Menu NPC
 
 Conheça o NPC
 Quem somos
 O que queremos
 O que fazemos
 Equipe
 Fotos do NPC
 Fale conosco
 Serviços do NPC
 Cursos
 Palestras
 Agenda
 Clipping Alternativo
 Publicações
 Livros
 Cartilhas
 Apostilas
 Agendas Anuais
 Nossos Jornais
 Dicas do NPC
 Dicionário de Politiquês
 Leituras
 Documentos
 Músicas
 Links
 
 
ltimas Notcias
Aparato da Prefeitura encontra-se agora na Rua Tomás Rabelo (Sambódromo) para mais uma remoção

Mais de 60 famílias que residem há décadas na Rua Tomás Rabelo, ao lado do Sambódromo, são o mais recente alvo da política de remoções da prefeitura e da indústria turística/imobiliária. Dessa vez o pretexto é uma obra de ampliação da Passarela do Samba, que aliás está sendo financiada principalmente pela Ambev, cervejaria que é uma das empresas que mais investem e lucram com o carnaval oficial no Rio, ou seja, o carnaval que gira em torno dos desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí.

Um projeto de ampliação do início do sambódromo foi desengavetado, e do dia para a noite, sem respeitar os prazos, processos e procedimentos previstos por lei, a prefeitura, através da Secretaria Municipal de Habitação, apareceu na comunidade "informando" que teriam que deixar as casas o mais rápido o possível, pois "a obra está atrasada". Oferecerem com "única alternativa" a transferência das famílias para apartamentos do projeto Minha Casa Minha Vida na Zona Oeste da cidade, muito longe de onde a maioria tem seus local de moradia e trabalho. Mentindo e passando por cima dos direitos previstos na legislação, em reunião posterior o secretário municipal de habitação, Jorge Bittar, em reunião com moradores, afirmou que indenização só seria possível nos casos de moradores que tivessem escritura definitiva dos imóveis. A posse e, consequentemente, o direito à indenização justa e prévia prevista na Lei Orgânica do Município, está há anos prevista na legislação brasileira, para todos que comprovem que residem há muitos anos no local e desde que não tenham existido ações de reintegração de posse no período, o que é o caso da Rua Tomás Rabelo. A própria prefeitura moveu um processo de desapropriação de imóveis na área há vários anos atrás, mas não o levou adiante.

Para justificar a "pressa", a prefeitura alega que a ampliação é urgente porque o sambódromo também será utilizado para determinadas modalidades esportivas nas Olimpíadas de 2016. Mas a remoção apressada e atropelando direitos certamente tem objetivos mais a curto prazo, pois a SMH disse que a obra terá que estar pronta já no próximo carnaval (em 2012!). Fica evidente aqui principalmente o interesse empresarial da Ambev, que chegou a abrir mão do prédio histórico da fábrica da cervejaria Brahma, que havia sido tombado em 2002 e que que foi "destombado" neste mês pela lei 5.944/11, aprovada pela Assembléia Legislativa. 

A remoção das famílias deveria ter acontecido há duas semanas atrás, mas moradores se informaram sobre seus direitos e realizaram uma assembléia na rua no dia 13/04, com a presença do Conselho Popular, Rede contra a Violência, Pastoral de Favelas e Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria Pública, onde ficou esclarecido que ninguém era obrigado a aceitar a proposta da prefeitura e nem aceitar a chantagem de que "perderiam tudo" caso não o fizessem. A prefeitura então remarcou para hoje a ida à comunidade, teoricamente apenas para realizar a "mudança" para a Zona Oeste das famílias que aceitassem a proposta inicial, mas sabemos, por experiências em outros casos, que os funcionários da prefeitura aproveitam essas chamadas "mudanças" para pressionar ainda mais as comunidades com o aparato que eles mobilizam e que já está presente na Rua Tomás Rabelo: caminhões de "mudança" (muitas vezes caminhões de recolhimento de lixo da Comlurb!), guardas municipais, polícia militar e às vezes equipes de demolição que iniciam imediatamente a destruição dos imóveis desocupados.

Comissão de Comunicação da Rede contra a Violência.



Núcleo Piratininga de ComunicaçãoVoltar Topo Imprimir Imprimir
 
 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge