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Por um internacionalismo socialista
[Por Sérgio Domingues] A
revolta se espalha pela Espanha. As ruas estão tomadas por multidões em cerca
de 60 cidades. É a resposta popular à terrível crise econômica que toma conta
do país. Muitos setores envolvidos nos protestos dizem que se inspiraram nas
manifestações que acontecem nos países árabes. Principalmente, na Tunísia,
Egito, Síria, Bahrein, Iêmen.
Mas, diferente do que acontece na Espanha, a
maioria dos revoltosos árabes quer ter o direito de eleger seus governantes. Já
no país europeu, reina entre os manifestantes o desprezo pela política
institucional. Uma das palavras de ordem do movimento é “Nem políticos, nem
banqueiros”.
Houve eleições municipais neste final de semana. O
Partido Socialista, que está no poder, foi o grande derrotado. Mas, os
manifestantes espanhóis não estão satisfeitos. Já não agüentam uma democracia
em que os grandes partidos se revezam no papel de manter e aprofundar a
exploração econômica.
Talvez, tanto as revoltas árabes como as européias
sinalizem uma onda internacional de protestos. Mas, envolvem problemas e
situações bastante diferentes. Em alguns lugares, as forças populares estão
fartas de falsas democracias. Em outros, não aguentam mais ditaduras bastante
reais. Um ponto em comum é a crise econômica.
Leia
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