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Mulheres não concordam com imagem da figura feminina veiculada pela mídia
Publicado em 03/03/2011 - Por M&M Online
As mulheres consideram que, além de nem um pouco atrativa, a exibição dos corpos femininos em peças publicitárias e na mídia em geral contribui para uma
desvalorização do gênero. Essa conclusão faz parte da pesquisa Mulheres brasileiras e gêneros nos espaços público e privado, elaborada pelo Instituto Perseu Abramo em parceria com o Sesc de São
Paulo. O estudo, feito no ano passado, faz uma análise das opiniões e
percepções femininas acerca de diversas vertentes da sociedade. A ideia
foi fazer um complemento à pesquisa realizada no ano de 2001. Foram inseridos novos temas e também foi feito um contraponto com as ideias
masculinas: além de 2.365 mulheres, 1181 homens também
foram entrevistados.
Um dos temas abordados neste ano foi a
opinião das mulheres a respeito da imagem que a mídia (veículos e também
a publicidade) faz da figura feminina. E os resultados mostram que a
grande maioria está descontente com a exposição do corpo feminino. De
todas as entrevistadas, 80% consideram ruim a exposição do corpo na TV e
na publicidade. Há nove anos, na pesquisa anterior, esse índice era de
77%.
Mulheres desaprovam imagem feminina na mídia
Dentre as pesquisadas que desaprovam o excesso de exibição
feminina, 51% consideram que valorizar o corpo implica um subjulgamento
geral da figura da mulher. “Esse índice
mostra um amadurecimento da reflexão sobre a imagem da mulher. O
percentual de desaprovação já era alto em 2001 e agora cresceu mais.
Isso mostra que elas estão conscientes de que a mídia, muitas vezes,
impõe padrões que não são reais e que não representam a figura
feminina”, argumenta Gustavo Venturi, professor do departamento de
sociologia da Universidade de São Paulo e um dos coordenadores da
pesquisa.
Outro dado interessante da pesquisa é que a grande
maioria das mulheres (74%) é a favor de algum tipo de controle
(governamental ou do próprio mercado) sobre o teor do conteúdo exibido
pela publicidade e pela mídia. “Esse índice nos causou bastante surpresa
porque é comum a sociedade reagir de maneira negativa a qualquer
possível ideia de controle ou censura”, pontua o pesquisador.
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Piratininga
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