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Descaso está matando trabalhadores da CPTM, afirma sindicato
Publicado em 05.12.11 - Por Danilo Augusto e Vivian Fernandes, da Radioagência NP Em menos de uma semana, cinco trabalhadores morreram vítimas de atropelamento por trens da Companhia
Em menos de uma semana, cinco pessoas morreram depois de serem atropeladas por trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em São Paulo. Nesta sexta- feira (02), Edgard Antonio Dalbo, 55, e Antonio Camilo Severino, 63 – ambos funcionários da Companhia – foram atropelados por um trem que seguia no sentido Itapevi.
Anteriormente, no domingo (27), três trabalhadores morreram entre as estações Brás e Tatuapé. Eles faziam testes nos novos trens da Companhia durante a madrugada e foram atingidos pelo primeiro trem com passageiros do dia, que partiu da Estação Guaianases na direção da Luz. Dois eram funcionários da CPTM - o engenheiros Marcio Luis Alves de Souza, de 32 anos, e o técnico Sergio Eduardo Batista de Oliveira, 40 anos – e um era funcionário da companhia espanhola CAF – o engenheiro José Juan de Dios Claramente -, fornecedora dos novos trens.
Para o vice-presidente do Sindicado dos Ferroviários da Sorocabana, Everson Craveiro, os acidentes estão ocorrendo porque a empresa não dá a segurança necessária para os trabalhadores realizarem os trabalhos.
“Estavam os dois sozinhos na via. Deveria ter mais dois funcionários destacados nas duas pontas de linha com uma bandeira e um apito. A bandeira para sinalizar ao trem que está passando que têm pessoas trabalhando na via e o apito para despertar a atenção dos trabalhadores que estão trabalhando na via.”
Ainda segundo Everson, para buscar melhores resultados, a empresa e o governo paulista estão tratando os trabalhadores com descaso.
“Hoje a prioridade da empresa e do governo é fazer com que o trem ande. A circulação não pode parar. A prioridade não é aquele funcionário que está fazendo manutenção de forma segura. Deveria ter uma velocidade restrita daqueles trens, deveria ter um intervalo específico para eles fazerem aquilo sem ter trens naquela via para eles ficarem em uma situação segura. Porém, isso não vem acontecendo, a segurança dos trabalhadores está em segundo plano”.
As vítimas estavam na linha com autorização da CPTM. Em nota, a Companhia lamentou os acidentes e informou que foram abertas sindicâncias para investigar os casos.
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