
Destaque
Um
homem é um homem
O
país imaginário é Urbequistão, em cuja capital
Dagbá estão aquartelados cem mil soldados ocidentais, em
uma guerra preventiva. Essas são as principais circunstâncias
que vão transformar o pacato carregador Galy Gay em uma máquina
de matar. O Grupo Galpão está no Rio até o dia 4 de
junho para a temporada do espetáculo “Um homem é um homem”,
do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, com direção de
Paulo José, também responsável pela livre adaptação
da obra. A 16ª montagem do grupo mineiro vem bem a calhar, não
só porque denuncia Bush, Blair e aliados em sua ensandecida invasão
e guerra ao Iraque, mas também porque marca o cinqüentenário
da morte de Brecht (14/8/1956). Na entrevista que segue, concedida pouco
antes de mais uma apresentação, atores do grupo falam da
experiência de fazer um espetáculo brechtiano. Por Stela Guedes
Caputo, maio de 2006
Leo:
“O Brasil é o favorito da Copa. O mundo inteiro quer ver o Brasil”
Leonardo
Nascimento de Araújo, 36 anos, um dos maiores craques da história
do futebol, com uma carreira fulminante, campeão da Copa do Mundo
em 1994 e famoso por sua atuação filantrópica no Brasil
e no mundo, amado em três continentes. Como encontrá-lo para
uma entrevista? De férias em Niterói, cidade onde nasceu?
Estava, mas já embarcara de volta à Itália onde vive
há nove anos e atualmente dirige o Milan. Liguei para a Fundação
Gol de Letras, entidade educativa dirigida por ele e por seu melhor amigo,
Raí, outro craque nosso. Sugeri aos assessores uma entrevista por
correio eletrônico para não incomodar muito. Achei que receberia
umas dessas respostas escritas, muitas vezes até pelos próprios
assessores. Nada disso. Leonardo quis mesmo foi falar por telefone. “Por
correio eletrônico é muito burocrático, você
não acha? Por telefone podemos conversar mais e fica muito melhor,
não é?” “É, é claro que é!” – respondi
agradecida e um tanto sem jeito. Assim, no dia 3 de fevereiro, às
12h30 no Brasil e quase 16h, na Itália, pelo telefone, em sua casa,
Leonardo concedeu a entrevista que segue. Entrevista de Leonardo
Nascimento de Araújo a Stela Guedes Caputo, março
de 2006
“Lugar
de mulher é na construção da história, dona
de suas idéias, de seu corpo, de seus sentimentos e feliz”
Estamos
na semana do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março.
E para falar sobre a data entrevistamos um homem maravilhoso (será
que ele é machista?), um revolucionário que tem no sangue
o mundo sem explorados e exploradores. Com vocês, Vito Giannotti,
ex-ferramenteiro de São Paulo, autor de vários livros sobre
comunicação sindical e linguagem, italiano que adotou o Brasil
de corpo e alma. Por Rosângela Ribeiro Gil, março de
2006
Últimas
entrevistas
Ismar
de Oliveira Soares: Rádio diminui violência nas escolas
Um curso
inovador que junta Comunicação e Educação ensina
alunos das séries do ensino fundamental a produzirem programas
de rádio nas escolas. O "Educomunicação pelas ondas
do rádio" nasceu em 2001, financiado pela Prefeitura de São
Paulo e coordenado pelo professor da USP Ismar de Oliveira Soares.
O curso é uma das atividades de um projeto de pesquisa do Núcleo
de Comunicação e Educação da USP (Educom) e
atende a 12 mil professores, alunos e membros de comunidades educativas
em 455 escolas do município de São Paulo. Entrevista a Ana
Manuella Soares, fevereiro de 2006, para o Boletim NPC.
Marcelo
Freixo: Imprensa reforça lógica da criminalização
“Eu
trabalho com a grande imprensa o tempo inteiro. Tem bons jornalistas comprometidos
dentro de todos os jornais. Não tenho dúvida nenhuma disso.
Lido com jornalistas que têm compromisso. Conseguimos produzir boas
matérias. Já tivemos grandes efeitos e conquistas. Agora,
não posso ter esses veículos como meios de transformação
porque eles não são para isso”. Em entrevista ao BoletimNPC,
Marcelo
Freixo explica como a acentuação do neoliberalismo nos
anos 90 agravou a exclusão e criminalização de um
segmento específico da sociedade: jovens, negros e favelados. E
aponta como a imprensa comprou essa lógica e reforçou a mensagem.
(fev/2006)
Bernardo
Kucinski: “Ninguém tem coragem para dizer a verdade para o presidente”
Desde
1998, o jornalista e professor dedica-se a fornecer a Lula uma análise
crítica sobre a relação do presidente com a mídia:
“Ninguém tem coragem para dizer a verdade para o presidente claramente
e eu digo todos os dias de manhã”. Entrevista a Alice Sosnoswki,
na Agência Repórter Social, 9/1/2006.
. João
Pedro Stédile: Movimentos sociais não conseguem falar com
o povo
.....João
Pedro Stédile, da coordenação nacional do MST
(Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), participou do 11.º
Curso Anual do Núcleo Piratininga de Comunicações,
realizado entre os dias 30 de novembro a 3 de dezembro de 2005, no Rio
de Janeiro. Stédile falou ao público presente, jornalistas
e dirigentes sindicais, sobre o Brasil que a imprensa sindical precisa
mostrar. Ele concedeu entrevista ao Boletim NPC, onde fala do relatório
da CPI da Terra, que Stédile classifica como "mero discurso ideológico",
da imprensa burguesa e da deficiência dos movimentos sociais em criar
os seus meios de informação com o povo ("Estamos muito atrasados
nesse sentido"). (dez/2005)
. Joaquim
Palhares: Informação não é mercadoria, é
um bem social
.....Joaquim
Palhares é formado em direito, apesar de ter estudado economia
e história. Já advogado, tornou-se um dos re-fundadores da
Teoria do Direito Alternativo, no Rio Grande do Sul, e criou o boletim
impresso Carta Maior para difundir suas idéias. Com isso,
ganhou da revista Veja, certa vez, o título de "inimigo público
número um do sistema financeiro". Por ocasião do primeiro
Fórum Social Mundial, pressentindo que a mídia comercial
não cobriria o evento, transformou o boletim em uma agência
de notícias na Internet, a Agência Carta Maior (www.agenciacartamaior.com.br).
Nessa entrevista, concedida após palestra ministrada no 11º
Curso Anual do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC),
ele fala sobre o surgimento da Carta Maior e o governo Lula. Entrevista
concedida a Bruno Zornitta e Renata Souza, da Rede Nacional de Jornalistas
Populares
— Renajorp, e gentilmente cedida
ao Fazendo Media. (dez/2005)
. Gustavo
Codas: Imprensa sindical tem abordagem pobre sobre o mundo
.....Gustavo
Codas, jornalista e assessor de Relações Internacionais
da CUT nacional, participou, pela primeira vez, do curso anual do Núcleo
Piratininga de Comunicação, cujo tema, neste ano, foi “Os
desafios da comunicação de esquerda no Brasil de hoje”. Codas
fez parte da mesa de discussão “Uma Comunicação na
América Latina na realidade de hoje”, juntamente com os jornalistas
Beto Almeida (diretor da TV SUR) e Gilberto Maringoni (autor do livro “A
Venezuela
que se inventa”). Gustavo Codas, na sua participação, falou
da importância de construirmos uma comunicação independente
na América Latina. “O primeiro a lançar essa idéia
foi o general Perón, nos anos 50, na Argentina”, lembrou. Nessa
entrevista dada ao Boletim NPC, Gustavo Codas avalia a imprensa
sindical sob a perspectiva de um movimento sindical mais internacionalista.
Nesse sentido, ele é taxativo: a imprensa que os sindicatos fazem
hoje é “pobre” na abordagem de temas internacionais, e mesmo nos
nacionais. (dez/2005)
. TV
SUL busca integração latino-americana
.....Entrevista
com Iraê Sassi, jornalista, do Coletivo da TV Comunitária
do Distrito Federal, a Nestor Cozetti: "A TV-Sul vem para suprir a carência
absoluta de uma cara própria da América Latina no panorama
da comunicação. Ela nasce também no contexto de um
processo revolucionário em curso na Venezuela atualmente, chamado
de bolivariano que inova, acelera a integração político-social
e tem a característica de apostar no cidadão, na consciência
das pessoas, numa rápida recuperação de nossos valores,
de nossas culturas (...)"
A
comunicação como uma “arma” contra a hegemonia neoliberal
Pelo
menos desde a Revolução Francesa a comunicação
é encarada como “arma central da política”. E de lá
para cá a imprensa só tem se fortalecido na condição
de instrumento dos grupos dominantes política e economicamente.
Napoleão Bonaparte, quando invadia os países, tomava como
primeira ação criar um jornal para difundir idéias.
No Japão do século XIX foi expressada a seguinte frase: “um
partido (político) sem jornal é como um exército sem
armas”. No início do século XX, Lênin, em sua obra
de 1902 (“Por onde começar”) diz que um dos primeiros atos revolucionários
é a criação de um jornal. E, um exemplo mais recente,
nos Estados Unidos, o presidente George W. Bush só teria conseguido
apoio maciço à invasão do Iraque após “anestesiar”
o cérebro de 80% dos norte-americanos a partir da campanha empreendida
pelos meios de comunicação. Esses pontos de vista foram defendidos
por Vito Giannotti, jornalista, escritor e coordenador do Núcleo
Piratininga de Comunicação. Ele esteve em Santa Maria na
sexta, 18 de novembro, falando sobre “Comunicação e Política”
na abertura da programação dos 16 anos da SEDUFSM (Seção
Sindical dos Docentes da UFSM/ANDES). Leia a matéria completa do
jornal da SEDUFSM, de novembro de 2005, clicando
aqui ou visitando o link na página
da entidade. (nov/2005)
. “A
mídia age como partido político, como demonstrou Gramsci”
....."Gramsci
mostrou que a imprensa cumpre um papel fundamental para dar coesão
ao processo de formação da sociedade civil. E mostrou também
que a imprensa é controlada pelo capital privado, mas trata de assuntos
públicos. Ou seja, ela é um veículo privado que trata
de assuntos que não são privados, que são da esfera
pública" (...) Entrevista com José Arbex Jr. a Nestor
Cozetti, no Boletim 79 (nov/2005)
. “A
mídia demoniza alguns setores para que outros apareçam como
positivos”
.....Maringoni
cartunista, jornalista, arquiteto e doutorando em História. Nasceu
em 1958 em São Paulo, capital. No início de novembro esteve
no Rio de Janeiro onde participou de curso ministrado pelo NPC a convite
do Sindicato dos Funcionários do Banco Central. Na ocasião,
concedeu a Nestor Cozetti com exclusividade esta entrevista para o Boletim
do NPC 79 (nov/2005)
. A
televisão como instrumento de inércia e passividade de crianças
e adultos
.....Entrevista
com o professor e autor de vários livros sobre televisão
e educação, Pedrinho Guareschi, feita por Márcia
Santos, assessora de imprensa do SINTESE - Sindicato dos Profissionais
da Educação do Sergipe. (out/2005)
. Os
sonhos do revolucionários: a última entrevista de Apolônio
de Carvalho
.....Rua
Dias Ferreira, Leblon, um dos "points" da dupla gastronomia-badalação
carioca. Ali, no sexto andar de um singelo edifício, a História
faz ninho. Acompanhado da mulher há 61 anos, Sra. Renée,
Apolônio de Carvalho, 93 anos, sorriso estampado no rosto, recebe
as visitas já no hall do elevador. A boa disposição
confirma o título de sua autobiografia "Vale a pena sonhar", agora
transformada em DVD, onde é possível conhecer seus ideais
e sua participação em prol de uma sociedade mais igualitária,
contra o golpe do general Franco na Espanha, na resistência francesa
contra Adolph Hitler na Segunda Guerra Mundial e nos duros períodos
de clandestinidade ou exílio da sua terra natal: Brasil. (...) Por
Roberta
Araujo e Rodrigo Otávio para a Tribuna da Imprensa, 24
e 25/9/2005
. Informação:
mercadoria mais valiosa do capitalismo
.....O
Brasil ainda está muito distante de garantir a realização
plena de mais um direito humano, o direito à comunicação.
Esta é uma das revelações da pesquisa "O Direito à
Comunicação no Brasil", realizada pelo Intervozes - Coletivo
Brasil de Comunicação Social, que faz parte do Projeto de
Governança Global da Campanha CRIS - Communication Rights in the
Information Society. A pesquisa foi lançada oficialmente em Santos
(SP), no dia 5 de setembro, numa promoção do Centro de Imprensa
Alternativa (CIA). O Boletim NPC entrevistou um dos coordenadores
da pesquisa, Diogo Moysés, do Intervozes, que esteve em Santos,
no lançamento que reuniu mais de 130 pessoas, principalmente estudantes
de comunicação, numa universidade local. Por Rosângela
Ribeiro Gil, do NPC em Santos (set/2005)
. Jornal
carioca Bafafá entrevista Fernando Morais
Foto:
Jornal Bafafá..
.....Nesta
entrevista exclusiva ao Bafafá, Fernando Morais fala
sobre vários temas: política, mensalão, esquerda,
Bush e muito mais. “Estamos vivendo o pior momento da esquerda brasileira
das últimas décadas. Ele só encontra paralelo no massacre
de que todos fomos vítimas, em graus diferentes, durante a ditadura
militar”, assegura. (set/2005)
Edílson
Lenk por..
Fernanda Viseu..
. Um
amante da comunicação sindical e popular
.....Declarado
amante da comunicação sindical, ele trabalha na área
de comunicação da CUT do Espírito Santo. São
66 sindicatos filiados à central no estado, representando mais de
150 mil trabalhadores sindicalizados e mais de 380 mil na base. São
trabalhadores e trabalhadoras de várias categorias profissionais,
de professores universitários a empregados da construção
civil. Sem dúvida, um desafio e tanto para quem quer fazer comunicação
para disputar a hegemonia. Ele é o jornalista Edilson Lenk.
Equipe? Ele, apenas. Projetos? Muitos. Problemas para implantá-los?
Falta de recurso. Edilson, durante a "falta de tempo" crônica, nos
concedeu essa entrevista para a seção Radiografia Sindical,
do Boletim NPC. Leia entrevista de Rosângela Gil, realizada
em agosto de 2005.
. Rádios
comunitárias: “Precisamos fazer as coisas ficarem mais próximas
do povo”, diz juiz federal
....Foto:
Divulgação
.....“Precisamos
fazer as coisas ficarem mais próximas do povo, para o povo controlar
o governo. Deixar de ficar tudo em Brasília e o resto do país
ficar inerte, parado, esperando decisões”, diz o juiz Paulo Fernando
Silveira, que ajudou a aprovar a lei número 14.013, que dá
o direito às Rádios Comunitárias de operarem legalmente,
mesmo sem a concessão liberada de Brasília. Entrevista a
Júlia
Costa e Júlia Gaspar, estudantes de jornalismo das Faculdades
Integradas Hélio Alonso (FACHA), no Rio de Janeiro, em agosto de
2005.
. Telesur
será uma TV em favor da integração dos povos, diz
diretor multinacional
.....Democratizar
a informação e criar um canal que reflita a diversidade e
realidade das Américas. Esses são principais objetivos da
Telesur, canal via satélite que, a partir deste domingo (24/7),
passa a funcionar experimentalmente 24 horas por dia. De acordo com o jornalista
brasileiro Beto Almeida, diretor multinacional da Telesur, o canal
resgatará e revelará histórias e tradições
da América Latina. Por Érica
Santana, da Agência Brasil, julho de 2005
. Uma
entrevista com Cláudio Luiz Barreto
.....Cláudio
Luiz Barreto Nascimento é carioca.
Tem 44 anos, é casado, pai de duas filhas. Um trabalhador que exerceu
a profissão de ferroviário pela Flumitrens e é técnico
de enfermagem. Atualmente é coordenador do PVCM e grande incentivador
da educação em Manguinhos. Para Cláudio o pré-vestibular
tem dois grandes objetivos: tirar o medo que o jovem pobre tem do vestibular
e criar noções de cidadania. Por Douglas Pego,
para o BoletimNPC, julho de 2005.
. “Rico
não gosta que pobre pense”
Mineirinho,
ao violão...
.....Felinto
Procópio dos Santos tem 37 anos. Ele é um dos líderes
do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Mineirinho,
como é mais conhecido, não gosta muito de dar entrevistas.
Mas aceitou conversar com a jornalista Eliane Amaral, no Rio de Janeiro,
para o BoletimNPC. Vamos apresentar, com muitos detalhes,
a vida de um lutador do povo, que não tem medo de defender suas
idéias e o povo brasileiro. Ele já foi preso injustamente,
mas para qualquer um afirma: “O que me move é a luta pela reforma
agrária. É a vontade de ver um Brasil onde as pessoas tenham
casa, comida e dignidade”. Por Eliane Amaral, junho de 2005
. Ken
Loach: um cineasta que fala dos pobres
.....“Os
filmes permitem desenvolver perguntas, suscitar inquietudes, entretanto
as mudanças têm origem nos movimentos políticos organizados.”No
passado mês de janeiro “El Ateneo Obrero de Gijón” teve a
felicidade de realizar uma retrospectiva sobre a obra do diretor britânico
Ken Loach. Em uma cidade submetida a um processo de privatização
radical de sua estrutura produtiva, a visita de Ken Loach não é
como a de um estranho: seus filmes têm trazido elementos de reflexão
a partir de outras realidades similares. Sua presença na cidade
nos permitiu esta entrevista.
Por Chema
Castillo, para Página Abierta, 28/05/2005
. Charge
revela as contradições do mundo do trabalho, diz estudo
.....Rozinaldo
Miani, autor da tese, é jornalista, doutor em História
pela Unesp de Assis-SP, professor da disciplina de Comunicação
Comunitária e Popular na Universidade Estadual de Londrina e coordenador
do curso de Especialização em Comunicação Popular
e Comunitária na mesma universidade. Sua tese de doutorado aborda
a influência da charge no sindicalismo brasileiro, mais especificamente
no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC durante a década de
90. E é sobre esse assunto que o NPC foi conversar com ele.
Por Mário Camargo, maio de 2005, para o Boletim NPC
. “A
informação é parte do aparato de guerra”
.....Correspondente
de guerra em diversas ocasiões – as duas últimas no Afeganistão
(2001) e no Iraque (2003) - o jornalista português Carlos Fino
esteve no final de abril na Escola de Comunicação da UFRJ,
na Urca, para falar sobre sua experiência como enviado especial da
tevê portuguesa RTP. Em entrevista ao Boletim NPC, comentou
sobre o desenvolvimento das coberturas nas últimas investidas bélicas
norte-americanas, afirmando que as novas tecnologias mudaram o papel do
jornalismo. “Qual que vai ser, ainda é difícil dizer. Mas
mudou”.
. Coordenadora
da Missão brasileira ao Haiti fala ao Boletim do NPC
.....Sandra
Quintela, visitou o Haiti como membro de uma delegação
de organismos de vinte países. Nesta entrevista, ao Boletim do
NPC, Sandra nos traz informações que não chegam
através da grande mídia. Por Claudia Santiago, maio
de 2005 (boletim 67)
. Veríssimo:
o escritor, o ato político e a luta
.....Quem
já se deliciou com alguns ou com todos os seus livros não
acredita que aquele de fala mansa, quase um susurro, e tímido, seja
o escritor bem-humorado de Comédias da Vida Privada, A
velhinha de Taubaté, As mentiras que os homens contam
e tantos outros, seja Luis Fernando Veríssimo. Mas é ele
mesmo. A simplicidade é tanta que ele quase pede licença
por estar ali, por ser o centro das atenções de uma livraria
cheia, em plena terça-feira, num dia chuvoso e um pouquinho mais
frio.
.....Assim
que ele chega à Realejo Livros, na cidade de Santos (SP),
no dia 26 de abril, por volta das 18h, logo forma-se uma fila de leitores
e fãs, já com livros à mão, esperando o tão
sonhado autógrafo, uma conversa rápida e também uma
foto. Luis Fernando Veríssimo, apesar da timidez, recebe
a todos com um sorriso largo e acolhedor. Faz questão de pedir o
nome de cada um dos leitores e de escrever uma dedicatória diferente
nos livros. Foi com a mesma gentileza que Luis Fernando Veríssimo,
nascido em Porto Alegre (RS), em 1936, filho do famoso escritor Érico
Veríssimo, falou com o Boletim NPC. Por Rosângela
Gil, de Santos (SP), maio de 2005.
. Fórum
Social Mundial: uma resposta ao neoliberalismo
.....O
Fórum Social Mundial não é um movimento, não
é uma organização, não é uma Internacional
Socialista do século XXI. Ele é um "espaço". Quem
faz questão de definir o fenômeno, que reúne movimentos
os mais diferentes e de várias partes do mundo há cinco anos,
como "espaço", é um dos seus idealizadores, Francisco Whitaker
Ferreira. Ou simplesmente
Chico Whitaker. De 2001, em Porto Alegre
(RS), ao quinto Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, o que move
a realização desse grande encontro de povos e de movimentos
é ser "uma operação de contracomunicação
ao Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça)",
como apresenta Whitaker, no seu livro recém-lançado O
desafio do Fórum Social Mundial - um modo de ver (foto),
da Editoria Fundação Perseu Abramo e Edições
Loyola. Whitaker esteve em Santos (SP), na Faculdade de Direito da Universidade
Católica de Santos, UniSantos, no início deste mês,
onde lançou o livro e conversou com o Boletim NPC. Leia a
entrevista de Rosângela Gil, de Santos, abril de 2005.
. O
Novo Sindicalismo, a estrutura sindical e a voz dos trabalhadores
.....O
historiador e colaborador do Núcleo Piratininga de Comunicação,
Guilherme
Marques Soninho, laçou no final do ano passado o livro O
Novo Sindicalismo, a Estrutura Sindical e a Voz dos Trabalhadores (foto).
Leia a entrevista de Rosângela Gil e Sérgio Domingues
com Soninho sobre o seu livro, em abril de 2005.
. A
mídia e a mulher
.....No
Dia Internacional da Mulher, o Boletim NPC conversou com a filósofa
e professora da USP, Olgária Chain Feres Matos, antes do
debate "A Mídia e a Mulher", realizado no Sesc, no dia 11 de março,
em Santos (SP). Foi uma hora de entrevista. O tema, logicamente, era "A
mídia e a mulher", mas falar de mulher e não se falar do
mundo, não se fala a verdade. Falar de mulher e não falar
do homem, também pouco se está falando. Falar de mulher e
não falar de mercado, de exploração, de neoliberalismo,
não se está falando tudo. Nesta entrevista não há
linearidade, não há começo, meio, fim. Pode-se começar
do fim ou do meio. Ou do começo. Não importa. O que importa
é que falamos de mulher para falarmos do mundo. Por Rosângela
Gil, de Santos, março de 2005
. Dom
Tomás Balduíno: Pelos direitos dos povos
.....Goiano,
82 anos de idade, filósofo e teólogo com pós-graduação
em Antropologia e Linguística, Dom Tomás Balduíno
(foto) foi Bispo da Cidade de Goiás (hoje Goiás Velho)
durante 31 anos. De 1965 a 1967 cuidou do prelado de Conceição
do Araguaia, quando tornou-se mais conhecido por seu trabalho em defesa
de povos indígenas e trabalhadores rurais. Dom Tomás participou
na última segunda (28/2) do programa Roda Viva, da TV Cultura. Sem
deixar se intimidar, o bispo atacou diversos setores da elites econômicas
e políticas e apontou rumos para o fim dos conflitos no campo. "Jesus
já dizia: isso convem fazer, e aquilo não omitir". Confira
as principais informações da conversa. Por Gustavo Barreto,
do NPC, fevereiro de 2005
. Ignacio
Ramonet: Propostas para um outro mundo possível
.....PORTO
ALEGRE. As pessoas e os movimentos sociais que se identificam com o altermundialismo
e vão a Fóruns Sociais Mundiais deveriam elaborar uma Carta
Social Mundial. No documento, deveriam ser listados os pontos essenciais
e comuns dos participantes dos encontros contra a globalização,
como a anulação da dívida externa, a retirada de tropas
militares que ocupam países e a interrupção da privatização
de serviços públicos e recursos naturais. A avaliação
é do jornalista Ignacio Ramonet que, em entrevista exclusiva
ao Brasil de Fato, fez um balanço do 5° Fórum
Social Mundial, que se encerrou no dia 31 de janeiro, em Porto Alegre (RS).
Na foto, Ignacio Ramonet entre Noam Chomsky e Olívio Dutra, arquivo
da Z Magazine do Fórum Social Mundial de 2002.
. Venício
Lima: “Quem faz a História somos nós”
.....RIO
DE JANEIRO. Com o enfraquecimento histórico dos partidos no País
e o apoio do regime militar, a Rede Globo pôde ocupar espaços
políticos e até mesmo forjar uma História do Brasil
própria. É isso o que argumento o pesquisador da UnB Venício
A. de Lima, que conversou com a equipe do Boletim
NPC durante o 10 Curso anual do Núcleo. Autor do livro
“Mídia – Teoria e Política” (Perseu Abramo, 2004), ele pede
a atenção dos movimentos sociais para a forma como a Globo
fala do passado – “importantíssimo para orientar a ação
de presente” – e enxerga nas rádios comunitárias um dos grandes
avanços do povo brasileiro. Por Rosângela Gil e Gustavo
Barreto, dezembro de 2004.
. A
Internet e a Comunicação Alternativa
.....O
10º Curso Anual do Núcleo Piratininga de Comunicação,
realizado de 1º a 5 de dezembro, no Sindipetro do Rio de Janeiro,
dedicou uma mesa de debate para a ferramenta internet na perspectiva da
comunicação alternativa. Um dos debatedores, Gustavo Gindre,
membro eleito do Comitê Gestor da Internet no Brasil, falou para
o Boletim NPC. Rosângela Gil, da Equipe NPC em Santos (SP).
. Derrubar
as muralhas da linguagem
.....Por
Cláudia
Santiago, do Rio de Janeiro (RJ), para o jornal Brasil de Fato em novembro
de 2004. A escravidão no Brasil ainda não acabou para milhões
de homens e mulheres, afirma Vito Giannotti. Para ele, a causa de
todos os males do país é a continuação de uma
realidade que garante a Casa Grande para apenas um punhado de gente e mantém
a imensa maioria na Senzala. Nessa entrevista ao Brasil de Fato, Giannotti
fala sobre o seu mais recente trabalho, Muralhas da Linguagem (Ed. Mauad).
Entre outras coisas, explica que na Senzala não há boas escolas
e que a baixa escolaridade e exclusão social são as principais
muralhas da linguagem. Giannotti quer convencer jornalistas, sindicalistas,
advogados, professores, e quaisquer outros profissionais que se relacionem
com o povo, de que a mesma divisão econômica injusta que se
perpetua no Brasil se repete na linguagem.
. Yasser
Arafat não impedia a paz entre palestinos e israelenses
.....Por
Rosângela
Gil, de Santos, novembro de 2004. A professora de História Contemporânea
da USP, Maria Aparecida de Aquino, dá ênfase às
palavras "isso é uma falácia" para referir-se ao que dizem
os governos estadunidense, inglês e israelense, de que agora, após
a morte do líder palestino Yasser Arafat, será possível
chegar-se a um acordo entre os dois povos. "Arafat não impedia o
acordo nem a paz entre eles. Ao contrário, ele levou a luta do povo
palestino para o mundo todo", observa.
. Miguel
Urbano fala sobre jornalismo e o poder da mídia no Brasil
.....Por
Ana
Maria Straube, 30/09/2004, para o Jornal Contraponto - PUC/SP. Perto
de completar 80 anos, o jornalista português Miguel Urbano Rodrigues
ainda tem fôlego para brigar com o sistema. Militante comunista,
exilou-se no Brasil durante a ditadura de Antonio Salazar. Trabalhou como
editorialista do jornal Estado de São Paulo entre 1957 e 1974, lutando
também contra a censura e arbitrariedades impostas pelo governo
militar em nosso país. Atualmente, mantém um site na Internet
(www.resistir.info),
onde procura dar uma visão crítica sobre diversos acontecimentos
mundiais.
. Conselho
Federal de Jornalismo: visões opostas
.....Por
Loianne
Quintela e Rose Veronez, do Portal Andifes, setembro de 2004. A criação
do Conselho Federal de Jornalismo (CFJ) vem sendo muito debatida, especialmente
depois que o Projeto de Lei, elaborado pela Federação Nacional
dos Jornalistas (Fenaj), foi enviado ao Congresso, no dia 09 de agosto,
pelo Presidente Lula. Os principais objetivos do Conselho serão
conferir o registro profissional, fiscalizar o exercício ético
da profissão e acompanhar a formação do futuro profissional.
Algumas entidades representativas da classe vêem isso como a imposição
de limites à atividade jornalística, como é o caso
da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Para contribuir
com essa discussão o Portal Andifes entrevistou o presidente da
Fenaj, Sérgio Murillo de Andrade, e o presidente da ABI,
Maurício
Azêdo.
. Os
principais problemas da mídia brasileira não estão
ligados ao exercício profissional
.....Para
o pesquisador Venício A. de Lima, estrutura historicamente
concentrada dos meios de comunicação
— que permite a propriedade cruzada
— deveria receber atenção.
Por Ana Manuella Soares, agosto de 2004.
. Os
críticos não estão vendo fantasmas. Estão muito
lúcidos
.....Segundo
o professor da Unicamp Reginaldo Moraes, qualquer jornalista que
se aventurou a ter alguma idéia na cabeça que não
correspondesse àquela de seu patrão sabe o que é apropriação
da informação pública. Jornal da Unicamp, agosto de
2004.
. “Quem
quer que não haja criança pedindo esmola é de esquerda”
.....Para
o escritor Vito Giannotti, nascido na Itália e que vive no
Brasil desde os 21 anos, o país se divide entre casa grande e senzala.
Por Iamily Rodrigues para o jornal Matéria Prima,
de Maringá, agosto de 2004.
. Novos
olhares contra velhos estigmas
.....Por
Viviane Gomes, Rets, agosto de 2004. João Roberto Ripper
e Ricardo Funari são fotógrafos reconhecidos por seus
trabalhos de documentação de temas sociais. Já registraram
conflitos de trabalhadores rurais sem terra e a exploração
da mão-de-obra infantil.
. Um
dos criadores do software livre defende brasileiro alvo da Microsoft
.....Entrevista
com Richard Stallman. Por Rafael
Evangelista, para o Planeta Porto Alegre, 21 de junho de 2004
Por
Rosângela Gil
. Yasser
Arafat não impedia a paz entre palestinos e israelenses
.....Por
Rosângela
Gil, de Santos, novembro de 2004. A professora de História Contemporânea
da USP, Maria Aparecida de Aquino, dá ênfase às palavras
"isso é uma falácia" para referir-se ao que dizem os governos
estadunidense, inglês e israelense, de que agora, após a morte
do líder palestino Yasser Arafat, será possível chegar-se
a um acordo entre os dois povos. "Arafat não impedia o acordo nem
a paz entre eles. Ao contrário, ele levou a luta do povo palestino
para o mundo todo", observa.
. TV:
uma "janela" perigosa
.....Entrevista
com Verônica Rezende. Por Rosângela Gil, de Santos,
junho de 2004
. Venezuela:
o escândalo da mídia
.....Nos
últimos dias, estamos sendo "bombardeados" por uma profusão
de notícias e imagens da Venezuela, país que faz fronteira
com o Brasil. É como se naquele país, de mais de 24 milhões
de habitantes, o povo estivesse querendo a deposição do presidente
Hugo Chávez Frias, democraticamente eleito. A julgar também
pelas manchetes da imprensa brasileira -- "Oposição faz marcha
gigante contra Chávez", "Oposição faz proposta; Chávez
ataca EUA" e tantas outras no mesmo estilo -- é isso que está
acontecendo mesmo. Mas, é isso mesmo? Em mais esse caso, a imprensa,
daqui, da Venezuela e do mundo, não estaria, mais uma vez, repetindo
o título do livro do repórter Carlos Dorneles, "Deus é
inocente; a imprensa, não"? Entrevista com Emir Sader. Por
Rosângela Gil, de Santos, abril de 2004
. Brasil
de Fato: uma conquista da esquerda social
.....Entrevista
com Nilton Viana. Por Rosângela Gil, de Santos, março
de 2004
. Folhas
Operárias: trincheiras contra a exploração
.....Entrevista
com Adelaide Gonçalves. Por
Rosângela Gil, de Santos, fevereiro de 2004
. No
Pasarán!
.....Ela
nasceu em Gijón há 77 anos, cidade que já existia
há dois mil anos antes de Cristo com o nome de Gijia. A sua cidade
natal fica ao norte da Espanha, no principado de Astúrias. Mas ela
não mora na Espanha desde 1967. Maria Dolores Muñiz Junquera,
ou simplesmente
Irmã Dolores, como é conhecida, está
no Brasil há 37 anos, fazendo o que mais gosta: trabalhando
com os pobres e os excluídos. Não passa pela sua cabeça
voltar para o seu país. Ela quer ficar aqui mesmo, no Brasil. Por
Rosângela Gil, de Santos, 21 de fevereiro de 2004
. Marigoni:
A Venezuela que se inventa
.....O
jornalista Gilberto Marigoni lança, em fevereiro, o livro
A
Venezuela que se inventa. Nesta entrevista ao Boletim NPC, ele
fala sobre o país que tem no petróleo o centro da sua economia,
sobre a relação íntima e vergonhosa mídia e
poder e também sobre os povos da América Latina. "A história
da América Latina é impressionante", fala um apaixonado latinoamericano.
Por Rosângela Gil, de Santos, fevereiro de 2004
. Não
há democracia no Brasil com meios de comunicação privados
.....Entrevista
com Pedrinho Guareschi. Por Rosângela
Gil, de Santos, 22 de novembro de 2003
. O
que é uma informação cidadã
.....Entrevista
com Eugênio Bucci. Por Rosângela
Gil, de Santos, outubro de 2003
. Reforma
da Previdência Social e Alca pelo secretário de comunicação
da CUT
.....Entrevista
com Antonio Carlos Spis. Por Rosângela
Gil, de Santos, 30 de agosto de 2003
. Lógica
unilateral do ataque do Iraque é semelhante à lógica
comercial da Alca
.....Entrevista
com Luis Fernando Novoa Garzon. Por
Rosângela Gil, de Santos, abril de 2003
. A
Imprensa não é inocente
.....Entrevista
com Carlos Dorneles. Por Rosângela Gil, de Santos
. Alca:
risco de maior pobreza e desemprego para o Brasil e demais países
latino-americanos
.....Entrevista
com Ricardo Gebrim. Por Rosângela
Gil, de Santos
. "Não
se faz jornalismo sem se fazer vítimas"
.....Entrevista
com Heródoto Barbeiro. Por Rosângela
Gil, de Santos
Outras
entrevistas
. A
Revolução que distribuiu flores faz 30 anos
.....Entrevista
com o historiador Luís Eduardo Mergulhão, por Claudia
Santiago, abril de 2004
. Entrevista
exclusiva com Frei Sérgio Görgen
.....Por
Kátia
Marko, de Porto Alegre, abril de 2004
. Engenheiros
da Petrobrás dão lição de comunicação
.....Entrevista
com Heitor Pereira, presidente da Associação de Engenheiros
da Petrobrás (Aepet). Por Rodrigo Otávio, do Rio,
abril de 2004
. "A
mídia implorava pela intervenção militar"
.....Entrevista
com Mino Carta. Por Adriana Souza Silva, da Redação
AOL, abril de 2004
. Golpe
de 64: Denise Assis fala sobre ausência do tema no noticiário
.....Entrevista
com Denise Assis. Por Rodrigo Otávio, do Rio,
março de 2004
. “O
Dia da Mulher Nasceu da Luta das Mulheres Socialistas”
.....Entrevista
com Vito Giannotti. Por Claudia Santiago, março de
2004
. A
mulher veio para fazer a revolução política
.....Stela
Guedes Caputo entrevista Gisele Gomes Souza
. TV
em debate na UFF: Entrevista com Lígia Coelho
.....Por
Rodrigo
Otávio, março de 2004
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