Menu NPC
 
 Conheça o NPC
 Quem somos
 O que queremos
 O que fazemos
 Equipe
 Fotos do NPC
 Fale conosco
 Serviços do NPC
 Cursos
 Palestras
 Agenda
 Clipping Alternativo
 Publicações
 Livros
 Cartilhas
 Apostilas
 Agendas Anuais
 Nossos Jornais
 Dicas do NPC
 Dicionário de Politiquês
 Leituras
 Documentos
 Músicas
 Links
 
 
Trabalhadores
Desemprego na Europa

Publicado em 27.09.11 – Por Vito Giannotti*

Países outrora “modelo” como França, Inglaterra e Suécia têm, hoje, uma média de mais de 20% de jovens entre 16 e 24 anos, desempregados

 A Europa, ao voltar ao trabalho no começo de setembro, após as férias de verão, é forçada a encarar novamente o fato de ser, hoje, um continente onde não há trabalho para milhões de jovens. São seus maiores índices de desemprego após a famosa crise de 1929. Países outrora “modelo” como França, Inglaterra e Suécia têm, hoje, uma média de mais de 20% de jovens entre 16 e 24 anos, desempregados. Jovens que são forçados a viver nas costas dos pais ou avós ou tentar viver de qualquer expediente. A média de jovens sem trabalho, em toda a Europa é de 20,5%. Na Alemanha, maior potência do continente, há “somente” 9% de jovens nesta situação, mas, mais de 2 milhões trabalham em empregos precários, sem os tradicionais direitos conquistados em 200 anos de lutas operárias daquele país. Os salários são cada dia menores. Se na Alemanha as coisas não são tão trágicas, na Espanha não é assim. Lá, 45% dos jovens estão zanzando caçando qualquer quebra galho.

Estes dados nos esclarecem muita coisa sobre as manifestações, revoltas, incêndios e barricadas que desde 2005 se espalham da França à Inglaterra, da Grécia à Espanha e se intensificaram nestes últimos meses. Basta lembrar de Londres, no começo de agosto. Claro, a mídia patronal destes países e seus mentores estadunidenses se apressam a pichar qualquer manifestação como obra de vândalos, sem sentido e sem objetivos. No Brasil, a mídia dos patrões, à la Veja, Globo, Folha e Estadão repete, como sempre, o que os mestres da mídia neoliberal mundial mandam dizer. Mas é preciso refletir sobre as raízes destas revoltas. Elas estão exatamente nestes índices de desemprego. Desemprego acompanhado da retirada de tradicionais direitos conquistados a duras penas.

O desemprego, para a doutrina neoliberal, não é necessariamente um problema a ser resolvido. Um certo desemprego é até necessário, funcional. Milton Friedman e outros economistas neoliberais chegam a chamar esse desemprego de "taxa natural" e pode variar de país para país. Em uns, 4% da força de trabalho; em outros, 11 ou 12%. É uma folga necessária. E os que sobram? E os jovens? Para o sistema este problema se resolve com forças repressivas antimotins, prisões e processos. Até quando? A resposta está nas mãos dos povos, em contraposição à lógica dos governos com seus bancos centrais e seus projetos de uma Europa e um mundo a serviço do capital e não dos povos.
 
Artigo originalmente publicado na edição impressa 446 do Brasil de Fato

*Vito Giannotti é coordenador do Núcleo Piratininga de Comunicação

 


Núcleo Piratininga de ComunicaçãoVoltar Topo Imprimir Imprimir
 
 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge