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Argentina prende militar que participou ativamente do Plano Condor
Luís Enrique Baraldini, que estava foragido deste 2003, foi preso na cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia
Publicado em 27.12.11 - Por Redação da Rede Brasil Atual
São Paulo - O governo argentino anunciou no domingo (25) que o ex-militar Luís Enrique Baraldini foi detino na cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra. Baraldini, foragido da justiça desde 2003, é acusado de violação aos direitos humanos durante o período de ditadura militar na Argetina (1976-1983). As informações são da agência estatal argentina Telam.
"Trata-se de um oficial muito procurado, foragido há muito tempo, e de extrema crueldade durante os anos do terrorismo de Estado, e que também mostrou perigo na Bolívia quando participou de magnicídio contra o presidente Evo Morales", informou a ministra de Segurança, Nilda Garré. A referência é a uma ação do governo da Bolívia em 2009, em Santa Cruz, que teria evitado um atentado contra Morales ao desarticular um grupo na província que concentra opositores de Morales.
Baraldini, de 73 anos, participou ativamente do Plano Condor, articulação de ações repressivas aplicadas durante o regime militar de países do Cone Sul. Em 1980, ele participou do treinamento de oficiais do exército boliviano junto de outro 200 militares argentinos.
A ministra argentina comemorou a operação que finalizou com a prisão do militar. Ela também destacou o trabalho da polícia aeroportuária que o prendeu quando Baraldini reunia-se com a família para passar o Natal. "Segundo relatos de testemunhas, Baraldini era um homem que tortura pessoalmente, que participava diretamente das sessões de tortura, detalhou a ministra Nilda Garré.
A Argentina é um dos países da América do Sul que tiveram o período de repressão dos mais cruéis, com o desaparecimento de cerca de 3 mil pessoas. De lá para cá, o governo argentino conseguiu condenar acusados e aprovar leis que resgatam a história do regime militar, além de localizar pessoas sequestradas à época. Em novembro deste ano, 16 militares foram condenados à prisão perpétua por crimes contra a humanidade.
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