ÚLTIMOS
ARTIGOS
Caldeirão
do inferno. Por Marcos Faerman
Promiscuidade,
violência, tráfico de drogas, corrupção, doenças
e mortes. Se os presídios foram construídos para que os detentos
pudessem se arrepender, corrigir-se e voltar ao convívio social,
a receita estava errada. O resultado não poderia ser pior. Jogados
no caldeirão fervente dos carandirus plantados pelo país
afora, detentos às vezes nem tão perigosos assim iniciam
um curto e eficiente aprendizado (...) Uma radiografia dos presídios
brasileiros. Matéria publicada na edição nº 320
de “Problemas Brasileiros”, de março/abril de 1997
À
Ordem branca! O que os ataques do PCC nos têm a dizer?
Por Jaime Alves
O maior
ataque criminoso perpetrado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC)
em São Paulo tem muito a nos dizer sobre a crise do sistema de segurança
pública no Brasil, sobre a crise de legitimidade da ação
policial e expõe as fraturas de uma sociedade marcadamente desigual
no acesso de brancos e negros à Justiça e aos bens sociais.
Aqui, a segurança pública sempre foi vista sob a rubrica
da militarização, da brutalidade contra os negros e do combate
aos inimigos internos sob o eco da Ordem. As prisões são
concebidas como depósitos de seres humanos inviáveis. Os
maus-tratos e a tortura foram institucionalizados no imaginário
autoritário da polícia e tornaram-se procedimento -padrão.
Assim se arranca de jovens negros confissão de crimes, se forja
flagrantes baseados na cor da pele, se criminaliza os pobres (...) Em
16 de maio de 2006
Tráfico
nada tem de revolucionário. Por Marcelo Freixo
O tráfico
é uma empresa capitalista das mais eficientes e completamente adaptada
à realidade neoliberal que se instalou no Brasil na década
de 90. É uma empresa concentradora de renda, altamente lucrativa,
que utiliza mão-de-obra barata. É uma empresa que se estabeleceu
num espaço onde ela não tem nenhuma preocupação
com exigências legais ou cobranças de impostos. É uma
empresa com forte produção de alienação do
trabalho, onde a mão-de-obra não tem a menor idéia
do quanto rende a empresa. E o efeito social disso é terrível
(...) Em 15 de maio de 2006
Comunicado
sobre os recentes episódios de violência em São Paulo.
Do Centro de Justiça Global
A Justiça
Global, organização não-governamental de direitos
humanos, expressa sua mais veemente condenação aos atos de
violência que tiveram lugar no estado de São Paulo nos últimos
dias, e também à resposta das autoridades estaduais a esses
atos. Entendemos e nos solidarizamos com a dor dos familiares dos agentes
públicos e de todas as vítimas dos ataques do PCC e com a
fragilidade experimentada por cidadãos que se viram expostos a
ônibus em chamas, explosões, ameaças, falhas em serviços
públicos e a exploração sensacionalista de alguns
órgãos de imprensa (...) Em 17 de maio de 2006
Pô,
Chico, você pisou na bola! E feio. Por Gilberto
Maringoni
Em charge na capa do jornal
“O Globo”, o presidente da Bolívia, Evo Morales, é mostrado
ligando para Marcola, insinuando algum acerto entre eles. Não dá
para entender a piada. (Na Carta Maior, 17/5/2006)
Presidente
do Sindijor/SE é processado por artigo em defesa da liberdade de
imprensa. Por Sindicato dos Jornalistas de Sergipe
Uma coincidência
macabra. Exatamente no dia 3 de maio, quando é lembrado o Dia Mundial
da Liberdade de Imprensa, quando a Fenaj (Federação Nacional
dos Jornalistas) lançou o relatório "Violência e Liberdade
de Imprensa no Brasil", produzido a partir de um levantamento feito pela
Comissão de Direitos Humanos e Liberdade de Imprensa da entidade
e quando o presidente da República, Luís Inácio Lula
da Silva assina uma declaração internacional sobre
o tema, José Cristian Góes, presidente do Sindijor/SE - Sindicato
dos Jornalistas no Estado de Sergipe - é notificado por um oficial
de Justiça de um processo de interpelação da 4a Vara
Criminal do Estado, movido pelo Sinertej - Sindicato das Empresas de Rádio,
TV, jornais, revistas e sites de Sergipe. (maio/2006)
A
mídia brasileira está cada vez mais venezuelana.
Por Gilberto Maringoni
No episódio
da nacionalização dos hidrocarbonetos bolivianos, mídia
queria sangue. Como os fatos desmentem sua conduta, o problema, para a
revista Veja, a Folha e o Estadão, está com os fatos. (maio/2006)
Videoconferência
articula mobilização nacional por um sistema democrático
de rádio e TV digital. Por Bruno Zornitta
Uma série
de mobilizações em todo o país: essa foi a principal
deliberação da videoconferência da Frente Nacional
por um Sistema Democrático de Rádio e TV Digital, realizada
nesta quinta-feira (11/5). O encontro se deu por meio do sistema Interlegis,
que conecta as assembléias legislativas dos estados, e contou com
a participação de militantes do Rio de Janeiro, Pernambuco,
São Paulo, Brasília, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará,
Maranhão, Rio Grande do Norte e Tocantins.
Sindicatos
“buscam identidade”, diz jornalista. Por Patrícia
Fagueiro
“Quem
diz que os sindicatos estão mortos, deveria acompanhar um. Por conta
do neoliberalismo, os sindicatos buscam hoje uma identidade, mas não
morreram”. Quem faz a afirmação é Rosângela
Ribeiro Gil, jornalista que há 21 anos se dedica ao jornalismo sindical.
A experiência não só a tornou conhecedora do “mundo
do trabalho” (como ela designa os movimentos sindicais), como a fez participar
de momentos inesquecíveis e emocionantes.“Eu gosto da luta operária.
É mais que uma profissão, é a minha causa, me vejo
como parte integrante”. (maio/2006)
Movimento
dos Sem-Terra, idéia e objeto. Por Marcio Lorin
Há
um esforço por parte da imprensa em relacionar movimentos sociais
ao atraso. Não é raro assistirmos ou lermos reportagens
sobre a ação de movimentos ou mobilizações
sociais associados à idéia de resistência ao avanço
técnico e ao progresso. Um conceito forjado na cabeça pela
repetição de centenas e milhares de notícias carregadas
de ideologia que, segundo Marilena Chauí, é um mascaramento
da realidade social que permite a legitimação da exploração
e da dominação. Por intermédio dela, tomamos o falso
por verdadeiro, o injusto por justo. (maio/2006)
Pesquisa
revela a (des)confiança na mídia.
Por Venício A. de Lima
No Dia
da Imprensa, ao assinar solenemente a Declaração de Chapultepec,
o presidente da República reafirmou aos empresários da grande
mídia seu compromisso com a liberdade de imprensa, lembrou a responsabilidade
proporcional ao seu poder que jornais e jornalistas devem ter, e manifestou
sua confiança na sabedoria e no discernimento da população
em relação às notícias veiculadas pela mídia.
(maio/2006)
Pautar
a comunicação na perspectiva dos trabalhadores.
Por Valdisnei Honório Alves
Pautar
a comunicação transversalmente na relação com
as práticas sociais da maioria da sociedade brasileira e, em particular,
na vida cotidiana dos indivíduos, deve ser uma atividade permanente
das representações sociais, culturais e políticas
dos trabalhadores. Ela envolve todos nas suas relações
de gênero, de etnia, de moradia, de trabalho, de lazer, de
estudo, de vivências familiares e comunitárias e nas redes
sociais que tecem se produzindo como sujeitos históricos, mediando
assim as contradições do sistema capitalista, as diferenças
sociais e a diversidade cultural, historicamente geradas e manifestas nos
modos como se estruturam a vida material e a subjetividade social, próprios
deste sistema e de sua civilização desumana. (maio/2006)
Carta
distribuída no seminário “TV Digital: Futuro e Cidadania”
no Congresso Nacional. Brasília, 16 de maio de
2006
Diante
da possibilidade do anúncio pelo governo federal da tecnologia a
ser adotada no processo de digitalização da televisão
no Brasil, a Frente Nacional por um Sistema Democrático de Rádio
e TV Digital, vem a público manifestar seu repúdio
à forma como tem sido conduzido o processo de escolha do padrão
pelo governo federal. (maio/2006)
Os
dois lados da moeda notícia. Por Vinicius Souza
e Maria Eugênia Sá
Vivemos
a era da comunicação. Todas as notícias do mundo inteiro,
bibliotecas completas, o saber acumulado por gerações estão
à distância de um simples clique. Os grandes jornais e revistas
do planeta têm suas edições integrais, ou quase, disponíveis
24 horas por dia na Internet, além dos serviços on-line.(maio/2006)
Modelo
brasileiro de rádio e TV digital no Brasil: realidade ao alcance
de todos. Por Profª Eula D. Taveira Cabral
As associações
de rádio e de TV, as emissoras, a sociedade civil, cada cidadão
precisa entender a importância da digitalização no
país e não se deixar levar por histórias contadas
na mídia e nem por pressas do governo brasileiro. Implantar a TV
e o rádio digital em qualquer país leva tempo – não
acontece de uma hora para outra. (maio/2006)
Qualidade
na comunicação: moda ou necessidade? Por
Profª Eula D. Taveira Cabral
Nos últimos
dias, ouve-se falar na mídia e nos eventos científicos sobre
a importância da qualidade na comunicação. Programas
exibidos na mídia são focos de análise do cidadão
comum e do cientista. Mas, será que essa mudança em prol
de se exigir o melhor para a sociedade brasileira é moda ou necessidade?
Será que houve um despertar em prol de se proporcionar o melhor
a todos? (maio/2006)
O
MST é solidário com o jornal Brasil de Fato. E você?
O MST,
nesta edição especial, quer compartilhar com você as
preocupações em construir a comunicação como
ferramenta de educação popular e de organização
dos trabalhadores e trabalhadoras. O Jornal Brasil de Fato é uma
das formas de materializar essa proposta. Socializamos abaixo uma carta
da equipe editorial do jornal e pedimos o seu empenho nesta causa, tão
justa quanto o ato de ocupar um latifúndio. (maio/2006)
Os
dois lados da moeda notícia. Por Vinicius
Souza e Maria Eugênia Sá
Vivemos
a era da comunicação. Todas as notícias do mundo inteiro,
bibliotecas completas, o saber acumulado por gerações estão
à distância de um simples clique. (...) praticamente qualquer
pessoa em qualquer lugar pode divulgar mundialmente informações
sobre o que acontece em sua comunidade, em seu campo de estudos, em sua
vida. Mas se as fontes são tão ricas e variadas, por quê
os noticiários acabam tão iguais? (maio de 2006)
Os
interesses nacionais. Por Flávio Aguiar
Dá uma certa náusea
ouvir o vozerio na mídia dos que pedem medidas drásticas
contra o governo (e o povo) da Bolívia, a grita para que o governo
brasileiro aja “com frieza empresarial”, para que defenda “os interesses
nacionais”. Evo Morales é um presidente de palavra: fez o que disse
que ia fazer. (maio de 2006)
TEXTOS
RECENTES
1º
de Maio de 2006: 120 anos de luta. Por Vito Giannotti
Um 1º de Maio diferente,
ou igual ou pior do que os outros 120 Primeiros de Maio desde o longínquo
1886. Depende do ponto de vista (abril/2006)
Haja
cruz. Por José Arbex Jr.
20 de
janeiro, 2006: pelo menos 120 agentes da Polícia Federal, incluindo
um destacamento do Comando de Operações Táticas, de
Brasília, todos armados, disparam bombas de efeito moral e balas
de borracha contra os habitantes das aldeias Córrego D’Ouro e Olho
D’Água dos povos tupiniquim e guarani, e finalmente tocam fogo em
suas casas. O ataque, fulminante, aterroriza e destrói as duas aldeias;
oito de seus líderes são presos, dezenas de seres humanos
saem feridos (...) abril/2006
Brutalidade
da impunidade no caso de Eldorado não foi pauta no dia 17.
Por Verena Glass
Dez anos
depois de uma das mais brutais chacinas da história recente do país,
quando 19 cidadãos, de profissão agricultor, foram assassinados
pela polícia – dez deles, segundo o laudo da perícia, com
tiros a queima roupa -, alguns meses depois da soltura dos únicos
dois condenados entre os 155 executores do massacre de Eldorado dos Carajás
(o coronel Mário Collares Pantoja e o major José Maria Pereira
de Oliveira, sentenciados a 228 e 154 anos de prisão, respectivamente),
alguma coisa no Estado de Direito parece fora do eixo (...) abril/2006
Dois
argumentos chinfrins no debate. Por João
Brant
Uma das
possibilidades imediatas que a TV digital traz é o aumento no número
de canais. Em teoria, a possibilidade de mais vozes, mais concorrência,
mais espaço para pluralidade e diversidade. Não basta o aumento
de canais para alcançar essas mudanças, mas é certamente
um passo importante. No entanto, as emissoras abertas, obviamente, não
querem mais canais. E na tentativa de manter o mercado fechado, atêm-se
a dois argumentos (...) abril/2006
Sistema
de Rádio e TV Digital: tem que ser democrático e brasileiro.
Fórum Social Brasileiro
Nós,
organizações da sociedade civil, movimentos populares e sociais
reunidos no II Fórum Social Brasileiro, realizado entre os dias
20 e 23 de abril de 2006 em Recife, conscientes da necessidade de somar
esforços para participar politicamente do processo de digitalização
do rádio e da TV (...) Leia a Moção do Fórum
Social Brasileiro, Recife, 23/4/2006.
Para
a mídia controlada pelo império, a guerra no Irã já
começou. Por Omar Nasser Filho
A guerra
contra a República Islâmica do Irã já começou
e o primeiro território já foi ocupado pelos exércitos
invasores. Nos gabinetes da CIA e do MI-6, o serviço secreto britânico,
a produção de press releases fabricados com o objetivo
de denegrir a imagem do “inimigo” e criar um ambiente favorável
à volúpia belicista dos “falcões” de Washington e
Downing Street corre a todo vapor (...) abril/2006
Assistir
“A Batalha do Chile” é obrigatório.
Por Sérgio Domingues
O documentário
político “A Batalha do Chile” acaba de ser lançada em DVD
pela Coleção Videofilmes. Trata-se de uma obra-prima do cineasta
chileno Patrício Guzmán que pode, inclusive, ser utilizado
como o currículo de um curso de formação política.
Temas como reformismo, revolução, socialismo, a dominação
burguesa, o poder popular, o papel da mídia e muitos outros surgem
enquanto assistimos ao filme (abril/2006)
A
legítima ofensiva dos camponeses. Por Alipio
Freire
Madrugada.
Sentado frente ao computador, fuço a internet. De repente – e não
mais que isto – sinto sair-me pelo ouvido algo estranho. Na mesma fração
de segundo em que levei a mão à orelha tentando me proteger
e entender o que acontecia, aquilo que se despregara de mim já dera
uma cambalhota no ar e se encarrapitara no canto superior direito do monitor:
Era um grilo, trajando casaca e cartola, que me ameaçava com um
guarda-chuva enrolado, enquanto gritava repetidamente (...) abril/2006
Veja
aderiu à imprensa marrom. Por Alberto Dines
Diogo
Mainardi não conseguiu celebrizar-se como encarnação
tupiniquim de Gore Vidal. Exigiria muito talento, muito trabalho, anos
de pesquisa. Sobretudo recolhimento e silêncio. Preferiu o caminho
mais rápido e barulhento: afamar-se através da difamação.
(abril/2006)
TV
Digital: O que as emissoras querem esconder. Por
Gustavo Gindre
Em numerosas
reportagens de jornais e TVs temos lido que as emissoras de TV (Globo à
frente) defendem a escolha do padrão japonês de modulação
da TV digital (ISDB) porque este seria o único padrão que
lhes permitiria fazer transmissão para recepção móvel
usando a banda do espectro eletromagnético reservada para o UHF.
(mar/2006)
Moradores
da Maré param para ver “Falcões, meninos do tráfico”.
Por Renata Souza
Nós, da favela, queremos
o secretário dos Direitos Humanos, o secretário da Infância
e da Juventude, o Lula e o papa. O que vocês pensam que somos, um
bando de idiotas e debilóides, uns Homers Simpsons que só
sabem ver novela e não consegue diferenciar ficção
de realidade? Tenham mais respeito com a sociedade brasileira. Tenho nojo
desse jornalismo bestial! E espero, do fundo do meu coração,
que este documentário não seja apenas mais uma bomba de efeito
moral como deseja a Globo. (abr/2006)
A
periferia como centro nas manipulações da Globo.
Por Sérgio Domingues
De repente a periferia, seus
problemas e cotidiano ganharam espaço na programação
da Globo. Primeiro, foi o documentário “Falcão”, exibido
no “Fantástico”. Depois, o tema passou a freqüentar o noticiário
e a programação global. Agora, ganhou até um programa
mensal com Regina Casé. (abril/2006)
Antropo(hip-hop)logia.
Por Ferréz
Nesses
dias, estava pensando cá com meus botões -pra falar a verdade,
estou pensando num certo domingo e nos outros que vieram-, muitos sites,
reportagens e programas estão simplesmente copiando o que papai
global diz. A mídia convencional já faz isso, "clipa" as
notícias e as distribui. E, agora, somos iguais, é a mídia
do "hip-hop" imitando os grandes meios. O assunto é o mesmo, o documentário
que a Globo exibiu, a favela desnudada, exposta, aberta, e seu ingresso
é somente um aperto de botão. (abril/2006)
“Seqüestro
dos direitos desses jovens continua em todo o país”.
Por Gustavo Barreto
Causa
satisfação a resposta de Celso Athayde e MV Bill à
compreensível polêmica causada por episódio em que
MV Bill teria visto três pessoas seqüestradas durante as filmagens
do documentário “Falcão – Meninos do Tráfico” e se
calado, o que poderia caracterizar crime de omissão de socorro.
A informação sobre os seqüestrados consta do livro sobre
o documentário, lançado na semana passada. (4/4/2006)
TV
árabe lança rede em inglês e vende ao Brasil.
Da Folha de S. Paulo
A rede
de TV Al Jazira, conhecida mundialmente desde a Guerra do Afeganistão
e apelidada de CNN árabe, programou para o mês de junho o
lançamento de seu canal de notícias em inglês. No Brasil,
representantes da Al Jazira Internacional tiveram reuniões há
duas semanas com as principais operadoras de TV paga e iniciaram negociações
para incluir a emissora nos pacotes dos assinantes. (9/4/2006)
Exposição
em Lisboa: vida e obra de Frida Kahlo, 1907/1954.
Por
Lílian Moura, de Lisboa
Para
entender e gostar das obras de Frida Kahlo, a inesquecível artista
mexicana, é preciso conhecer um pouco de sua história de
vida. Frida contraiu poliomielite quando criança, tinha uma perna
menor que a outra. Aos 18 anos, cheia de sonhos, como toda adolescente
sofreu um grave acidente no ônibus que viajava com seu noivo Alejandro
Gómez Arias. (...) Em 28/3/2006
A
voz da terra: duas décadas líder de audiência.
Por Rogério Almeida
Faz 21
anos que o programa de rádio “O Homem e a Terra” ecoa nos rincões
do Maranhão. O programa vai ao ar através das ondas
de amplitude modulada (AM) da Rádio Educadora do Maranhão
Ltda (ZYH 887 560 Khtz), emissora ligada à Igreja Católica.
Sempre aos domingos, o programa vai ao ar das 6h30 às 7h30, horário
no qual é líder de audiência. Num estado que concentra
quase metade de sua população na zona rural, o programa tem
como público-alvo o homem e a mulher do campo. Atualmente é
produzido e apresentado pela radialista Majô Ferreira. O ‘Homem e
a Terra” tem como âncora a ONG Associação Agroecológica
Tijupá. (abril/2006)
Aos
pobres: a lei, a polícia e a morte. Por
Rogério Almeida
A execução de
pobre é natural. Esteja o indivíduo no interior do Pará,
como é comum; ou em uma favela do Rio de Janeiro. Caso seja na Baixada
Fluminense, trata-se apenas de lógica pura.
(abril/2006)
Caparaó
vence no 'É Tudo Verdade'. Por Luiz Carlos
Merten
Documentário de Flávio
Frederico ganhou na competição nacional; na internacional,
o vencedor foi 'O Grande Silêncio'. (No jornal 'O Estado de São
Paulo' em 3/4/2006)
Berlusconi
vira vilão de cinema em véspera de eleição.
Por Peter Popham, do ‘Independent’
O
filme mais aguardado do ano na Itália estréia hoje em 380
cinemas do país, mas Silvio Berlusconi não irá assisti-lo.
"De jeito nenhum", respondeu, irritado, quando indagado a respeito em entrevista
coletiva ontem (23/3). Não chega a surpreender, já que o
filme em questão trata das muitas controvérsias que envolvem
a carreira do próprio premiê italiano. O final da história
é um que Berlusconi conseguiu evitar até agora, mesmo após
uma longa seqüência de julgamentos criminosos: o personagem
principal é sentenciado a uma longa pena de prisão. (Folha
de S. Paulo, 24/3/2006)
V
de vingança: quadrinhos sublimes e anarquismo grosseiro.
Por Sérgio Domingues
Uma das maiores obras-primas
em quadrinhos chegou ao cinema. Alan Moore, seu autor, não gostou.
Ele tem alguma razão. A versão em filme vulgarizou a estória,
apesar de continuar muito boa. Comum a ambas é a visão grosseira
de anarquismo. (abril/2006)
A
mídia que fala ao trabalhador. Por José
Reinaldo Marques
No Brasil
a classe operária normalmente é estigmatizada pela falta
do hábito de leitura. A visão que se tem do trabalhador comum
é de uma pessoa que não lê jornais ou revistas e costuma
se informar precariamente pela televisão. No entanto, esse mesmo
trabalhador tem interesses específicos, principalmente no que diz
respeito aos seus direitos, o que pode tornar a procura por um veículo
de comunicação um hábito mais constante. (mar/2006
no Jornal da ABI)
Rapper
lança documentário, livro e álbum sobre meninos do
tráfico. Entrevista de MV Bill a Nelson
Breve
O projeto “Falcão –
Meninos do Tráfico” promete ser um soco no estômago de milhões
de brasileiros. O trabalho é resultado de uma pesquisa iniciada
em 1997 pelo rapper MV Bill e seu produtor, Celso Athayde. Entrevista de
MV Bill a Nelson Breve, na Agência Carta Maior. (mar/2006)
Jornalismo
que toma partido. Por José Reinaldo Marques
Há
12 anos, um pequeno grupo de jornalistas, artistas gráficos, sociólogos
e professores de História e de Política, tendo à frente
o escritor Vito Giannotti, criou o Núcleo Piratininga de Comunicação
(NPC), que pretendia contribuir com uma melhor comunicação
dos trabalhadores. Sua crença: todo jornalismo é ideológico,
não somente o sindical. "Não há nada mais ideologizado
e, conseqüentemente, editorializado, do que a Veja. Esta revista
é um panfleto da direita conservadora do País, pois defende
sua visão de mundo, escondendo fatos e criminalizando os movimentos
sociais ao gosto de sua ideologia". (mar/2006 no Jornal da ABI)
Desafios
da imprensa sindicalista. Por José Reinaldo
Marques
Vito
Giannotti, do Núcleo Piratininga de Comunicação, diz
que um dos maiores problemas do jornalismo sindical é a baixa escolaridade
— “entre quatro e seis anos, segundo dados do MEC” — de grande parte de
seu público-alvo: “Este fato determina toda a realidade desse segmento
da imprensa: o tamanho dos artigos, o formato, a apresentação
e, sobretudo, a linguagem”. Outra questão importante é mostrar
capacidade de se manter atualizado — com domínio completo dos novos
aparatos tecnológicos — para falar ao leitor sobre a realidade e
a necessidade de reação diante de novas situações.
(mar/2006
no Jornal da ABI)
Programas
humorísticos entram na mira do Ministério Público.
Por Jonas Valente
Respondendo à representação
do movimento GLBTT, a procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão
do DF deve entrar com ação na Justiça contra o programa
“Zorra Total”, da Rede Globo. Rede Gazeta já retirou Sérgio
Mallandro do ar. (mar/2006)
Uma
propaganda de classe. Por Rosana Ramos
Dois
episódios recentes, envolvendo as revistas Primeira Leitura e Veja,
trazem à tona uma antiga discussão sobre o papel desempenhado
pelos grandes meios de comunicação de massa na construção
e permanente atualização da hegemonia conservadora no Brasil.
E ao mesmo tempo recolocam a questão do porquê a esquerda
não possui instrumentos de comunicação capazes de
enfrentar a ideologia dominante e construir uma nova hegemonia.
(mar/2006)
Crítica
ao fatalismo de Woody Allen. Por Marcos Arruda
O filme
de Woody Allen é muito bom cinema; mas é também um
filme alienador pelo seu fatalismo. História de suspense, muito
bem construída, que mantém a atenção do espectador
pendurada no fio da narrativa. Utiliza com argúcia grandes planos
das faces dos personagens para explorar com minúcia seus sentimentos.
O enredo é original e a conclusão do filme é tão
inesperada quanto a de uma boa piada. Mas não é piada nenhuma,
ao contrário. (mar/2006)
Em
Brokeback, a denúncia pode virar álibi.
Por Sérgio Domingues
"O segredo de Brokeback Mountain",
de Ang Lee, é um belo filme. Uma denúncia da repressão
ao amor gay. Mas também pode servir de álibi para uma sociedade
que comercializa a "diferença" sem deixar de tratar com violência
gays e lésbicas. (fev/2006)
Estudiosos
da história de luta das mulheres questionam origem do 8 de março.
Por Cláudio Gonzalez
Jornais
universitários de diversas instituições de ensino
superior no Brasil e na América Latina e órgãos da
imprensa alternativa têm dado cada vez mais espaço para a
divulgação de estudos e artigos que questionam a conhecida
história do 8 de março. Segundo a versão mais difundida
sobre a origem do Dia Internacional da Mulher, esta data seria uma homenagem
às operárias mortas num incêndio que teria ocorrido
numa fábrica têxtil de Nova York, em 1857. Mas para pesquisadores
como Vito Giannotti, Naumi Vasconcelos, Dolores Farias e Eva Blay, a "verdadeira"
história do 8 de março é outra e a alegada tragédia
de 1857, quando 129 operárias teriam sido queimadas vivas, não
passa de uma ficção. (mar/2006)
O
fim da notícia. Por Pablo Uchoa
Na prateleira,
parece um livrinho despretensioso. A edição brasileira, então,
cabe no bolso do paletó. Mas quando lançado aqui na França,
em 1997, Os novos cães de guarda foi motor de muita polêmica.
Uma edição atualizada, recém-lançada, atesta
o vigor da obra, que de saída vendeu 200 mil exemplares – sem que
seu autor, o jornalista Serge Halimi, recebesse uma só menção
na imprensa. Nem mesmo no Le Monde Diplomatique, o jornal para o
qual Halimi trabalhava na época. (mar/2006)
Carnaval
2006: Enredo sobre integração latino-americana dá
título para Vila Isabel. Por Gustavo Barreto
"Procuramos explorar a união
cultural da América Latina, resgatar a identidade de nosso povo.
É um tema polêmico e mexe com diversos interesses políticos.
Mas somos artistas. Não estamos fazendo propaganda política.
Falamos apenas sobre a integração cultural. Daí vêm
os pensamentos de Bolívar como espinha dorsal de nosso trabalho.
Mas não é a política que nos interessa". Quem anota
é o carnavalesco da mais nova campeã do Carnaval carioca,
Alexandre Louzada, da G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel. Engana-se quem pensa
que no discurso de Louzada falta projeto. (mar/2006)
Direito
à informação está ameaçado em Minas.
Do
Sindieletro-MG
Durante
os dois últimos anos o Sindieletro buscou informar a sociedade sobre
fatos relevantes para a população, mas a imprensa mineira
preferiu sempre outros temas. Foram divulgados todos os acidentes de trabalho
que levaram a dez vítimas fatais. A subseção do DIEESE
desenvolveu um amplo estudo sobre as graves conseqüências da
nova política de dividendos que pode, inclusive, comprometer a empresa.
(fev/2006)
Mulheres
negras protestam contra minisérie JK. Da Casa
de Cultura da Mulher Negra
Lideranças
do movimento de Mulheres Negras estiveram, esta semana, em Brasília
para entregar às Ministras da Secretaria Especial de Políticas
para Mulheres, Nilcéa Freire e da Secretaria Especial de Políticas
de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, o Manifesto
de Protesto contra a Rede Globo de Televisão, repudiando imagens
veiculadas na minisérie JK, em que mulheres negras são estupradas
e espancadas. (fev/2006)
Por
um Sistema Brasileiro de TV Digital de Interesse Público.Abaixo-assinado
Pela
interrupção imediata das definições acerca
do sistema brasileiro de TV digital, pelo amplo debate sobre o tema com
a sociedade e a favor de uma TV e Rádio digitais a serviço
do interesse público. Da Sociedade Civil Organizada; Para
o Governo Federal Brasileiro. (fev/2006)
Osvaldo
Pacheco: porto-gente-que-luta. Por
Rosângela Ribeiro Gil
O Porto
de Santos está em festa, seja pelo dia do portuário, comemorado
sábado, 28 de janeiro; seja pelos 114 anos completados no dia 2
de fevereiro. Como celebrar, e bem, datas tão importantes? Não
vejo de outra forma senão lembrando quem fez e faz a boa história,
quem dedicou sua vida pelas vidas de muitos homens e mulheres. A afirmação
é da jornalista Rosângela Ribeiro Gil em sua coluna no Portal
Porto
Gente. Para comemorar a data, a piratininguense (que faz parte do Núcleo
Piratininga) escolheu Osvaldo Pacheco da Silva, que foi presidente do Sindicato
dos Estivadores de Santos, da Federação Nacional dos Estivadores,
do PUA (Pacto de Unidade e Ação), do Fórum Sindical
de Debates, deputado constituinte de 1946 e militante comunista. (jan/2006)
“A
Batalha do Chile”. Portal No Mínimo
Há
documentários que se destacam pela reconstituição
histórica. Outros, pelas inovações de linguagem. Alguns,
ainda, pela associação com gêneros de ficção.
Mas a essência do cinema documental pode ser mais facilmente encontrada
naqueles filmes que funcionam como testemunhas privilegiadas de seu tempo.
Entre estes, poucos são tão memoráveis e fundamentais
quanto "A Batalha do Chile", de Patrício Guzmán, sobre a
ascensão e queda de Salvador Allende. (fev/2006)
Carta
da Embaixada da Venezuela à Revista Veja
Senhor
Civita, permita-me iniciar esta carta com o reconhecimento à tenacidade
com que seus colunistas se dedicam à tarefa de impor a verdade da
mídia. Nisto, tenho certeza, seriam a inveja do mesmo Joseph Goebbels.
Não obstante, permita-me também lhe aconselhar que diminua
o esforço para o bem da saúde mental de seus escreventes
(...) (fev/2006)
Abaixo
assinado em favor da informação responsável
A grande
mídia conservadora no Brasil tem divulgado constantemente matérias
que criminalizam o movimento social, tratado geralmente como grupo marginal
e delinqüente no que diz respeito às justas reivindicações
de uma parcela expressiva do povo brasileiro, revelando um posicionamento
preconceituoso e intolerante com os segmentos populares. (fev/2006)
Mulheres
consomem cada vez mais cultura que os homens. Do International
Herald Tribune
Elas lêem mais, vão
mais a teatro, cinema, museus e exposições, são maioria
nos cursos de humanidades e têm gosto mais refinado. Por Alan Riding,
em Paris, Do International Herald Tribune, 16/2/2006.
FSM:
Globo tenta aterrorizar leitores contra FSM e governo Chávez.
Por Claudia Santiago
Quando
se trata de Chávez, O Globo consegue ultrapassar seus limites
em falta de objetividade e tentativa de manipulação. Os outros
dois, os jornais paulistas, embora tenham destacado o que pode ser problema
na condução do fórum, deixando de lado a riqueza que
é sua realização, pelo menos foram objetivos em suas
manchetes arrancadas de uma entrevista coletiva. Aquelas para as quais
muitos jornalistas saem da redação com o único objetivo
de confirmar suas teses. O Globo foi além: “sombra chavista”.
(...) Janeiro de 2006
A
Globo cria os Homer's, sim, mas nos ensina a falar para milhões.
Por Vito Giannotti
Bonner
diz que a linguagem que ele procura usar deve ser uma linguagem que atinja
e não afaste nem o intelectual e nem a pessoa sem escolaridade.
A Globo dele se preocupa em atingir os dois. Esta afirmação
traz à memória um outro texto da Globo que está transcrito
no livro “A História Real”, de Josias de Souza e Gilberto Dimenstein.
Estávamos em 1994, durante a campanha do FHC contra Lula. O comitê
de propaganda da campanha do tucano passou uma cartilha para FHC aprender
a falar “para a maioria”. (...) Janeiro de 2006
Jornalismo
global: Descompromisso com a verdade histórica.
Por Venício A. de Lima
O ano
começa com a revelação de duas quedas importantes:
a de Boris Casoy e da audiência do Jornal Nacional. Sobre
a saída do apresentador do Jornal da Record, as especulações
de sempre. Entre elas, como virou moda na nossa mídia em relação
a qualquer fato polêmico, atribui-se sua saída da emissora
à interferência direta do Palácio do Planalto. (...)
Janeiro de 2006
Movimentos
Sociais protestam contra reportagem de Veja.
Por Cristina Charão
Nesta
quinta-feira, a escadaria da Catedral da Sé foi o palco da primeira
manifestação de rua em que o boicote à revista Veja
foi pregado. O ato, convocado inicialmente para lembrar o 17º mês
sem solução para o caso do massacre de nove moradores de
rua na capital paulista, transformou-se em uma sucessão de menções
à ação parcial da revista. Pela Internet, circulam
dezenas de “mensagens de repúdio” à publicação
de um texto sobre os projetos de recuperação do centro da
cidade de São Paulo, cujo box insultava o Padre Júlio Lancelotti,
da Pastoral de Rua, e um dos mais reconhecidos lutadores pela causa de
crianças e moradores de rua. (...) Janeiro de 2006
Tecnologia
nacional aparece como alternativa para a TV digital.
Por Jonas Valente
Governo
promete anunciar sistema em fevereiro. Inovações produzidas
por universidades nacionais podem ser melhor opção do que
os sistemas importados. Para entidades que discutem questão, decisão
deve levar em conta as demandas da sociedade, e não se basear só
no plano técnico. (...) Janeiro de 2006
Núcleo
Piratininga
de Comunicação
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