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Ampliação da democratização da comunicação e informação no SUS é meta de secretários municipais de saúde
Publicado em 13.07.2011 - Por Marina Schneider
Pela primeira vez, a democratização da comunicação foi tema de uma das deliberações que nortearão as ações de secretários municipais de saúde de todo o país. Em sua 27ª edição, o Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, realizado de 9 a 12 de julho em Brasília, publicou, em seu documento final, a meta de “Ampliar a democratização da comunicação e informação no SUS, participando do processo de valorização social e política do sistema com sua inclusão na agenda de desenvolvimento econômico e social do Brasil”. Este é o primeiro tópico da Carta de Brasília, que propõe, por meio de várias diretrizes, a construção de uma agenda política para dialogar com a sociedade que explicite a defesa da saúde pública, universal, integral e equânime.
Uma das atividades do evento anual foi um painel sobre comunicação e saúde que reuniu gestores de saúde, pesquisadores e comunicadores. De acordo com a mediadora do painel e coordenadora do Centro de Informação e Informática em Saúde, da Faculdade de Ciências da Saúde (CIS/FS) da UnB, Ana Valéria Mendonça, a proposta foi debater os três mundos que permeiam as ações de saúde nesse campo: a comunicação científica, a comunicação para tomada de decisão e a comunicação popular.
No campo da comunicação para tomada de decisão, o comunicador social Cézar Luz, falou da sua experiência como assessor de comunicação da Secretaria de Saúde de Belo Horizonte, quando levou ações de comunicação e mobilização paras ruas da capital em uma Unidade Móvel Multimídia. “É preciso atuar na perspectiva da comunicação orgânica, que faz circular a informação voltada aos objetivos estratégicos da gestão e da saúde. Pois é no espaço da rua que se comunicam com a cidade os conceitos de saúde”, acrescentou.
Articulando os campos da comunicação científica e para tomada de decisão, a gerente e de Serviços Cooperativos de Informação da Bireme (Centro Especializado da Organização Pan-Americana da Saúde orientado à cooperação técnica em informação científica em saúde), Verônica Abdala, disse que o acesso à informação também é um dos determinantes sociais da saúde. Ela também ressaltou a importância de se ter modelos e estratégias para o uso de evidências em saúde. “A Bireme é um centro especializado de gestão de informação que gera conhecimento para ação e tomada decisão e também capacita para o uso de evidências científicas na gestão,” disse.
A chefe da Assessoria de Imprensa do Ministério da Saúde, Fátima Gomes, disse que um dos grandes desafios da comunicação no SUS é equilibrar a balança da divulgação sobre saúde. “Sabemos que a imprensa vê a saúde como uma fonte de notícias negativas, por isso nós também temos que mostrar o que o SUS faz de bom”. Segundo ela, a saída é atuar na produção de respostas ao que a sociedade demanda de informação sobre saúde: transparência, prestação de contas e serviços. Nesse sentido, Fátima destacou que é preciso ir além da assessoria de imprensa, como o Ministério tem feito nas Redes Sociais. Também apontou a comunicação interna no SUS como um grande desafio, “a comunicação dentro do SUS ainda é muito deficiente, precisamos desenvolver ferramentas para melhorar a informação na ponta”.
Ressaltando que é já existem iniciativas nesse sentido, como o ComunicaSUS - uma rede social do Ministério da Saúde para divulgação e troca de experiências sobre comunicação e saúde entre pessoas que atuam no SUS.
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