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Confira a coluna Espaço sindical publicada na última edição do Brasil de Fato
O mercado de trabalho brasileiro em 2011, no saldo acumulado entre janeiro e outubro, quando comparado com o mesmo período de 2010, apresenta queda de 9,98%
Publicado em 13.01.12 - Por Redação Brasil de Fato (edição 463)
Vale, práticas antissindicais
A Vale Fertilizantes conformou no Brasil um oligopólio desse ramo de produção, com sete unidades no país, responsáveis por 6% da lucratividade da mineradora e transnacional brasileira. No Paraná, a Ultrafértil SA pertencia à Bunge e foi comprada há dois anos pela Vale, que chega ao segundo Acordo Coletivo sem uma solução com o Sindiquímica-PR. A empresa quer precarizar o atual plano de saúde dos trabalhadores e tem cometido práticas antissindicais. Na atual campanha salarial, impediu a direção do sindicato de entrar no local de trabalho. Um trabalhador já foi demitido e outros três receberam advertência – descumprindo, com isso, o Termo de Ajuste de Conduta proposto pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) na relação entre a empresa e o sindicato.
Mais de um mês de greve
Há mais de 33 dias em greve, que atravessou o fim de ano, os servidores municipais de Curitiba de diferentes profissões, que não tiveram direito à redução da jornada de trabalho para 30 horas – conhecidos agora como os “excluídos” –, seguem lutando por uma mesa de negociação com o prefeito Luciano Ducci (PSB). A intransigência do prefeito em negociar com esta parcela dos servidores leva prejuízos aos usuários da saúde. Na unidade de saúde São Domingo (bairro Cajuru), apenas treze coletas diárias são feitas, sendo que a média é de 200 exames coletados por dia na unidade. Segundo levantamento dos “excluídos”, a prefeitura gastou R$ 600 mil a mais com laboratórios terceirizados em um mês sem suprir todos os procedimentos. Práticas antissindicais e uso de força tem marcado a relação do poder público com a greve (Sismuc).
Vigilantes no centro da política
A Federação Profissional dos Trabalhadores em Segurança Privada do Rio Grande do Sul entregou a pauta da categoria, com data-base em fevereiro, pedindo reajuste salarial de 15% e Adicional de Risco de Vida de 30% para os vigilantes – pauta considerada histórica e cujo projeto de lei tramita no Congresso. No Paraná, também inicia em janeiro a campanha salarial. A capacitação da força policial brasileira está no foco do governo federal. A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) começou o processo de treinamento dos 53 mil policiais militares, civis, federais, rodoviários federais, bombeiros e outros profissionais de segurança pública que vão atuar durante a Copa. (Gazeta do Povo).
Vigilantes ocupam empresa
Em Curitiba, os vigilantes da Lynx ocupam a sede da empresa para tentar mais uma vez receber salário de janeiro, 13° salário e vale alimentação, atrasados desde de novembro de 2011. A Lynx presta serviço ao Banco do Brasil, Tribunal de Justiça, INSS, Regionais de Saúde, entre outros órgãos públicos, que se encontram sem o profissional de segurança devido à manifestação dos trabalhadores. O atraso de salários está acontecendo há seis meses.
Mortos em agências bancárias
Pesquisa nacional mostra que 49 pessoas foram assassinadas em assaltos envolvendo bancos em 2011, uma média de 4 vítimas fatais por mês, o que representa um aumento de 113,04% em relação a 2010, quando 23 foram registradas. O levantamento foi realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), para quem essas mortes refletem a carência de investimentos dos bancos para prevenir assaltos e sequestros. Segundo o Dieese, os cinco maiores bancos no país apresentaram lucros de R$ 37,9 bilhões de janeiro a setembro de 2011. Mas as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 1,9 bilhão, ou seja: 5,2%, em média, na comparação com os lucros (Contraf).
Mais postos de trabalho
Artigo de Marcio Pochmann, publicado no jornal Folha de S. Paulo dia 2 de janeiro, aponta que, na década de 2000, 21 milhões de novos postos de trabalho foram abertos, sendo 95% deles com remuneração de até 1,5 salário mínimo mensal, capazes de permitir a redução do patamar de pobreza e desigualdade no rendimento do trabalho. Na década de 1990, o Brasil abriu somente 11 milhões de ocupações, sendo 62,5% delas sem remuneração, defende o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Mercado de trabalho
No entanto, o mercado de trabalho brasileiro em 2011, no saldo acumulado entre janeiro e outubro, quando comparado com o mesmo período de 2010, apresenta queda de 9,98%, indicativo de que o mercado de trabalho formal também vem sentido a desaceleração da economia (Dieese).
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