Menu NPC
 
 Conheça o NPC
 Quem somos
 O que queremos
 O que fazemos
 Equipe
 Fotos do NPC
 Fale conosco
 Serviços do NPC
 Cursos
 Palestras
 Agenda
 Clipping Alternativo
 Publicações
 Livros
 Cartilhas
 Apostilas
 Agendas Anuais
 Nossos Jornais
 Dicas do NPC
 Dicionário de Politiquês
 Leituras
 Documentos
 Músicas
 Links
 
 
Notcias do NPC
SENGE-RJ lança caderno sobre a desinformação da mídia hegemônica

Publicado em 23.02.11 - Por Sheila Jacob

Desinformação: como os meios de comunicação ocultam o mundo é o nome do caderno lançado nessa terça-feira, 22 de fevereiro, no auditório do Sindicato dos Engenheiros do Rio (SENGE-RJ). A publicação é um trecho do livro de mesmo nome escrito pelo jornalista espanhol Pascual Serrano, ex-assessor editorial da Telesul e um dos fundadores da publicação eletrônica Rebelión (www.rebelion.org), que hoje funciona como diário alternativo na internet. O diretor do SENGE-RJ, Agamenon Oliveira, esclareceu que a ideia de preparar esse caderno surgiu em 2009, quando o autor do livro esteve no Rio de Janeiro para participar do 15º Curso Anual do NPC, que teve como tema A mídia como partido do capital.

No lançamento estiveram presentes a jornalista Claudia Santiago, coordenadora do NPC, e o economista Paulo Passarinho, apresentador do programa de rádio Faixa Livre, que existe há 17 anos e é veiculado diariamente pela Rádio Bandeirantes (AM 1360). A jornalista Claudia Santiago agradeceu ao Sindicato pela iniciativa de organizar e traduzir parte do texto, um "trabalho consistente" fruto de muita pesquisa e muito estudo por parte do autor. Lembrando Dom Helder citado na publicação, ela observou que os meios falam sobre a pobreza, mas sem dizer porque ela existe. “Isso acontece porque a mídia hegemônica é parte da engrenagem que move o sistema. Não é algo abstrato, que serve à sociedade ou é porta-voz dela. Muito pelo contrário, age para reforçar as ideias do capital”, analisou.

Segundo a jornalista, Serrano mostra que a “desinformação” está mais relacionada à omissão e distorção dos fatos do que à mentira propriamente, pois os meios têm medo de perder credibilidade. O autor reflete ainda sobre os critérios que determinam a seleção das informações que serão veiculadas, a falta de contextualização das matérias e a situação do profissional da grande imprensa. “Já sabemos de toda essa desinformação e de como os meios criam verdades que se afastam da realidade. Frente a isso, o que fazer enquanto movimento social e sindical? As novas tecnologias estão aí e podem servir tanto pro bem quanto pro mal. Precisamos de ideias para entrar nessa disputa, conseguir contar o que acontece a partir da nossa visão e pensar em como fazer com que os outros tenham acesso a esse material”, concluiu.  


Modelo comunicacional é entrave para o exercício da democracia  

Em análise mais abrangente sobre o atual cenário político e econômico brasileiro, o economista Paulo Passarinho elencou o que considera como cinco grandes obstáculos para que se tenha uma democracia de fato no Brasil. Além da superação dos atuais modelos econômico, agrícola, industrial-tecnológico e da melhoria da oferta e qualidade dos serviços públicos, ele lembrou que também é preciso modificar o atual modelo da comunicação no país, concentrado nas mãos de poucos grupos. “Penso que, apesar do nome ‘democracia’, vivemos em uma ditadura econômica e das informações altamente qualificada. Uma coisa é olhar pra fora e falar das ditaduras a longo prazo do Egito, Líbia etc. Outra coisa é vermos o que de fato acontece aqui: o monopólio da comunicação e a conivência do poder público com o tráfico”, analisou Passarinho. Ele lembrou que em outros países sul-americanos houve tentativas institucionais de enfrentamento aos abusos da mídia, como no Equador, Bolívia, Venezuela e Argentina. “Aqui no Brasil nós ainda hesitamos muito nessa área. Para mim, essa debilidade está ligada à falta de um projeto claro da esquerda para o país”.

Ao final, Passarinho divulgou o programa de rádio Faixa Livre, do qual é apresentador. Ele é veiculado de segunda a sexta-feira pela Rádio Bandeirantes (AM 1360) e é mantido por um conjunto de entidades profissionais e sindicatos. “O programa procura promover um debate sobre políticas públicas com enfoque alternativo ao da mídia dominante. Deveria servir de exemplo para que outros grupos, associações e organizações construíssem seus próprios programas de rádio e TV, além de um jornal impresso da esquerda, que é o que tanto precisamos”, concluiu.  

O caderno está disponível na íntegra na internet, em http://www.sengerj.org.br/extras/desinformacaoconteudo.pdf 


Núcleo Piratininga de ComunicaçãoVoltar Topo Imprimir Imprimir
 
 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge