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Guia para profissionais de comunicação sobre aborto é lançado no Rio
Publicado em 14/02/11 - Por Marina Schneider Foi lançada hoje, no Rio de Janeiro, a edição atualizada da publicação “Aborto - Guia para profissionais de comunicação”, uma obra das Jornadas Brasileiras pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro. Organizado por meio de uma parceria entre Grupo Curumim, Ipas Brasil e Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA), o guia foi redigido pela socióloga Angela Freitas e tem como objetivo apoiar o trabalho de jornalistas que pretendem tratar o tema do aborto de maneira informativa e qualificada. A publicação também está disponível na íntegra na internet. Para consultar ou salvá-lo em seu computador, acesse http://abortoemdebate.com.br/arquivos/Aborto_Guia_comunicacao.pdf. “O conteúdo é uma criação coletiva que reúne questões discutidas desde 1979 por grupos feministas”, esclareceu Angela Freitas. “O objetivo é levar para jornalistas as razões da argumentação a favor da legalização do aborto e sobre os direitos reprodutivos”, completou, frisando que ainda há muita falta de informação nos meios de comunicação sobre o tema. O documento foi elaborado com base em fontes oficiais, de governos s institutos de pesquisa nacionais e internacionais, trazendo informações que poucas vezes estão na agenda pública. Além disso, há indicações de fontes para consultas e de especialistas que podem colaborar com possíveis reportagens. Durante o lançamento do guia, a médica Leila Adesse, membro do Itas Brasil, ressaltou que se deve trabalhar no sentido de informar melhor a sociedade quando se trata o tema do aborto e que afirmar que é uma questão de saúde pública implica em justificar as razões pelas quais o tema se enquadra nesse contexto e o guia faz isso. “A gente precisa do apoio da área de comunicação. A saúde está lado a lado com a informação qualificada. Gostaria que vocês fossem multiplicadores dessa idéia para que possamos sair dos chavões”, disse aos jornalistas presentes no lançamento. O guia Na publicação, o leitor encontra um resgate histórico da proibição do aborto, prática que até 1830 não era punida no Brasil e que passa a ter uma legislação específica a partir da instauração do Código Criminal do Império. A publicação reúne, também, as normas técnicas do Ministério da Saúde sobre o tema e fornece dados sobre aborto no Brasil, na América Latina e no mundo e resume a questão e situação do direito ao aborto no mundo. Além disso, apresenta argumentos em favor do direito ao aborto, apontando-o como uma questão de direitos humanos e cidadania.
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