Por Sheila Jacob

Comunicadores e sindicalistas do Rio e de todo o Brasil lamentaram a perda recente de Jorge Nunes, um dos mais importantes fotojornalistas da imprensa brasileira, segundo nota divulgada pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), entidade da qual foi diretor. Nunes teve presença marcante no movimento sindical, tendo contribudo para as lutas de várias categorias, além de ONGs e movimentos sociais. Trabalhou em locais como a Manchete, a Tribuna da Imprensa e O Dia. Além da ABI, também foi diretor do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro e da Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos do Rio de Janeiro (Arfoc).

Em entrevista ao jornalista José Reinaldo Marques, o fotojornalista revela que, com o golpe civil-militar de 1964, abandonou temporariamente o trabalho na redação, só retornando em 1986: Era duro ser pautado, chegar ao local e acabar sendo impedido de registrar o assunto por interveno de agentes do regime ditatorial. Isso me incomodava tanto que resolvi trabalhar em estúdio, fazendo fotografia comercial, conta. Jorge Nunes retomou as atividades na Tribuna e, depois, também nO Dia, de onde foi afastado em 1994 sob acusação de promover agitação devido às atividades sindicais. Passou, então, a trabalhar como freelancer.

Nunes faleceu no dia 1 de fevereiro, vítima de um cncer de intestino. A missa de sétimo dia está começando nesta noite de sexta-feira, dia 11 de fevereiro, às 19h, na Igreja São Mateus, que fica na Rua Pinto Campos, 57, Oswaldo Cruz.

[Com informaes da ABI]

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