paulo
Ramonet: “As transnacionais da comunicação estão em crise”
[Por Gustavo J. Fuchs/Enlace de Medios] Celebrando o dia mundial do rádio, na quarta-feira, 13 de fevereiro, esteve nos estúdios da Associação Latino-americana de Educação Radiofônica (ALER) o ex-diretor do Le Monde Diplomatique e autor do livro A explosão do jornalismo, Ignacio Ramonet, para ser entrevistado por jornalistas de veículos latino-americanos que formam parte do Enlace de Medios para a Democratização da Comunicação. Em uma hora, falou sobre a crise que vivem os meios transnacionais, o poder dos meios latinoamericanos, a importância da rádio e a atualidade midiática na Europa.
Cláudio Fonteles: O sistema da ditadura era brutal e assassino
[Por Gabriel Bonis/ Carta Capital] Cláudio Fonteles se despede da coordenação da Comissão Nacional da Verdade na sexta-feira, 15. Em um ano, o ex-procurador-geral da República divulgou 14 informações relevantes sobre os crimes da ditadura. A mais recente, a comprovação do assassinato nas dependências do DOI-Codi do deputado Rubens Paiva. “A comissão é responsável por manter acesa a chama para a construção de uma sociedade democrática”, afirma ele em entrevista a Carta Capital. Segundo Fonteles, achar documentos foi mais fácil do que se imaginava. Só o Arquivo Nacional tem em seu poder 16 milhões de papéis do período. Os próximos passos da investigação, diz, são a Guerrilha do Araguaia e a morte de Juscelino Kubtischek. "Mergulhado na minha pesquisa, vejo como ele [o sistema da ditadura] é brutal, assassino, como viola brutalmente os direitos da pessoa humana", afirma.
Dênis de Moraes: O Brasil é a vanguarda do atraso da América Latina
[Por Najla Passos/ MídiaComDemocracia] Considerado um dos mais lúcidos observadores dos fenômenos da comunicação de massa no Brasil, o professor do Departamento de Estudos Culturais e Mídia da UFF, Dênis de Moraes, tem se dedicado a estudar como os governos de origens populares da América Latina enfrentam o monopólio midiático, com legislações e políticas públicas mais democráticas e inclusivas. Ele tem pesquisado, também, o potencial da rede mundial de computadores como nova arena de embates pela hegemonia política e cultural. Nesta entrevista à MídiaComDemocracia, ele critica o imobilismo dos sucessivos governos brasileiros frente à necessidade de se democratizar a comunicação, o que coloca o país em descompasso com seus vizinhos latinoamericanos. E condena, em especial, a falta de políticas consequentes de inclusão digital e de fortalecimento da internet como ferramenta já indispensável à pluralidade de vozes sociais.
A autonomia zapatista é um exemplo para toda a humanidade, diz pesquisador mexicano Peter Rosset
[Por José Francisco Neto/ Brasil de Fato] “Nós jamais fugimos, por mais que os veículos de todo o espectro das comunicações tenham tentado enganar todos vocês.” A frase faz parte do comunicado divulgado no dia 30 de dezembro de 2012 pelo Exército Zapatista de Liberação Nacional (EZLN), uma semana após os seus membros ocuparem as principais cidades do México, no dia 21. Elas já haviam sido tomadas pelo EZLN em 1994 no levante armado que declarou guerra ao governo do então presidente Carlos Salinas de Gortari. No “dia em que o mundo ia acabar”, 12 mil mulheres, homens, jovens, idosos e crianças marcharam em silêncio pelas ruas e praças do México. “O dia 21 de dezembro de 2012 marca o fim de um ciclo longo do calendário maia e o início de um novo ciclo, com a profecia de que trará importantes mudanças para a humanidade”, esclarece Peter Rosset, pesquisador do Centro de Estudios para el Cambio en el Campo Mexicano (CECCAM) e integrante da Via Campesina do México.
Frank La Rue: comunicação é um direito universal
[Por Leandro Fortes/ Carta Capital] A passagem de Frank La Rue pelo Brasil foi solenemente ignorada pela maioria dos meios de comunicação. Entende-se: o jornalista nascido na Guatemala, relator especial para a promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e expressão das Nações Unidas, é um crítico duro e contumaz dos oligopólios de mídia no mundo e, em especial, na América Latina. m uma viagem de três dias, La Rue reuniu-se com congressistas e militantes dos movimentos sociais organizados pela Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão, coordenada pelo deputado Domingos Dutra (PT-MA), também presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Participou de debates organizados pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, esteve em ministérios, foi à Secretaria Geral da Presidência da República e à Universidade de Brasília. Em meio a tantos compromissos, La Rue concedeu a seguinte entrevista a CartaCapital.
Miro: Sem a democratização da comunicação não há democracia
[Por Maiana Brito/ Portal Vermelho] Em entrevista ao Portal Vermelho, o jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, falou sobre a necessidade de democratização da mídia no Brasil para que haja, de fato, democracia na sociedade brasileira. Em sua opinião, a concentração da comunicação é um entrave ao desenvolvimento. Ele esteve de volta a Salvador durante o Seminário Política e Atualidade, promovido pela CTB-Bahia
Oscar Niemeyer: O importante é a vida de mão dada
[Por Caros Amigos] Em uma entrevista publicada na edição 112 da revista Caros Amigos, que circulou a partir de julho de 2006, Oscar Niemeyer manifestou a alma romântica que alimenta sua certeza de um futuro melhor para o ser humano.
Em entrevista, Muniz Sodré fala de racismo e manipulação da mídia
[Publicado em 13.11.12 – Por Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro] Muniz Sodré é negro, baiano, fala russo, alemão, iorubá e francês, é faixa-preta em caratê e jiu-jítsu. Mas não foi por isso que um dia, quando trabalhava na revista Manchete, agrediu fisicamente Adolpho Bloch – coisa que muito jornalista já teve vontade de fazer. Nesta entrevista ele fala de sua carreira, de jornalismo, de política e de sua relação com o jornalista Abdias do Nascimento.
Atílio Boron: Os monopólios midiáticos na América Latina são o substituto funcional dos partidos de direita ante seu fracasso
[Publicado em 25.10.12 – Por Fernando Arellano Ortíz, do Cronicon.net - Observatorio Latinoamericano / Tradução: Adital] "Não há erro: os meios de comunicação simplesmente são grandes conglomerados empresariais que têm interesses econômicos e políticos. Na América Latina, os monopólios midiáticos têm um poder fenomenal que vêm cumprindo na função de substituir os partidos políticos de direita que caíram em descrédito e que não têm capacidade de chamar a atenção nem a vontade dos setores conservadores da sociedade”. Assim o politólogo e cientista social argentino Atilio Boron caracteriza a denominada canalha midiática.
Silvio Mieli: concentração da mídia é um espelho da concentração fundiária
[Publicado em 25.10.12 – Por Brasil de Fato - Título original: Reforma agrária no ar] Para Silvio Mieli, jornalista e professor da faculdade de Comunicação e Filosofia da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), a concentração de poder nos meios de comunicação é um espelho da concentração fundiária. Em entrevista, ele analisa a atual conjuntura de luta pela democratização da comunicação no país.
Silvio Mieli: o mesmo modelo de concentração fundiária se espalhou para os meios de comunicação
[Por Eduardo Sales de Lima/ Brasil de Fato] Para Silvio Mieli, jornalista e professor da faculdade de Comunicação e Filosofia da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), a concentração de poder nos meios de comunicação é um espelho da concentração fundiária. “Os primeiros grilaram terras públicas ou compraram terras de grileiros. Os últimos se apossaram do espectro eletromagnético por favorecimentos políticos e pelo poder econômico, ou ambos os casos.” Na entrevista a seguir, Silvio Mieli analisa a atual conjuntura de luta pela democratização da comunicação no Brasil.
Levante Popular da Juventude quer renovar práticas da esquerda
[Publicado em 22.10.12 – Por Marco Aurélio Weissheimer, da Carta Maior - Os "escrachos" realizados contra agentes da ditadura deram visibilidade nacional ao Levante Popular da Juventude, um movimento que nasceu em 2005, no Rio Grande do Sul, e que hoje está organizado em dezessete estados do país. Reunindo estudantes, jovens da periferia e do campo, o Levante se propõe a renovar as práticas de militância da esquerda em defesa da construção de um projeto popular para o Brasil, em uma perspectiva socialista. Em entrevista à Carta Maior, Lucio Centeno, Janaita Hartmann e Lauro Duvoisin falam sobre o projeto do Levante.]
Venício: “Regulação da mídia não tem nada a ver com censura”
[Publicado em 16.10.12 - Por Jonas Valente, reproduzido pelo Observatório da Imprensa a partir da versão original publicada na revista Desafios do Desenvolvimento nº 73, do IPEA] Atualmente, Venício Artur de Lima é colunista dos sites Observatório da Imprensa e Carta Maior. Nesta entrevista, Venício traça um panorama das políticas de comunicação e defende a importância de um novo marco regulatório para o setor. O objetivo, segundo ele, é garantir a universalização da liberdade de expressão. Em suas palavras, o conceito foi apropriado pelos conglomerados de mídia, exatamente para impedir sua plena realização.
A comunicação é um direito humano - entrevista com Rosane Bertotii
[Por Nilton Viana/ Brasil de Fato] A secretária nacional de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e coordenadora geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Rosane Bertotti, acredita que a comunicação é um direito humano, e, que portanto, cabe ao Estado adotar políticas públicas para assegurar esse direito. Segundo ela, os grandes conglomerados de mídia têm posição cativa ao lado do capital, atuando como correia de transmissão da ideologia mais reacionária, de privatização, desmonte do Estado, arrocho salarial, retirada de direitos sociais e trabalhistas. Em entrevista, Rosane Bertotti fala sobre a importância da mobilização “para garantir a diversidade e a pluralidade de vozes. “Se nós olharmos o tipo de enfrentamento que está sendo feito em alguns países ao nosso redor, infelizmente, é forçoso reconhecer que tanto o governo Lula quanto Dilma deixaram e deixam muito a desejar no quesito comunicacional.
Angela Davis: "Fui usada para espalhar o medo"
[Por Luciano Monteagudo / Página 12] 40 anos depois das graves acusações que a levaram a ser julgada e presa nos EUA, em processo político que teve grande repercussão internacional, Angela Davis analisa nesta entrevista aquela etapa difícil de sua vida. Ao referir-se à atual situação dos negros nos EUA, Angela diz que “as coisas são piores, hoje, com um negro na Casa Branca”. “Acho que meus princípios não mudaram em todos esses anos. Nem meu compromisso político.” É o que diz Angela Davis, uma das mais famosas ativistas políticas dos anos 1960 e 1970, figura icônica, não só pelo discurso fortemente revolucionário e pela destacada militância nos “Panteras Negras”, mas também pelo penteado ‘afro’ que fez moda em todo o planeta entre as mulheres negras e brancas.
Cenário de terceirização no setor elétrico é acompanhado pela elevação do número de óbitos
[Por Pedro Carrano / Brasil de Fato] UM DOS RAMOS do mundo do trabalho mais sujeitos à terceirização e mortes é o elétrico. Em grande parte, isso se deve ao processo de demissões e privatizações pelo qual o setor passou desde o fi nal da década de 1990. Em entrevista ao Brasil de Fato, o presidente do Sindicato dos Engenheiros do Paraná, Ulisses Kaniak, explica como as terceirizações estão neste contexto de privatização, chegando inclusive às companhias estatais de energia: “Mesmo as empresas estatais têm um nível de terceirização muito alto. Para cada dez trabalhadores diretos na Copel do Paraná, seis são terceirizados”, afirma, comentando também as possibilidades de articulação do movimento sindical e popular
em torno da Plataforma Popular
Operária e Camponesa para Energia.
Segundo Venício Lima, os grupos contrários à liberdade de expressão são os mesmos que empunham a sua bandeira
[Publicado em 20.9.12 - por Brasil de Fato] Atualmente, Venício Artur de Lima é colunista dos sites Observatório da Imprensa e Agência Carta Maior. Um dos maiores especialistas brasileiros em políticas de comunicação, Lima analisa a forte monopolização do setor em nosso país. Segundo ele, a situação é um empecilho para a consolidação da democracia e um impedimento para que várias opiniões possam se manifestar no debate público. Venício Lima aponta a saída: uma nova legislação que regulamente os artigos da Constituição referentes ao tema, levando-se em conta os avanços tecnológicos existentes desde então.
Nesta entrevista, Venício traça um panorama das políticas de comunicação e defende a importância de um novo marco regulatório para o setor. O objetivo, segundo ele, é garantir a universalização da liberdade de expressão. Em suas palavras, o conceito foi apropriado pelos conglomerados de mídia, exatamente para impedir sua plena realização.
Professor do IPPUR (UFRJ) fala sobre especulação imobiliária e direito à moradia no Rio
[Por Raika Moisés e Silvana Bahia / Obs. de Favelas] “As remoções devem ser a última alternativa do poder público para a efetivação de um projeto de urbanização onde há, de fato, a participação da comunidade. O projeto da cidade-mercado subordina o Estado e os direitos humanos aos interesses econômicos”, defende o professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ), Orlando dos Santos Júnior. Nesta entrevista para o Notícias &Análises, Orlando fala sobre a verticalização das favelas cariocas, remoções, do direito à moradia, da regulação pública do solo e da gestão democrática da cidade. [22.8.12]
Vera Malaguti: A barbárie do capital e suas táticas de perpetuação
[Por João Castro / AND] A dominação imperialista em nosso país “além de desmanchar o Estado previdenciário, investe no Estado penal. Aquele pessoal que deixa de ser assistido socialmente, passa a ser assitido na prisão”. Essa é a opinião de Vera Malaguti Batista, socióloga, doutora em Medicina Social pelo Instituto de Medicina Social (UERJ) e secretária geral do Instituto Carioca de Criminologia (ICC)1. Numa entrevista à AND, ela falou de criminalidade, segurança pública, sistema penal, meios de comunicação, entre outros temas, sempre com uma visão crítica a respeito do que ela chama de “barbárie”, principalmente em termos da violência e criminalização da pobreza. [6.8.12]
Natália Viana fala sobre a aposta da agência Pública em um novo modelo de jornalismo
[Por Carlos Castilho / Obs. da Imprensa] No Brasil ainda são poucos os jornalistas que se arriscam a explorar novos caminhos para a profissão. Nos Estados Unidos eles são até bem numerosos, mas aqui o projeto Pública é um dos raros a tentar um novo modelo de exercício do jornalismo. Natalia Viana, uma repórter com dez anos de experiência, com mestrado na Inglaterra e colaborações com publicações estrangeiras, é junto com Marina Amaral e outros dez colaboradores uma das responsáveis pela Agência Pública. Nessa entrevista Natalia explica como funciona o projeto, que, segundo ela, tem como missão a de produzir reportagens de fôlego, pautadas pelo interesse público, visando ao fortalecimento do direito à informação, à qualificação do debate democrático e à promoção dos direitos humanos. "Seus principais pilares são o interesse público e o jornalismo independente", afirma.
Houve extermínio sistemático de aldeias indígenas na ditadura
[Por Najla Passos / Carta Maior] Perseguido pela ditadura, José Humberto Costa do Nascimento, o Tiuré Potiguara, abandonou seu trabalho na Funai, viveu escondido na floresta amazônica e, após conseguir deixar o Brasil, foi reconhecido como refugiado pelo governo do Canadá. Agora, de volta ao país, ele aguarda a Comissão de Anistia julgar seu pedido de reconhecimento como vítima do regime e quer a ajudar a Comissão Nacional da Verdade a resgatar a história do que classifica como “genocídio indígena praticado pela ditadura”. [6.8.12]
Victoria Montenegro, filha de guerrilheiros, foi entregue à família que apoiava ditadura argentina
[Por Sylvia Colombo / Folha de S.Paulo] No próximo mês, Victoria Montenegro, 36, levará os restos de seu pai para serem enterrados em sua província (Estado) natal, Salta. Roque Orlando Montenegro, um guerrilheiro do ERP (Exército Revolucionário do Povo), morreu aos 20 anos, vítima de um dos "voos da morte" - sistema usado pela repressão argentina dos anos 1970 para livrar-se dos presos políticos, arremessando-os no rio da Prata. "Será mais um capítulo na prestação de contas que estou fazendo com meu passado", afirma ela em entrevista. Victoria é um dos estimados mais de 500 bebês que foram roubados por militares antes e depois do golpe de 24 de março de 1976, episódio que iniciou o último período militar argentino. As crianças foram entregues a famílias de oficiais ou a apoiadores do regime. [15.7.12]
Beto Almeida: Interesses comerciais ameaçam Voz do Brasil
[Por Daniele Silveira / Radioagência NP] O Projeto de Lei (PL) que propõe a flexibilização do horário de veiculação da Voz do Brasil pode resultar no fim do mais antigo programa de rádio do mundo. A proposta pretende deixar as emissoras de rádio comercias e comunitárias livres para escolher entre19h e 22h o horário de transmissão. Diante do conflito de interesses que envolve a proposta, a Radioagência NP entrevistou o jornalista e presidente da TV Cidade Livre de Brasília, Beto Almeida. Ele chama atenção para a importância do programa como meio de acesso a informação para muitos cidadãos do interior do país. Para ele, existe uma evidente articulação das rádios comerciais para tornar o programa inviável.
Arthur William: Regularização de rádios comunitárias é questão de vontade política
[Por Rodrigo Otávio/Carta Maior] Em entrevista à Carta Maior, Arthur William, representante brasileiro da Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc), fala sobre o episódio do fechamento da rádio Cúpula dos Povos, durante a Rio+20, e defende a necessidade de uma mudança legal para que elas contribuam com a nova realidade política, social, econômica e tecnológica da democracia brasileira. Hoje no Brasil a gente tem mais de quatro mil rádios comunitárias legalizadas.
Seis anos depois dos Crimes de Maio, mãe de vítima critica execuções da PM
[Por Fábio Nassif / Carta Maior] Já se completaram seis anos do conflito entre a polícia e o Primeiro Comando da Capital (PCC) que matou mais de 600 pessoas. Débora da Silva Maria é mãe de Edson Rogério, assassinado por policiais no dia 15 de maio de 2006. Ela se tornou, depois disso, militante dos direitos humanos. Em entrevista à Carta Maior, Débora conta como é sua batalha ao lado do movimento Mães de Maio, que ajudou a criar, e sua luta pelo fim das mortes pelo Estado.
‘Sem uma classe trabalhadora em movimento e organizada pela base, não há mudança social’
[Publicado em 31.05.12 - por Gabriel Brito e Valéria Nader - Correio da Cidadania] Em meio a um contexto de confiança internacional na economia brasileira, com perspectivas de fôlego ainda longo para o atual modelo de crescimento, discussões a respeito do mundo do trabalho estão a cada dia mais raras, ao lado de um protagonismo cada vez menor da classe trabalhadora nas disputas sócio-políticas. Interessado em aprofundar essas reflexões, o Correio da Cidadania entrevistou Nadia Gebara, sindicalista e militante das causas populares e operárias, hoje assessora do Sindicato dos Químicos Unificados de Campinas, Osasco e Vinhedo, e da Intersindical. Ao longo da conversa, fica notória a visão de Nadia a respeito da falta de compromisso do governo com a classe que diz representar, o que se vê claramente através das medidas pró-capital tomadas por Dilma, tal como pelo seu antecessor.
Entrevista com o jornalista Caco Barcelos
[Por Aydano André Motta / Portal Onda Jovem] O gaúcho Caco Barcellos é um exemplo de vitória pelo esforço. Nascido numa comunidade pobre de Porto Alegre, 59 anos atrás, ele transformou-se num dos mais respeitados jornalistas brasileiros, com uma trajetória marcada pela ética e qualidade no trabalho. Repórter investigativo, forjado na ditadura civil-militar, foi correspondente internacional, e autor de livros como Rota 66, a história da polícia que mata, um impressionante levantamento sobre a tropa de combate da polícia de São Paulo que o obrigou a sair do país, sob ameaças de morte. Caco recebeu mais de 20 prêmios jornalísticos, entre eles uma distinção especial das Nações Unidas, como um dos cinco jornalistas que mais se destacaram, nos últimos 30 anos, na defesa dos direitos humanos no Brasil. Hoje, toda essa experiência orienta jovens profissionais, no programa jornalístico “Profissão: repórter”, da TV Globo. Caco conversou com a revista, sobre suas experiências formadoras.
Em entrevista ao SEESP, Laurindo Leal defende que trabalhadores devem ocupar a TV
[Por Rosângela Gil/ SEESP] Laurindo Lalo Leal tem uma vida profissional e acadêmica voltada para a comunicação. Sociólogo e jornalista, ele é professor da USP (Universidade de São Paulo) e atualmente apresenta o programa VerTV exibido pela TV Brasil e pela TV Câmara. Nesta entrevista ao SEESP, o professor fala sobre a importância dos sindicatos “ocuparem” o meio televisão para que se contraponham à informação nem sempre correta sobre os direitos e as lutas dos trabalhadores na televisão comercial.
O jornalismo pode ser transformador, pode embalar a utopia. Entrevista com Elaine Tavares
[Por IHU Online]
“Temos um mundo a construir”. Portanto, “ousem ouvir as vozes hereges, ousem criar grupos de estudo, ousem navegar nos livros velhos escondidos nas prateleiras”. É com esse conselho que a jornalista Elaine Tavares incentiva os estudantes de Comunicação e colegas de profissão a compreenderem “que há mais coisas no jornalismo do que aquilo que é repetido nas salas de aula”. Com uma longa experiência em diversos veículos de comunicação, Elaine enfatiza que os jornalistas devem caminhar em busca da boa utopia e isso significa ultrapassar as barreiras de manipulação à direita e à esquerda, e praticar jornalismo “como uma forma de conhecimento”. Autora do livro recém lançado, "Em busca da Utopia – os caminhos da reportagem no Brasil, dos anos 50 aos anos 90", ela ressalta que a prática jornalística pode levar o “leitor/espectador a pensar, a se desalojar do mundo tal qual ele é – injusto, opressor, excludente”. Nesse sentido, assegura: “O jornalismo pode ser transformador, pode embalar a utopia”.
Na contramão da história oficial, cineasta Sylvio Back revisita a revolta do Contestado
[Por Vitor Nuzzi / Rede Brasil Atual] A Guerra dos Pelados é um filme-referência na cinematografia brasileira. Lançado em 1971, trata de um sangrento conflito por posse de terras na divisa entre Paraná e Santa Catarina. Durou quatro anos, de 1913 a 1916, mas mesmo assim é um episódio pouco conhecido da história do país. Quarenta anos depois, o diretor Sylvio Back voltou à região para uma nova filmagem e dessa viagem resultou Contestado - Restos Mortais. Uma espécie de antidocumentário, define seu autor, que além de estudiosos e gente da terra recorreu a médius para recontar o episódio. O filme deve ser lançado no segundo semestre. Back espera que o Contestado volte a ser visível.
Nilton Viana: o Brasil de Fato quer dialogar com os trabalhadores
[Por Caros Amigos] Editor-chefe do semanário "Brasil de Fato", o jornalista Nilton Viana fala de sua trajetória como militante social e dos vários momentos do jornal, que acaba de completar 9 anos de circulação. Ele analisa o problema da sustentação financeira na imprensa popular e de esquerda, a questão da base social de apoio e sobre as dificuldades de se conseguir publicidade de órgãos públicos, no Brasil, os quais costumam gastar fortunas em veículos de comunicação da imprensa neoliberal e de direita. Nilton Viana fala também sobre a posição do jornal em relação aos governos Lula e Dilma, nesses 9 anos de vida do Brasil de Fato. Leia a entrevista.
Geógrafo britânico David Harvey alerta para incapacidade do capital em resolver seus problemas
[Por Maria Luisa Mendonça e Fábio Pitta/ Brasil de Fato] O geógrafo britânico David Harvey é um dos principais intelectuais marxistas hoje e está entre os vinte cientistas sociais mais citados em todo o mundo. Atualmente é professor na City University of New York e esteve no Brasil recentemente para o lançamento de seu livro "O Enigma do Capital e as Crises do Capitalismo", publicado pela Editora Boitempo. A análise de Harvey sobre a crise no modo de produção capitalista tem sido sistemática nas últimas décadas, desde o livro clássico The Limits to Capital (Os Limites do Capital) publicado originalmente em 1982. O autor resgata o pensamento de Marx de forma complexa e ao mesmo tempo didática, para mostrar criticamente as contradições inerentes ao capitalismo, com a intenção de apontar possibilidades de superação deste modo de produção.
Ignacio Ramonet: Los medios ‘asumen la función de oposición política’
En Bolivia, la Vicepresidencia del Estado organizó del 29 de febrero al 3 de marzo de 2012, el IV Ciclo del Seminario "Pensando el Mundo desde Bolivia", que abordó "la economía y el periodismo".
Ignacio Ramonet llegó el miércoles 29 a La Paz, a invitación de la Vicepresidencia del Estado. Nada más al llegar, sintió que valía la pena estar en La Paz y ver de cerca el proceso boliviano. Estaba en sus planes reunirse con Evo Morales, a quien conoció antes de que éste fuera Presidente.
As implicações sociais da Copa do Mundo. Entrevista com Roberto Morales
[Por IHU-Online] Os empreendimentos que garantirão a realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014 também estão gerando impactos sociais nas cidades-sedes do evento. Roberto Morales, do Comitê Popular da Copa, desenvolve um levantamento para precisar quantas famílias serão removidas e estima que mais de 3 mil pessoas apenas no Rio de Janeiro estão sob ameaça. Segundo ele, ainda não existe um planejamento para a realocação das famílias que serão removidas do local. “O único planejamento que o governo faz é com base nos recursos que irão entrar a partir da construção dessas obras. (...) Inclusive o programa Minha Casa, Minha Vida, que no Rio de Janeiro já é conhecido como Minha Casa, Minha Remoção, é uma feira para tentar iludir os moradores com uma residência à qual dificilmente eles terão acesso. Talvez 5% das famílias sejam beneficiadas com essas moradias”, enfatiza em entrevista.
Não existe a tão aclamada neutralidade da imprensa - diz Ignacio Ramonet, diretor do Le Monde Diplomatique
[Por Samir Oliveira/ Sul 21] O diretor de redação do jornal francês Le Monde Diplomatique, Ignácio Ramonet, acredita que a mídia deveria se posicionar claramente sobre a linha ideológica e política que segue. Doutor em Sociologia e professor de Teoria da Comunicação, o jornalista, que comanda um periódico abertamente de esquerda, diz que não existe a tão aclamada neutralidade da imprensa. “Um jornal que diz que é objetivo é um jornal alinhado à direita e que tenta esconder seu ponto de vista”, explica.
“A Justiça trabalhou como Justiça de classe”, afirma deputado Ivan Valente
Publicado em 24.01.12 – Por Michelle Amaral, do Brasil de Fato
“O Brasil é afetivo, encantador, violento e tenebroso”
[Por Áurea Lopes/ Brasil de Fato] Dois pesos: a psicanálise e o jornalismo. Foi a partir dessa união de forças e percepções que Maria Rita Kehl produziu as crônicas de sua mais recente obra, entre muitos escritos em outros livros e jornais – incluindo o artigo que resultou na escandalosa suspensão de sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo por ter defendido políticas do governo Lula, quando o jornal apoiava o candidato à presidência José Serra. Nesta entrevista ela fala sobre “as dores do Brasil”. Indignada com o descaso dos governos e a indiferença da população diante das mazelas sociais, o que para ela são “restos não resolvidos de 300 anos de escravidão”, Maria Rita fala sobre o engajamento dos jovens nas lutas populares e a violência policial, “resultado de uma ditadura que termina impune”. Para ela, os recursos para aplacar as dores do país estão na militância: “É hora de fazer política”.
Umberto Eco: O excesso de informação provoca amnésia
Publicado em 02.11.12 – Por Luís Antônio Giron, da Revista Época
“Só protestar simbolicamente não é suficiente”, afirma Tariq Ali
[Pulicado em 26.12.11 - Por Heloisa Gimenez, Marcio Rabat e Vinicius Mansur, do Brasil de Fato] O escritor analisa as movimentações políticas que sacodem a conjuntura internacional
Para o novo presidente da EBC, a União Latino-americana de Agências de Notícias vai reforçar a região
[Publicado em 21.12.11 - Por União Latino-americana de Agências de Notícias] A União Latino-americana de Agências de Notícias entrevistou o novo presidente da Empresa Brasil de Comunicação. Segundo ele, a ULAN será fundamental para fortalecer o papel da América Latina no mapa geopolítico mundial. Breve analisou o mapa dos meios de comunicação no Brasil e afirmou que o país precisa de uma programação que represente as vozes de todos os setores da população e que esse vazio deve ser ocupado pelas rádios, Tvs e agências de notícias públicas. Ele disse também que a legislação da radiodifusão brasileira é muito defasada e precisa ser atualizada. Nelson Breve descreveu detalhadamente o funcionamento da EBC, que agrupa a TV Brasil, a Agência Brasil e oito emissoras de rádio.
“Somos a CIA do povo”, diz porta-voz do Wikileaks
[Por Brasil de Fato] Regido pelo princípio de que a livre circulação de informações emancipa os povos para que empreendam suas lutas, o WikiLeaks – organização responsável pela divulgação de documentos confidenciais que revelam a má conduta de governos, empresas e organizações no mundo inteiro – chegou a tornar públicos, até dezembro do ano passado, cerca de 250 mil documentos diplomáticos estadunidenses. Por sua luta, tem sido penalizado por grandes conglomerados financeiros. O jornalista investigativo islandês Kristinn Hrafnsson, seu porta-voz, falou sobre o assunto ao Brasil de Fato, durante sua participação no 1º Encontro Mundial de Blogueiros, realizado entre os dias 27 e 29 de outubro, em Foz do Iguaçu, no Paraná.
Beth Carvalho: "CIA quer acabar com a cultura brasileira"
[Publicado em 29.11.11 - Por George Magaraia, do iG] Em entrevista ao jornalista Valmir Moratelli, do iG por ocasião do lançamento do CD de músicas inéditas “Nosso samba tá na rua” - dedicado a dona Ivone Lara, com canções sobre a negritude, o amor e o feminismo - a cantora Beth Carvalho é mordaz : “a CIA quer acabar com o samba. É uma luta contra a cultura brasileira. Os Estados Unidos querem dominar o mundo através da cultura”, diz a cantora, presidente de honra do PDT.
Lei das comunicações da Argentina pode ser inspiração para o Brasil, diz sociólogo
[Publicado em 28.10.11 - Por João Peres, da Rede Brasil Atual] O sociólogo e cientista político argentino Atílio Borón avalia que a reeleição de Cristina Kirchner em primeiro turno para a Presidência argentina decorre de políticas sociais e da articulação de novos atores políticos. O principal deles é a juventude, até então afastada da arena partidária, e que se aproximou de Cristina. Em entrevista,o professor da universidade de Buenos Aires ajuda a entender peculiaridades da vida política argentina. "Falar da Argentina de 2015 é como falar do Brasil de 2094. É uma política de uma dinâmica muito peculiar", sustenta. Ele lembra que, há pouco mais de um ano, uma vitória de Cristina era pouco provável.
Juiz critica monopólios na mídia e aponta manipulação em cobertura da RBS
[Publicado em 26.10.11 – Por Marco Aurélio Weissheimer, na Carta Maior] O presidente da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), João Ricardo dos Santos Costa, criticou a cobertura que o jornal Zero Hora fez de um seminário sobre liberdade de imprensa e Poder Judiciário, em Porto Alegre. A matéria sobre o evento omitiu a parte do debate relacionada aos monopólios de comunicação. “Esse é um caso paradigmático: em um evento promovido para discutir a liberdade de imprensa, a própria imprensa comete um atentado à liberdade de imprensa ao omitir um dos principais temas do evento", diz o juiz em entrevista à Carta Maior.
Jornalista relança o livro A esquerda e o golpe de 64
[Publicado em 25.10.11 - Por Eduardo Sá, no Brasil de Fato] Um dos principais livros que retratam a efervescência política durante o último golpe civil-militar no Brasil, A esquerda e o golpe de 64, de Dênis de Moraes, foi reeditado pela editora Expressão Popular. A obra traz entrevistas de personalidades reconhecidas nacionalmente e que tiveram intensa participação nesse processo no campo progressista, como Darcy Ribeiro e Leonel Brizola, que analisam a conjuntura, apontando erros e acertos à época. O jornalista fala ao Brasil de Fato sobre a importância do resgate dessa obra e analisa as influências desse processo no Brasil.
Só pressão da sociedade fará governo aperfeiçoar comissão da verdade, diz Erundina
[Publicado em 19.10.11 – Por Marcel Gomes, na Carta Maior] Senado realizou nesta terça-feira (18) uma audiência pública sobre a comissão da verdade, que investigará os crimes praticados pela Ditadura Militar. Para a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que participou das discussões do projeto na Câmara, ainda que as chances de mudança sejam pequenas, pressão da sociedade pode fazer a diferença.
"Os jornalistas hoje são mais exigidos do que antes", afirma Ramonet
[Publicado em 26.09.11 - Por Página/12, tradução Cepat] "Hoje, a informação é um ato coletivo, mais democrático. O jornalista não está sozinho. Antes, se tinha dois atores, um ativo e outro passivo. O emissor e o receptor. Hoje, o receptor é tanto ativo como o emissor. Eu o chamo de webator". O comentário é do jornalista Ignacio Ramonet, diretor do Le Monde Diplomatique e doutor em Semiologia e História da Cultura. Ramonet acaba de escrever o livro A explosão do jornalismo. O jornalista concedeu entrevista à Martín Granovsky do Página/12, publicada em 11-09-2011. A tradução é do Cepat.
Lembranças de uma pioneira no jornalismo baiano
[Publicado em 15.09.11 - Por Washington Fagner Abreu Ramos Amorim / Publicado originalmente no Observatório da Imprensa, em 12/09/2011, na edição 659] Neste ano de 2011 comemoram-se 200 anos do jornalismo baiano. O surgimento do jornal Idade D’ouro do Brasil, também chamado de Gazeta da Bahia, em 14 de maio de 1811, foi o marco no trabalho da imprensa. De lá para cá, inúmeros jornais foram surgindo no estado, como Diário da Bahia (1856), Diário de Notícias(1875), Jornal da Bahia (1853),A Tarde (1912), Jornal da Bahia (1958)e Correio da Bahia (1978). Mas na comemoração deste bicentenário é importante lembrar de uma das mais importantes jornalistas que a Bahia criou. Estou falando de Zilah Moreira, a primeira correspondente mulher do jornal O Estado de S. Paulo na Bahia durante a ditadura militar e uma das pioneiras no estado.
Do rádio à internet: a legalidade e a mobilização popular. Entrevista especial com Christa Berger
[Publicado em 12.09.2011 - Por IHU] “As narrativas sobre a Legalidade trazem para a atualidade aquele rico momento histórico de luta pela democracia”, avalia a pesquisadora.
Nas últimas semanas, diversos veículos de comunicação recordaram a Campanha da Legalidade, que há 50 anos garantiu a posse de João Goulart na presidência da República em 1961, após a renúncia do então presidente Jânio Quadros. Apesar da memória, “não sabemos se o retorno midiático da Legalidade chega a cumprir a função de esclarecimento reivindicada pelos que acreditam que a memória possa contribuir para a existência de sociedades melhores”, polemiza a jornalista.
Nesta entrevista, concedida à IHU On-Line por e-mail, Christa comenta o papel da imprensa radiofônica naquele momento histórico e menciona que, 50 anos após a Legalidade, a imprensa brasileira "segue conservadora e ocupa um lugar importante na defesa dos interesses privados dos grandes proprietários da nação”.
Christa Berger é professora aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e professora do PPGCOM da Unisinos. Christa Berger é autora de Campos em confronto: a terra e o texto (Porto Alegre: Editora da Universidade, 1998), e uma das organizadoras do livro O Jornalismo no Cinema (Porto Alegre Editora da Universidade – UFRGS, 2001).
Campanha da Legalidade - 50 anos. O depoimento de um jornalista. Entrevista especial com Flávio Tavares
[Publicado em 12.09.2011 - Por IHU] Uma cobertura engajada, de posição. Assim foi o trabalho realizado pelo jornal Última Hora na Campanha da Legalidade, em agosto de 1961. O depoimento é do jornalista Flávio Tavares, na entrevista que concedeu por telefone à IHU On-Line.
Em seu ponto de vista, os jornais devem de posicionar contra crimes como o golpe de estado, por exemplo. Flávio Tavares é gaúcho de Lajeado. Militante de organizações que lutaram contra a ditadura militar brasileira, foi um dos presos políticos trocados pelo embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick.
Com o golpe militar de 1964, foi preso pela primeira vez por suas posições políticas e solto logo depois. Entre 1967 e 1969, foi novamente preso, acusado de participar de uma ação armada para libertar presos políticos na penitenciária Lemos de Brito, no Rio de Janeiro.
Em setembro de 1969, foi enviado para o exílio, no México, no grupo trocado pelo embaixador Elbrick, sequestrado por integrantes de organizações de esquerda que faziam a luta armada no Brasil. Nos anos 1970, durante o exílio, trabalhou no jornal mexicano Excelsior e foi seu correspondente em Buenos Aires a partir de 1974. Vivendo na Argentina, também trabalhou para os jornais Estado de São Paulo e Folha de S.Paulo. Em julho de 1977, Flávio foi sequestrado por militares dos órgãos de repressão do Uruguai, passando 195 dias preso. Libertado depois de uma campanha internacional, foi morar em Lisboa, voltando ao Brasil com a anistia de 1979. Hoje, vive e trabalha em Búzios, no Rio de Janeiro.
Flávio Tavares é autor, entre outros livros, de O dia em que Allende matou Getúlio, Record.
Quando o povo escreve a sua própria história: Das favelas para as favelas
[Por Gizele Martins / O Cidadão] Emerson Cláudio dos Santos, mais conhecido como Fiell, é morador do Morro Santa Marta, favela localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro. Além de ser rapper e cineasta, é também escritor. O seu primeiro livro "Da favela para as favelas", lançado no dia 8 de setembro, tem como objetivo mostrar o dia-a-dia de quem vive em uma das favelas mais conhecidas do Rio. No livro, ele trata de questões sociais, como violência, tráfico, IPP, trabalho, comunicação comunitária, sem contar as emocionantes narrativas da sua própria história. Nas próximas linhas o rapper Fiell conta mais um pouco sobre a ideia deste livro. Não deixe de ler!
O deputado na lista dos assassinos da juiza
[Por Walter Decker] Na terça-feira, cinco dias após o brutal assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, uma informação assustadora foi transmitida ao deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ). Segundo relato feito ao Disque-Denúncia, a morte da juíza teria sido encomendada por três detentos do presídio Ary Franco e, na lista dos criminosos, estariam mais duas pessoas marcadas para morrer: outro juiz, da 4ª Vara Federal de Niterói, e o próprio Freixo.
Do rádio à internet: a legalidade e a mobilização popular
Nas últimas semanas, diversos veículos de comunicação recordaram a Campanha da Legalidade, que há 50 anos garantiu a posse de João Goulart na presidência da República em 1961, após a renúncia do então presidente Jânio Quadros. Apesar da memória, "não sabemos se o retorno midiático da Legalidade chega a cumprir a função de esclarecimento reivindicada pelos que acreditam que a memória possa contribuir para a existência de sociedades melhores”, polemiza a jornalista.
Entrevista com Silvio Tendler sobre filme "O veneno está na mesa"
[Por Aline Scarso/ Brasil de Fato] Silvio Tendler é um especialista em documentar a história brasileira. Em seu último documentário, Silvio não define nenhum personagemem particular, mas dá o alerta para uma grave questão que atualmente afeta a vida e a saúde dos brasileiros: o envenenamento a partir dos alimentos. Em O veneno está na mesa, lançado na segunda-feira (25) no Rio de Janeiro, o documentarista mostra que o Brasil está envenenando diariamente sua população a partir do uso abusivo de agrotóxicos nos alimentos. Em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, Silvio Tendler diz que o problema está no modelo de desenvolvimento brasileiro.
FAMÍLIA DE JORNALISTA EDUARDO MERLINO COMENTA JULGAMENTO DE CEL. USTRA
Em de julho de 1971 o jornalista Luiz Eduardo Merlino foi morto. Há 40 anos, foi levado de sua casa, em Santos. Foi para São Paulo “explicar” sua militância política. Nunca mais voltou. Merlino, então com 23 anos, foi mais uma vítima da Ditadura Militar no país. IMPRENSA conversou com Tatiana Merlino, jornalista e sobrinha de Eduardo Merlino. (...) Tatiana falou sobre a importância do julgamento, as dificuldades que a família encontrou para conseguir concretizá-lo e o significado de uma possível condenação de Ustra. Acompanhe.
A face do cinema argentino
[Por Maria do Rosário Caetano/ Brasil de Fato] Em entrevista, o ator argentino Ricardo Darín comenta sobre sua carreira, sua visão sobre o cinema latinoamericano e revela projeto com Walter Salles
Antonio Candido: O socialismo é uma doutrina triunfante
[Por Joana Tavares/ Brasil de Fato] Crítico literário, professor, sociólogo, militante. Um adjetivo sozinho não consegue definir a importância de Antonio Candido para o Brasil. Considerado um dos principais intelectuais do país, ele mantém a postura socialista, a cordialidade, a elegância, o senso de humor, o otimismo. Antes de começar nossa entrevista, ele diz que viveu praticamente todo o conturbado século 20. E participou ativamente dele, escrevendo, debatendo, indo a manifestações, ajudando a dar lucidez, clareza e humanidade a toda uma geração de alunos, militantes sociais, leitores e escritores. Tão bom de prosa como de escrita, ele fala sobre seu método de análise literária, dos livros de que gosta, da sua infância, do começo da sua militância, da televisão, do MST, da sua crença profunda no socialismo como uma doutrina triunfante. Confira.
A Pública:uma agência de jornalismo para investigações
[Publicado em 13.07.11 - Por Aline Scarso, do Brasil de Fato] Em entrevista, a jornalista Tatiana Merlino fala sobre a proposta de trabalho da Pública, jornalismo investigativo e a parceria com o Wikileaks.
István Mészáros: as contradições dos nossos tempos
[Por Matheus Pichonelli e Ricardo Carvalho/ Carta Capital] Era uma manhã fria de junho quando o filósofo húngaro István Mészáros, 81 anos, apareceu à porta da casa no bairro de Sumarezinho, zona oeste de São Paulo, onde se hospeda quando vem ao Brasil. Em entrevista, ele deixa sempre explícita a necessidade de se entender o processo histórico da formação da sociedade atual para que se possa compreender, de fato, qualquer questão dos nossos tempos. Crítico da social-democracia européia, Mészáros vê com desencanto as opções que hoje se apresentam à esquerda, e também as manifestações populares que estouraram pelo mundo desde o início do ano. Mesmo assim, em duas horas e meia de entrevista, Mészáros deixa escapar um certo tom de otimismo em relação ao futuro – “que, infelizmente, não será no meu tempo” – quando fala sobre tomadas de consciência e mudanças que observa na América Latina.
Marcos Dantas: O governo nunca quis fazer política de universalização
[Por Pedro Caribé/ Obs. do Direito à Comunicação] Lançado em maio de 2010, o Plano Nacional de Banda Larga ainda gera dúvidas em diversos de seus quesitos, como a definição dos serviços públicos, o preço de acesso a massificação ou universalização do acesso. O professor do programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Marcos Dantas, reconhecido por transitar bem dentro dos movimentos sociais, governos e até segmentos empresariais, avalia o desempenho do governo até o momento e os novos rumos sinalizados pela nova gestão do Ministério das Comunicações.
Bia Barbosa: Al Jazeera é um tapa na cara de quão distante de um jornalismo independente e crítico a gente está
[Por Eduardo Sá, Gabriel Bernardo e Jean Oliveira/ Fazendo Media] Surpreende o fato de que um Estado árabe, monárquico, teocrático e ultra-conservador é o responsável pela maior experiência mundial de TV voltada para o interesse público. Estamos falando da Al Jazeera, emissora estatal do Qatar, um pequeno e rico país do Oriente Médio. E quem nos conta detalhes sobre este projeto raro de jornalismo sério e independente é a jornalista Bia Barbosa, que passou um mês na redação de um dos canais da emissora. Atualmente ela integra o Coletivo Intervozes, assessora o mandato do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) e colabora com veículos da imprensa alternativa. Para exemplificar o enfrentamento da Al Jazeera à lógica dominante nos meios de comunicação, Bia lembrou que todo o conteúdo da rede é licenciado em creative commons, que dispensa qualquer título de propriedade sobre a informação.
Michael Löwy: "A flexibilização do código florestal é um bom exemplo desta avidez do lucro que ameaça levar à destruição da floresta Amazônica"
[Por Caros Amigos] Nascido no Brasil, formado em Ciências Sociais na Universidade de São Paulo, o sociólogo Michael Löwy vive em Paris desde 1969. Autor de diversos livros, é organizador do livro Revoluções (Boitempo, 2009), que inspirou a multi-exposição "Revoluções", aberta ao público até 03/07, no Sesc Pinheiros, em São Paulo. Nesta entrevista ao site da Caros Amigos, ele avalia o potencial revolucionário de movimentos latino-americanos e das revoltas no mundo árabe, comenta a flexibilização do código florestal brasileiro, o assassinato de militantes do campo e as grandes obras hidrelétricas. Confira.
É urgente que o poder sobre os meios de comunicação seja democratizado, diz a jornalista Ana Veloso
[Por Bia Barbosa/ Ag. Patrícia Galvão] Nesta entrevista, a jornalista Ana Veloso, professora da Universidade Católica de Pernambuco, colaboradora do Centro das Mulheres do Cabo (PE) e representante da sociedade civil no Conselho Curador da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), levanta os principais pontos que um novo marco regulatório das comunicações deveria tratar. E fala da importância desta pauta para a conquista dos direitos das mulheres.
Em entrevista, Slavoj Zizek reafirma necessidade do comunismo e defende a ideia de revolução
[Publicado no Globo.com] Sentado num hotel em Copacabana, um dia após fazer uma palestra sobre os impasses da democracia liberal para um Odeon lotado (a convite da PUC-Rio, Uerj, Boitempo e Flacso), o filósofo esloveno Slavoj Zizek parece tomado por um excedente de energia que o deixa num estado próximo à convulsão. Ao mesmo tempo enfática, sua fala é fiel aos textos que fizeram de Zizek uma referência para a esquerda mundial. Nessa entrevista, Zizek explica o que significa hoje ser comunista, e por que é preciso recuperar a ideia de revolução.
Rapper Fiell: “A voz do morro Santa Marta não deve ser calada”
[Por Eduardo Sá/ Fazendo Media] Na primeira comunidade do Rio de Janeiro a ser atendida pela Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), o morro Santa Marta, na zona sul carioca, uma rádio comunitária teve seu transmissor apreendido na tarde de ontem (03) pela Polícia Federal, sob o comando da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Impedida de transmitir sua programação na 103.3 FM, a Rádio Santa Marta realizou sua programação na rua como ato de repúdio à ação que sofreu. Em entrevista ao Fazendo Media, Emerson Claudio Nascimento, mais conhecido como Rapper Fiell, locutor da rádio, diz que o projeto está incomodando ao organizar e passar informações ao povo. Segundo ele, houve uma censura por questões políticas e não técnicas.
Entrevista com Carlos Latuff, o cartunista político
[Por Diário Liberdade/ Portugal] Carlos Latuff, cartunista brasileiro, retrata em seus cartuns questões políticas globais como o conflito histórico entre judeus e palestinos; e, recentemente, desenvolveu uma série de cartuns sobre os protestos civis contra o ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak. Reconhecido em diveros festivais de cartum no mundo, Latuff é respeitado pela sua criatividade e ativismo político. Latuff nos concedeu esta entrevista exclusiva ilustrada com seus desenhos e com uma matéria da TV Brasil, na qual veiculou a posse de seus cartuns nas mãos dos manifestantes do Egito em janeiro de 2011, confira a seguir.
Guerra na África é nova corrida imperialista, diz especialista
[Publicado em 18.04.11 - Por Eleonora de Lucena, da Folha de São Paulo Online] A guerra na Líbia faz parte de uma nova corrida imperialista que vai se aprofundar, diz José Luís Fiori, coordenador do programa de pós-graduação em economia política internacional da UFRJ. Para ele, potências disputam recursos estratégicos na África, mas os conflitos não têm a ver apenas com o petróleo. Nesta entrevista, Fiori fala também sobre o poder dos EUA, que ele enxerga vivendo uma crise se crescimento. A seguir a íntegra da entrevista.
“O livre mercado supõe uma luta entre sistemas social e tributário”
[Publicado em 17.04.2011 - Por Pedro J. Ortega – Andalucía Solidaria] Tal como está colocado hoje, o livre mercado supõe uma luta entre o sistema social e o tributário. A competição entre ambos é cada vez mais férrea. É impossível fazer política hoje se as pessoas não entendem como estão sendo exploradas. É preciso que se fale às pessoas o que normalmente não se fala. Trabalhadores, mulheres, agricultores, organizações para o desenvolvimento, meios de comunicação, ecologistas...Não devemos deixar de fazer o que estamos fazendo hoje, mas precisamos nos esforçar mais. A análise é de Susan George, em entrevista à revista Andalucía Solidaria.
"Somos um país racista e homofóbico", afirma Margarida Pressburger, do Subcomitê de Prevenção da Tortura da ONU
[Publicado em 04.04.11 – Por Luciana Nunes Leal - O Estado de S.Paulo] Entrevista com a advogada Margarida Pressburger, do Subcomitê de Prevenção da Tortura da ONU. É a primeira vez que o Brasil integra o subcomitê. "O Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) é uma obra-prima, pela forma como foi originalmente redigido. Vannuchi sofreu pressão de todos os lados, da Igreja à bancada retrógrada do Congresso. Teve de alterar a questão do aborto, voltar um pouco atrás na Comissão da Verdade. Acho que agora a Dilma vai recuperar esse tempo", afirma.
CSA causa racismo ambiental em população de Santa Cruz
[Por Jéssica Santos/ Portogente] A bióloga Monica Lima, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), faz parte do grupo multidisciplinar de especialistas que acompanha o impacto da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no distrito industrial de Santa Cruz. Também é uma das integrantes do Grupo de Trabalho convocado pelo secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Minc, com objetivo de levantar dados que servirão de base para futuras indenizações. Monica falou ao Portogente um pouco do que acompanha sobre o caso.
Isabella Henriques fala sobre a Frente pela Regulação da Publicidade de Alimentos
[Por Portal ANDI] Em entrevista realizada em janeiro de 2011, Isabella Henriques, advogada e coordenadora geral do Projeto Criança e Consumo do Instituto Alana, aponta os atuais marcos legais da publicidade de alimentos voltadas para o público infantil e reflete sobre a iniciativa da Frente pela Regulação da Publicidade de Alimentos, movimento que reúne amplo leque de organizações.
“O futuro do Oriente Médio não pertencerá aos EUA”
[Publicado em 11.02.11] Por Beto Almeida
Em entrevista coletiva concedida a blogueiros de Brasília, o embaixador do Irã no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, decartou a possibilidade de uma intervenção militar dos EUA para conter os processos de transformações políticas em curso no Oriente Médio. O futuro do Oriente Médio não pertencerá aos EUA”, declarou o diplomata lembrando que hoje há na região um confronto do povo com os ditadores e os EUA nunca estiveram ao lado do povo. O artigo é de Beto Almeida.
Jornalistas do Egito denunciam: ‘Os donos dos jornais apoiam Mubarak!’
[Postado em 09.02.11] Por Luiz Gustavo Porfírio
Desde a última quarta-feira, dia 26, que os jornalistas do Egito e os correspondentes internacionais têm sofrido ataques. Dezenas foram agredidos e ameaçados por forças de uma ditadura que a mídia daqui só descobriu há poucas semanas. Um deles morreu, o egípcio Ahmed Mahmud,morreu atingido por franco-atiradores na varanda de seu prédio, próximo da Praça Tahrir. Neste domingo, véspera do enterro simbólico de Ahmed, quando seus colegas jornalistas fariam uma marcha pelo centro do Cairo, o correspondente do jornal Opinião Socialista Luiz Gustavo Porfírio entrevistou três jornalistas egípcios, na Praça Tahrir. Nesta entrevista, eles contam ao enviado do jornal do PSTU a realidade dos jornalistas sob uma ditadura.
Participam os jornalistas Karem Yehia, 52, do Al-Ahram e Ahya Kalaish, 56, do Al-Gomuahya (O Público). Ahya é ex-secretário-geral do Sindicato de Jornalistas do Egito e está na oposição, desde que o regime impôs a eleição de um agente no sindicato. Outro jornalista, Hosni Abdel Lehim, se junta ao grupo depois e participa da entrevista.
Eles contam como é a censura, denunciam a intervenção no sindicato, prisões e a resistência. A lembrança da nossa ditadura é imediata. A conversa é tumultuada, todos querem falar, acrescentar algo, denunciar. A revolução que sacode o Egito está pondo fim aos anos de chumbo de lá e acabando com o silêncio
Carlos Vainer: No conceito insurgente, cidadania é o exercício permanente do conflito
[EPSJV/Fiocruz] O Brasil inteiro assistiu, em tempo real, pelos principais canais de televisão: o chamado crime organizado ligado ao tráfico de drogas ordenou ataques à cidade do Rio de Janeiro. A secretaria de segurança pública do estado, numa ação coordenada com as forças armadas, respondeu com a invasão do conjunto de favelas de onde, segundo as fontes do governo, partiram os ataques. Esse episódio traz elementos para uma discussão que vai muito além do Rio de Janeiro. Nesta entrevista, Carlos Bernardo Vainer, professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ), fala sobre como as cidades brasileiras têm seguido o modelo de cidade-empresa, organizada para atrair investimentos. Ele mostra ainda que a proximidade de megaeventos, como a copa do mundo de 2014 e as olimpíadas de 2016, facilitam que se transformem as cidades em territórios de exceção, com flexibilidade de leis para a atuação das empresas. Vainer mostra ainda o lugar que as favelas e outras regiões pobres têm nesse processo e destaca a importância dos conflitos sociais para a vitalidade da cidade.
Especulação imobiliária controla remoção em áreas de risco
[Publicado em 18.01.11 - Por Jorge Américo, da Radioagência NP] Em entrevista à Radioagência NP, a defensora pública do estado do Rio de janeiro, Maria Lucia de Pontes, alerta para a retomada das remoções em todo o país. Sobretudo após as enchentes deste início de ano, que já vitimaram mais de 600 pessoas somente no estado. Ela explica que a especulação imobiliária é um dos grandes entraves para a promoção de políticas habitacionais.
Noam Chomsky fala sobre WikiLeaks e a participação dos EUA no Oriente Médio
[Por Amy Goodman/ Democracy Now] A estação alternativa de rádio estadunidense Democracy Now entrevistou à distância o linguista, filósofo e activista libertário Noam Chomsky, em vésperas do seu 82º aniversário. Há quarenta anos, Chomsky e Howard Zinn ajudaram a editar e publicar os “Documentos do Pentágono”, a história interna ultra-secreta dos EUA da guerra do Vietnã. Nessa entrevista ele fala sobre diversos temas, dentre eles o Wikileaks e a participação norte-ameircana nos conflitos do Oriente Médio. "Contrariamente à imagem que é projetada neste país, os EUA não são um intermediário honesto. São participantes, e participantes directos e cruciais, nos crimes israelitas, tanto na Cisjordânia como em Gaza".
Comparato: Que o governo Dilma não se acovarde diante da mídia
[Por Joana Rozowykwiat – Do Vermelho] Engajado na luta pela democratização da comunicação, o jurista e professor Fábio Konder Comparato decidiu provocar o governo, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal a tratarem do tema. Ele é autor de três ações diretas de inconstitucionalidade por omissão (ADO), contra o Congresso Nacional, que até hoje não regulamentou os artigos da Constituição de 1988 que tratam da comunicação.
“É preciso limitar as ações dos monopólios e democratizar a palavra”
[Por Eduardo Sales / Jornal Brasil de Fato] Entrevista com o uruguaio-venezuelano Aram Aharonian. Ele é jornalista, professor e fundador da Telesul. Segundo ele, a nova etapa da democracia latino-americana não pode vir sem a democratização da comunicação.
Marilena Chauí: Sem comunicação não há democracia
[Por Caros Amigos] Mais uma vez a professora Marilena Chauí, filósofa e titular da Universidade de São Paulo, é a entrevistada da capa da Caros Amigos. Em 1999 e em 2005, ela proporcionou aos leitores excelentes análises sobre universidade, democracia e eleições. Agora, a renomada professora retoma a análise da última campanha eleitoral e, mais uma vez, critica a atuação da grande imprensa empresarial, que, segundo ela, ignorou ou criminalizou a candidatura de Dilma Rousseff. Vinculada ao PT desde os anos 80, defensora entusiasmada dos governos Lula, Marilena Chauí apresenta a sua visão sobre o atual momento de transição, as questões mais candentes em relação à necessária e urgente democratização da comunicação.
Vera Mallaguti sobre o Rio de Janeiro e Segurança Pública: ‘Não sei se é fascismo ou farsismo’
[Por Gabriel Brito e Valéria Nader/ Correio da Cidadania] Após mais uma onda de violência na cidade do Rio, o Brasil se deparou com um espetáculo deprimente de suas mazelas sociais e humanas. Após traficantes desceram ao asfalto, promovendo assaltos e queima de veículos, por razões ainda pouco esclarecidas, novamente a cidade se viu em pânico. Situação inflada pela cobertura espetacularizada da grande mídia. Em entrevista ao Correio da Cidadania, a socióloga Vera Malaguti, secretária geral do Instituto Carioca de Criminologia (ICC), criticou duramente os governos estadual e federal, especialmente em relação à entrada das forças armadas na questão, de legalidade questionável. "Tudo é ilegal aqui. Estamos vivendo em regime de exceção", afirmou.
“Vejo uma regressão ao momento do Tropa 1”, Luiz Eduardo Soares, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo
Entrevista de Luiz Eduardo Soares concedia a Bruno Paes Manso, do jornal O Estado de São Paulo, publicada em 29.11.10. Para antropólogo, que é ex-secretário Nacional de Segurança, clima de confronto entre polícia e tráfico dificulta debate sobre políticas de segurança pública.
Brasil de Fato entrevista Tom Morello, do Rage Against the Machine
[Por Ana Maria Straube, Rodrigo Salgado e Vinicius Mansur/ Brasil de Fato] Nascida em 1991 na Califórnia, EUA, a banda Rage Against The Machine (RATM) se consolidou no cenário mundial da música com uma rara mescla de rap, variantes do rock and roll pesado e crítica política furiosa e constante. Na trajetória da banda, pedradas ao capitalismo, ao belicismo estadunidense, ao racismo, ao etnocídio dos nativos da América, à violência machista. Em outubro deste ano, a banda aterrissou e pela primeira vez em solo sul-americano, passando por Brasil, Argentina e Chile, homenageando o MST, as Mães da Praça de Maio, Víctor Jara e Salvador Allende. Passada a turnê, o guitarrista do RATM, Tom Morello, concedeu uma entrevista exclusiva ao Brasil de Fato. "Nós temos orgulho de prestar solidariedade ao MST na sua luta por justiça no Brasil", disse.
Fábio Konder Comparato: Nós nunca tivemos democracia até hoje
[Por Caros Amigos] Professor da Faculdade de Direito da USP, o jurista Fabio Konder Comparato é conhecido por sua longa e firme militância na luta pelos direitos humanos e democráticos no Brasil. Tem contribuído com inúmeras entidades e movimentos sociais na formulação de propostas para a transformação do povo brasileiro no sujeito de sua própria soberania. Nesta entrevista exclusiva para Caros Amigos, ele analisa a questão do poder no Brasil, as várias formas dissimuladas de se adiar a democracia, os instrumentos para aperfeiçoar a participação popular nos destinos do país e outros aspectos da maior relevância para a compreensão da nossa realidade. Os argumentos lúcidos e pedagógicos do professor Fabio Konder Comparato são imperdíveis.
Mídia representa de forma preconceituosa grupo LGBT
[Publicado em 03.11.2010 - Por Thayz Guimarães] Pesquisa aponta também que o conservadorismo do público no Brasil permanece inalterado até hoje e não tem previsões a curto prazo de arrefecer
“Houve um jornalismo investigativo seletivo”, diz Venício Lima
[Por Isabela Calil/ Cadernos de Reportagem da UFF] A liberdade de imprensa foi um dos temas mais explosivos do primeiro turno das eleições deste ano. A radicalização de posições entre governo e grandes corporações de mídia não facilitou o aprofundamento do debate, mas teve o mérito de pôr em pauta, mesmo num ambiente restrito, uma questão fundamental para a democracia: a necessidade de regulação dos meios de comunicação. A avaliação é de Venício Lima, ex-professor da UnB, colaborador do Observatório da Imprensa, da Carta Maior e autor de vários livros sobre a relação entre mídia e política. Mas... “isso não interessa a eles. Nunca. A nossa mídia tem uma tradição de não discutir a si mesma”, analisa o professor.
Entrevista com Domitila Barrios de Chungara: A Guerreira da paz
[Por Fania Rodrigues/ Caros Amigos] Uma mulher das minas, dona de casa e com pouca escolaridade desafiou a ditadura militar em seu país na década de 1970, os preconceitos da comunidade internacional e principalmente os seus próprios medos. O ano era 1975, quando a boliviana Domitila Barrios de Chungara, dirigente sindical do Comité de Amas de Casa del Distrito Minero Siglo XXlI, foi enviada à conferência mundial do Ano Internacional das Mulheres, na Cidade do México, com a missão de denunciar os massacres e a violação diária dos Direitos Humanos nas minas da Bolívia. Mesmo doente, Domitila Chungara aceitou nos receber no hospital cubano de Cochabamba, onde estava internada há mais de 10 dias. Confira agora a entrevista exclusiva concedida pela ex-líder sindical, hoje com 73 anos, já com o corpo cansado e maltratado pela vida, mas com uma mente bastante lúcida e um senso crítico apurado.
Vitória de Serra é derrota para trabalhadores, diz coordenador da Consulta Popular
[Por Radioagência NP] Nessa entrevista, o integrante da coordenação nacional da Organização Consulta Popular, Ricardo Gebrim, discute o cenário do segundo turno para a presidência. De acordo com ele, a campanha entra em uma fase crítica: as forças populares devem buscar unidade pela vitória de Dilma (PT) contra a vitória de José Serra (PSDB) e o retorno da direita ao poder. Gebrim também analisa a votação expressiva de Marina Silva (PV), que conquistou quase 20% dos votos válidos, e diz que houve avanço, ainda insuficiente, na configuração do Congresso Nacional.
Denis de Morais: "Na América Latina, outra comunicação é possível"
[Por Natália Aruguete - Instituto Humanitas Unisinos] Estudioso das transformações comunicacionais e culturais da era digital, Denis de Morais adverte que a tecnologia permite maior circulação de vozes, porém ao mesmo tempo reforça as desigualdades. Aqui ele analisa as mudanças em marcha na região, elogia o processo argentino e remarca o papel dos Estados (e suas dificuldades) na tarefa de limitar a concentração de meios e indústrias culturais.
Beto Almeida: “A TV dos Trabalhadores é quase um sonho depois de um longo pesadelo”
[Por Sind. Bancários Conquista e Região] O Brasil possui, atualmente, 28 TVs públicas. Além dos canais universitários, o conceito de TV pública engloba também as estaduais, as comunitárias e os canais dos poderes legislativo e judiciário. A partir desse mês, após 23 anos de espera por uma concessão, também vai ao ar a Televisão dos Trabalhadores (TVT). Para falar sobre o papel desses canais de comunicação e sua importância para a sociedade, o Piquete Bancário entrevistou Carlos Alberto de Almeida, Presidente da TV Comunitária de Brasília e diretor da Televisión del Sur (TeleSur). [28.08.10]
Laurindo Leal: TV Brasil está se constituindo na espinha dorsal da nova rede pública
[Por e-Fórum] A televisão pública ideal para o Brasil deve ser independente economicamente, tanto do Estado, quanto da publicidade, e garantir sua existência independentemente dos humores dos governantes do momento. Essa TV precisa conquistar seu espaço e competir – sem obsessão por audiências – com as emissoras comerciais e conseguir tirar a população da condição de refém do modelo dominado pelo marketing. Assim é a televisão pública idealizada por Laurindo Leal Filho (Lalo), cientista social, doutor em Comunicação, apresentador na TV Brasil do programa “Ver TV” e ouvidor-geral da EBC. [30.08.10]
Inácio Neutzling: religião, futuro e eco-economia
Publicado em 25.08.2010 - Site Unisinos
Rodrigo Vianna: Blogues assumem papel de contra-infromação no Brasil
[Por Radioagência NP] 323 jornalistas e comunicadores se juntaram para discutir o poder e o alcance dos blogues e debater a comunicação – de maneira geral – em São Paulo (SP), durante o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas. O encontro ocorrido entre os dias 20 e 22 de agosto aproximou uma rede em expansão na internet de blogueiros conhecidos por fazerem o contraponto jornalístico dos fatos e opiniões da grande mídia. [25.08.10]
Coletivo Lutarmada lança novo cd
[Por Alexandre Braz/ Fazendo Media] Gas-PA além de rapper é militante político, usa a arte para a conscientização em busca de uma sociedade mais justa. Por meio do Coletivo LUTARMADA desenvolve trabalhos de base com projetos políticos e cursos de formação na periferia do Rio de Janeiro, em paralelo à produção musical. Em entrevista ao Fazendo Media, ele fala sobre o seu mais novo CD, analisa as corporações de mídia e comenta sobre o hip hop brasileiro nos dias de hoje.
Serra representa a burguesia e a volta do neoliberalismo
[Por Nilton Viana/ Brasil de Fato] Para João Pedro Stedile, da direção nacional do MST, a vitória de Dilma permitirá um cenário e correlação de forças mais favoráveis ao avanço de conquistas sociais.
Entrevista Fábio Konder Comparato
[Por Glauco Faria e Renato Rovai - Fórum] O jurista Fábio Konder Comparato fala à Fórum sobre a necessidade de efetivação dos mecanismos de participação direta, os entraves para a democratização da comunicação no Brasil e o poder das oligarquias na sociedade brasileira.
Chanceler de Chávez negocia plano de paz e acusa Estados Unidos de insuflar a guerra
[Por Opera Mundi] O chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, esteve reunido com o presidente Lula na segunda-feira, 26/7, durante breve viagem ao Brasil. Antes de continuar seu roteiro, que inclui paradas no Paraguai, Uruguai e Argentina, Maduro concedeu entrevista exclusiva ao Opera Mundi. Ele revelou a intenção de seu governo em articular um “plano de paz permanente com a Colombia” e analisou a escalada da crise entre as duas nações andinas.
Educação e novas tecnologias
Em entrevista divulgada pela página do 5° Seminário Nacional: O professor e a leitura do jornal, o professor Marco Silva fala, sociólogo e doutor em educação, sobre as novas tecnologias e seus impactos no modelo ensino-aprendizagem. "Faltam investimentos significativos na formação de professores para uso das tecnologias digitais de informação e comunicação. Uma formação capaz de potencializar o projeto político pedagógico da escola, a docência e a aprendizagem. Dessa formação dependerá a educação para a cidadania em nosso tempo", afirma o professor. Para ele, apenas dar acesso à internet não significa um bom uso desses meios. A educação deve ser uma das principais contribuidoras para a "cibercidadania", equipando os usuários para o posicionamento crítico na cultura digital.
Dominique Wolton: “O elo indispensável, o receptor, é também o mais frágil”
[Por FNDC] A coexistência de televisões públicas e privadas fortalece o processo democrático – a decisão é política e custa menos do que investir em armas. O pensamento é do sociólogo francês Dominique Wolton, um dos maiores expoentes, na atualidade, das reflexões sobre a comunicação. “Le plus compliqué n’est ni le message, ni la technique, mais le récepteur” (o mais complicado não é nem a mensagem, nem a tecnologia, mas o receptor), garante o pensador, autor de 16 publicações sobre o tema.
Latuff e a causa Palestina
[Por Cristiano Navarro/ Brasil de Fato] Em entrevista, o ilustrador Carlos Latuff fala sobre seu engajamento com a causa Palestina. Neste caso, mais do que as palavras, as imagens falam. [01.07.10]
Entrevista com Venício Lima sobre os perigos de se confundir liberdade de imprensa com liberdade de expressão
[Por Renato Rovai/ Fórum] Em tese, estabelecer as diferenças entre liberdade de expressão e liberdade de imprensa não seria uma tarefa das mais difíceis. No entanto, interesses econômicos de grandes grupos midiáticos conduzem o debate de forma deliberada para a confusão entre os dois termos, tidos como sinônimos quando não o são. Esse tema e todas suas implicações norteiam o livro lançado por Venício A. de Lima, Liberdade de Expressão X Liberdade de Imprensa – Direito à Comunicação e Democracia (Publisher Brasil). Na entrevista a seguir, o autor conversa sobre a obra e também fala sobre o desafio da democratização da comunicação no Brasil.
Entrevista Walter Lima Jr: "Continuamos vivendo nesse latifúndio televisivo"
[Por Marcelo Salles/ Caros Amigos] Não restam dúvidas. Walter Lima Jr. é sujeito que tem história pra contar. Aos 71 anos, lembra com clareza de fatos ocorridos cinquenta anos atrás, como as gravações de "Deus e o Diabo na Terra do Sol", filme em que trabalhou como assistente de direção de Glauber Rocha. O passeio pelas ruas dessas cidades é o fio condutor para entender a história desse cineasta brasileiro, entusiasta da cultura cineclubista, que já realizou duas dezenas de filmes, entre eles o inovador A lira do delírio e o premiado A ostra e o vento. A conversa-passeio é apenas entrecortada por críticas ao modelo televisivo brasileiro, que está “solapando nossas trincheiras culturais”, e pelas duras lembranças da ditadura civil-militar de 1964, que o deixou preso por 50 dias. Conversando com o professor Walter se aprende, com gosto, sobre cinema, história e política. [23/06/10]
O mundo da mulher é um antes da pílula e outro, depois da pílula
[Por IHU On-Line] Na opinião da escritora Rose Marie Muraro, “O homem tem muito medo da mulher, ele está muito deprimido e dizendo ‘vocês ganharam a batalha’”. A constatação é da escritora Rose Marie Muraro, na entrevista que concedeu, por telefone, à IHU On-Line. Na entrevista, ela reflete sobre os impactos provocados pela invenção da pílula nesses últimos 50 anos e identifica que, no aspecto individual, o maior ganho das mulheres foi a construção da sua identidade. E, no aspecto social, “estamos transformando a noção de política e economia”. Ela explica: “os homens têm a relação opressor/oprimido dentro de si.
Não à anistia para agentes do Estado
[Por Jorge Américo/ Radioagência NP] A vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, professora Victória Grabois, teve o pai, esposo e irmão mortos na Guerrilha do Araguaia (entre 1972 e 1975). Ambos eram filiados ao Partido Comunista do Brasil (PC do B). Em entrevista à Radioagência NP, ela afirma que a Lei de Anistia foi feita para os opositores do regime que cometeram crimes políticos e não para os agentes do Estado. [27.05.20]
Não existe absolutamente a necessidade de remoção completa de nenhuma comunidade, afirma engenheiro
[Do blog do Eliomar Coelho] “Não existe absolutamente a necessidade de remoção completa de nenhuma comunidade”, afirma Maurício Campos, engenheiro civil e mecânico, formado pela PUC/RJ, militante em diversos movimentos sociais e com vasta experiência em obras de contenção de encostas. Campos participa de um grupo de apoio técnico às comunidades dos Prazeres e Escondidinho, que sofreram desmoronamentos.
Virgínia Fontes fala sobre ações imperialistas de empresas brasileiras em outros países
[Por IHU-Online] Para a historiadora Virgínia Fontes, estamos vivendo o nascimento do imperialismo brasileiro onde os grandes capitais originados aqui no país "estão se concentrando em uma proporção faraônica" e, assim, passam a fazer investimentos diretos fora do país, além de implantar empresas no exterior. A Petrobras e a Vale são bons exemplos disso. Em entrevista à IHU On-Line, realizada por telefone, a professora explicou como o imperialismo brasileiro está surgindo e se desenvolvendo, e analisa o comportamento dessa exportação de capital a partir da atuação dessas empresas fora do país.
"Veja foi indispensável para construir o neoliberalismo"
[Por Lia Segre/Observatório do Direito à Comunicação] A professora do curso de História da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) Carla Luciana Silva passou meses dedicando-se a leitura paciente de pilhas de edições antigas da revista Veja. A análise tornou-se uma tese de doutorado, defendida na Universidade Federal Fluminense, e agora, em livro. “Veja: o indispensável partido neoliberal (1989-2002)” (Edunioeste, 2009, 258 páginas) é o registro do papel assumido pela principal revista do Grupo Abril na construção do neoliberalismo no país. [10/05/10]
Mulheres em marcha
Todos os anos, o calendário de lutas se abre com a luta das mulheres nas ruas, no Dia Internacional da Mulher. Este ano, aos cem anos dessa data, e completando-se dez anos de Marcha Mundial das Mulheres, elas foram além das ruas: foram marchar. Leia entrevista de Nalu Faria ao Jornal Democracia Socialista/Em Tempo sobre a ação da Marcha 2010 e as perspectivas pós-8 de março.
“Desinformar-se e enfrentar a investida dos meios de comunicação capitalistas”
[Por Cristiano Navarro/Brasil de Fato] Das periferias para o centro, a comunicação alternativa vai buscando brechas para transferir o poder da palavra dos maiores aos pequenos. O movimento zapatista, do México, experimentou, na década de 1990, a possibilidade de, por meio da internet, ser ouvido no mundo desde sua realidade local. Uma das protagonistas dessa ação foi Gloria Muñoz Ramírez, jornalista que acompanha o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) desde seu levante em 1994, no estado de Chiapas. Gloria segue militando na contra-informação. Seu mais novo projeto é dirigir a revista mensal Desinformémonos. Confira entrevista concedida por ela ao jornal Brasil de Fato.
Assumindo-se como marginalizados, jornais alternativos não disputam a hegemonia
Por Candice Crespi | jornalismo alternativo | 07/05/2010 |
Jornalismo: questionamento no Brasil e no mundo
Publicado em 05/05/2010
"Situação dos EUA é insustentável no longo prazo" - diz Domenico Losurdo
[Por Emir Sader/ Carta Maior] No plano estratégico, a fraqueza dos Estados Unidos emerge de alguns dados elementares: com 5% da população mundial e 20% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial, eles representam 50% das despesas militares do planeta! A longo prazo esta situação é insustentável, sobretudo se se leva em conta que o percentual estadunidense do PIB mundial tende a diminuir, enquanto continua a crescer a dívida pública. A avaliação é do filósofo italiano Domenico Losurdo que, em entrevista exclusiva à Carta Maior, analisa a situação da maior potência do planeta e a possibilidade do surgimento de uma alternativa à atual hegemonia norte-americana. [04.05.10]
Historiador Eric Hobsbawm aponta questões cruciais do século 21
[Publicada em 10.04.2010-New Left Review]
Um dia a mais, um dia mais forte - entrevista com um dos trabalhadores em greve da Vale do Canadá
[Do blog Atingidos pela Vale] "One day longer, one day stronger". Além da frase [Um dia a mais, um dia mais forte], uma pazinha dourada é outro símbolo importante para os mineiros do Canadá que trabalham para a Vale. Eles a carregam em uniformes e bolsas. Se as pazinhas estão de pé, quer dizer que os trabalhadores estão em greve.
James West, de 38 anos, é um dos 3500 trabalhadores em greve há nove meses no Canadá. Ele pertence ao sindicato USW e há oito anos opera um forno da Vale Inco na cidade de Sudbury, a 400 quilômetros de Toronto. Jamie participou do 1° Encontro Internacional dos Atingidos pela Vale. Nesta entrevista, ele conta que a empresa tenta rebaixar direitos de aposentadoria e remuneração dos trabalhadores.
As tragédias são frutos das opções políticas
[Por Carlos Rizzo, Glauco Faria e Renato Rovai/ Revista Fórum] Raquel Rolsnik, em entrevista à Revista Fórum, já havia falado como os desastres não são naturais, mas sim consequências de um modelo de gestão que não respeita o meio ambiente nem garante qualidade de vida à maioria da população. Pouco tempo depois, o Rio sofreu diversas tragédias com a chuva. Leia a entrevista completa. [8/04/10]
Ima Vieira prevê maior participação da sociedade no Conselho Curador da EBC
[Por TV Brasil] Em entrevista à página da TV Brasil, a presidente do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ima Célia Vieira, analisa a atuação deste espaço de participação da sociedade na empresa pública responsável pela TV Brasil, Agência Brasil, além de oito emissoras de rádio. Em sua opinião, a indicação de conselheiros por meio de consulta pública deve continuar. E lembra que o prazo da atual consulta termina no dia 10/04. Três novos integrantes do Conselho serão escolhidos através de sugestões de grupos da sociedade civil. [7.04.10]
Operação escorpião: o passo a passo da armadilha contra Jango
[Por Gabriel Bernardo] Em entrevista concedida ao Fazendo Media, o historiador Oswaldo Munteal Filho comenta sobre o lançamento do seu novo livro João Goulart: A Operação Escorpião e o Antídoto da História. O livro relata o passo a passo da perseguição feita ao ex-presidente da República João Belchior Marques Goulart logo após o suicídio do ex-presidente Getúlio Vargas, terminando no seu assassinato por envenenamento pela Operação Escorpião, no período do governo militar de Ernesto Geisel. Oswaldo Munteal é pesquisador da Fundação Getúlio Vargas e professor universitário da PUC, UERJ e FACHA.
Com Altair Guimarães, da Vila Autódromo: “A Ditadura não terminou”
[Por Marianna Araujo e Marília Gonçalves] O presidente da Associação de Moradores de Vila Autódromo, Altair Guimarães, fala em entrevista sobre o futuro das comunidades e o constante risco de remoção. A Vila Autódromo se localiza nas proximidades de algumas obras previstas para os Jogos Olímpicos. No início do mês, foi divulgado que o projeto entregue ao Comitê Olímpico Internacional não apenas prevê a construção do Centro de Mídia e do Centro Olímpico de Treinamento no mesmo local onde está a comunidade, como simplesmente desconsiderou sua existência. No projeto, o local onde vivem centenas de famílias há pelo menos 40 anos, aparece como um imenso vazio. Altair não vê possibilidades de um futuro melhor para as favelas sem luta popular. “Se não houver uma reação do povo, não tem melhoria”, afirma. Leia a entrevista completa em nossa página.
Soninho, do Ippur/UFRJ, fala sobre a falta de política habitacional, e defende a luta por moradia
[Por Marianna Araujo e Marília Gonçalves/ Observatório de Favelas] No dia 22 de março terá início o Fórum Urbano Mundial, organizado pela Agência Habitat da Organização das Nações Unidas (ONU). Por conta deste e dos demais eventos que ocorrem neste mês no Rio de Janeiro, com foco na questão da desigualdade urbana e habitação popular, o Observatório Notícias & Análises preparou uma série de seis entrevistas com estudiosos e militantes ligados a essas questões. O primeiro é Guilherme Soninho, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (Ippur/UFRJ), e organizador do Fórum Social Urbano, evento que acontece em paralelo ao FUM. Para ele, os espaços de debate são importantes, mas a transformação da cidade depende da luta e organização dos moradores dos espaços populares.
Entrevista com a jornalista Sandra Mayrink Veiga
[Por Marília Gonçalves] Em entrevista para o Boletim do Programa de Redução da Violência Letal, do Observatório de Favelas, a jornalista Sandra Mayrink Veiga fala sobre o tratamento dado pelo PNDH 3 ao período da ditadura militar.
Daniel Bensaïd: um lutador irredutível
[Por Mariana Santos/ Brasil de Fato] O filósofo e militante comunista Daniel Bensaïd morreu em janeiro deste ano aos 64 anos, em Paris, lutando, como em maio de 1968, pela união das esquerdas contra o capitalismo, com a fundação do Novo Partido Anticapitalista (NPA). Nesta entrevista, concedida ao Brasil de Fato em 2008, Bensaïd discute a força simbólica das lutas operárias e estudantis de 1968 na França, as consequências da aliança da socialdemocracia com o Estado neoliberal, a crise capitalista e a união das esquerdas anticapitalistas.
Os silenciados e a comunicação na América Latina. Entrevista com María Cristina Mata
[Por IHU-Online] A professora argentina María Cristina Mata esteve em Porto Alegre durante o Mutirão da Comunicação América Latina e Caribe, que ocorreu entre os dias 3 e 7 de fevereiro. No encontro, ela falou sobre o tema Comunicação dos silenciados e processos de resistência. Em entrevista, María Cristina definiu quem são os silenciados latino-americanos e analisou as formas com que potencializam suas vozes para romperem com os meios massivos de comunicação e serem ouvidos. “É preciso lembrar que antes de buscar um meio de comunicação, esses grupos se juntaram, se reuniram e compartilharam suas necessidades, seus interesses, sua vontade de transformação e logo puderam se pronunciar publicamente”, refletiu. Confira a entrevista. [18.02.10]
“Houve todo um preparativo para pegar um trabalhador num momento de reunião”, diz coordenador do MST
[Por Passa Palavra] Em entrevista, Altair Lavratti, coordenador estadual do MST em Santa Catarina, fala sobre as prisões “preventivas” ocorridas recentemente, o contexto de criminalização ao movimento e as perspectivas de continuidade do trabalho. Confira a entrevista. [18.02.10]
Representante da Via Campesina critica presença militar dos EUA no Haiti
[Por Eduardo Sales de Lima/ Radiagência NP] No Fórum Social Mundial (FSM), em Porto Alegre (RS), representantes da Via Campesina Brasil, que vivem há cerca de um ano no Haiti, formalizaram um pedido ao presidente Lula de solidariedade internacional à população do país. O integrante da Via Campesina, José Luis Patrola, revelou em entrevista estar descontente com o que chamou de oportunismo dos Estados Unidos. Segundo ele, ao enviar seus “marines ao Haiti”, o estadunidenses só “sabem fazer guerra” e “não atuar em casos de catástrofes”. Patrola fala também sobre o papel da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), chefiada pelo Brasil naquele país. Para ele, o exército é apenas uma tropa de ocupação.
A luta pelo direito à moradia na Bahia
[Por Gizele Martins] Não se pode negar que a capital baiana é bela, com muito sol, lindas praias, sem contar a enorme diversidade religiosa. Mas, como em qualquer outro lugar deste país, as diferenças e os problemas sociais de Salvador são perceptíveis. Um deles é a falta de políticas públicas habitacionais. Com isso, o número de movimentos de luta pela moradia cresce cada vez mais. Durante um dos encontros do Fórum Social Mundial Temático da Bahia, a repórter Gizele Martins, do jornal O Cidadão, da Maré, conversou com a militante baiana Ana Santos, da Frente de Resistência Urbana. Confira a entrevista
Éric Toussaint: Para além do Fórum Social Mundial, a Quinta Internacional
[Por Igor Ojeda/ Brasil de Fato] Na opinião do cientista político Éric Toussaint, um dos idealizadores do evento que se encontra em sua décima edição, é preciso criar uma frente permanente de partidos, movimentos sociais e redes internacionais para executar ações políticas comuns
"Mediação não visa tirar poder dos juízes", diz magistrada
[Por Maria Mello/ MST] O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou que as propostas do 3° Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) são incompatíveis com a Constituição. Uma delas é, por exemplo, a que exigiria mediação prévia antes da concessão de liminares de reintegração de posse. Na opinião de Dora Martins, Juíza de Direito e membro do Conselho Executivo da Associação Juízes para a Democracia (AJD) , o que se propõe é que se discuta o uso da mediação para tentar a solução de conflitos agrários e urbanos de modo pacífico. "Juízes conscientes, comprometidos com a democracia, não têm por princípio ouvir as partes envolvidas em um conflito antes de tomar uma decisão?", questiona. [22.01.10]
Entrevista com Pascual Serrano: Devemos buscar uma revolução midiática
[Por Brasil de Fato e Caros Amigos] O silêncio é, paradoxalmente, um dos principais mecanismos adotados pelos meios de comunicação para manipular os fatos. Se uma notícia não interessa aos donos da imprensa – e, consequentemente, aos donos do mundo –, ela simplesmente não é veiculada. Tal denúncia é feita pelo jornalista espanhol Pascual Serrano, um dos fundadores da página alternativa Rebelión e autor do livro “Desinformación. Cómo los medios ocultan el mundo”, lançado em meados do ano passado.
Paulo Vannuchi: Vamos abrir os arquivos, punição é com o Judiciário
[Por Caros Amigos] Atual titular da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, o ministro Paulo de Tarso Vannuchi tem sob a sua responsabilidade assuntos delicados e fundamentais para o povo brasileiro. Dentre eles, a abertura dos arquivos da ditadura civil-militar (1964-1985), o esclarecimento das mortes praticadas por agentes do Estado, a constituição de uma Comissão de Verdade e Justiça, além de todas as outras violações dos direitos humanos que ocorrem cotidianamente pelo país afora. Confira a entrevista concedida à revista Caros Amigos.
Caros Amigos entrevista Carlos Nelson Coutinho
[Por Caros Amigos] Carlos Nelson Coutinho, um dos intelectuais marxistas mais respeitados do Brasil, recebeu a Caros Amigos em seu apartamento no bairro do Cosme Velho, Rio de Janeiro, para uma conversa sobre os caminhos e descaminhos da esquerda brasileira, sua decepção com o governo Lula e as possibilidades de superação do capitalismo.Estudioso de Antonio Gramsci, Coutinho defende a atualidade de Marx e reafirma o que disse em seu polêmico artigo “Democracia como valor universal”, publicado há 30 anos: “Sem democracia não há socialismo, e sem socialismo não há democracia”.
Jonas Valente fala sobre Confecom, as proposta do governo e a democratização da mídia
[Por IHU Online] Começa, no próximo dia 14, a Conferência Nacional de Comunicação, fruto de uma luta dos movimentos que defendem a democratização da comunicação que já dura muitos anos. A IHU On-Line conversou, por telefone, com Jonas Valente, do Intervozes, sobre as propostas que o governo pretende discutir, assim como os eixos centrais que devem fazer parte das discussões que serão realizadas neste evento. "A constatação clara, que existe por parte de todos os segmentos, é a necessidade de ter um novo marco regulatório, ou seja, precisamos modernizar a nossa legislação", opinou.
ENTREVISTA: "A história oficial exclui os negros da construção do país", denuncia Cláudia Durans
‘Propomos uma comissão que investigue a verdade’, diz Stédile
[Por Folha de S.Paulo] O integrante da coordenação nacional do MST, João Pedro Stedile, desmente as acusações de vandalismo na área da Cutrale, denuncia as consequências da exploração da empresa sobre os agricultores e cobra a apuração dos fatos. "As famílias acampadas nos disseram que não roubaram nada, não depredaram nada. Depois da saída das familías, e antes da entrada da imprensa, o ambiente foi preparado para produzir imagens que impactaram a população. Propomos a constituição urgente de uma comissão independente que investigue a verdade", afirmou. João Pedro também ressalta as diferenças entre o modelo de produção do agronegócio e da pequena agricultura: enquanto 98% do suco de laranja do país é exportado, o MST reitera seu compromisso com a produção de alimentos que cheguem à mesa do povo brasileiro. Leia a entrevista completa em nossa página.
Professor Dennis de Oliveira fala sobre livro que trata da violência da mídia
[Por Revista Fórum] A violência decorrente dos padrões de ser humano impostos pela mídia que representa os interesses hegemônicos é tema de uma coletânea de artigos que foi reunida no livro “Mídia, cultura e Violência - Leituras do Real e da Representação na Sociedade Midiatizada”. O livro partiu de discussões em torno dos impactos do filme “Tropa de Elite” e acabou reunindo análises interdisciplinares sobre a violência potencializada pela mídia. O professor Dennis de Oliveira conta que os textos, além de despertarem o leitor para uma visão crítica da mídia, também pretendem apontar para “a ideia de que somente com uma ação social coletiva é possível modificá-la”.
Povo hondurenho não vai se deixar vencer - entrevista de Zelaya para o Brasil de Fato
[Por Brasil de Fato] Após pouco mais de uma semana na embaixada do Brasil, Manuel Zelaya, ainda não viu as negociações com o governo golpista avançarem como gostaria. Para vencer a situação, afirma a necessidade de paciência e continuar as mobilizações por todo país. Tossindo muito e com uma voz cansada, ele concedeu por telefone entrevista exclusiva ao Brasil de Fato da embaixada brasileira em Tegucigalpa, capital de Honduras. [29/09/09]
A Guerra no Século 21 ou A terceirização da guerra
[Por Natália Aruguete e Walter Isaía] "A ideia do conflito permanente cria condições para o surgimento de um modelo econômico que seria impossível instalar em condições de paz. Ao mesmo tempo, é cada vez mais importante a intervenção de Companhias Militares Privadas (CMPs) em todo o mundo, do Iraque até a Colômbia". Essa é a opinião de Dario Azzelini, pesquisador italiano das novas guerras. Para ele, "a guerra não é mais para instalar outro modelo econômico: ela é o modelo". Confira a entrevista.
Dênis de Moraes fala sobre a crise entre Clarín e Governo Kirchner
[Do blog Conversa Afiada] O jornalista Paulo Henrique Amorim, do blog Conversa Afiada, entrevistou o professor Dênis de Moraes, do Departamento de Estudos Culturais e Mídia da UFF. Ele é autor do livro A Batalha da Mídia, em que apresenta uma pesquisa feita sobre as políticas de comunicação propostas e implementadas por governos progressistas da América Latina. Na entrevista, Dênis comenta sobre a crise entre o governo Cristina Kirchner e o grupo Clarín por causa de "uma das mais avançadas e democráticas legislações de comunicação, elaborada a partir de amplas consultas aos mais diversos segmentos da sociedade civil argentina".
Virgínia Fontes: A luta popular hoje deve ser anticapitalista
[Por Caros Amigos] A historiadora, pesquisadora do CNPq, professora aposentada da Universidade Federal Fluminense(UFF) e professora visitante na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fiocruz, no Rio de Janeiro, Virgínia Fontes tem realizado excelentes estudos e reflexões sobre o Estado, a democracia e o desenvolvimento do capitalismo no Brasil. Sua contribuição para a compreensão da realidade brasileira se expressa também nos cursos de formação política tanto nos espaços acadêmicos e universitários quanto nas frentes de luta dos movimentos sociais. Confira a entrevista exclusiva concedida à revista Caros Amigos.
"Bases dos EUA na Colômbia ofendem dignidade e inteligência", diz Galeano
[Por Fernando Ortiz/ Cronicón] Em entrevista concedida no Equador, Eduardo Galeano fala sobre o significado do projeto de instalação de bases militares norte-americanas na Colômbia e sobre o atual momento da América Latina. Ao mesmo tempo em que região vive um tempo aberto de esperança, diz o escritor uruguaio, a independência ainda é um projeto inacabado. "Há uma espécie de renascimento que é digno de celebração em países que não chegaram ainda a ser independentes, apenas começaram um pouquinho a sê-lo. A independência é uma tarefa pendente para quase toda a América Latina", afirma.
‘Guerra santa’ entre emissoras expressa nova fase do capitalismo
[Por Aline Scarso/ Radioagência NP] Globo e Record têm trocado ataques em pleno horário nobre da televisão brasileira. As agressões foram motivadas pela denúncia de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro contra o bispo Edir Macedo e mais nove dirigentes da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Enquanto a Globo acusa o fundador da Universal por atos de corrupção, a Record relembra as ligações da empresa da família Marinho com a ditadura militar. Em entrevista à Radioagência NP, o professor de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), Silvio Mieli, analisou o caso. Ele afirma que a briga entre as duas emissoras é expressão de uma nova fase da reorganização do capitalismo mundial.
Philip Alston, relator da ONU, fala sobre "cultura da impunidade" em relação a mortes cometidas por policiais no Brasil
[Mônica Villela Grayley/ Rádio ONU] O relator especial do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre Execuções Arbitrárias, Sumárias ou Extrajudiciais, Philip Alston, fala sobre as conclusões de visita de 10 dias ao Brasil em novembro de 2007. Alston também comenta a situação da segurança no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Recife. É possível ver como pouca coisa mudou de lá pra cá.
Colômbia ampliará presença militar dos Estados Unidos em seu território, aumentando instabilidade na região
[Por Brasil de Fato] O SEGUNDO SEMESTRE começou quente na América Latina. Após o golpe de Estado em Honduras, foi a vez da Colômbia de Álvaro Uribe atrair as atenções após anunciar a instalação de sete bases militares estadunidenses em seu território. Entretanto, enquanto no primeiro país uma possível ingerência dos Estados Unidos é fonte de insatisfação dentro e fora de Honduras, no segundo caso ela encontrou o apoio de alguns e o silêncio de outros. O rechaço veio apenas da parte dos presidentes Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador) e, principalmente, Hugo Chávez (Venezuela).
Dulci: Conferência de Comunicação acontece mesmo sem setor empresarial
[Fonte: Caros Amigos] Em entevista concedida a revista Caros Amigos, o ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, afirmou que a 1ª Conferência Nacional de Comunicação será realizada na data prevista, de 01 a 03 de dezembro, mesmo que o setor empresarial se retire das discussões. Para ele, a Conferência não perde legitimidade por não ter em seu fórum os empresários. Apenas a abrangência será mais restrita.
Com Dênis de Moraes – ‘Brasil tem muito a aprender nas políticas de comunicação’
[Por Marcos Pereira/ Portal Vermelho] 'A comunicação jamais esteve tão fortemente entranhada na batalha das idéias pela direção moral, cultural e política da sociedade'. Com essa frase na apresentação de seu livro A Batalha da Mídia, o professor Dênis de Moraes sintetiza a importância do debate sobre políticas de comunicação. O livro reúne ensaios que discutem o papel da comunicação na luta pela hegemonia política e cultural na sociedade contemporânea.
Chega de esmola. É preciso mudar o modelo de desenvolvimento
[Por Daniele Zappalà/ Avvenire] "Não acredito mais na generosidade e nos bilhões do G8. Nesta fase em que os próprios países ricos estão em plena tempestade, seria mais útil admitir os erros passados na cooperação com a África e tentar uma mudança de rota nas relações recíprocas". Essa é dura a opinião de Aminata Traoré, ex-ministra da Cultura de Mali e há muito tempo entre as vozes emblemáticas da África em busca de resgate. Os seus livros, dentre os quais o recente "L’Africa umiliata", estão traduzidos também na Itália. A reportagem é de Daniele Zappalà, publicada no jornal Avvenire, dos bispos italianos, 10-07-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Sin Permiso, uma revista de esquerda na Colômbia
[Por Myriam Bautista/ El Tiempo, de Bogotá] Um grupo de intelectuais criou uma revista digital e impressa, com um conselho editorial formado por líderes da esquerda, dos anos setenta, de três continentes. A imagem poderia ser de um conto de Julio Cortázar: um grupo de homens e mulheres de duas gerações, com muito em comum mas, talvez o mais importante, politicamente derrotados, reunem-se para criar uma revista, com três núcleos de redação, em Barcelona, Buenos Aires e México, e cada um com os pés em distintas cidades, tantas como amigos de velhas lutas, dispersados pelo mundo. Passaram três anos e SinPermiso é já uma referência de leitura obrigatória para 21 mil pessoas dos cinco continentes. Leia a entrevista com o editor geral, Antoni Domènech. [23.06.09]
Sinpro Campinas investe em cultura e comunicação
O Sindicato dos Professores de Campinas e Região abrange cerca de 10 mil trabalhadores da rede privada de Educação Básica (ensinos fundamental e médio) e do Ensino Superior. Destes, 4.500 são sindicalizados. O sindicato investe na comunicação, e mantém uma página na internet atualizada diariamente: http://www.sinprocampinas.org.br/. Também envia semanalmente um boletim eletrônico para 4.200 endereços de e-mail, e ainda são editados o Jornal do Sinpro, bimestral, e a revista Sinpro Cultura, a cada quatro meses. A revista existe desde 1983 e foi premiada recentemente pelo Ponto de Mídia Livre na categoria publicação regional. [21.06.09]
Maria Victoria Benevides – ‘Jornal não pode mentir’
[Por Daniel Santini / Folha Universal] A cientista política, socióloga e educadora Maria Victoria Benevides, da Universidade de São Paulo (USP), é uma das pesquisadoras mais importantes da área de Direitos Humanos. No início do ano, fez junto com o advogado Fábio Comparato um protesto contra editorial em que o jornal Folha de S. Paulo amenizava barbaridades da Ditadura Militar. Acabaram chamados de cínicos. O desrespeito com os dois intelectuais motivou uma passeata em frente à redação e campanhas de cancelamento de assinaturas. Nesta entrevista, a professora, volta a fazer críticas ao jornal, e lembra que o jornalismo é serviço público e deve ser exercido com responsabilidade. “Temos que educar os jovens para cidadania, incutir o respeito ao bem público”, defende.
Gilberto Maringoni: apesar da crise, uma melhoria de vida para a população da Venezuela
[Por IHU Online] A Revolução Venezuelana é o título do novo livro de Gilberto Maringoni. Nele, o jornalista apresenta um histórico político deste país e contextualiza o atual momento, com suas possibilidades e limites, do governo de Hugo Chávez. Maringoni, em entrevista à IHU On-Line, falou sobre algumas questões que são levantadas tanto em função da campanha midiática que se faz contra Chávez quanto com a chegada da crise financeira mundial e suas consequências para a economia petroleira do país. Por isso, Maringoni analisa as opções que Chávez tem dado aos venezuelanos. “A imagem de Chávez para a população é de um tempo de melhoria de vida”, define.
Eric Hobsbawn: “Se a humanidade não mudar sua convivência mútua e com o planeta, o futuro nos preserva maus agouros”
[Por Verena Glass/ Revista Sem Terra] Nesta entrevista exclusiva, concedida por e-mail de Paris, o historiador Eric Hobsbawm apresenta ao leitor sua avaliação das origens, efeitos e desdobramentos da crise mundial. De certezas, apenas a de que, se a humanidade não mudar os rumos da sua convivência mútua e com o planeta, o futuro nos preserva maus agouros. Cético e ao mesmo tempo esperançoso, ele não acredita que uma nova ordem mundial surgirá das cinzas do pós-crise. Mas acha que ainda existem forças capazes de propor novas formas de organização e cultura políticas e sociais, como o MST. [1.06.09]
O Brasil é um país governado pelo latifúndio, afirma Carlos Walter Porto
[Por Comissão Pastoral da Terra] Estudioso da questão agrária no Brasil e colaborador da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em especial nos Cadernos de Conflitos no Campo, Carlos Walter Porto Gonçalves nos fala sobre a concentração de terras no país, comenta o aumento assustador da violência no meio rural e aponta perspectivas para os/as trabalhadores/as e comunidades tradicionais. Para ele, é o poder invisível do latifúndio que mantém a estrutura desigual da sociedade brasileira.
Contrato entre Governo de São Paulo e Editora Abril está sendo investigado pelo Ministério Público
[Por Raquel Junia - NPC] Nessa entrevista feita por correio eletrônico, o deputado federal Ivan Valente (PSOL/SP) explica as irregularidades do contrato entre a editora Abril e o Governo do Estado de São Paulo. Ivan Valente e os deputados estaduais Carlos Giannazi e Raul Marcelo apresentaram denuncia ao Ministério Público, que passou a investigar o caso. Para Ivan Valente, a escolha da Revista Nova Escola, sem licitação, para ser encaminhada para todos o professores do estado de São Paulo, demonstra o alinhamento político do governo do estado com a linha editorial das revistas do Grupo Abril. Confira a entrevista.
Entrevista com Elton Rivas
Prefeitura e Governo do estado segregam pobres com a alegação de ‘ecolimites’
[Por Katarine Flor] Com a justificativa de atender aos interesses da sociedade, autoridades planejam construir muros no entorno de favelas cariocas. Alegam que essas construções, que chamam de ecolimites, vão conter o avanço desordenado das favelas sobre as matas que ainda cobrem os morros. Mas, para a socióloga Vera Malaguti, “o muro representa a vitória de um projeto fascista. Escondida sob o manto da proteção ecológica, é uma política de apartação social, que trata a pobreza como um entrave ao meio ambiente e os pobres como sujeira”.
Muros nas favelas do RJ. Segregação? - Entrevista especial com Ignácio Cano
[Por IHU On-Line] Os muros que estão sendo construídos em torno das favelas da Zona Sul do Rio de Janeiro geram um amplo debate. "Qual é a lógica por detrás disso?", pergunta o sociólogo Ignácio Cano, consultor do Observatório das Favelas e do Governo do Estado de Minas Gerais. Confira a entrevista.
Paraguai quer chegar a acordo sobre Itaipu ainda em 2009
[Por Clarissa Pont/ Carta Maior] Em entrevista exclusiva à Carta Maior, o secretário de Relações Internacionais do governo Fernando Lugo, Ricardo Canese, defende a agenda da soberania energética paraguaia e garante que a proposta do país para a questão engloba uma nova estruturação energética solidária para a América do Sul. "A recuperação da soberania hidroelétrica paraguaia não é apenas benéfica para o Paraguai, mas também para toda a região e para o Brasil", defende Canese que manifesta confiança em um acordo entre os dois países.
Meus filhos vão continuar na escola do acampamento
[da Agência Chasque] A polêmica sobre o fechamento das escolas em acampamentos sem terra gaúchos ficou marcada pela resistência de pais e mães, que se negaram a transferir seus filhos para a rede pública convencional. Dorildes Terezinha da Silva é uma dessas mães. Morando há dois anos no Acampamento Jair Antônio da Costa, na cidade de Nova Santa Rita (RS), na região metropolitana, Dorildes aprova o ensino dado na escola itinerante a seus três filhos. Em entrevista, a sem terra afirma que não vê problema no fato das crianças aprenderem sobre seus direitos e a lutarem por eles.
João Pedro Stédile: O governo tem medo de entrar de cabeça no debate sobre crise
[Por Luciana Lima/ Agência Brasil] A falta de debate e de novas idéias para combater a crise financeira mundial levam o governo e a classe empresarial a não conseguir resolver as questões econômicas atuais. A opinião é do integrante da direção nacional do MST, João Pedro Stedile, que, em entrevista à Agência Brasil, disse que o governo tem medo da discussão sobre a crise. “O governo tem medo de entrar de cabeça no debate sobre a crise, temendo repercussões eleitorais”, disse.
Entrevista com Ivo Lebauspin
[Por Camila Liporoni e Thais Tibiriçá] Em uma nublada manhã de sexta-feira, a equipe do Afasta de mim este Cale-se encontra Ivo Lesbaupin, o ex frei Ivo, companheiro de Frei Betto na luta contra a ditadura militar e também personagem do filme Batismo de Sangue. Na resistência à ditadura, Ivo ajudava militantes de esquerda a que buscassem asilo no exterior. Foi preso junto com Fernando pelo delegado Fleury e torturado até que falasse como se comunicava com Marighella e o local dos encontros – uma culpa que carregou por muitos anos, só superada após sete anos de terapia. Em entrevista, o sociólogo analisou a conjuntura em que o país vive, falou sobre o governo Lula, o papel da Igreja hoje e na época da ditadura, relembrou as situações que passou na prisão, falou sobre os companheiros e sobre o filme. Confira a entrevista.
Entrevista com Vinicius Oliveira, coordenador geral da ENECOS
[Por Sheila Jacob] Em entrevista ao Boletim NPC, Vinícius Oliveira, da Coordenação Nacional da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos), falou sobre a atual situação dos cursos de comunicação e defendeu a formação de um comunicador crítico, que “esteja a favor do povo brasileiro e que possa compreender as contradições sociais e contextualizá-las”. Também criticou a composição da comissão formada pelo MEC para discutir as diretrizes curriculares do curso. Como ele lembra, o grupo não tem, em sua composição, “nenhum representante estudantil”, e ainda propõe um processo acelerado, que não prevê alterações ou contribuições no documento oficial. Confira a entrevista.
França está “à beira da explosão social”, diz cientista político da Sorbonne
[Por Lamia Oualalou/ Opera Mundi] Pela segunda vez em menos de dois meses, os franceses saíram às ruas na semana passada para protestar contra as respostas do governo às conseqüências da crise econômica. As previsões econômicas são cada vez piores: o governo estima uma queda de 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2009. Para entender melhor o que está acontecendo, Opera Mundi entrevistou Stéphane Monclaire, professor de Ciências Políticas na Universidade Sorbonne, Paris, durante viagem ao Rio. Monclaire alerta sobre a defasagem cada vez maior entre as elites políticas e a população. Lembrando da tradição de contestação violenta no país, ele avalia que uma explosão social faz parte dos cenários plausíveis.
Entrevista com Marina dos Santos, do MST
[Por Gabriel Brito e Valéria Nader/ Correio da Cidadania] Com os rigores da crise se apresentando à realidade nacional, e diante de qualquer ameaça à implantação do modelo agrícola voltado ao agronegócio, viu-se nos últimos dias um recrudescimento da perseguição de setores do poder e da mídia contra o MST e suas reivindicações – amparadas pela própria constituição, como não lembrou o ministro Gilmar Mendes ao falar das ocupações de terra. Para expor as posições e demandas do movimento, o Correio da Cidadania conversou com Marina dos Santos, coordenadora nacional do MST.
Virgínia Fontes fala sobre a Revolução Cubana: "A gente tem muito para aprender com eles"
[Por Tatiana Lima, do Sintuperj] De um lado, prateleiras de livros até o teto. Do outro, uma bandeira do Movimento dos Sem Terra (MST) repousando sobre uma poltrona, na sala de estar. Sobre a mesa, publicações do jornal "Brasil de Fato" e revistas de história. Foi neste ambiente, em sua casa, que a historiadora e professora de pós-graduação da UFF, Virgínia Fontes, concedeu entrevista ao jornal do Sintuperj, para analisar os 50 anos da revolução cubana.
Com Gilney Viana, anistiado político: A Folha deveria ver as fotos dos assassinados sob tortura
[Por Raquel Junia] Militante do Partido Comunista Brasileiro e da Ação Libertadora Nacional (ALN), Gilney Amorim Viana foi expulso do curso de medicina da UFMG pelo decreto 477. Ele foi preso em março de 1970 e permaneceu encarcerado por quase dez anos, respondendo a dez processos. Só em 1985 terminou sua condenação. Gilney foi um dos 21 anistiados políticos no último dia 27 de fevereiro, no Rio de Janeiro.
Beatriz Kushnir fala sobre o livro "Cães de Guarda"
[Por Jornal Unidade, do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo] Foi lançado pela editora Boitempo o livro que, certamente, tomará de assalto as rodas de discussão dentro das redações. É a edição da tese de doutorado da historiadora Beatriz Kushnir, "Cães de Guarda: Jornalistas e Censores do AI-5 à Constituição de 1988". Em sua tese, Beatriz mostra a estreita relação que houve naquele período entre jornalistas e policiais, como também investiga os estratagemas da direção das empresas de comunicação, ao aceitarem praticar a autocensura, como ‘sugeria’ o governo militar.
Leonardo Boff: Um outro mundo, "mais feminino", é possível
[Por Gilka Resende] Leonardo Boff, em entrevista coletiva no FSM 2009, afirmou que o sistema capitalista levou o planeta a entrar em fase de caos. Boff destacou ainda a importância da presença do presidente brasileiro no Fórum Social Mundial, porém afirmou que Lula concedeu muito à macroeconomia neoliberal. Para o teólogo e militante, o mundo precisa ser mais solidário e feminino. Dos veículos de comunicação presentes, nenhum pertencia à grande mídia.
Aleida Guevara: “Não tenho esperança em Obama”
[Por Daniel Santini] A Folha Universal publicou em fevereiro de 2009 uma entrevista feita com Aleida Guevara, filha mais velha do revolucionário Ernesto Che Guevara. No jornal, a médica cubana e especialista em alergias de crianças é vista cantando junto do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, durante o Fórum. Ela conversou com a Folha Universal durante o Fórum Social Mundial, em Belém do Pará, e falou sobre o futuro da América Latina. Comentou ainda as perspectivas do recém-empossado governo de Barack Obama nos Estados Unidos e o que sente ao ver a imagem do pai em roupas, objetos e telas de cinema por todo o planeta.
Beto Almeida defende a mídia pública, já que é impossível humanizar a mídia capitalista
[Por NPC] “É impossível humanizar a mídia capitalista. Quanto mais concentrada, mais selvagem ela será”. Essa é a opinião do jornalista Beto Almeida em relação à grande mídia do Brasil. Beto Almeida foi palestrante do 14o Curso Anual do NPC, trabalha na TV Paraná Educativa e é um dos diretores da Telesur, rede de TV latino-americana com sede na Venezuela. Em entrevista, falou sobre a necessidade de se oferecer pluralidade e de existirem canais para as TVs Comunitárias, comentou o fato de TVs privadas receberem verbas públicas, e defendeu a produção de entretenimento para conscientizar, e não com objetivos mercadológicos, como faz a grande mídia. O objetivo, para ele, deve ser a transformação social. Confira a entrevista.
O jornalista, depois de algum tempo, assimila a consciência do patrão - Entrevista com Mauricio Dias, da Carta Capital
[Por Raquel Junia] Mauricio Dias é diretor-adjunto da revista Carta Capital, uma publicação, como classifica o próprio jornalista que “pensa contra o establishment conservador”. Com experiência na grande mídia, Mauricio garante que não adianta o jornalista dessas empresas lutarem ideologicamente lá dentro, mas sim, zelar pela qualidade técnica da reportagem. “É muito complicado por si só uma pessoa de esquerda trabalhar na mídia conservadora”. O jornalista participou da mesa A resistência na grande mídia, junto com Maria Inês Nassif, jornalista do Valor Econômico, durante o 14º Curso Anual do NPC.
A cota é nossa fragilidade, afirma Mario Maestri
[Por Cynthia Raquel, Gláucia Marinho, Katarine Flor, Raquel Junia e Sheila Jacob]
Para iniciar a discussão, trechos do filme A Negação do Brasil, de Joel Zito Araújo. Na cena, um ator branco que teve o rosto pintado de preto e o nariz enxertado com algodão para viver um protagonista negro. A mesa Os mitos fundadores do povo brasileiro: Gilberto Freire, Caio Prado, Sérgio Buarque de Holanda, Darcy Ribeiro, durante o 14º Curso anual do NPC contou com os convidados Joel Zito Araújo, Virgínia Fontes e Mário Maestri. Após o debate, Mario Maestri, professor da Universidade Federal de Passo Fundo, conversou com os jornalistas do NPC.
Hamilton de Souza: O jornalismo deve estar comprometido com a transformação da sociedade
[Por Cynthia Raquel, Geam Queiroz, Gizele Martins, Jéssica Santos e Sheila Jacob] Confira a entrevista com Hamilton Octavio de Souza, professor da PUC-SP e jornalista do Brasil de Fato e da revista Caros Amigos. Ele falou sobre a necessidade de formação crítica do profissional, e criticou a reprodução do modelo neoliberal nas atuais universidades brasileiras, voltadas para o mercado de trabalho.
Entrevista José Arbex
[Por Gláucia Marinho, Katarine Flor, Raquel Junia e Sheila Jacob] O jornalista José Arbex escreve para a revista Caros Amigos e o jornal Brasil de Fato. É professor da PUC-SP, e autor dos livros Showrnarlismo e O Jornalismo Canalha. Em entrevista, Arbex falou sobre a necessidade de organização dos trabalhadores, a relação entre mídia e sociedade, a crise do neoliberalismo e a democratização do Estado brasileiro como condição essencial para uma efetiva democratização da mídia.
Entrevista Ignácio Ramonet
Os grandes meios dominantes, por definição, fazem da informação uma arma ideológica
Rádio Comunitária só para tocar música, não precisa
[Por Dioclécio Luz] A equipe do NPC conversou com Dioclecio Luz, um militante incansável pelas rádios comunitárias que participou do 14º Curso Anual do NPC. Nessa entrevista ele fala sobre sua trajetória no movimento pela radiodifusão comunitária, os problemas na lei 9.612, a necessidade de se romper com o modelo tradicional de comunicação e principalmente o reforço de que uma rádio comunitária é uma rádio de todos e para todos, e não apenas de um grupo específico. O grande desafio é dar voz para todo mundo.
Sociedade deve se sentir dona da TV Brasil
[Por Laurindo Leal Filho] O ouvidor-geral da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), jornalista Laurindo Leal Filho, foi um dos palestrantes do 14º Curso Anual do NPC. Em entrevista à equipe de cobertura do Curso, Lalo, como é conhecido, falou sobre as principais características de uma TV Pública, como a independência econômica e administrativa. Também destacou a importância de se fazer com que a sociedade se sinta dona da programação e defendeu a realização da Conferência Nacional de Comunicação.
A TV e a negação do Brasil
Entrevista com Gabriel Mendes, do Iuperj - A Cobertura das eleições para as Prefeituras do Rio e São Paulo
[por Sheila Jacob] Nesta edição, apresentamos uma entrevista feita com Gabriel Mendes, doutorando em Ciência Política do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj). O Instituto existe desde 1969, e é um centro de pesquisa e pós-graduação em ciências sociais da Universidade Candido Mendes (Ucam).
Pesquisador de ciências sociais da Guatemala fala sobre concentração dos meios de comunicação no país
[por Sheila Jacob] De 7 a 12 de outubro, foi realizado na capital da Guatemala o 3º Fórum Social das Américas. O cientista social Enrique Alvarez, diretor do grupo Incidência Democrática (IDEM), falou sobre a atual situação econômica e política do país, os movimentos sociais e a concentração dos meios de comunicação. O IDEM é um centro de investigação de ciência democrática, especializada em análises políticas, econômicas, sociais e em termos de segurança.
ENTREVISTA: ERIC HOBSBAWM- A crise do capitalismo e a importância atual de Marx
[Marcello Musto - Sin Permiso, em 29.09.2008] Em entrevista a Marcello Musto, o historiador Eric Hobsbawm analisa a atualidade da obra de Marx e o renovado interesse que vem despertando nos últimos anos, mais ainda agora após a nova crise de Wall Street. E fala sobre a necessidade de voltar a ler o pensador alemão: "Marx não regressará como uma inspiração política para a esquerda até que se compreenda que seus escritos não devem ser tratados como programas políticos, mas sim como um caminho para entender a natureza do desenvolvimento capitalista".
Entrevista com Leandro Konder - “Precisamos recuperar a garra do velho Marx”
[por Raquel Junia] Em maio deste ano a equipe do BoletimNPC decidiu, em homenagem ao 1º de Maio, fazer uma entrevista com alguém muito importante para a luta dos trabalhadores. Um nome foi consenso: o de Leandro Konder. Cada um tinha uma história para contar envolvendo o filósofo comunista. Por contratempos, a entrevista acabou não sendo realizada em maio. Quatro meses depois,(...) Leandro se rendeu e nos recebeu para esta entrevista que tanto nos honra.
Homenagem a Fausto Wolff
Fausto Wolff é um dos raros colunistas da imprensa brasileira que dignificam a profissão. Em suas palavras, "vejo o jornalismo com os olhos de quem está no meio-fio da calçada". Por isso mesmo sempre foi pressionado pelos poderosos de plantão. Hoje, cada artigo seu no Jornal do Brasil deixa a dúvida sobre a publicação do seguinte (ele escreve às terças, quintas e domingos), tal a contundência empregada. O que podemos fazer para exercer a contra-pressão é escrever para cadernob@jb.com.br e manifestar nosso apoio a este grande escritor do nosso tempo. [Entrevista concedida a Mariana Vidal, Thaís Tibiriçá e Marcelo Salles]
Márcia Jacintho: uma guerreira do século XXI
[Por Sheila Jacob] Entrevista: Márcia de Oliveira Silva Jacintho. No dia 21 de novembro de 2002, o jovem Hanry Silva Gomes da Siqueira, de 16 anos, foi assassinado por policiais militares perto de sua residência no Morro do Gambá, Complexo Lins e Vasconcellos, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Márcia Jacintho, a mãe da vítima, dilacerada e indignada conseguiu marcar dois gols contra a violência policial nos bairros populares: provou que o filho não tinha envolvimento com o tráfico de drogas e, no dia 2 de setembro, quase seis anos após o crime, Paulo Roberto Paschuini, que confessou ter sido o autor do disparo, foi condenado a nove anos de prisão.
O papel da comunicação sindical, hoje.
Entrevista com Vito Giannotti publicada no Caderno da CNTE sobre Comunicação Sindical [Maio - 2008 ]
Direito de fazer e transmitir comunicação
[Por Rosângela Ribeiro Gil] O que é o direito à comunicação? É o direito apenas de ter acesso aos meios de comunicação existentes e seus conteúdos? Quem esclarece essas questões é João Brant, coordenador do Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social, que é uma organização que luta com base na compreensão de que a comunicação é um direito humano.
“A verdade não é nada, a imagem é que machuca”
Rap, instrumento da transformação
[por Tatiana Merlino] Grupo “A família”, que se prepara para lançar seu segundo álbum, afirma que a música pode trazer mudanças “não só dentro das periferias, mas fora também”. Demis Preto Realista, Gato Preto, Crônica e Dj Bira são os integrantes. O grupo de rap, nascido há seis anos em Sumaré, interior de São Paulo, prepara seu segundo álbum, com previsão para lançamento em março de 2008. Desde 2000, quando começaram a viajar pelo país com o rapper GOG fazendo shows, palestras e debates, os quatro integrantes do grupo não pararam mais de fazer trabalhos sociais, apresentações para comunidades carentes e movimentos sociais.
Entrevista com Evandro Teixeira, por Stela Caputo
[Por Stela Caputo] Ele nos recebeu, a mim e ao fotógrafo Luiz Nabuco, no dia 7 de março de 2008, uma tarde ensolarada de sexta-feira, num jardinzinho de uma Igreja no Rio Comprido, onde está funcionando hoje o Jornal do Brasil. Quem já conversou com ele deve concordar comigo, tudo em Evandro Teixeira ri: os olhos, o sorriso, as mãos, a voz, numa expansão de generosidade. Com alegria de corpo inteiro ele começa a contar histórias, muitas, e, quando a gente percebe, atravessamos com ele na vereda de luz e sombra aberta pela fotografia. Contaminado por essa paixão desde criança, em Irajuba, no interior da Bahia, onde nasceu, Evandro se transformou na principal referência do fotojornalismo brasileiro. Suas imagens, a maioria em preto-e-branco, eternizaram episódios políticos do Brasil desde a década de 60. Pelo mundo, registrou momentos de guerra ou de glória, em especial, cobrindo as olimpíadas. Evandro, que é editor de fotografia do Jornal do Brasil, acaba de lançar mais um livro "68: Destinos. Passeata dos 100 Mil".
Democratização da mídia: é preciso olha para além do Brasil
[Por Raquel Junia] Uma conversa sobre a comunicação hoje. É assim que pode ser resumida a entrevista que o Boletim do NPC fez com o professor Dênis de Moraes. Entre uma pergunta e outra, reflexões sobre a concentração dos meios de comunicação, o trabalho do jornalista, a luta pela democratização da mídia no Brasil e na América Latina.
Você pode ser hoje cameran e amanhã repórter!
[Por Mario Camargo e Raquel Júnia] No canal público Vive TV um novo modo de fazer comunicação é colocado em prática. A emissora venezuelana valoriza o processo de construção dos programas e a hierarquia é o tempo todo questionada. Nessa entrevista, a coordenadora da Vive TV Blanca Eekhout fala sobre essa experiência inovadora, que traz comunidades populares para dentro da TV. Blanca participou de uma atividade promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro no dia 20 de maio.
Jornalista resgata a história de boletim com notícias do movimento sindical
[Por Raquel Junia] O Boletim Quinzena foi criado em 1986 pelo então Centro de Pastoral Vergueiro (CPV), de São Paulo, uma instituição que funcionava como uma espécie de arquivo para os movimentos sociais. Lá foi o destino, por exemplo, de documentos de militantes perseguidos durante a ditadura militar. O professor de Comunicação Comunitária e Popular da Universidade Estadual de Londrina, Rozinaldo Miani fez o resgate da história do Boletim Quinzena.
Telesur completa três anos em julho
[Por Jéssica Santos, Leandro Uchoas e Raquel Júnia] Perto do aniversário da Telesur, Beto Almeida, diretor da emissora, avalia os três primeiros anos da TV multiestatal criada por Venezuela, Cuba, Argentina e Uruguai. Para ele, o objetivo da Telesur de integração dos países da América do Sul está se concretizando. “Não é porque nos damos a noticia que a integração acontece, é claro que sem a ação não existe a notícia, nós não substituímos a política, mas nós revelamos e ajudamos para o crescimento de uma consciência que permita compreender que a integração é uma possibilidade histórica”, afirmou. Confira a entrevista.
Entrevista com João Pedro Stedile
[Por Raquel Junia e Arthur William] Quando a sociedade brasileira estava ainda sob a égide do capital industrial, os trabalhadores tinham diversas formas de organização social, tinham o sindicato, a associação de bairro, o partido e a escola. O capital industrial reproduzia a sua ideologia, a sua hegemonia, a sua forma de ver o mundo nesses espaços onde a classe trabalhadora estava organizada.
“As emissoras não são proprietárias dos canais de rádio e televisão”, diz Venício de Lima
[Por Raquel Junia] Você acorda de manhã, liga o rádio ou a TV enquanto toma café, entra no ônibus para chegar ao trabalho e compra um jornal para ler no caminho. Quase sempre as principais notícias coincidem, e as versões sobre determinado fato também. Você pode até se sentir bem informado (a), mas aquelas notícias são produzidas a partir de um conjunto muito restrito de atores que controlam todos os meios de comunicação no Brasil.
Carlos Pronzato: “Imagine o Che com o notebook na selva!”
[Por Raquel Junia] Para Pronzato, a comunicação alternativa é uma forma de militância e foi assim que ele construiu seu novo documentário Carabina M2 – Uma Arma Americana, sobre o período de Che Guevara na Bolívia. Acerca do filme, de Che e de outros assuntos subversivos, conversou com o NPC o cineasta e escritor argentino residente no Brasil há 12 anos, Carlos Pronzato. Em sua casa em Salvador, pode-se perceber que a militância ocupa quase todos os cantos, na sala fitas e mais fitas com o material do próximo documentário, no escritório, cartazes, livros e mais fitas disputando o espaço com uma escrivaninha. Eis um guerrilheiro informativo. [29.03.2008]
A mídia como aparato ideológico da globalização
[Por Júlio Delmanto, para o Observatório do Direito à Comunicação] Ignácio Ramonet - jornalista, escritor e teórico da comunicação – visitou recentemente a Escola Nacional Florestan Fernandes, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Diante de uma platéia composta por ativistas de 18 países, Ramonet falou sobre seu mais recente livro: "Fidel Castro, Biografia a Duas Vozes", resultado de mais de 100 horas de entrevista com o dirigente cubano, classificado por ele como "o Picasso da política". Após a palestra, o jornalista francês, editor do Le Monde Diplomatique, conversou com exclusividade com este Observatório. Veja os melhores momentos da entrevista.
"Na cobertura do caso Isabella, a novela vale mais do que o fato", diz Roberto Albergaria
[Por Claudio Leal] A morte da menina Isabella Nardoni, 5 anos, deu início a uma novela midiática à procura de desfecho. Em 29 de março, ela morreu após uma queda da janela do apartamento do pai, Alexandre, na Zona Norte de São Paulo. A polícia investiga a autoria do crime e tem como principais suspeitos o pai e a madrasta de Isabella, Anna Carolina. Em entrevista, o antropólogo Roberto Albergaria: "Na cobertura do caso Isabella, a novela vale mais do que o fato".
A imprensa sindical tem que promover novos valores
A comunicação sindical ganhou uma dimensão muito maior no século XXI do que tinha no começo do século passado. O peso que a comunicação tem hoje é absolutamente diferente do que tinha há 50 anos atrás. O título do livro já diz que a preocupação é responder aos desafios da comunicação na sociedade atual, em todos os níveis, que vão desde os tradicionais meios de comunicação – os meios impressos – passando pelos meios que vieram posteriormente, como o cinema e o rádio, chegando aos meios eletrônicos, que se multiplicaram nos últimos 20 anos do século XX, com a internet. Qual é o peso que a comunicação tem hoje na vida das pessoas? Como os trabalhadores vão utilizar os meios de comunicação para divulgar suas idéias, para disputar a hegemonia na sociedade? Essa são as questões que norteiam o livro: a centralidade da comunicação e sua importância para os trabalhadores.
“Para fazer a Reforma Agrária precisamos nos aliar com os estudantes”, diz Gilmar Mauro, do MST
[Por Raquel Júnia] “Hoje é a mercantilização de tudo. Se você está na beira de um rio vendo o pôr-do-sol com seu namorado ou namorada rapidinho um burguês olha aquilo e diz: isso pode virar um Resort. Tudo vira mercadoria, inclusive a vida”, disse Gilmar Mauro, da Coodernação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF). Gilmar Mauro participou juntamente com o professor da UFF e colaborador do NPC Marcelo Badaró da mesa Lutas Sociais no Brasil, atividade organizada pelo Diretório Central dos Estudantes da Universidade no dia 19 de março. Na ocasião, ele informou sobre a inauguração de uma escola de formação política da Via Campesina em Moçambique.
“Eu não acredito que exista outra lei pior do que a nossa lei sobre rádios comunitárias”, diz Dioclécio Luz
[Por Raquel Junia] Em entrevista ao Boletim do NPC, Dioclécio Luz fala sobre o que ele considera o veículo de comunicação mais revolucionário: a rádio comunitária. “Qual a sua formação?”, pergunto. “Tenho uma formação misturada arretada, já fui engenheiro, fotógrafo, agrônomo, ator... e agora, jornalista e escritor”, responde. O pernambucano Dioclécio escreveu os livros “Trilha apaixonada e bem humorada do que é e de como fazer rádios comunitárias, na intenção de mudar o mundo” e “A arte de pensar e fazer rádios comunitárias”. Para Dioclésio, não existe no mundo uma lei sobre rádios comunitárias melhor do que a nossa.
O papel da comunicação sindical, hoje - Entrevista com Vito Giannotti
O Jornalismo Sindical tem uma definição que vem de suas características próprias.
A primeira característica é que ele deixa claros quais são seus objetivos. Ou seja, deixa claro que tem lado, que defende uma classe e dentro dela dá especial atenção a um setor, ou seja, cada jornal se dedica prioritariamente a uma categoria específica. Não tem nenhuma postura de falsa neutralidade, de eqüidistância. Mas, é bom ter claro que isto exige muita seriedade, apresentar fatos, dados concretos e não fazer sermões, não contar lorotas ou inventar dados e fatos fantasiosos.
A Voz do Intervozes: entrevista com Diogo Moyses
[Por Karina Padial] TV digital, TV pública, concessões, rádios comunitárias. Sempre que o assunto é comunicação, o coletivo Intervozes está presente. Fundada em 2002 sob a bandeira da democratização da mídia, a ONG, que reúne ativistas, profissionais e estudantes de Comunicação, logo se transformou em referência nacional. Sua iniciativa mais importante é o Observatório do Direito à Comunicação, um site que reúne informações da área de políticas públicas. Recentemente, o Intervozes foi uma das poucas entidades que se levantaram contra a fusão das distribuidoras de revistas Dinap, da Abril, e Chinaglia. Nesta entrevista à IMPRENSA, Diogo Moyses, diretor-conselheiro da organização, fala sobre TV Brasil, monopólio e reclama da deficiência dos discursos e ações da esquerda no campo da comunicação.
Entrevista com Marcos Dantas: As oportunidades da fusão Oi/Brasil Telecom
Em entrevista ao Observatório do Direito à Comunicação, Dantas comenta a fusão da Oi (antiga Telemar) com a Brasil Telecom e defende que, havendo política por parte do governo, o negócio pode ser benéfico para a população brasileira e contribuir para um projeto de infra-estrutura pública de telecomunicações. A seguir, a entrevista na íntegra.
Manuel Castells: ‘O poder tem medo da Internet’
Se alguém estudou o que é, por dentro, a sociedade da informação, é o sociólogo Manuel Castells. A sua trilogia A era da informação foi traduzida para 23 línguas. Ele voltou para a Espanha em 2001 e dirige a pesquisa na Universitat Oberta de Catalunya, , depois de ter lecionado, durante 24 anos, na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Uma das pesquisas mais recentes é o Projeto Internet Cataluña, em que durante seis anos analisou, com 15 mil entrevistas pessoais e 40 mil pela internet, as mudanças que a Internet introduz na cultura e na organização social. Ele acaba de publicar com Marina Subirats, Mujeres y hombres, ¿un amor imposible? (Alianza Editorial), onde aborda estas mudanças. A reportagem e a entrevista é de Milagros Pérez Oliva e publicada pelo jornal El País, 6-01-2008.
“É na rua que se dá a disputa política. Não é na internet”, diz Muniz Sodré
[Por Najla Passos] A rua, a praça, a sala de aula, o plenário, a assembléia, o mundo real. Os verdadeiros espaços possíveis de luta social no capitalismo avançado passam longe da internet, do virtual, ao contrário do que previam muitos filósofos otimistas com as possibilidades de democratização abertas pela nova tecnologia, a exemplo de Pierre Lévy.
Quem afirma é o professor titular da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, pesquisador do CNPq e escritor, Muniz Sodré, autor do clássico “A Comunicação do Grotesco” (na sua 14ª edição), e mais recentemente de “O Império do Grotesco” e “Antropologia do Espelho – uma teoria da comunicação linear e em rede”. [21.11.2007]
Entrevista com Robert Fisk, o homem que ousou perguntar
Em entrevista exclusiva à História Viva, o correspondente do jornal inglês The Independent no Oriente Médio explica as raízes históricas da resistência islâmica que vê em Osama bin Laden uma inspiração contra o domínio das potências ocidentais. Nesta entrevista, concedida à História Viva durante sua passagem pela Festa Literária Internacional de Parati, Fisk questiona o uso que os governos e a imprensa ocidental fazem da palavra "terrorismo" e explica as raízes históricas da emergência dos grupos armados islâmicos, que na sua opinião são uma resposta à incapacidade dos governos ocidentais de dialogar "com os verdadeiros representantes do povo daquela parte do mundo".
Entrevista com Caco Barcellos
Por Claudia Castro de Lima. Aos 57 anos, ele é autor de Rota 66, que narra a ação da PM de São Paulo na matança de civis entre 1970 e 1992, e Abusado, que mostra a formação de quadrilha num morro carioca. No país que só fala de Tropa de Elite, o jornalista Caco Barcellos conta sua experiência de décadas com a (falta de) segurança públicas?
Jornalista e professor da USP, Laurindo Leal Filho fala sobre a questão das concessões públicas de radiodifusão
No dia 05 de outubro vencem as concessões de importantes emissoras de televisão do país, as cinco da Rede Globo - São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Brasília, as da Band, Gazeta, Record e TV Cultura de São Paulo, entre outras. Para continuarem operando os canais que lhe foram outorgados pelo Estado, o governo federal precisa autorizar e o Congresso Nacional sancionar essa renovação.
O jornalista e professor da USP, Laurindo Leal Filho, conversou com o Vermelho sobre o assunto. Ele ressaltou a ausência de um marco regulatório para o setor, os fortes interesses políticos e econômicos que entravam o avanço do debate e o poder que a Rede Globo exerce nesse cenário. "É o grande partido político do Brasil, das classes dominantes". Confira a íntegra da entrevista.
A mídia que legitima
Tese de pesquisador mostra como a revista Veja construiu o "discurso da boa escola". Por Rubem Barros
Historiadora lança biografia da comunista Laura Brandão
O setor de publicações do Centro de Memória da Unicamp acaba de lançar o livro da historiadora Maria Elena Bernardes intitulado Laura Brandão: a invisibilidade feminina na política. A biografada é ainda uma desconhecida entre nós. Este fato justifica plenamente o título do livro.
Mike Davis, Autor de Planeta favela
Em entrevista, o autor do recém-lançado Planeta Favela, o urbanista, historiador e ativista político Mike Davis, diz que a maior parte da população urbana vive hoje em imensos subúrbios sem infra-estrutura e serviços, os quais escapam a qualquer conceituação tradicional.
Entrevista Vito Giannotti - Para o trabalhador conhecer sua própria história
O escritor e ex-metalúrgico Vito Giannotti lança História das Lutas dos Trabalhadores no Brasil, um livro destinado a todos os que querem conhecer a história da classe trabalhadora no País, mas indicado, principalmente, ao trabalhador brasileiro
A LINGUAGEM COMO INSTRUMENTO DE LUTA
Por Bruno Zornitta - Entrevista com Vito Giannotti. em 17.05.2007
Vito Giannotti: Os 1º de maio de ontem deixam lições para hoje
Por Claudia Santiago
O trabalho não acabou
Por Celso Vicenzi
Para Abraço, ampliação de alianças com os movimentos sociais é central
Por Antonio Biondi - Ag. Carta Maior-
José Guilherme é coordenador de Comunicação e Cultura da Abraço (Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária) e secretário-geral do FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação). Na sua opinião, o "movimento de radiodifusão comunitária está dentro de uma guerra que ele não ganhou, mas também não perdeu". [04.2007]
Venício Lima: Fórum de TVs Públicas deve ser propositivo"
Por Observatório do Direito à Comunicação - Em entrevista ao Observatório do Direito à Comunicação, o professor Venício A. de Lima, pesquisador do Núcleo de Estudos de Mídia e Política da Universidade de Brasília (UnB) avalia que o I Fórum de TVs Públicas, previsto para acontecer entre os dias 8 e 11 de maio, pode deflagrar uma discussão mais ampla sobre a instituição de um Sistema Público de Comunicação para o país, não se resumindo apenas à criação de uma única rede nacional de televisão. Para que isso aconteça, diz Lima, o Fórum não deve ser apenas um espaço de reflexão, mas deve ter também a capacidade de propor políticas de comunicação. Lima afirma ainda que o Fórum deve ser o primeiro passo para a realização de um debate mais amplo na sociedade, com a realização da I Conferência Nacional das Comunicações. [19.04.2007]
Raimundo Pereira: Um grande repórter
Ele queria ser jogador de futebol. Esse era seu grande sonho. Tentou a carreira e não foi bem sucedido. Acabou tornando-se jornalista profissional "por acidente", pois, como acredita, a pessoa "vai sendo empurrada por forças muito maiores para certos lugares". Sorte nossa, pois ganhamos um verdadeiro craque da imprensa. Estamos falando de Raimundo Pereira, 66 anos, 40 destes dedicados ao jornalismo. Pernambucano de Exu, Raimundo inventou de ser comentarista esportivo em sua cidade, na adolescência, em uma rádio local, com serviço de auto-falantes. Era apenas o primeiro passo em uma carreira com passagem pelos principais veículos, tanto da imprensa alternativa, quanto da imprensa burguesa. Editou, à época da ditadura, os jornais Opinião e Movimento, de resistência ao regime. Agora se prepara para empregar toda sua experiência no projeto de um jornal popular diário e de circulação nacional, em conjunto com o amigo Mino Carta, jornalista responsável pela revista Carta Capital. Leia a seguir a entrevista concedida por esse incansável repórter ao Boletim do NPC. [Fevereiro/2007]
O Brasil como um grande caldeirão da cultura globalizada
[Por Eduardo Veras] Peter Burke, historiador, professor emérito da Universidade de
Cambridge, é autor de mais de 30 livros, a maioria deles editados no Brasil e disponíveis em catálogo. Entre os mais recentes, figuram justamente aqueles que se referem ao tema da Cultura, mote da conferência que ele faz na semana que vem em Porto Alegre - caso, por exemplo, de Hibridismo Cultural (Editora Unisinos, 2003) e O que É História Cultural? (Jorge Zahar Editor, 2005).
Com André Luis Covre - política das astúcias. Lula quebrou o monopólio da palavra.
"Lula aproximou duas esferas, a do cotidiano e a oficial e nos colocou diante de uma “política das astúcias”. Uma política que está possibilitando a quebra do monopólio da palavra e da riqueza", constaa André Luiz Covre. Ele acaba de concluir a dissertação de mestrado intitulada "Quimeras discursivas do presidente Lula: ambivalência em gêneros discursivos" , no Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP.
André fez um recorte da construção da imagem de Lula pela grande mídia monopolista privada de 2003 para cá. Segundo ele, "não há hegemonia econômica sem hegemonia discursiva". Lula aproxima as duas esferas discursivas, que sempre se mantiveram distantes quebrando, assim, o monopólio da palavra.
A IHU On-Line (do Instituto Humanitas da Unisinos) entrevistou André Luiz Covre por e-mail.
Confira a entrevista.
Vito Giannotti - Para o trabalhador conhecer sua própria história
O escritor e ex-metalúrgico Vito Giannotti lança História das Lutas dos Trabalhadores no Brasil, um livro destinado a todos os que querem conhecer a história da classe trabalhadora no País, mas indicado, principalmente, ao trabalhador brasileiro
Bira Dantas entrevista o grande amigo, o cartunista Éton
Conheci o Éton em 1981, quando eu ainda engatinhava no mundo das charges. Ele era chargista do Sindicato dos Bancários de São Paulo e possuía um enorme talento no desenho e arte-final. Ótimo caricaturista, ele dominava como ninguém o bico-de-pena, sendo capaz de desenvolver complexas perspectivas para ambientar seus personagens sindicaleiros. Estudioso dedicado, ele usava muitas referências em seu trabalho diário e lia muito.
VENÍCIO LIMA: ""O poder executivo, até porque não tem um sistema público articulado em torno dele, fica eternamente nas mãos dos grupos privados de mídia"
Por Bruno Zornitta - Venício Lima é jornalista, sociólogo, publicitário e professor-titular de Ciência Política e Comunicação aposentado da Universidade de Brasília (UnB). Mestre, doutor e pós-doutor pela Universidade de Illinois, pós-doutor pela Universidade de Miami, Venício é fundador e primeiro coordenador do Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política da UnB e autor, dentre outros, de Mídia, Teoria e Política (Ed. Perseu Abramo). Nesta entrevista, concedida por ocasião do 12° Curso Anual do NPC, Venício fala sobre a questão das concessões públicas de radiodifusão, o poder da mídia e a necessidade de articular um sistema público de comunicação. [Dez. de 2006]
Equipe que fez este BoletimNPC- nº 101
Bruno Zornitta, Claudia Santiago, Marcela Figueiredo e Renata Souza
Hamilton de Souza: “O jornalista interfere na realidade, pode mudar a vidas das pessoas”
Por Marcela Figueiredo - Hamilton de Souza é professor de comunicação da PUC/SP, editor da revista Sem-Terra e colunista da Revista Caros Amigos. Concedeu esta entrevista após o debate promovido pelo NPC em seu 12º Curso Anual de Comunicação.[30.11.2006]
Giovanni Alves “O cinema é a única arte capaz de nos envolver de forma radical, tocar, inclusive, no núcleo humano.”
Giovanni Alves é doutor em Ciências Sociais pela Unicamp, professor de sociologia da UNESP/Marília e autor de vários livros. É também é coordenador-geral do projeto Tela Crítica.
No 12º Curso Anual do NPC, expôs sua opinião a respeito do uso do cinema como ferramenta dos Movimentos Sociais. Após a palestra,conversou como BoletimNPC sobre projeto e ressaltou a utilidade do cinema como ferramenta de reflexão crítica. [02.12.2006]
Ademar Bogo: MST é cultura: Ideologia, tradição, pensar, fazer e sentir fazem parte da política cultural do movimento
Por Renata Souza - Para Ademar Bogo, o conceito de cultura no Movimento dos Sem Terra (MST) é consequência da própria existência do ser humano e, no caso do Movimento dos Sem Terra, da própria vida no campo. Segundo Bogo, membro da coordenação nacional do MST, a valorização da tradição e das manifestações regionais enriquece o movimento. É por isso que a atividade produtiva nos assentamentos é voltada para um tipo de ação que contesta a produção feita pelo grande mercado. E no seu projeto cultural do movimento, o teatro, a poesia, a música e os mais diversos tipos de manifestações culturais partem e se baseiam na realidade do campo e apontam horizontes mais amplos.
“Para nós a cultura tem como base três pilares: pensar, fazer e sentir. Porque ela é tudo que pensamos, fazemos e sentimos. E ela é expressa a partir do gosto e da beleza, que é uma estética que vem do movimento porque dá forma as nossas idéias”, afirma.
Gustavo Gindre: “Nós temos três pedidos de audiência protocolados no Ministério das Comunicações. Nem resposta nós tivemos”
Por Marcela Figueiredo- Gustavo Gindre é jornalista, coordenador Geral do INDECS (Instituto de Estudos e Projetos em Comunicação e Cultura) e membro do coletivo Intervozes.
Defensor de uma comunicação democrática e transparente, Gustavo Gindre participou da mesa “TV digital: para onde vai a TV no Brasil”, no 12º Curso Anual do NPC.
Esta entrevista foi realizada no dia 24 de janeiro de 2007 em uma livraria de Ipanema-RJ. Em sua fala podemos perceber a preocupação com a criação de um modelo de televisão que possibilite uma verdadeira inclusão digital a todos os cidadãos brasileiros.
Veja o que ele tem a dizer:
Altamiro Borges: “Não estou querendo pensamento único; isso quem tem são os neoliberais”.
Por Bruno Zornitta.Almiro Borges é jornalista. Destacado dirigente político do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Na década de 80 escreveu no jornal Tribuna da Luta Operária.Hoje é editor da revista Debate Sindical e colaborador do Portal Vermelho, entre outras tantas publicações.
“Eu penso que nesse caso, mesmo tendo diferenças de opinião, de análise da correlação de forças, o fundamental é a gente não queimar pontes. Não criar um sectarimo que impeça de nos unirmos em determinadas ações. Acho que o grande esforço hoje é construirmos bandeiras de unidade de ação. Não dá para construir uma unidade orgânica, mas pelo menos uma unidade de ação”, diz nosso entrevistado. [01.12.2006]
Marcos Alvito - "A dor do povo não sai nos jornais"
Por Marcela Figueiredo - Marcos Alvito é professor do departamento de História da Universidade Federal Fluminense. Flamenguista. Tem cinco livros publicados, entre eles As Cores De Acari e o mais recente Futebol Por Todo O Mundo, com o professor Vitor Andrade de Melo. Atualmente está se dedicando a uma pesquisa sobre o policiamento nos estádios de futebol. Possui um portal na Internet onde publica seus textos, resenhas, artigos e materiais usados com seus alunos: www.opandeiro.net. Em uma conversa que durou mais de duas horas, Marcos Alvito falou sobre sua pesquisa na favela, as amizades que fez lá e seus vários outros trabalhos. [14.02.2007]
Beto Almeida: “É preciso não ter a ilusão de que, algum dia, esses meios de comunicação que estão aí serão democráticos.”
Por Bruno Zornitta - Beto Almeida é jornalista. Árduo defensor de políticas públicas para massificar a leitura de jornal e pelo direito de todos a uma comunicação verdadeiramente democrática e capaz de fortalecer a luta por uma nova sociedade. Por sua luta contra a ditadura foi expulso da Universidade de Brasília. Viveu escondido, foi anistiado e reintegrado em 1979. É dirigente do Sindicato dos Jornalistas de Brasília. Trabalha na TV Senado, dá cursos de radiojornalismo para o MST, é repórter do Jornal Brasil de Fato e é diretor da Tele-Sul. Esta última, em particular, é o tema desta entrevista. [02.12.2006.]
Beto Novaes: “A imagem tem um poder de compreensão muito maior do que a escrita”
Beto Novaes é cineasta e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Desde 1979, quando fez seu primeiro filme, O Que Eu Conto Do Sertão É Isso, produz filmes nos quais se preocupa em contar a história do ponto de vista dos trabalhadores. Neles, o documentarista mostra a classe trabalhadora como protagonista, sujeito da história, e não apenas como figurante, coadjuvante, dela. [25.01.2007]
Dênis de Moraes – “Não vejo indícios de que nos livraremos tão cedo da ditadura do pensamento único”
Por Bruno Zornitta - Dênis de Moraes é professor do Departamento de Estudos Culturais e Mídia e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense e pós-doutor pelo Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales (CLACSO). Publicou, entre outros livros, Cultura mediática y poder mundial (Norma, 2006), Sociedade midiatizada (Mauad, 2006), Combates e utopias: os intelectuais num mundo em crise (Record, 2004) e Por uma outra comunicação: mídia, mundialização cultural e poder (Record, 2003), os dois últimos indicados ao Prêmio Jabuti, na categoria Ciências Humanas. [12.02.2007]
Adelaide Gonçalves - As lutas sociais produziram suas formas próprias de comunicação e engendraram formas de combate à cultura hegemônica
Por Bruno Zornitta - Adelaide Gonçalves, é militante da esquerda social, historiadora, com interesses de pesquisa e trabalhos publicados na área de História Social, em conexão com História Social das Idéias. Participou do painel "Cultura a serviço de um projeto de sociedade", no 12º Curso Anual do NPC. É professora da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Aos jornalistas que se empenham em construir uma outra comunicação, voltada para os trabalhadores, Adelaide propõe: “Vamos estudar mais, ler mais o mundo à nossa volta. Vamos aprender fazendo a luta social. Vamos ajudar a recuperar o melhor do vocabulário dos precursores socialistas libertários: solidariedade, apoio mútuo. E, como estamos próximos do 8 de março, nos inspiremos na escrita afiada, na memória de nossas Louise Michel, Mary Wolstonecraft, Flora Tristan, Rosa Luxemburgo, Emma Goldmann e no exemplo das mulheres da Via Campesina que arrancaram as mudas da morte para semear a vida. [12.02.2007]
Marcos Dantas - “A Comunicação é assunto de todos nós. As pessoas têm que largar as suas particularidades e entrar nessa discussão.”
Por Marcela Figueiredo - Marcos Dantas é professor do departamento de comunicação da PUC-RJ, ex-representante do Poder Executivo no conselho consultivo da ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) e ex-secretário de educação a distância do MEC. Trabalhou com a Federação Nacional dos Telefônicos (Fittel) e é autor do livro “A lógica do capital informação”.
Dantas participou da 12º Curso Anual do NPC na mesa sobre Democratização da Comunicação, juntamente com Gustavo Gindre. [20.01.2007]
Entrevista com Joaquim Palhares.
Por Bruno Zornitta e Renata Souza. Joaquim Palhares é formado em direito, apesar de ter estudado economia e história. Já advogado, tornou-se um dos re-fundadores da Teoria do Direito Alternativo, no Rio Grande do Sul, e criou o boletim impresso Carta Maior para difundir suas idéias. Com isso, ganhou da revista Veja, certa vez, o título de “inimigo público número um do sistema financeiro”.
Informação, a mercadoria mais valiosa do capitalismo. ENTREVISTA / DIOGO MOYSÉS
Por Rosângela Ribeiro Gil. O Brasil ainda está muito distante de garantir a realização plena de mais um direito humano, o direito à comunicação. Esta é uma das revelações da pesquisa "O Direito à Comunicação no Brasil", realizada pelo Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, que faz parte do Projeto de Governança Global da Campanha CRIS (Communication Rights in the Information Society).
A pesquisa foi lançada oficialmente em Santos (SP), no dia 5 de setembro, numa promoção do Centro de Imprensa Alternativa (CIA). O evento, como informa Carlos Gustavo Yoda, do CIA, foi uma atividade preparatória à Semana Nacional pela Democratização da Comunicação, que ocorrerá em Santos, de 17 a 22 de outubro. "Queremos sensibilizar os estudantes de comunicação, acostumados nas escolas para a lógica do mercado, a pensar a comunicação como um direito fundamental de uma sociedade democrática", informa Yoda.
O Boletim NPC entrevistou um dos coordenadores da pesquisa, Diogo Moysés, do Intervozes, que esteve em Santos no lançamento que reuniu mais de 130 pessoas, principalmente estudantes de comunicação, numa universidade local. A pesquisa está na página do Coletivo Brasil de Comunicação Social. [26/9/2005]
A periferia, como convém
Por Dafne Melo (Brasil de Fato). Ivana Bentes, pesquisadora da UFRJ, analisa a contradição do discurso das emissoras de TV sobre a periferia: ou pobre é violento ou é o pacífico criativo. [02.02.2007]
Entrevista com Ademar Bogo - 01.12.2006
Por Marcela Figueiredo. Ademar Bogo, coordenador nacional de formação do MST, foi o palestrante convidado pelo NPC para discutir a importância da cultura na sociedade.
Entrevista com José Arbex Jr. - 30.11.2006
Entrevista com Joaquim Palhares, em 01.12.2206
Esta entrevista foi concedida após o debate promovido pelo NPC em seu 12º Curso Anual de Comunicação. No debate foram discutidas várias questões referentes ao papel da comunicação como um serviço público. Na entrevista, Palhares esclarece algumas questões citadas na palestra.
Entrevista com Kjeld Jakobsen – em 02.12.2006
Entrevista com Marcelo Freixo - 02.12.2006
Marcelo Freixo, pesquisador do Centro de Justiça Global, historiador e deputado estadual (PSOL-RJ), foi um dos palestrantes do 3º dia do curso anual realizado pelo NPC. Durante sua fala, o deputado estadual eleito no Rio de Janeiro abordou fatos relativos ao que hoje a mídia e alguns governantes costumam chamar de política de segurança pública.
1ª Mostra CineTrabalho incentiva filmes e vídeos que tratam do mundo do trabalho
O Núcleo Piratininga está apoiando a 1ª Mostra CineTrabalho da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". O projeto acontece de 20 a 23 de novembro de 2006, no campus Marília - Anfiteatro I. A coordenação é do professor Giovanni Alves que será um dos palestrantes do 12º Curso de Comunicação do NPC. As inscrições podem ser feitas até o dia 27, na página www.telacritica.org. O Boletim do NPC entrevistou Giovanni para conhecer maiores detalhes da Mostra.
Entrevista com o jornaleiro que decidiu parar de comercializar as revistas Veja, Época e Primeira Leitura
Entrevista concedida a Marcelo Salles - salles@fazendomedia.com. Trinta e três anos, jornaleiro há nove. Proprietário da banca que fica num movimentado ponto de Porto Alegre, Fábio Marinho tomou uma decisão: não vai mais vender a revista Veja. Não é mais possível ficarmos esperando que os outros venham fazer algo por nós (...). Todos somos, de alguma forma, responsáveis pelo mundo em que vivemos. Fábio está se formando em História e comunicou sua decisão em carta enviada ao jornalista Hamilton Octávio de Souza e publicada na revista Caros Amigos de julho (leia a íntegra aqui). Sua esperança é, como conta nessa entrevista, contribuir para que outros jornaleiros "também tenham uma tomada de consciência e percebam a importância de seu trabalho na sociedade e tomem iniciativas, por pequenas que sejam, que contribuam para pormos um fim a este avanço dos liberais, ou neoliberais, se preferir, que só tem trazido sacrifícios para a grande maioria da população". Seu endereço eletrônico é: marinho147@hotmail.com. E seu endereço físico, pra quem quiser fazer uma visita, é o número 100 da Rua Dom Diogo de Souza, Cristo Redentor.
A Comunicação Sindical deve ser tratada com profissionalismo e respeito
Tânia Trento tem 43 anos. É a criadora da T&T Comunicação e Publicidade Ltda que presta serviço de comunicação para sindicatos. Atualmente, atende aos sindicatos de Metalúrgicos, Senalba, Sindilimpe-ES, Fundação Sementes (Consórcio da Juventude), Centro Apoio aos Direitos Humanos e as empresas Premsar e Duralevi. Tânia foi assessora de Comunicação da CUT-ES no final dos anos 80 até 1992.
Novo modelo de comunicação impulsionado pela Venezuela é ponto de referência para o continente
Entrevista com Fernando Buen Abad Dominguez, escritor mexicano. por María Mercedes Cobo e Emilce Chacón. Publicado em 28.06.2006, em http://www.vive.gob.ve.
Licenciado em Ciências da Comunicação, com mestrado em Filosofia Política. Atualmente é vice-reitor da Universidade Aberta do México, país onde nasceu em dezembro de 1956. Autor do livro “Filosofia de la Comunicação”, publicado pelo Ministério de Comunicação e Informação e apresentado na cidade de Caracas no último dia 23 de junho. Aproveitamos sua visita ao país (Venezuela) e experiência acadêmica, para conhecer sua percepção sobre as novas experiências no campo da comunicação que estão sendo gestadas, no marco do processo revolucionário em curso na Venezuela.
Entrevista de José Dirceu à Revista Imprensa
Ex-ministro analise a mídia no Brasil ... Por Pedro Venceslau e Rodrigo Manzano, de São Paulo ... 18.06.2006
A comunicação como uma “arma” contra a hegemonia neoliberal
Pelo menos desde a Revolução Francesa a comunicação é encarada como “arma central da política”. E de lá para cá a imprensa só tem se fortalecido na condição de instrumento dos grupos dominantes política e economicamente. Napoleão Bonaparte, quando invadia os países, tomava como primeira ação criar um jornal para difundir idéias. No Japão do século XIX foi expressada a seguinte frase: “um partido (político) sem jornal é como um exército sem armas”. No início do século XX, Lênin, em sua obra de 1902 (“Por onde começar”) diz que um dos primeiros atos revolucionários é a criação de um jornal. E, um exemplo mais recente, nos Estados Unidos, o presidente George W. Bush só teria conseguido apoio maciço à invasão do Iraque após “anestesiar” o cérebro de 80% dos norte-americanos a partir da campanha empreendida pelos meios de comunicação. Esses pontos de vista foram defendidos por Vito Giannotti, jornalista, escritor e coordenador do Núcleo Piratininga de Comunicação. Ele esteve em Santa Maria na sexta, 18 de novembro, falando sobre “Comunicação e Política” na abertura da programação dos 16 anos da SEDUFSM (Seção Sindical dos Docentes da UFSM/ANDES). Leia a matéria completa do jornal da SEDUFSM, de novembro de 2005, clicando aqui ou visitando o link na página da entidade. (nov/2005)
“A mídia age como partido político, como demonstrou Gramsci”
"Gramsci mostrou que a imprensa cumpre um papel fundamental para dar coesão ao processo de formação da sociedade civil. E mostrou também que a imprensa é controlada pelo capital privado, mas trata de assuntos públicos. Ou seja, ela é um veículo privado que trata de assuntos que não são privados, que são da esfera pública" (...) Entrevista com José Arbex Jr. a Nestor Cozetti, no Boletim 79 (nov/2005)
“A mídia demoniza alguns setores para que outros apareçam como positivos”
Maringoni cartunista, jornalista, arquiteto e doutorando em História. Nasceu em 1958 em São Paulo, capital. No início de novembro esteve no Rio de Janeiro onde participou de curso ministrado pelo NPC a convite do Sindicato dos Funcionários do Banco Central. Na ocasião, concedeu a Nestor Cozetti com exclusividade esta entrevista para o Boletim do NPC 79 (nov/2005)
“Rico não gosta que pobre pense”
Felinto Procópio dos Santos tem 37 anos. Ele é um dos líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Mineirinho, como é mais conhecido, não gosta muito de dar entrevistas. Mas aceitou conversar com a jornalista Eliane Amaral, no Rio de Janeiro, para o BoletimNPC. Vamos apresentar, com muitos detalhes, a vida de um lutador do povo, que não tem medo de defender suas idéias e o povo brasileiro. Ele já foi preso injustamente, mas para qualquer um afirma: “O que me move é a luta pela reforma agrária. É a vontade de ver um Brasil onde as pessoas tenham casa, comida e dignidade”. Por Eliane Amaral, junho de 2005
“A informação é parte do aparato de guerra”
Correspondente de guerra em diversas ocasiões – as duas últimas no Afeganistão (2001) e no Iraque (2003) - o jornalista português Carlos Fino esteve no final de abril na Escola de Comunicação da UFRJ, na Urca, para falar sobre sua experiência como enviado especial da tevê portuguesa RTP. Em entrevista ao Boletim NPC, comentou sobre o desenvolvimento das coberturas nas últimas investidas bélicas norte-americanas, afirmando que as novas tecnologias mudaram o papel do jornalismo. “Qual que vai ser, ainda é difícil dizer. Mas mudou”.
Veríssimo: o escritor, o ato político e a luta
Quem já se deliciou com alguns ou com todos os seus livros não acredita que aquele de fala mansa, quase um susurro, e tímido, seja o escritor bem-humorado de Comédias da Vida Privada, A velhinha de Taubaté, As mentiras que os homens contam e tantos outros, seja Luis Fernando Veríssimo. Mas é ele mesmo. A simplicidade é tanta que ele quase pede licença por estar ali, por ser o centro das atenções de uma livraria cheia, em plena terça-feira, num dia chuvoso e um pouquinho mais frio.
.....Assim que ele chega à Realejo Livros, na cidade de Santos (SP), no dia 26 de abril, por volta das 18h, logo forma-se uma fila de leitores e fãs, já com livros à mão, esperando o tão sonhado autógrafo, uma conversa rápida e também uma foto. Luis Fernando Veríssimo, apesar da timidez, recebe a todos com um sorriso largo e acolhedor. Faz questão de pedir o nome de cada um dos leitores e de escrever uma dedicatória diferente nos livros. Foi com a mesma gentileza que Luis Fernando Veríssimo, nascido em Porto Alegre (RS), em 1936, filho do famoso escritor Érico Veríssimo, falou com o Boletim NPC. Por Rosângela Gil, de Santos (SP), maio de 2005.
Fórum Social Mundial: uma resposta ao neoliberalismo
O Fórum Social Mundial não é um movimento, não é uma organização, não é uma Internacional Socialista do século XXI. Ele é um "espaço". Quem faz questão de definir o fenômeno, que reúne movimentos os mais diferentes e de várias partes do mundo há cinco anos, como "espaço", é um dos seus idealizadores, Francisco Whitaker Ferreira. Ou simplesmente Chico Whitaker. De 2001, em Porto Alegre (RS), ao quinto Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, o que move a realização desse grande encontro de povos e de movimentos é ser "uma operação de contracomunicação ao Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça)", como apresenta Whitaker, no seu livro recém-lançado O desafio do Fórum Social Mundial - um modo de ver (foto), da Editoria Fundação Perseu Abramo e Edições Loyola. Whitaker esteve em Santos (SP), na Faculdade de Direito da Universidade Católica de Santos, UniSantos, no início deste mês, onde lançou o livro e conversou com o Boletim NPC. Leia a entrevista de Rosângela Gil, de Santos, abril de 2005.
O Novo Sindicalismo, a estrutura sindical e a voz dos trabalhadores
O historiador e colaborador do Núcleo Piratininga de Comunicação, Guilherme Marques Soninho, laçou no final do ano passado o livro O Novo Sindicalismo, a Estrutura Sindical e a Voz dos Trabalhadores (foto). Leia a entrevista de Rosângela Gil e Sérgio Domingues com Soninho sobre o seu livro, em abril de 2005.
A mídia e a mulher
No Dia Internacional da Mulher, o Boletim NPC conversou com a filósofa e professora da USP, Olgária Chain Feres Matos, antes do debate "A Mídia e a Mulher", realizado no Sesc, no dia 11 de março, em Santos (SP). Foi uma hora de entrevista. O tema, logicamente, era "A mídia e a mulher", mas falar de mulher e não se falar do mundo, não se fala a verdade. Falar de mulher e não falar do homem, também pouco se está falando. Falar de mulher e não falar de mercado, de exploração, de neoliberalismo, não se está falando tudo. Nesta entrevista não há linearidade, não há começo, meio, fim. Pode-se começar do fim ou do meio. Ou do começo. Não importa. O que importa é que falamos de mulher para falarmos do mundo. Por Rosângela Gil, de Santos, março de 2005
Dom Tomás Balduíno: Pelos direitos dos povos
Goiano, 82 anos de idade, filósofo e teólogo com pós-graduação em Antropologia e Linguística, Dom Tomás Balduíno (foto) foi Bispo da Cidade de Goiás (hoje Goiás Velho) durante 31 anos. De 1965 a 1967 cuidou do prelado de Conceição do Araguaia, quando tornou-se mais conhecido por seu trabalho em defesa de povos indígenas e trabalhadores rurais. Dom Tomás participou na última segunda (28/2) do programa Roda Viva, da TV Cultura. Sem deixar se intimidar, o bispo atacou diversos setores da elites econômicas e políticas e apontou rumos para o fim dos conflitos no campo. "Jesus já dizia: isso convem fazer, e aquilo não omitir". Confira as principais informações da conversa. Por Gustavo Barreto, do NPC, fevereiro de 2005
Venício Lima: “Quem faz a História somos nós”
RIO DE JANEIRO. Com o enfraquecimento histórico dos partidos no País e o apoio do regime militar, a Rede Globo pôde ocupar espaços políticos e até mesmo forjar uma História do Brasil própria. É isso o que argumento o pesquisador da UnB Venício A. de Lima, que conversou com a equipe do Boletim NPC durante o 10 Curso anual do Núcleo. Autor do livro “Mídia – Teoria e Política” (Perseu Abramo, 2004), ele pede a atenção dos movimentos sociais para a forma como a Globo fala do passado – “importantíssimo para orientar a ação de presente” – e enxerga nas rádios comunitárias um dos grandes avanços do povo brasileiro. Por Rosângela Gil e Gustavo Barreto, dezembro de 2004.
A Internet e a Comunicação Alternativa
O 10º Curso Anual do Núcleo Piratininga de Comunicação, realizado de 1º a 5 de dezembro, no Sindipetro do Rio de Janeiro, dedicou uma mesa de debate para a ferramenta internet na perspectiva da comunicação alternativa. Um dos debatedores, Gustavo Gindre, membro eleito do Comitê Gestor da Internet no Brasil, falou para o Boletim NPC. Rosângela Gil, da Equipe NPC em Santos (SP).
Entrevista com Paulo Riccordi
Por Mariana de Oliveira Silvério
Um dos criadores do software livre defende brasileiro alvo da Microsoft
Entrevista com Richard Stallman. Por Rafael Evangelista, para o Planeta Porto Alegre, 21 de junho de 2004
Novos olhares contra velhos estigmas
Por Viviane Gomes, Rets, agosto de 2004. João Roberto Ripper e Ricardo Funari são fotógrafos reconhecidos por seus trabalhos de documentação de temas sociais. Já registraram conflitos de trabalhadores rurais sem terra e a exploração da mão-de-obra infantil.
“Quem quer que não haja criança pedindo esmola é de esquerda”
Para o escritor Vito Giannotti, nascido na Itália e que vive no Brasil desde os 21 anos, o país se divide entre casa grande e senzala. Por Iamily Rodrigues para o jornal Matéria Prima, de Maringá, agosto de 2004.
Os críticos não estão vendo fantasmas. Estão muito lúcidos
Segundo o professor da Unicamp Reginaldo Moraes, qualquer jornalista que se aventurou a ter alguma idéia na cabeça que não correspondesse àquela de seu patrão sabe o que é apropriação da informação pública. Jornal da Unicamp, agosto de 2004.
Os principais problemas da mídia brasileira não estão ligados ao exercício profissional
Para o pesquisador Venício A. de Lima, estrutura historicamente concentrada dos meios de comunicação — que permite a propriedade cruzada — deveria receber atenção. Por Ana Manuella Soares, agosto de 2004.
Conselho Federal de Jornalismo: visões opostas
Por Loianne Quintela e Rose Veronez, do Portal Andifes, setembro de 2004. A criação do Conselho Federal de Jornalismo (CFJ) vem sendo muito debatida, especialmente depois que o Projeto de Lei, elaborado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), foi enviado ao Congresso, no dia 09 de agosto, pelo Presidente Lula. Os principais objetivos do Conselho serão conferir o registro profissional, fiscalizar o exercício ético da profissão e acompanhar a formação do futuro profissional. Algumas entidades representativas da classe vêem isso como a imposição de limites à atividade jornalística, como é o caso da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Para contribuir com essa discussão o Portal Andifes entrevistou o presidente da Fenaj, Sérgio Murillo de Andrade, e o presidente da ABI, Maurício Azêdo.
Miguel Urbano fala sobre jornalismo e o poder da mídia no Brasil
Por Ana Maria Straube, 30/09/2004, para o Jornal Contraponto - PUC/SP. Perto de completar 80 anos, o jornalista português Miguel Urbano Rodrigues ainda tem fôlego para brigar com o sistema. Militante comunista, exilou-se no Brasil durante a ditadura de Antonio Salazar. Trabalhou como editorialista do jornal Estado de São Paulo entre 1957 e 1974, lutando também contra a censura e arbitrariedades impostas pelo governo militar em nosso país. Atualmente, mantém um site na Internet (www.resistir.info), onde procura dar uma visão crítica sobre diversos acontecimentos mundiais.
Derrubar as muralhas da linguagem
Por Cláudia Santiago, do Rio de Janeiro (RJ), para o jornal Brasil de Fato em novembro de 2004. A escravidão no Brasil ainda não acabou para milhões de homens e mulheres, afirma Vito Giannotti. Para ele, a causa de todos os males do país é a continuação de uma realidade que garante a Casa Grande para apenas um punhado de gente e mantém a imensa maioria na Senzala. Nessa entrevista ao Brasil de Fato, Giannotti fala sobre o seu mais recente trabalho, Muralhas da Linguagem (Ed. Mauad). Entre outras coisas, explica que na Senzala não há boas escolas e que a baixa escolaridade e exclusão social são as principais muralhas da linguagem. Giannotti quer convencer jornalistas, sindicalistas, advogados, professores, e quaisquer outros profissionais que se relacionem com o povo, de que a mesma divisão econômica injusta que se perpetua no Brasil se repete na linguagem.
TV SUL busca integração latino-americana
Entrevista com Iraê Sassi, jornalista, do Coletivo da TV Comunitária do Distrito Federal, a Nestor Cozetti: "A TV-Sul vem para suprir a carência absoluta de uma cara própria da América Latina no panorama da comunicação. Ela nasce também no contexto de um processo revolucionário em curso na Venezuela atualmente, chamado de bolivariano que inova, acelera a integração político-social e tem a característica de apostar no cidadão, na consciência das pessoas, numa rápida recuperação de nossos valores, de nossas culturas (...)"
Marcelo Freixo: Imprensa reforça lógica da criminalização
“Eu trabalho com a grande imprensa o tempo inteiro. Tem bons jornalistas comprometidos dentro de todos os jornais. Não tenho dúvida nenhuma disso. Lido com jornalistas que têm compromisso. Conseguimos produzir boas matérias. Já tivemos grandes efeitos e conquistas. Agora, não posso ter esses veículos como meios de transformação porque eles não são para isso”. Em entrevista ao BoletimNPC, Marcelo Freixo explica como a acentuação do neoliberalismo nos anos 90 agravou a exclusão e criminalização de um segmento específico da sociedade: jovens, negros e favelados. E aponta como a imprensa comprou essa lógica e reforçou a mensagem. (fev/2006)
Informação: mercadoria mais valiosa do capitalismo
O Brasil ainda está muito distante de garantir a realização plena de mais um direito humano, o direito à comunicação. Esta é uma das revelações da pesquisa "O Direito à Comunicação no Brasil", realizada pelo Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social, que faz parte do Projeto de Governança Global da Campanha CRIS - Communication Rights in the Information Society. A pesquisa foi lançada oficialmente em Santos (SP), no dia 5 de setembro, numa promoção do Centro de Imprensa Alternativa (CIA). O Boletim NPC entrevistou um dos coordenadores da pesquisa, Diogo Moysés, do Intervozes, que esteve em Santos, no lançamento que reuniu mais de 130 pessoas, principalmente estudantes de comunicação, numa universidade local. Por Rosângela Ribeiro Gil, do NPC em Santos (set/2005)
A televisão como instrumento de inércia e passividade de crianças e adultos
Entrevista com o professor e autor de vários livros sobre televisão e educação, Pedrinho Guareschi, feita por Márcia Santos, assessora de imprensa do SINTESE - Sindicato dos Profissionais da Educação do Sergipe. (out/2005)
Ismar de Oliveira Soares: Rádio diminui violência nas escolas
Um curso inovador que junta Comunicação e Educação ensina alunos das séries do ensino fundamental a produzirem programas de rádio nas escolas. O "Educomunicação pelas ondas do rádio" nasceu em 2001, financiado pela Prefeitura de São Paulo e coordenado pelo professor da USP Ismar de Oliveira Soares. O curso é uma das atividades de um projeto de pesquisa do Núcleo de Comunicação e Educação da USP (Educom) e atende a 12 mil professores, alunos e membros de comunidades educativas em 455 escolas do município de São Paulo. Entrevista a Ana Manuella Soares, fevereiro de 2006, para o Boletim NPC.
Joaquim Palhares: Informação não é mercadoria, é um bem social
Joaquim Palhares é formado em direito, apesar de ter estudado economia e história. Já advogado, tornou-se um dos re-fundadores da Teoria do Direito Alternativo, no Rio Grande do Sul, e criou o boletim impresso Carta Maior para difundir suas idéias. Com isso, ganhou da revista Veja, certa vez, o título de "inimigo público número um do sistema financeiro". Por ocasião do primeiro Fórum Social Mundial, pressentindo que a mídia comercial não cobriria o evento, transformou o boletim em uma agência de notícias na Internet, a Agência Carta Maior (www.agenciacartamaior.com.br). Nessa entrevista, concedida após palestra ministrada no 11º Curso Anual do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), ele fala sobre o surgimento da Carta Maior e o governo Lula. Entrevista concedida a Bruno Zornitta e Renata Souza, da Rede Nacional de Jornalistas Populares — Renajorp, e gentilmente cedida ao Fazendo Media. (dez/2005)
João Pedro Stédile: Movimentos sociais não conseguem falar com o povo
João Pedro Stédile, da coordenação nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), participou do 11.º Curso Anual do Núcleo Piratininga de Comunicações, realizado entre os dias 30 de novembro a 3 de dezembro de 2005, no Rio de Janeiro. Stédile falou ao público presente, jornalistas e dirigentes sindicais, sobre o Brasil que a imprensa sindical precisa mostrar. Ele concedeu entrevista ao Boletim NPC, onde fala do relatório da CPI da Terra, que Stédile classifica como "mero discurso ideológico", da imprensa burguesa e da deficiência dos movimentos sociais em criar os seus meios de informação com o povo ("Estamos muito atrasados nesse sentido"). (dez/2005)
Coordenadora da Missão brasileira ao Haiti fala ao Boletim do NPC
Sandra Quintela, visitou o Haiti como membro de uma delegação de organismos de vinte países. Nesta entrevista, ao Boletim do NPC, Sandra nos traz informações que não chegam através da grande mídia. Por Claudia Santiago, maio de 2005 (boletim 67)
Gustavo Codas: Imprensa sindical tem abordagem pobre sobre o mundo
Gustavo Codas, jornalista e assessor de Relações Internacionais da CUT nacional, participou, pela primeira vez, do curso anual do Núcleo Piratininga de Comunicação, cujo tema, neste ano, foi “Os desafios da comunicação de esquerda no Brasil de hoje”. Codas fez parte da mesa de discussão “Uma Comunicação na América Latina na realidade de hoje”, juntamente com os jornalistas Beto Almeida (diretor da TV SUR) e Gilberto Maringoni (autor do livro “A Venezuela que se inventa”). Gustavo Codas, na sua participação, falou da importância de construirmos uma comunicação independente na América Latina. “O primeiro a lançar essa idéia foi o general Perón, nos anos 50, na Argentina”, lembrou. Nessa entrevista dada ao Boletim NPC, Gustavo Codas avalia a imprensa sindical sob a perspectiva de um movimento sindical mais internacionalista. Nesse sentido, ele é taxativo: a imprensa que os sindicatos fazem hoje é “pobre” na abordagem de temas internacionais, e mesmo nos nacionais. (dez/2005)
Charge revela as contradições do mundo do trabalho, diz estudo
Rozinaldo Miani, autor da tese, é jornalista, doutor em História pela Unesp de Assis-SP, professor da disciplina de Comunicação Comunitária e Popular na Universidade Estadual de Londrina e coordenador do curso de Especialização em Comunicação Popular e Comunitária na mesma universidade. Sua tese de doutorado aborda a influência da charge no sindicalismo brasileiro, mais especificamente no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC durante a década de 90. E é sobre esse assunto que o NPC foi conversar com ele. Por Mário Camargo, maio de 2005, para o Boletim NPC
Ken Loach: um cineasta que fala dos pobres
“Os filmes permitem desenvolver perguntas, suscitar inquietudes, entretanto as mudanças têm origem nos movimentos políticos organizados.”No passado mês de janeiro “El Ateneo Obrero de Gijón” teve a felicidade de realizar uma retrospectiva sobre a obra do diretor britânico Ken Loach. Em uma cidade submetida a um processo de privatização radical de sua estrutura produtiva, a visita de Ken Loach não é como a de um estranho: seus filmes têm trazido elementos de reflexão a partir de outras realidades similares. Sua presença na cidade nos permitiu esta entrevista. Por Chema Castillo, para Página Abierta, 28/05/2005
Bernardo Kucinski: “Ninguém tem coragem para dizer a verdade para o presidente”
Desde 1998, o jornalista e professor dedica-se a fornecer a Lula uma análise crítica sobre a relação do presidente com a mídia: “Ninguém tem coragem para dizer a verdade para o presidente claramente e eu digo todos os dias de manhã”. Entrevista a Alice Sosnoswki, na Agência Repórter Social, 9/1/2006.
Telesur será uma TV em favor da integração dos povos, diz diretor multinacional
Democratizar a informação e criar um canal que reflita a diversidade e realidade das Américas. Esses são principais objetivos da Telesur, canal via satélite que, a partir deste domingo (24/7), passa a funcionar experimentalmente 24 horas por dia. De acordo com o jornalista brasileiro Beto Almeida, diretor multinacional da Telesur, o canal resgatará e revelará histórias e tradições da América Latina. Por Érica Santana, da Agência Brasil, julho de 2005
Rádios comunitárias: “Precisamos fazer as coisas ficarem mais próximas do povo”, diz juiz federal de 2005.
“Precisamos fazer as coisas ficarem mais próximas do povo, para o povo controlar o governo. Deixar de ficar tudo em Brasília e o resto do país ficar inerte, parado, esperando decisões”, diz o juiz Paulo Fernando Silveira, que ajudou a aprovar a lei número 14.013, que dá o direito às Rádios Comunitárias de operarem legalmente, mesmo sem a concessão liberada de Brasília. Entrevista a Júlia Costa e Júlia Gaspar, estudantes de jornalismo das Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA), no Rio de Janeiro, em agosto de 2005.
Jornal carioca Bafafá entrevista Fernando Morais
Nesta entrevista exclusiva ao Bafafá, Fernando Morais fala sobre vários temas: política, mensalão, esquerda, Bush e muito mais. “Estamos vivendo o pior momento da esquerda brasileira das últimas décadas. Ele só encontra paralelo no massacre de que todos fomos vítimas, em graus diferentes, durante a ditadura militar”, assegura. (set/2005)
Ignacio Ramonet: Propostas para um outro mundo possível
PORTO ALEGRE. As pessoas e os movimentos sociais que se identificam com o altermundialismo e vão a Fóruns Sociais Mundiais deveriam elaborar uma Carta Social Mundial. No documento, deveriam ser listados os pontos essenciais e comuns dos participantes dos encontros contra a globalização, como a anulação da dívida externa, a retirada de tropas militares que ocupam países e a interrupção da privatização de serviços públicos e recursos naturais. A avaliação é do jornalista Ignacio Ramonet que, em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, fez um balanço do 5° Fórum Social Mundial, que se encerrou no dia 31 de janeiro, em Porto Alegre (RS). Na foto, Ignacio Ramonet entre Noam Chomsky e Olívio Dutra, arquivo da Z Magazine do Fórum Social Mundial de 2002.
Comunicação no meio sindical: a atuação do Núcleo Piratininga de Comunicação
Por Paula Villela - Um grupo de jornalistas, professores, formadores, ativistas sindicais e de movimentos sociais, de vários estados do país e com a certeza de que, sem a comunicação, é impossível que os setores populares possam lutar pela hegemonia da sociedade. É assim que se define a equipe do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC).
Por
NPC
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Rubens Casara: Só se pode falar em uma reforma efetiva do Judiciário se houver o controle social dos meios de comunicação de massa
.....[Publicado em 6.5.13 - por Sheila Jacob] O juiz Rubens Casara, da 43ª Vara Criminal do Estado do Rio de Janeiro, investe na aproximação entre a sociedade civil e o poder judiciário. Ele faz parte da Associação de Juízes pela Democracia (AJD), instituição que tem como objetivo “dar voz a quem normalmente não tem espaço nas decisões da Justiça, pois esta está vinculada a uma tradição e uma prática conservadoras”. Em maio, ele organizou o evento “Resistência Democrática: Diálogos entre Política e Justiça”, com o objetivo de aproximar militantes sociais a atores jurídicos que possuem uma visão progressista.Casara acredita que só será possível democratizar o Judiciário se houver a regulação da mídia no Brasil. Segundo ele, muitas das decisões da Justiça são tomadas para agradar a opinião pública, “que muitas das vezes é a opinião publicada pela chamada grande mídia”. Na opinião dele, um exemplo a ser seguido é a Lei de Medios da Argentina, aprovada após um amplo processo de mobilização social.
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Produção de Mario Pedrosa como historiador da arte é tema de pesquisa na Unesp
.....[Publicado em 31.05.2013] Um intelectual antidogmático e versátil. De acordo com Mario Pedrosa, um dos primeiros trotskistas no Brasil, os artistas da Missão Francesa (1816) não foram convidados por Dom João VI para vir ao Brasil formar a Academia Nacional de Belas Artes, mas vieram fugidos por serem bonapartistas e naquela época Napoleão ter sido derrubado. Ou seja, vieram para o Brasil por terem uma chance de emprego, vieram para sobreviver. A afirmação derruba um mito da historiografia brasileira.
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Luiz Momesso fala do relançamento do livro José Duarte – Um maquinista da história
.....[Publicado em 22.05.13 - Por Marina Schneider e Vito Giannotti - NPC] O jornalista e professor Luiz Momesso acaba de relançar José Duarte – Um maquinista da história. O livro traça o percurso de lutas deste ferroviário comunista e militante do movimento operário que teve 36 prisões políticas, passando quase 17 dos seus 83 anos de vida encarcerado. A atuação de José Duarte se destacou tanto na organização sindical, nas primeiras décadas de militância, como também na luta contra a repressão, já no período da ditadura civil-militar. Organizou sindicatos em São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Ceará, liderando.
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Poder dos Estados Unidos na comunicação padroniza produtos culturais e estilos de vida
.....[Por Marina Schneider] Nesta entrevista exclusiva ao Boletim NPC, o professor Reginaldo Moraes, pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-Ineu), fala do peso dos Estados Unidos na rede de informação e entretenimento do mundo e dos padrões, tanto de formato como de conteúdos, que o país propaga na mídia mundial. Ele aponta que com a venda de produtos como automóveis, alimentos ou roupas, se vende também um jeito de viver. No caso dos produtos culturais isso é potencializado. “Com os bens culturais você vende mais que um jeito de viver, vende valores e ideias”, destaca. Reginaldo Moraes avalia também a postura da mídia nos atentados da maratona de Boston, no mês passado e cometa que ocorreram “curiosamente, em uma ocasião em que estava em discussão o controle da venda de armas, a exigência de documentação para registro de armas de fogo”.
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Joel Zito conversa com NPC sobre seu novo filme
.....[Publicada em 25.04.2013 - Por Marina Schneider]
Em entrevista ao Boletim do NPC, Joel Zito disse que o filme busca “reequilibrar os pontos de vistas sobre temas que viraram um debate nacional, como cotas, quilombos e outras políticas afirmativas”. Confira a entrevista completa.
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Novo livro sobre mídia é inspirado em debate realizado em Curso Anual do NPC
.....[Por Claudia Santiago, Marina Schneider e Sheila Jacob] Em entrevista, Dênis de Moraes fala sobre seu último livro, Mídia, Poder e Contrapoder, avalia o papel do jornalista e os desafios da comunicação de esquerda
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Especulação imobiliária quer comunidade do Horto fora do Jardim Botânico
.....[Publicado em 7.3.13 - por Sheila Jacob/ NPC] No final de 2012, chegou a algumas livrarias do Rio e bancas do Jardim Botânico o Diário de uma invasora. Nele, a autora, uma menina de 17 anos, expõe a versão dos moradores da comunidade do Horto sobre as ameaças de remoção que vêm sofrendo nos últimos anos. Com linguagem simples, objetiva e ao mesmo tempo encantadora, “Flávia”, pseudônimo da autora do livro Diário de uma invasora, responde aos ataques disparados contra os moradores do Horto, chamados de invasores pela vizinhança endinheirada. A idade e o tamanho de Flávia enganam: quem a vê tão jovem, não imagina a coragem e a determinação que tem. A ideia de escrever o livro veio de um episódio inusitado: um encontro, em meados de 2012, com Aspásia Camargo, então candidata a prefeita do Rio pelo PV. “Fiquei tão indignada que decidi não chorar mais e contar a outra versão dessa história do Horto. Seria um jeito de dar voz a quem não tem espaço na maioria dos meios de comunicação”, explica a autora em entrevista na Livraria Antonio Gramsci, onde também está sendo vendido o livro.
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Adriano Belisário: A cultura e o conhecimento são bens comuns
.....[Por Rodrigo Otávio/ NPC] Adriano Belisário é pesquisador da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ) e organizador, junto com Bruno Tardin, do livro “Copyfight”. O livro reúne 29 artigos sobre propriedade intelectual, circulação de bens e mercadorias, cultura livre e pirataria para além do uso da internet e do download gratuito. Na entrevista abaixo Belisário explica o porquê do livro, a necessidade da circulação de ideias, entretenimento e mercadorias deixarem de ser propriedade privada e o reflexo desses rearranjos do início do século XXI nas cidades. O livro está disponível no site www.copyfight.tk
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Para Gilberto Maringoni, Brasil deveria seguir o exemplo de países vizinhos que regularam o setor de comunicação para incentivar a diversidade informativa
.....Postura apática do governo federal com relação à democratização dos meios de comunicação decepciona o jornalista e professor Gilberto Maringoni, que aponta Dilma Rousseff e FHC como os presidentes mais próximos da mídia nos últimos anos. Nesta entrevista exclusiva ao Boletim do NPC, Maringoni avalia ainda que a cobertura da mídia sobre a América Latina melhorou na última década, mas mantém a orientação editorial de demonizar Chávez, Evo e Correa e de atacar Cuba. “É uma cobertura enviesada e sem muito compromisso com a verdade”, critica. Militante político há mais de três décadas, Maringoni fala também sobre sua candidatura a vereador em São Paulo, uma tarefa que considera coletiva. “Sou candidato porque é preciso deter um processo elitista de privatização da cidade”, afirma. Gilberto Maringoni participará do 18º Curso Anual do NPC, em novembro, fazendo uma exposição sobre as grandes corporações de comunicação da América Latina.
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TV Memória Latina aposta no audiovisual para divulgar ações dos movimentos social e sindical
.....[Por Sheila Jacob] A TV Memória Latina está dando um suporte audiovisual às lutas dos movimentos sociais e sindicais, divulgando vídeos de diversas atividades pela internet. Localizada no Rio de Janeiro, a TV é um projeto do Coletivo Tatuzaroio de Comunicação e Cultura. “Basicamente somos um grupo de marxistas, freirianos, gramscianos, vindos de diferentes partes da América Latina que escolheram o Rio de Janeiro para atuar”, explica o jornalista André Vieira, integrante do coletivo. O grupo se conheceu no mestrado em comunicação da UFRJ e resolveu criar a TV Memória Latina para colocar em prática suas reflexões sobre a comunicação. “Nossas conclusões na academia passam pela constatação de que a mídia no Brasil é desfavorável para nós da classe trabalhadora. Por isso, decidimos nos juntar aos diversos meios de comunicação alternativos que existem no país e nos apresentamos para a comunicação popular”, conta Vieira. O objetivo é, segundo ele, oferecer o acúmulo audiovisual do grupo para os movimentos sociais e contribuir para o diálogo latino-americano, ajudando a contar as histórias dos povos de nosso continente que não têm espaço na mídia tradicional. [2.8.12]
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Entrevista com o prof. Reginaldo Moraes sobre a formação dos EUA e sua presença no mundo
.....[Por BoletimNPC] Nos dias 9, 10, 16 e 17 de março, o professor Reginaldo Moraes, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os EUA (INCT/Ineu), esteve no Rio para ministrar um curso sobre o desenvolvimento dos Estados Unidos, desde a formação da nação até sua constituição como império. Após as aulas ele conversou rapidamente com o BoletimNPC sobre alguns temas abordados no curso, como a diferença da atuação do Governo norte-americano em relação às imposições neoliberais feitas aos demais países, e as limitações da “democracia” dos EUA, começando, por exemplo, com uma eleição presidencial bastante restrita. Ele também falou sobre a direita norte-americana, armada e “muito mais organizada” que a brasileira; sobre a indústria cultural norte-americana, na exportação de valores individualistas; e sobre a importância da guerra para a economia do país. Por fim, falou sobre as consequências do modelo de desenvolvimento, gerando cada vez mais desigualdade, miséria e desempregos.
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Marcelino Buru fala sobre a história do grupo Kinguelê
.....[Por Sheila Jacob] Natural de Araguari, Minas Gerais, Marcilino Moreira da Silva rodou o mundo e ficou conhecido no meio artístico e cultural como Marcelino Buru, nome que vem de Os Bruzundanga, romance de Lima Barreto. Após trabalhar com teatro no Brasil, morou seis anos em Paris, onde se dedicou à música e lançou, na década de 1970, o CD Sessão Cabidela, que fez grande sucesso na época. Buru explica que, com as dez músicas ali reunidas, ele quis mostrar que, apesar de estar em Paris, não tinha saído do Brasil. “Eu ainda estava totalmente ligado à vida social, cultural e política daqui. Na verdade, lá eu estava mais informado do que estava ocorrendo no Brasil, porque as notícias chegavam primeiro lá. Aqui tinha censura”, diz o artista sobre o CD, que pode ser encontrado na Livraria do NPC, a Livraria Antonio Gramsci.
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Entrevista com Mano Zeu - Hip Hop como ferramenta de educação libertária
.....O rapper Mano Zeu, de Foz do Iguaçu, acredita na força da música para a conscientização e a denúncia das arbitrariedades sofridas por quem não tem espaço nos meios tradicionais de fazer ouvir a sua voz. Seu trabalho recente, o CD Brasil Ilegal, é um exemplo de como a música pode servir de instrumento para a construção de uma sociedade mais justa. Como pretende ser, o álbum é um ensinamento sobre a vida do povo, a vida do morro, a vida dos excluídos.
Em entrevista concedida por e-mail, Mano Zeu conta sua história no Hip Hop, a vinda ao Rio de Janeiro, o objetivo de sua música na denúncia das injustiças e as críticas a artistas que escondem as mazelas da nossa sociedade. Ele também explica os objetivos do coletivo de que faz parte, o Fronteira Hip-Hop, e reforça o entendimento de que o rap e as práticas culturais da favela são ferramentas de educação libertária.
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Projeto O Brasil de Aloysio Biondi recupera o trabalho do jornalista que é referência na denúncia das privatizações
.....[Por Sheila Jacob] Nesta entrevista, o jornalista Antonio Biondi fala sobre o projeto "O Brasil de Aloysio Biondi", destinado a recuperar a memória desse grande jornalista, que se destacou ao denunciar o desmonte do Estado Brasileiro no livro "O Brasil Privatizado". Ele fala sobre os objetivos do projeto, o caminho que vem sendo percorrido para torná-lo realidade, a importância de seu pai na denúncia das privatizações e a atualidade de seu pensamento.
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Brigadas Populares de MG dão exemplo da importância da comunicação para as lutas sociais
.....[Por Sheila Jacob] Em Belo Horizonte existem, desde 2005, as Brigadas Populares, grupo autônomo criado para contribuir com as diversas lutas populares de Minas Gerais. As Brigadas começaram com a defesa do direito à cidade e à moradia, e hoje atuam junto às ocupações urbanas de diversas regiões do Estado. Além da luta por habitação, a organização criou frentes de ação em diversas áreas: saúde, juventude, sistema prisional, mulheres, formação, integração latino-americana e, a mais recente, mídia popular. Em entrevista ao BoletimNPC, a jornalista e militante da Frente de Comunicação das Brigadas, Carina Santos, fala sobre o surgimento e o atual funcionamento da organização. Ela destaca a importância de se criar uma frente de comunicação, já que, segundo ela, a cobertura da mídia tradicional em relação às ocupações e outras lutas urbanas segue uma fórmula: famílias invadiram terreno em bairro tal. Confira a entrevista.
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Em entrevista, Alípio Freire destaca a urgência da abertura dos arquivos da ditadura
.....[Por Sheila Jacob] O tema da abertura dos arquivos oficiais voltou à tona no final de junho, quando foi anunciado que o Governo teria dado sinalizações de recuo em relação ao tema. Apesar de afirmar a possibilidade de "sigilo" em relação a alguns documentos, os referentes à soberania nacional e questões de fronteira, a postura do Governo preocupou muitos familiares de desaparecidos e entidades de defesa dos direitos humanos que enxergam possibilidades de manter o silêncio em relação ao período da ditadura civil-militar (1964-1985). Para falar sobre o assunto, o BoletimNPC entrevistou por e-mail o jornalista e ex-preso político Alípio Freire, militante da Ala Vermelha. Nessa entrevista, ele reafirma a importância da abertura dos arquivos como enfrentamento à História Oficial construída pelas elites em função de seus interesses. Ele ainda apresenta dados da violência cometida durante o período da ditadura militar, e fala das conseqüências, hoje, da impunidade aos crimes cometidos pelos agentes do Estado.
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LUTARMADA: a música para a transformação social
.....[Por Gizele Martins] A entrevista do BoletimNPC desta quinzena é sobre um movimento social que escolheu a música como o seu principal instrumento de luta: o coletivo LUTARMADA. Desde 2004, o grupo atua em todo o Rio de Janeiro com o hip-hop. Faz muitos anos que o ritmo vem conquistando seu lugar no mercado, mas o espaço que o LUTARMADA escolheu para ter é o da militância, da busca por um mundo mais justo e igualitário. Leia a entrevista descontraída sobre música, sustentabilidade, movimentos sociais e outros assuntos que fizemos com Gas-PA, de 37 anos, morador de Padre Miguel, e Mimil, de 21 anos, morador de Costa Barros, ambos participantes do movimento.
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Entrevista com editor do jornal O Guerreiro
.....[Publicado em 09.02.11] Por Gizele Martins
Para morador do Alemão “fazer jornal é uma questão de cidadania”
O militante Nilton Gomes Pereira, de 62 anos, começou a sua luta ainda na época da Ditadura Militar. Morador do Alemão há 44 anos, o mineiro é um dos responsáveis pela fundação do jornal “O Guerreiro”, em circulação há um ano nas 13 comunidades do Conjunto de Favelas do Alemão, local que concentra aproximadamente 200 mil moradores. “Este é um jornal politizado, mas acho que as pessoas não gostam de ler. Eu quero que ele se torne a voz do morador do Alemão”, disse Diquinho, como é conhecido na comunidade. Leia abaixo a entrevista:
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Rádio Cantareira, um exemplo de comunicação comunitária que deu certo
.....[Por Gizele Martins] Há 15 anos, moradores do bairro de Vista Alegre, São Paulo, têm a alegria de acompanhar de pertinho a mais antiga rádio do local, a “Cantareira”, que faz parte da Associação Cantareira. O padre Cilto José, um dos idealizadores da rádio, foi palestrante do 16° Curso Anual do NPC. Nessa entrevista ele fala sobre o funcionamento deste meio comunitário, o tempo em que ficou parado por causa da falta de licença para funcionar, a dedicação e carinho que a população tem pela emissora, dentre outras coisas. Acompanhe.
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Claudia Costa: A comunicação sindical deve ser adequada à realidade do trabalhador
.....[Por Gizele Martins] Em entrevista ao Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), Claudia Costa, jornalista e uma das palestrantes do 16° Curso Anual do NPC, afirma que é preciso que os sindicatos façam um jornalismo diferente, é necessário colocar em pauta também o dia a dia do trabalhador. Para ela, pautar não apenas o meio trabalhista e sindical é válido, é preciso mostrar nos jornais, nos sites, nos meios de comunicação sindicais, o lazer, a cultura, a vida de cada trabalhador. "Além disso, o trabalhador pode participar da notícia, fazer seus vídeos e passar a ser um colaborador do sindicato. Isso é a democratização da comunicação".
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O mercado sobe o morro
.....[Por: Ana Lúcia Vaz/NPC - Para Itamar Silva, morador atuante da comunidade de Santa Marta, favela é gente, é cultura, é história, e são as tensões. “Não é cidade cenográfica” . Nesta entrevista, ele observa que a discussão da UPP Social – de prever a elaboração sistemática de políticas públicas que satisfaçam as demandas das populações dos morros historicamente abandonados pelo Estado – é uma contribuição das comunidades. Por intermédio de sua pressão organizada, a política das Unidades de Polícia Pacificadoras deve evoluir para algo que efetivamente funcione na construção da paz nos ambientes dominados pela violência, dos bandidos e da polícia.]
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Orlando Zaccone: “Nós precisamos aproximar a polícia da sociedade”
.....[Por Kátia Marko e Ana Lúcia Vaz/NPC] O delegado Orlando Zaccone foi um dos painelistas da mesa “A década do medo: mídia, violência e UPP”, um dos temas mais esperados pelos participantes do 16º Curso Anual do NPC, já que o tema violência não saiu das páginas dos jornais cariocas, principalmente nos dias do curso. Autor do livro Acionistas do nada: quem são os traficantes de drogas, Zaconne é responsável pelo Núcleo de Controle de Presos da Polícia Civil do Rio de Janeiro, setor que coordena as políticas junto às unidades carcerárias da Polícia Civil.
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Miguel Carter: “A escravidão permeia a alma do Brasil”
.....[Por Daniel Hammes e Ilson Lima] O sotaque de estrangeiro em terras brasileiras pode confundir a origem de Miguel Carter, professor da American University, em Washington, nos Estados Unidos. O gringo em questão é, na verdade, um paraguaio que tem orgulho da identidade do seu povo. Ele acompanhou a mobilização por reforma agrária ocorrida na década de 80, ao final do regime militar de seu país. Esta experiência o fez passar pelo Brasil, onde prosseguiu analisando a luta por distribuição de terra. O livro “Combatendo a Desigualdade Social”, escrito por ele, reúne fatos e dados que enriquecerá os argumentos para debater democraticamente contra quem combate – muitas vezes de maneira autoritária - o MST e a reforma agrária.
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Jornalista Martin Granowsky, do Página 12, participou da mesa “A comunicação digital e a batalha hegemônica"
.....[Por Marina Schneider - 28.11.2010] O jornalista Martin Granowsky participou da mesa “A comunicação digital e a batalha hegemônica” no16º Curso do NPC. Granowsky é licenciado em História e jornalista. Esteve de 1987 a 2005 no jornal argentino Página/12, onde foi desde redator até o cargo de subeditor. De 2005 a 2009, presidiu a Agência Nacional de Notícias da Argentina (Telam). Hoje está de volta ao Página/12 como colunista, tem um programa de rádio e estreia em breve a apresentação de um programa de televisão.
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Silvio Mieli defende cultura digital rica e mais humana
.....[Por Marina Schneider] Entrevista com o jornalista e professor da Faculdade de Filosofia e Comunicação da PUC-SP, Silvio Mieli, que participou da mesa “A comunicação digital e a batalha hegemônica”.
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Soninho: "Não adianta substituir o domínio nas favelas. É preciso ter controle social e participação popular"
.....[Por Tatiana Lima] Um dos participantes do 16º Curso Anual do NPC, que ocorreu no final de novembro deste ano, foi o historiador Guilherme Marques, pesquisador do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (Ippur/UFRJ). O pesquisador conversou rapidamente com o BoletimNPC sobre os eventos recentes no Rio de Janeiro, assunto que ocupou a mídia de todo o país. Soninho avaliou as megaoperações na cidade, criticou a ideia de que o Rio está em guerra e defendeu que haja melhorias de fato nas comunidades, ao invés da substituição do domínio do tráfico pelo da polícia. “É aquela velha história: ‘Paz sem voz não é paz, é medo’”, observou.
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MC Leonardo fala sobre mídia, violência e criminalização do funk
.....[Por Marina Schneider] O presidente da Associação dos Amigos e Profissionais do Funk (Apafunk) MC Leonardo esteve de volta no 16º Curso Anual do NPC para falar sobre mídia, violência e UPPs. Sua primeira participação havia sido em 2008 quando, ao lado da professora Adriana Facina, da UFF, rompeu preconceitos ao defender o funk como manifestação cultural e esclarecer sua importância na divulgação da voz da favela. Nessa entrevista, MC Leonardo fala sobre a trajetória da Associação, a importância do funk como veículo de comunicação alternativa e a necessidade da mobilização e participação popular, além de falar sobre o filme Tropa de Elite.
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Beto Almeida: Precisamos fazer nascer no Brasil uma mídia alternativa à ditadura midiática privada
.....[Por Marina Schneider] O jornalista Beto Almeida, da Telesul e da TV Comunitária de Brasília, falou sobre o futuro do jornal impresso no 16° Curso Anual do NPC. Nessa entrevista, ele defendeu um jornal público de massas e de grande tiragem. Segundo o jornalista, a experiência negativa que tivemos com a mídia nessas eleições e os exemplos positivos da mídia pública na América Latina revelam essa importância.
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Intervozes lança Contribuições para a Construção de Indicadores do Direito à Comunicação no Rio de Janeiro
.....Publicado em 4.11.10 - Por Marina Schneider
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Mães de Maio, mães da luta, mães da vida
.....[Por Gizele Martins] Débora Maria da Silva, 51 anos, é uma grande mãe, é “Mãe de Maio”, é mãe da dor e da luta diária contra esse Estado opressor que matou o seu filho. Ela quer justiça, ela quer igualdade social, mas ela não quer que outras mães passem pelo mesmo que ela passou. Esta pequena entrevista, feita no I Encontro de Blogueiros Progressistas, em São Paulo, traz um pouco da história destas “Mães de Maio” e fala também do blog que elas criaram para denunciar a realidade como ela é.
E, além disso, eu não poderia deixar de falar da minha admiração e do meu apoio a este movimento de mães e de familiares de vítimas da violência policial. Pois, este movimento é exemplo de força e de coragem! Apóie você também! Faça parte desta luta! Confira esta tão singela entrevista, e confira também o blog: www.maesdemaio.blogspot.com [02.09.2010]
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Confira a cobertura do Encontro de Blogueiros Progressistas no Vozes das Comunidades
.....Publicado em 23.08.10
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A Comunicação é um instrumento para libertar o mundo
.....[Por Gizele Martins] O jornalista Arthur William, 26 anos, além comunicador, é técnico em eletrônica, radialista e faz pós-graduação em TV Digital. Nesta entrevista, nos ajuda a entender o que é a nova sociedade da informação. Aponta o que a primeira Conferência de Comunicação deixou de bom depois de meses de sua realização. Aqui, ele nos conta um pouco da sua experiência nos movimentos sociais e estudantis, mostra a importância de participar de cada um deles e fala, também, sobre a precarização do trabalho do jornalista.
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Ex-senador Geraldo da Silva fala sobre sua vida e a história dos movimentos sociais do país
.....[Por Gizele Martins]“Eu sou um soldado a serviço dos movimentos sociais”. Foi assim que o militante e ex-Senador da República Geraldo Candido da Silva, de 69 anos, terminou esta entrevista. Morador de Piedade, Zona Norte do Rio, pai de três filhos, o Senhor Geraldo, nascido no interior do Rio Grande do Norte, município de Pedro Velho, resolveu pegar a estrada ainda cedo para procurar emprego como muitos moradores do norte e nordeste do Brasil. Chegou ao Rio de Janeiro com os seus dezoito anos, e logo descobriu que os problemas da “Cidade Maravilhosa” eram os mesmos que os da sua. Ele logo se envolveu na luta dos trabalhadores. Confira a entrevista.
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Venício Lima lança livro sobre imprensa no Brasil e no mundo
.....[Por Claudia Santiago] Em “Liberdade de Expressão X Liberdade de Imprensa” Venício Lima traça um panorama do desenvolvimento destes dois conceitos na Europa e nos Estados Unidos.
Nesta entrevista, ele afirma que o Brasil descumpre a Constituição ao permitir que os meios de comunicação social sejam objetos de monopólio ou oligopólio.
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Um sonho chamado Saramago
.....Por Rosângela Ribeiro Gil, de Santos, 1º de novembro de 2005
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Eliane Slama, da TV Comunitária de Niterói: "os trabalhadores precisam ter seus próprios meios de comunicação"
.....[Por Jéssica Santos] A TV Comunitária de Niterói foi criada por várias instituições do movimento social organizado em 1999. Desde então, vem se tornando ícone na luta por uma comunicação livre. Eliane Slama, uma das pessoas responsáveis pela programação da emissora, conversou com o Boletim NPC sobre a importância e as dificuldades de manter seu caráter plural e democrático. Ela também falou sobre a mudança recente da sede para o Instituto de Educação Física da Universidade Federal Fluminense, e a sua aprovação como Ponto de Cultura, o que, na sua avaliação, dará fôlego para o movimento.
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Autor de A negação do Brasil conversa com o BoletimNPC sobre a primeira protagonista negra em uma novela brasileira
.....[Por Jéssica Santos] Joel Zito Araújo é doutor em Comunicação pela ECA/USP. Cineasta e roteirista. Realizou a partir de 1984, 24 documentários e 22 médias metragens. Em 2000, dirigiu o documentário e lançou o livro A negação do Brasil, sobre a participação de atores negros na televisão. A atriz Thaís Araújo é uma das protagonistas do seu filme Filhas do Vento.
Não deixe de ler esta entrevista exclusiva ao BoletimNPC sobre a primeira vez em que uma telenovela brasileira tem uma negra como protagonista. Revela muito sobre a nossa história, a nossa cultura e a nossa gente. [18.05.2010]
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Há sete milhões de sem-casas no Brasil, diz pesquisador
.....[Por Gizele Martins] No último mês, os assuntos em pauta, seja nos jornais tradicionais da cidade, ou em jornais comunitários, alternativos ou sindicais, foram a chuva, a ameaça de remoção e a culpa que os governantes colocaram sobre os favelados do Rio de Janeiro. Estive em vários locais atingidos pela tragédia e ouvi dos moradores a dor de ter perdido seus lares e de sentirem na pele o descaso público. Desta vez, busquei uma outra voz. Entrevistei para o BoletimNPC o doutorando Guilherme Marques Soninho, que estuda os problemas habitacionais do Rio. Tento achar em sua falas possíveis saídas para este tão grande problema que vivem hoje estes milhares de moradores de comunidades cariocas. [17.05.2010]
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Professor da UFMT cita experiência de Santos
.....[Por Tatiana Lima] José Domingues Godói Filho é geólogo e professor da Universidade Federal do Mato Grosso. No momento, faz doutorado no IPPUR-UFRJ. Ele conversou por telefone com a repórter Tatiana Lima, para o BoletimNPC.
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"É mais fácil trabalhar o diálogo e a transformação nos meios alternativos do que nos comerciais"
.....[Por Marília Gonçalves] Em entrevista ao BoletimNPC, a jornalista Fernanda Pereira fala sobre a importância da teoria de Paulo Freire não apenas para os estudos em educação, mas também para a área de comunicação. Como ela mostra, o ideal defendido pelo educador de "diálogo" e "construção coletiva de conhecimento" pode ser aplicado à mídia. "A prática de ensino dirigista, em que um professor dita as fórmulas - assim como a mídia unilateral, de mão única - não possibilitam uma verdadeira educação - nem uma verdadeira comunicação", afirma. Em sua dissertação de mestrado "Comunicação do Oprimido: movimentos populares midiáticos nas favelas do Rio de Janeiro", ela analisa a questão da opressão nos dias de hoje e mapeia os meios de comunicação comunitários no Rio de Janeiro. Apesar dos problemas que possuem, ela constatou é mais fácil trabalhar o diálogo, a participação e a transformação que nesses veículos do que na mídia empresarial, que possui objetivos comerciais.
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Deivison Fiúza: "Uma das minhas grandes críticas aos movimentos sociais é não modernizarem a sua comunicação"
.....[Por Gabriela Moncau e Sheila Jacob] No dia Internacional da Mulher, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado de Sergipe (Sintese) promoveu o lançamento do filme Carregadoras de Sonhos. O longa foca na vida de quatro professoras sergipanas, que precisam enfrentar grandes dificuldades em seu dia-a-dia para conseguirem exercer a sua profissão. O filme foi dirigido por Deivison Fiuza, jornalista baiano de 30 anos que estreou na área do cinema com o documentário Casa de Anjo. Em entrevista antes da exibição, Fiuza explicou como foi o processo de filmagem, desde a escolha das protagonistas até o momento das gravações, e expôs a constante preocupação em melhorar a linguagem da esquerda. “Eu acho que os movimentos sociais falam muito para si. A gente precisa se comunicar com a sociedade, e essa sociedade não tem contato com as idéias da esquerda pela forma como elas são transmitidas. O que a gente precisa é renovar a linguagem”, afirmou Fiuza.
Confira a entrevista.
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Guatemala: 500 anos de exploração, opressão e lutas do povo
.....[Por Claudia Santiago] Daniel Pascual, 38 anos, veio ao Brasil para representar a Via Campesina guatemalteca na décima edição do Fórum Social Mundial. Ele é o coordenador geral do Comitê de Unidade Campesina da Guatemala (CUC). Participou de diversas mesas de debate e também do ato contra a criminalização dos movimentos sociais. Entre uma atividade e outra, o líder camponês recebeu o BoletimNPC para uma conversa de 40 minutos sobre a vida na Guatemala.
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Marcos Dantas, professor da UFRJ, defende banda larga para todos
.....[Por Marília Gonçalves/ NPC] O professor Marcos Dantas, da UFRJ, foi palestrante do 15° Curso Anual do NPC. Em entrevista concedida antes da realização da Confecom, ele
conversou com o Boletim NPC sobre TV paga, acesso às novas tecnologias e novo marco regulatório para a Comunicação no Brasil. [04.01.10]
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Altamiro Borges diz que não é novidade imprensa estar do lado do capital
.....[Por Camila, Daniel, Katarine e Tatiana] O filósofo italiano Gramsci dizia que, em momentos de crise das instituições burguesas, a imprensa ocuparia o lugar do partido das classes dominantes. “Ele já falava isso no início do século, e com o passar do tempo essa situação foi se agravando. Hoje a mídia é muito, muito poderosa. Por isso o tema do curso do NPC está corretíssimo”. Essa é a opinião do jornalista Altamiro Borges, um dos palestrantes do 15° Curso Anual do NPC. Ele esclareceu aos entrevistadores como a mídia comercial criminaliza sistematicamente os movimentos sociais e as lutas dos trabalhadores, omitindo, por exemplo, as causas das manifestações de rua.
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No Congresso Nacional existe o lobby da terra, do céu e do ar, diz Laurindo Leal
.....[Por Daniel Hammes e Tatiana Lima] Laurindo Leal, ouvidor-geral da Empresa Brasil de Comunicação (EBC)e professor de comunicação da USP, fala, em entrevista, sobre a importância da regionalização da programação para a democracia e a cultura do país. Ele comentou ainda o papel da Confecom em se estimularem meios alternativos e populares de comunicação para que não se perpetue o pensamento único. E reforçou a ideia da comunicação como um direito humano fundamental, portanto de todos. Laurindo finalizou observando que existe, no Congresso Nacional, o lobby da terra, do céu e do ar. Confira a entrevista feita pelos jornalistas Daniel Hammes e Tatiana Lima, durante o 15° Curso Anual do NPC.
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Entrevista com Dênis de Moraes, durante o 15° Curso Anual do NPC
.....[Por Sheila Jacob] O professor Dênis de Moraes, da UFF, foi palestrante no 15° Curso Anual do NPC, que ocorreu entre os dias 11 e 15 de novembro. Em entrevista ao BoletimNPC, ele falou sobre a 1ª Conferência Nacional de Comunicação, para ele importante pelas discussões dá visibilidade, e não pelas expectativas de mudança na legislação ou políticas públicas. E também comenta ainda o exemplo recente da Argentina na revisão da lei de comunicação do país, principalmente pela metodologia democrática de consulta a diversos segmentos da sociedade civil.
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Entrevista com Jon Blair e Tom Phillips, diretor e co-produtor do filme Dançando com o Diabo
.....[Por Sheila Jacob] O BoletimNPC entrevistou o jornalista e cineasta Jon Blair, diretor do filme Dançando com o Diabo. O documentário, recém lançado no Festival do Rio, aborda a realidade das favelas cariocas, com foco no Complexo da Coréia, Zona Oeste do Rio. Também participou da entrevista o jornalista Tom Phillips, correspondente do The Guardian e co-produtor do longa. Nessa entrevista, ambos falam sobre a responsabilidade social do jornalismo, as visitas às favelas do Rio, os contatos com traficantes, policiais e pastores, e a importância de se humanizar e dar oportunidade de todos esses atores se manifestarem. Para Blair, muitas vezes essas pessoas são tão desumanizadas “que até nos esquecemos de que eles também têm mães”. Como ele lembra, muitas vezes a mídia trata do tema da favela ou tráfico com adjetivos pejorativos, como “diabólico” e “mau”. Tom conta que a ideia desse documentário é mostrar o outro lado, já que o seu diferencial “é mostrar os olhos desses personagens”, como diz. [9/10/09]
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Em entrevista para o Boletim NPC, Joel Zito fala sobre a importância do cinema de reflexão
.....[Por Katarine Flor] Joel Zito acredita que os filmes trazem a possibilidade de conformar ou transformar os imaginários das pessoas. Para ele, “o cinema padrão de Hollywood foi um cinema de conformação do imaginário, um cinema de criação de atos, de vida, perspectiva, de valores. A novela brasileira é uma novela de conformação de imaginário.”
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Com Marcelo Gabbay, sobre a Escola de Frankfurt
.....[Por Sheila Jacob] Um dos professores do Curso de Comunicação Comunitária promovido pelo NPC no Rio de Janeiro foi Marcello Gabbay, doutorando da UFRJ. Em entrevista ao BoletimNPC, Gabbay falou sobre a atualidade da teoria da Escola de Frankfurt. Ele abordou o tema da Indústria Cultural e alertou para a atual concepção de arte como mercadoria, que, ao invés de estimular o pensamento crítico, nos impede atualmente de questionar “verdades naturalizadas”. Gabbay também lembrou Gramsci, e destacou o papel do jornalismo comunitário e independente de desarticular o consenso e a verdade hegemônica. “O consenso cria uma sensação de ordem e anula as possibilidades de transformação”, afirma. [2.07.09]
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Bia Barbosa defende regulação do setor de comunicação e a produção de meios alternativos
.....[Por Katarine Flor] Em entrevista ao Boletim NPC, Bia Barbosa, do coletivo Intervozes, falou sobre a importância de se democratizar os meios de comunicação. Afirmou que “a falta de representação, nos meios de comunicação, da diversidade que está presente na nossa sociedade, gera todos os tipos de distorções e impede que a gente crie uma sociedade realmente democrática”. Para ela, é necessário investir em formas alternativas e comunitárias de comunicação, além de se lutar por uma regulação do setor de comunicação. “É preciso não confundir ‘liberdade de imprensa’ com ‘liberdade de empresa’, já que, sem regulação do mercado, vira lei do mais forte”. [25.06.09]
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Para Marildo Menegat, a lógica do capital naturaliza todas as formas de injustiça
.....[Por Katarine Flor] Marildo Menegat é doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde atualmente trabalha como professor adjunto. Em entrevista para o BoletimNPC, falou sobre as relações desumanas naturalizadas pela lógica da sociedade capitalista. Ele acredita que “se uma sociedade não é transformada de forma revolucionária quando seus limites estruturais se apresentam, ela vai decaindo lentamente num quadro social que cada vez mais se confunde com uma regressão”. E identifica este processo como “barbárie”. [25.06.09]
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Mouzar Benedito: A gente achava que ia mudar o mundo fazendo jornais revolucionários
.....[Por Sheila Jacob] Confira a entrevista com Mouzar Benedito, autor do livro "João do Rio, 45". A história aborda os anos da Ditadura Militar no Brasil, e se passa em uma rua do bairro Vila Madalena, de São Paulo. A narradora é a própria casa situada na rua João do Rio, 45, a que o título faz referência.
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Entrevista com o jornalista Mouzar Benedito, o autor do livro João do Rio, 45
.....[Por Sheila Jacob/ NPC] O livro João do Rio, 45, de Mouzar Benedito, aborda os anos da Ditadura Militar no Brasil. O foco é o dia-a-dia de uma casa no bairro Vila Madalena, de São Paulo, onde mora um grupo de jovens e a tia Hilda, parente de um deles, personagem que sempre esquece as chaves de casa e protagoniza uma série de cenas engraçadas. O grupo é composto em sua maioria por jornalistas.
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Entrevista com Tereza Cruvinel, presidente da EBC
.....[Por Raquel Junia e Sheila Jacob/NPC] O que define uma TV Pública? Quais as principais diferenças em relação a uma TV estatal? Como a sociedade pode e deve participar da programação da TV Brasil? Essas e outras questões foram respondidas pela presidente da Empresa Brasil de Comunicação, Tereza Cruvinel, em entrevista ao BoletimNPC. Ela contou sobre sua trajetória no jornalismo; apontou as principais metas da TV Brasil; destacou o Conselho Curador e a Ouvidoria como instrumentos importantes de participação; e falou sobre a diferença de conteúdo e de abordagem entre a mídia pública e a comercial. Confira a entrevista.
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Ivo Lebauspin: Liberdade de Imprensa é liberdade de informação e de formação para a população
.....[Por Katarine Flor] O sociólogo Ivo Lebauspin foi professor na faculdade de educação da UFRJ e depois na escola de serviço social. Escreveu sobre classes populares, direitos humanos e sobre experiências de prefeituras. Esta é a segunda parte da entrevista concedida pelo ex-frei Ivo Lebauspin ao BoletimNPC. Ele fala sobre a atuação da mídia comercial, e sobre a importância da democratização dos meios de comunicação. “Liberdade de imprensa não é liberdade para os donos dos meios de comunicação. Mas é liberdade de informação e de formação para a população”, diz. Confira a entrevista.
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Imprensa Sindical deve apresentar a natureza das crise com a maior clareza possível
.....[Por Katarine Flor e Jessica Santos] Marcio Pochmann é professor da Unicamp (SP) e presidente do (IPEA). Em evento, em abril, na UFRJ, ele falou sobre a crise mundial e a possibilidade de romper com o modelo em que vivemos até hoje. “Essa é uma crise estrutural, que abala o sistema capitalista e representa o fracasso da política neoliberal. Dificilmente será superada se não houver um novo padrão”, afirmou. Em entrevista ao BoletimNPC, o economista discutiu a pauta dos jornais sindicais, e falou como fortalecer e esclarecer os trabalhadores em momento de crise.
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Carmen Lozza: Se o aluno não entende a influência da mídia, está desconhecendo a si próprio
.....[Por Katarine Flor] O curso de Jornalismo de Políticas Públicas Sociais da UFRJ, coordenado pelo professor Evandro Ouriques, recebeu no dia 27 de abril a professora aposentada da UFF Carmen Lozza, diretora do Programa Jornal e Educação. Ela ressaltou a importância de se levar o jornal para as escolas, e incentivar a leitura crítica da mídia. “É um recurso didático, que precisa ser conhecido, lido e interpretado”. Para ela, é necessário buscar a reflexão crítica dos alunos sobre a influência da mídia nos indivíduos, para que eles saibam fazer escolhas. E enfatizou o compromisso social da escola nesse processo.
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Entrevista com Inah Meireles
.....[Por Raquel Junia] “Que eles saibam que o dia 1º de abril não é o dia da mentira, mas o da verdade. O dia em que o Brasil foi tomado pela fúria do obscurantismo e terminou por enlutar as famílias brasileiras. Que nunca nos esqueçamos disso”. O trecho é parte do discurso da médica Inah Meireles, quando foi homenageada com a Medalha Chico Mendes de Resistência no último dia 1º de abril. A homenagem é uma condecoração tradicional feita pelo Grupo Tortura Nunca Mais a defensores dos direitos humanos na data de aniversário do Golpe Militar. Na ocasião, Inah falou rapidamente ao BoletimNPC sobre o que a data e o recebimento da medalha significam para ela.
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Ivo Lebauspin fala ao BoletimNPC sobre a Ditadura Militar
.....[Por Katarine Flor] O ex- frei Ivo Lebauspin é sociólogo. Atuou contra a ditadura militar. Foi preso e torturado. É mestre em sociologia pelo IUPERJ e fez doutorado na França. Entrou na Ordem dos Dominicanos aos 18 anos, por considerar uma Ordem mais comprometida com a visão de transformação social. “Mais crítica”, diz. Nesta entrevista, o sociólogo analisa o período da ditadura civil-militar e movimentos populares. Para Lesbaupin, a ditadura brasileira foi completa. Tinha um projeto para o país e calou os trabalhadores e a imprensa.
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Entrevista com Leilton Lima, jornalista do SINTE-RN
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Álvaro Brito, professor de comunicação de Barra Mansa, defende formação crítica
.....[Por Sheila Jacob] Em entrevista ao Boletim NPC, o jornalista e professor de comunicação Álvaro Brito fala sobre a multiplicação de cursos privados de jornalismo, o que seria uma preocupação por formarem profissionais “exclusivamente para o mercado”. Para o jornalista, é complicada uma formação com pouco acúmulo crítico, porque o resultado é a reprodução do modelo que está aí: “a serviço da manutenção da ideologia dominante e criminalizando cada vez mais os movimentos sociais”. Ele ainda disse ser, a princípio, contrário à saída de jornalismo do curso de comunicação social.
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APEOESP produz Boletim Cultural semanal
.....[Por Raquel Junia] O Boletim Educacional e Cultural do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP) já está no número 230. A publicação eletrônica é semanal, e traz informações sobre lançamentos de livros, pesquisas e atividades culturais. Na seção Professor/Talento o destaque é para trabalhos artísticos e/ou acadêmicos desenvolvidos pelos professores.
A edição especial do Boletim, sobre o sarau Consciência Negra, traz informações sobre o Brasil afro-descendente. O número aborda as influências africanas que permanecem no nosso país no século XXI, após terem resistido à escravidão, no século XIX, e ao modelo europeu imposto pela mídia. Como afirma o texto de apresentação, “a herança dos negros sobrevive na cozinha, na religião, na cultura e na moda”.
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MC Leonardo e Adriana Facina - Existe muita gente do funk fazendo música com cunho social, como um grito de socorro.
.....[Por Geam Queiroz, Jéssica Santos, Katarine Flor e Sheila Jacob] No encerramento do 14° Curso Anual do NPC, MC Leonardo e a professora Adriana Facina falaram sobre o funk como movimento de cultura, e a fundação da Associação dos Profissionais e Amigos do Funk – APAFUNK. Em entrevista ao NPC, os palestrantes ainda destacaram os preconceitos difundidos pela grande mídia e lembraram que existem muitas letras que escapam da “bundalização”. São funks de denúncia, que falam da realidade das favelas, mas que não interessam ao mercado. Confira a entrevista.
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Coronel Luis Fernando Almeida - Como ser policial e amigo dos movimentos sociais
.....[Por Cynthia Raquel, Geam Queiroz e Raquel Junia] Coronel da Polícia Militar de Sergipe, Luiz Fernando de Almeida, já foi chamado pela grande mídia local de Capitão Sem Terra. Também já foi punido com prisão. O motivo? Só pode ser a sua postura de “comunista”. Confira a entrevista realizada durante o 14º Curso Anual do NPC.
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Violenta é a sociedade de consumo
.....[Por Claudia Santiago] Afonso Celso Teixeira tem 41 anos. Há 20 é professor de matemática. Está licenciado do Colégio Sagrado Coração de Maria, em Copacabana, para atuar na direção do Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro (Sinpro). Continua em sala de aula na Rede Municipal. Na Escola São Tomás de Aquino, no Leme. A conversa com Afonso deveria ser sobre violência. A violência cotidiana que contagia as relações e se estende até as salas de aulas, com professores ameaçados por alunos que, em alguns casos, chegam a mostrar armas como forma de intimidação. Isto pode acontecer, por exemplo, quando a nota não agrada. Ou quando o aluno é cobrado por excesso de faltas. Mas a entrevista acaba tomando outros rumos e se transforma em uma declaração de amor do mestre aos seus alunos. "Violência é ver a diferença entre uma escola particular e uma escola pública. É sentir o que estão fazendo com estes meninos. Eu não tenho nenhum problema com meus alunos. Todos me tratam muito bem". [10/2006]
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Para advogada do MST César Maia faz limpeza social no Rio
.....[Por Claudia Santiago] - Fernanda Vieira defende os trabalhadores Sem terra e os camelôs. [Agosto / 2004]
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Espaço da vida de realização humana plena?
.....[Por Rosângela Gil]Debate Sindical entrevistou mais um autor da Coleção Trabalho e Emancipação, da Editora Expressão Popular. Geraldo Augusto Pinto é professor do Centro de Educação e Letras da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (CEL/Unioeste). Graduado em Sociologia e Ciência Política (2000), mestre (2003) e doutor (2007) em Sociologia, todos pela Unicamp, Augusto Pinto pesquisa, desde 2001, a gestão do trabalho na indústria automotiva. Foi a partir de sua pesquisa sobre o Mundo do Trabalho que nasceu o livro “A organização do trabalho no Século 20”, lançado recentemente pela Expressão Popular.
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Para presidente da CUT, eleger Lula é lutar pelos interesses históricos (09.2006)
.....O presidente nacional da CUT, Artur Henrique da Silva Santos, é eletricitário e sociólogo. Tem 45 anos. Despertou para a militância política através das idéias e ideais que conheceu quando estudava Ciências Sociais, na PUC.
Em Campinas, no interior do estado de São Paulo, passou grande parte da sua vida sindical e política. É que a sede do Sindicato dos Eletricitários do qual foi dirigente fica naquela cidade. A entidade, o Sinergia – SP, representa os trabalhadores de 453 municípios, cerca de 2/3 do estado. Seus pais vieram jovens de Portugal para São Paulo. Pouco depois, nasceu o filho único do casal: Artur Henrique.
A militância sindical começou em 1981, no Conselho de Representantes dos empregados da CPFL, (Companhia Paulista de Força e Luz), a empresa distribuidora de energia elétrica no interior do Estado de São Paulo. Na época, a empresa ainda era estatal. O Conselho foi o embrião da chapa de oposição cutista que viria a ganhar a eleição em 1987,
depois de uma derrota em 84. É também no ano de 1987 que se inicia a militância partidária do presidente da CUT. Artur se filia ao Partido dos Trabalhadores, onde está até hoje.
Como dirigente da CUT São Paulo encontrou aquela que viria a ser uma de suas grandes paixões: a formação sindical. Quando questionado sobre onde pretende atuar depois de ser presidente da CUT, não hesita: na formação sindical.
Para Artur Henrique, que se declara socialista, lutar pelos interesses históricos dos trabalhadores, hoje, passa por entender que existem dois projetos em disputa nestas eleições e tomar posição, como fez o 9º Congresso Nacional da CUT ao decidir o apoio à reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.
Na sua opinião, o problema central da classe trabalhadora, hoje, é a péssima distribuição de renda: "70% dos trabalhadores brasileiros ganham até dois salários mínimos", afirma.
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Jean Pierre Page fala sobre um mês de greve na França
.....[Por Claudia Santiago] No fim de 95 a França parou. Foi uma greve gigantesca, como não acontecia desde 1968. O governo recuou. A greve foi suspensa mas pode ser retomada a qualquer hora. [02.1996]
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Se não mudar a vida das crianças da favela elas só terão como opção (02.2006)
.....[Por Claudia Santiago] Dalva é brasileira. Tem 50 anos. Nasceu em Coqueiral, em Minas Gerais. Mora na favela do Borel, na Tijuca, no Rio de Janeiro,
a poucos metros da maior floresta urbana do mundo, a Floresta da Tijuca.
Como os outros dez mil moradores da favela, ela tem poucos bens materiais. Mas tem lá suas riquezas. O marido, Severino da Silva, os filhos e a neta. E foi justamente deste seu tesouro particular que a Polícia Militar do Rio de Janeiro roubou uma de suas mais valiosas jóias: a vida do seu filho mais velho, Thiago Carneiro, com 19 anos. Maria Dalva da Costa Carneiro é negra. Thiago também era. Ele foi assassinado no dia 16 de abril de 2003, juntamente com quatro outros jovens, perto de casa, dentro da favela.
Compõe o quadro de vítimas da violência policial no Brasil.
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João Xavier: "Governo quer privatizar a água para atender exigências do FMI". (05.2001)
.....Por Claudia Santiago - O governo federal enviou na quarta-feira, dia 21 de fevereiro, ao Congresso Nacional, em regime de urgência, o projeto de lei 4147 que institui as diretrizes para o saneamento, no Brasil. Parlamentares de esquerda e entidades como a Frente Nacional para o Saneamento Ambiental conseguiram adiar a votação.
Conquista conversou com o secretário de Políticas Sociais da CUT/RJ e secretário geral do sindicato de Saneamento, João Xavier, sobre o projeto, a privatização das águas. Através desta entrevista, vamos tentar fazer você perceber que sem água não há vida. Vamos lá! [Maio/2001]
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Ana Rocha: "A conspiração começou desde que Jango assumiu o poder". (06.2004)
.....Por Claudia Santiago - Ana Rocha foi editora do jornal A Classe Operária.
Em l995 foi eleita presidente do PCdoB no Rio de Janeiro. Integra o Comitê Central do PCdoB e sua Comissão Executiva Nacional. Nesta entrevista, ela dá uma aula de histporia do Brasil. [Junho / 2004]
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Tia Eulália: "Não conheco samba no alto, só conheço samba no pé" (02.2001)
.....Por Claudia Santiago - Tia Eulália é moradora da Serrinha, que fica no bairro de Madureira, no Rio de Janeiro. Na sua casa, foi fundada a Escola de Samba Império Serrano. Acompanhe esta entrevista e conheça um pouco mais sobre a história do carnaval no Rio de Janeiro. Talvez vocês gostem de saber que eu já saí da entrevista com a fantasia da escola comprada e tive a honra de desfilar na ala da família de Tia Eulália. [Fevereiro de 2001]
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Isabel Cristina: " Os comissários de bordo falamcomigo em inglês" (06.2001)
.....Por Claudia Santiago - Maria Isabel Baltazar Ferreira é auxiliar operacional de serviços diversos. Já foi casada tem 31 anos, duas filhas e um filho.
Entrou para a militância política há oito anos, através da Convergência Socialista. [Junho / 2001]
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Sandra Quintela: "Para o capital não importa que vidas deixem de existir". (07.2001)
.....Por Claudia Santiago- "O PACS participa da Campanha Jubileu Sul, que está animando a organização do plebiscito, desde seu nascedouro. Além disso o PACS como organização de apoio e assessoria aos movimentos populares coloca-se sempre em seu papel coadjuvante de fortalecer as lutas dos movimentos populares. Também entendemos que assuntos de interesse nacional devam ser discutidos em todas as esferas da sociedade e, principalmente, por aqueles e aquelas que estão sofrendo na pele as conseqüências dessas políticas." [julho/ 2001}
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Adeilson Telles: "É preciso ousadia para quebrar o muro da injustiça"(05.2001)
.....Por Claudia Santiago - Adeilson integrou as delegações cutistas que foram à Argentina e ao Canadá participar, no mês de abril, das Conferências Paralelas contra a Alca. [Maio/2001]
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Maria do MUCA: "Eu não tenho medo". (11.2003)
.....Por Claudia Santiago - Maria de Lourdes do Carmo Santos não gosta do seu nome de santa. "De santa eu não tenho nada", declara. Está enganada. Confunde santidade com passividade, com abaixar a cabeça. Esquece-se de que a história dos santos está repleta de exemplos de pessoas que foram sacrificadas justamente por não dizer sempre sim. Por terem o vício de brigar pelo que acreditam. É o seu caso. Seus colegas camelôs da sete de setembro a conhecem como Maria do Carmo. No sindicato que atualmente preside e na sede da CUT, ela é, simplesmente, Maria.
Conheça, nesta entrevista, a história e as idéias da mulher, que nos últimos meses, com 29 anos e um par de olhos verdes, lidera os ambulantes do Rio de Janeiro. Ela é mineira, desquitada e tem três filhos. [Novembro / 2003]
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Kjeld Jakobsen:"Atividade mais importante da década" . (02.2001)
.....Por Claudia Santiago - Kjeld Jakobsen é secretário de Relações Internacionais da CUT. Nesta entrevista, suas impressões sobre o Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, de 25 a 30 de janeiro. [Fevereiro de 2001]
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Lúcia Freire: Reestruturação gerou demissões e doenças. (06.99)
.....[Por Claudia Santiago] Lúcia Freire é professora da UERJ. É autora do Livro "Saúde do Trabalhador e Serviço Social". A reestruturação produtiva e suas conseqüências na vida dos trabalhadores é um dos aspectos abordados em sua tese de doutorado. Conquista foi recebido pela professora que falou sobre o resultado de sua pesquisa realizada na maior empresa estatal brasileira, em uma ex-estatal privatizada e em uma empresa privada. [Junho de 1999]
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Isabel Cristina: " É bom ser mulher e negra" (11.96)
.....Por Claudia Santiago - Isabel Cristina Baltazar, 31, auxiliar de enfermagem. Esta mulher é a responsável na CUT/RJ pela questão racial. Isabel é também membro do Coletivo Nacional Anti-racista da CUT, diretora do Sindsprev e da CUT/RJ. Isabel mora em Caxias e seu salário é R$ 480,00.
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José Martins: "No Brasil não há recessão". (02.96)
.....Por Claudia Santiago. "A indústria aumenta sua produção e despede milhões de trabalhadores. Não há crise no Brasil. Por isso não cabe conciliação de classe".[ Fevereiro de 1996]
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Fernando Amaral: "Eles o ajudaram a se eleger. Agora é hora dos dividendos". (05.96)
.....Por Claudia Santiago.Fernando Amaral é ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, e foi recentemente eleito membro do Conselho de Administração do Banco do Brasil, representante dos funcionários. Aqui nos dá sua visão da situação política atual. [Maio de 1996]
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Miguel Rosseto: Flexibilidade é acabar com direitos conquistados (05.96)
.....Por Claudia Santiago - O deputado federal Miguel Rosseto, 35, iniciou sua militância na Oposição metalúrgica de São Leopoldo, onde nasceu. Em 1984 ingressou na categoria petroquímica. Foi presidente do sindicato dos petroquímicos, membro da direção executiva da CUT-RS e secretário de políticas sindicais da CUT nacional. Rosseto é presidente da subcomissão de políticas de emprego da Comissão do Trabalho da Câmara dos Deputados, e titular da comissão especial responsável pela análise das propostas de mudanças da CLT. Esta entrevista é sobre este tema. [Maio de 1996]
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Pedro Ivo:"Instalação de fábrica põe em risco fornecimento de água no Paraná". (06.96)
.....Por Claudia Santiago - De olho no Mercosul, a Renault, estatal francesa, escolheu a Região Metropolitana de Curitiba para instalar sua fábrica de automóveis. A decisão da Renault acaba com uma intensa disputa entre vários estados que prometiam todas as condições necessárias para a instalação da fábrica. Começa agora a luta da CUT e ONGs para impedir que isto seja feito numa área de mananciais. Pedro Ivo, diretor da CUT nacional responsável pela questão do meio ambiente fala nesta edição sobre os riscos deste projeto à população e ao meio ambiente.[Junho/1996]
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Vera Dias: 1º de maio: conquistas ameaçadas- (06.96)
.....Por Claudia Santiago- Era uma vez um mundo onde se trabalhava muito e não se tinha nenhum direito.
Naquele tempo não existia carteira assinada, folga aos domingos, salário fixo ou férias. Também não tinha jornada de trabalho de 8 horas.
Desde o começo do século passado houve várias greves de operário exigindo redução da jornada de trabalho. Um belo dia, o pessoal da cidade de Chicago que já estava conversando sobre toda esta exploração, se revoltou e entrou em greve, entre outras coisas, pela jornada de trabalho de 8 horas.
Era o dia 1º de maio de 1886.
Para contar a história desta data, Conquista, o jornal da CUT-RJ, criou uma personagem: a professora Vera Dias, que freqüentemente retornará às paginas do jornal, inclusive para responder perguntas que cheguem à nossa redação.
As respostas da professora são frutos de pesquisa no livro "1º de maio: cem anos de luta", de José Luiz Del Roio. [Junho/1996]
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Uma pergunta para o economista César Benjamim - (12.96)
.....Por Claudia Santiago - C - O discurso das classes dominantes é que o desemprego no Brasil é resultado das transformações tecnológicas e da modernidade. Você concorda com esta afirmação? [ Dezembro / 1996]
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Gigi Malabarba: "Nasce uma nova Central Sindical na Itália" (12.96)
.....Por Claudia Santiago - No dia 9 de novembro, em Napoli, foi fundado o SinCobas
O SinCobas (Sindicato por categorias dos Comitês de Base) se propõe "a romper a política de concertação nacional praticada pelas tradicionais Centrais Italianas". Nesta entrevista realizada em Milão, no mês de outubro, o metalúrgico Gigi Malabarba, recebeu Conquista em sua casa, e falou sobre as idéias e planos desta nova Central. [Dezembro /1996]
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Uma pergunta para a deputada Socorro Gomes (PCdoB) (04.97)
.....Por Claudia Santiago - Deputada, a senhora acredita que existam condições para se instalar a CPI da Vale?
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Geraldo Cândido: O senador do Rio é socialista. (01.99)
.....Por Claudia Santiago - O ex-diretor executivo da CUT/RJ, Geraldo Cândido, tomou posse no Senador no dia 8 de janeiro. O dirigente cutista - que já foi presidente da CUT Estadual - eleito na suplência de senador pelo PT fluminense, entra na vaga aberta com a ida de Benedita da Silva para o governo Garotinho. [Janeiro/1999]
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Latuff denuncia violência policial. (10.99)
.....Por Claudia Santiago- No dia 2 de outubro acordei às 5 da madruga com o telefone tocando. Era o Latuff. Três coladores de cartazes acabavam de ir em cana
e ele era o autor da obra. Conheça os motivos que o levaram
a protestar contra a violência policial. [Outubro de 1999]
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José Martins: "Os responsáveis pela crise são os capitalistas e seus governos". (10.98)
.....Por Claudia Santiago
- Professor, esta crise é passageira ou é uma crise econômica geral?
Martins - Poderá ser mais que uma crise geral, poderá ser uma depressão global. Não se trata de uma "recessãozinha" ou de um desequilíbrio passageiro. Se esta porcaria explodir mesmo, nós vamos ter uma mudança de ambiente econômico. Uma mudança de ambiente na política, na situação mundial da luta de classes, etc.
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Os sonhos do revolucionários: a última entrevista de Apolônio de Carvalho
.....Rua Dias Ferreira, Leblon, um dos "points" da dupla gastronomia-badalação carioca. Ali, no sexto andar de um singelo edifício, a História faz ninho. Acompanhado da mulher há 61 anos, Sra. Renée, Apolônio de Carvalho, 93 anos, sorriso estampado no rosto, recebe as visitas já no hall do elevador. A boa disposição confirma o título de sua autobiografia "Vale a pena sonhar", agora transformada em DVD, onde é possível conhecer seus ideais e sua participação em prol de uma sociedade mais igualitária, contra o golpe do general Franco na Espanha, na resistência francesa contra Adolph Hitler na Segunda Guerra Mundial e nos duros períodos de clandestinidade ou exílio da sua terra natal: Brasil. (...) Por Roberta Araujo e Rodrigo Otávio para a Tribuna da Imprensa, 24 e 25/9/2005
Entrevistas com o NPC
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Vito Giannotti: Precisamos relembrar nossas lutas e nossos mártires
.....[Por Vivian Virissimo/ Brasil de Fato] EX-METALÚRGICO, educador e comunicador popular, Vito Giannotti confessa que tem duas obsessões em sua vida de militante pelo socialismo. A primeira é ajudar a construir veículos de esquerda para romper a hegemonia da mídia empresarial brasileira. A segunda é resgatar a história de luta dos trabalhadores e combater a visão de que o povo brasileiro não quer, não se interessa e não sabe se insurgir contra a injustiça. “Essa ideia é a base do conservadorismo dessa sociedade. É a base para manter a sociedade do jeito que está: dominada, oprimida e explorada pelos de cima”, defende. Para combater essa ideia de que brasileiro é bonzinho e cordial, Giannotti e sua equipe do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) lançaram um livro- agenda que faz o mapeamento de centenas de lutas, revoltas, levantes e insurreições populares que ocorreram no Brasil de 1800 a 2012. Nesta entrevista, exclusiva ao Brasil de Fato, ele fala de lutas pela terra, revoltas de negros escravos e de índios oprimidos, grandes greves operárias e dos levantes contra a ditadura militar.
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Para Vito Giannotti, comunicação sindical deve falar do imediato e do concreto, mas sem esquecer dos “interesses históricos dos trabalhadores”
.....[Por Leonor Costa/ Fenajufe] Vito Giannotti, do NPC, participou do 1º Encontro Nacional de Comunicação da Fenajufe em 2001 e retornou ao 6º Encontro, realizado nos dias 10 e 11 de agosto, em Brasília. Mais de uma década do primeiro evento até esse mais recente, ele foi capaz de fazer uma análise precisa da conjuntura do movimento sindical e de como está a comunicação dita dos trabalhadores. Para ele, os sindicatos precisam investir em vários veículos de comunicação, aproveitando as novas tecnologias disponíveis, mas sem abandonar o jornal impresso. Além disso, a linha editorial deve dosar os temas específicos da categoria e os de interesse geral dos trabalhadores. “Falar do imediato, sim. Do concreto, sim. Mas ao mesmo tempo falar dos interesses históricos dos trabalhadores, de uma sociedade democrática, solidária, justa, ou seja, socialista”, defende Vito.
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ENTREVISTA COM VITO GIANOTTI: Por onde anda a verdade?!
.....[Por Sindicato dos Químicos de Osasco - 20.08.2012]
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Vito Giannotti: O primeiro passo é levantar bem alto a bandeira da luta anticapitalista
.....[Por Imprensa Popular - PCB] Italiano da província de Lucca, na Toscana, Vito Giannotti foi metalúrgico e no início dos anos 1990 colaborou decisivamente na criação do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), entidade que realiza cursos para lutadores sociais e políticos sobre comunicação sindical e popular. Nesta entrevista ao Portal do PCB, Vito avalia como a imprensa utiliza Marx na crise econômica e defende a utilização de todos os canais e veículos para informar os trabalhadores. Para Vito Giannotti, todas as ferramentas são válidas para quem disputa a hegemonia na sociedade.
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Entrevista com Vito Giannotti - Publicada em Março de 2010, na Revista do Médico, publicação do Sindicato dos Médicos de Pernambuco.
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Entrevista com Vito Giannotti, idealizador e executor do projeto Agenda 2011 do NPC
.....Publicado em 11.11.2010 - Por Gizele Martins
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Entrevista com Vito Giannotti: A mídia assume um peso cada dia maior como formadora ou deformadora de corações e mentes
.....[Por Jornal Garra - Sindsep (PE)] Não é de agora que se fala que a mídia está em crise. Perda de credibilidade, sensacionalismo, espetacularização dos conteúdos e incitação ao consumo são apenas alguns dos adjetivos vinculados à atuação dos veículos de comunicação, não só no Brasil, como em nível global. Mas não se pode negar o poder que representa as empresas de mídia, que, não por acaso, atendem interesses de setores da sociedade. “Toda a mídia tem dono. Dono tem interesse de classe”, sintetiza o escritor Vito Giannotti, especialista em comunicação alternativa, que concedeu a entrevista abaixo para o Sindsep. [02.08.10]
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Entrevista à ASUFSM
.....Entrevista com Vito Giannotti, do NPC - Março de 2010
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O papel da comunicação sindical hoje e as novas ferramentas de comunicação
.....Entrevista com Vito Giannotti, do NPC
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Linguagem para transformar o mundo
.....[Por Sheila Jacob] Dicionário de Politiquês é o novo livro de Vito Giannotti, escritor e coordenador do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC). Escrita em parceria com Sérgio Domingues, a publicação é um manual prático de linguagem para ser usado todos os dias por quem deseja se comunicar com muitas pessoas. São cerca de 3500 verbetes incompreensíveis traduzidos para a língua dos “normais”, ou seja, para a grande maioria da população que não passou mais do que oito anos nos bancos escolares. Vito Giannotti já escreveu outros livros sobre o tema. Essa preocupação vem do reconhecimento da importância da linguagem na disputa de hegemonia, ou seja, na disputa por uma nova visão de mundo, por novos valores, para que se chegue à organização da classe trabalhadora para a transformação. “Temos que convencer vários milhões de que é necessário mudar os rumos, participar, se mobilizar e tomar o poder das mãos dos nossos inimigos de classe. E como se convence? Comunicando. Em que língua? Na que todos entendem”, afirma o autor.
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Najla Passos analisa a invenção do "MST terrorista"
.....[Por IHU Online] Desvendar as formas com que a “cultura de opressão” aos movimentos populares opera no Brasil é o objetivo da dissertação de mestrado “A revista Veja e a invenção do ‘MST terrorista’”, de Najla dos Passos. Sobre a imagem do MST construída pela mídia brasileira, mais especificamente pela revista Veja, e a representação do movimento pela sociedade civil, Najla conversou, por e-mail, com a IHU On-Line. Najla dos Passos é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e mestre em Linguagens pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
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Vito Giannotti fala sobre o papel da comunicação sindical hoje
.....[Por Sindicato dos Bancários da Bahia] Nesta entrevista, o escritor Vito Giannotti e dirigente do NPC (Núcleo Piratininga de Comunicação) fala sobre o papel da comunicação para as entidades sindicais no Brasil. Giannotti atuou intensamente no movimento sindical no início dos anos 1990. Juntamente com jornalistas e professores fundou o NPC, entidade que realiza cursos para dirigentes sindicais e jornalistas sobre comunicação sindical e popular.
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Vito Giannotti: Mídia dos trabalhadores para mudar o mundo
.....[Por Rudson Pinheiro / Sisjern] O escritor italiano Vito Giannotti, 65 anos, no Brasil há mais de 40 anos, é um personagem importante das lutas dos trabalhadores brasileiros no século XX. Ainda na Itália, teve seu primeiro contato com o Brasil ao ler Geografia da Fome, clássico de Josué de Castro. O livro foi determinante na personalidade de Giannotti, como o revelou ele próprio, nesta entrevista. [03. 04.2009]
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Vito Giannotti fala da América Latina no discurso dos jornais
.....[Míriam Santini de Abreu, jornalista no SINTRAJUSC] A lingüista Eni Orlandi, em seus livros, costuma dizer que somos condenados, desde que nascemos, a interpretar. Precisamos dar um sentido ao mundo, dar um sentido às coisas que acontecem nele. Assim, pode-se dizer que o jornalista é uma espécie de interpretador profissional, porque seu trabalho é produzir discursos sobre o mundo e fazê-los circular em diferentes meios. Todos os dias, lemos textos e ouvimos jornalistas que nos trazem notícias de fatos próximos e distantes, e essas notícias são interpretações. Por isso é impossível falar em jornalismo isento. Ficar isento é renunciar à interpretação. Isso é uma impossibilidade para o ser humano, porque parar de interpretar significa deixar de perceber o mundo, significa morrer. [18.04.2008]
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