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Vigília pelo fim da violência contra a mulher
Publicada em 16.09.11 - Por Agência Petroleira de Notícias, com informações de O DIA Em virtude do brutal caso ocorrido com a jovem Paula de Sousa, de 22 anos, que foi torturada e queimada por seu ex-marido, entidades do Fórum Estadual de Combate à Violência contra as Mulheres realizam uma vigília, na próxima segunda-feira 19 de setembro, a partir das 18 horas, na Cinelândia Segundo Iara Amora, do Núcleo de Mulheres Jovens da CAMTRA ( Casa da Mulher Trabalhadora ), " A Lei Maria da Penha deu visibilidades aos casos de violência contra a mulher, porém sua efetividade ainda é falha. Há casos de mulheres que vão a delegacia 5, 6 vezes... denunciam o seu companheiro e voltam para casa ainda desprotegidas." Segundo Iara, a violência contra a mulher com certeza não diminuiu nos últimos anos e a vigília "será um ato de indignação e de denúncia contra este e outros casos de violência contra mulheres".
Durante o ato, velas serão acesas e teremos a exibição de fotos de mulheres vítimas de violência, além de uma panfletagem conscientizando a população sobre o problema.
O caso de Paula de Souza
A dona de casa Paula de Souza Nogueira Farias, de 22 anos, foi torturada por mais de quatro horas pelo ex-marido Neliton Carvalho da Silva, de 25, na presença do filho de um ano e meio, Nicolas, no apartamento 201 da Rua DW, no Pontal, Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste da cidade. Ela teve pernas, braços e rosto queimados com um ferro de passar roupas, durante a noite da última sexta-feira (9/9). Ele escreveu seu primeiro nome, em letras garrafais, nas costas da vítima, com uma faca sob alta temperatura. A vítima ainda levou socos e pontapés em várias partes do corpo.
Ex-marido agressor sorri durante apresentação na delegacia
"Pensei que ia morrer. Fui marcada com um gado e tratada como um animal. Ele falou que eu ia ficar bem feia para não ficar com mais ninguém na minha vida. Falou que se eu o entregasse à polícia ele mataria meus outros dois filhos, de 7 e 5 anos, que são de outro relacionamento. Se ele for liberado, não sei o que será da minha vida. Tenho medo que ele volte e mate todo mundo", disse ela na 16ª DP (Barra da Tijuca), onde o caso de tortura, ameaça e tentativa de homicídio foi registrado. O agressor alegou que o motivo seria ciúmes. Segundo Paula, o casal estava separado há um ano.
Paula contou que Neliton pediu para o ver o filho. "Fazia dois meses que ele realmente não via o menino. Como ele disse que me daria R$ 150 para as despesas, fui até a casa dele levar o garoto. Ele me recebeu bem, mas quando passei da porta começou o inferno. Ele me trancou dentro do apartamento e me acusou de ter relações com amigos dele. Aí ele me disse que ia apenas me torturar, mas não iria matar para eu lembrar sempre dele", disse ela. Com um ferro de passar roupas, o agressor queimou o rosto e as coxas da mulher, que ficaram em carne viva.
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