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Imprensa empresarial/burguesa manipula informações para atacar livro didático
Publicado em 24.05.2011
[Por Sheila Jacob] Nas últimas semanas o livro didático de português Por uma vida melhor gerou grande repercussão em muitos veículos de mídia. O trecho que gerou tantas polêmicas está no capítulo “Escrever é diferente de falar”, que faz parte do Programa Nacional do Livro Didático. Após ver na imprensa muitas informações incorretas e imprecisas, a Ação Educativa, responsável pelo conteúdo do livro, divulgou uma nota de esclarecimento.
Para grande parte da mídia, o livro didático conteria “erros gramaticais”. Mas, como mostra Vera Ribeiro, coordenadora da Ação Educativa, ao tratar da “concordância entre palavras”, os autores da obra discutem a existência de variedades do português falado, sem, contudo, demonstrar preconceito em relação a elas. Os autores completam mostrando que há um padrão formal da língua. Não deixam, portanto, de ensinar a norma culta. Apenas indicam que existem outras variedades diferentes desta. “Uma escola democrática deve ensinar as regras gramaticais a todos os alunos sem menosprezar a cultura em que estão inseridos e sem destituir a língua que falam de sua gramática, ainda que esta não esteja codificada por escrito nem seja socialmente prestigiada”, afirma Vera Ribeiro.
Nessa sexta-feira, 20 de maio, a Associação Brasileira de Linguística (Abralin) e a Associação de Linguística Aplicada do Brasil (Alab) publicaram notas de apoio ao livro. As entidades também repudiaram a cobertura de veículos de imprensa, defendendo a proposta de que é preciso ensinar a norma culta sem desprezar as outras variantes linguísticas usadas pelos estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), a quem o livro é destinado.
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