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Ameaça de despejo para as famílias que vivem na Fazenda Ponta de Gramame, litoral Paraíbano
Publicado em 11.02.11 – Por Setor de comunicação da CPT NE II Famílias de posseiros que vivem há mais de 25 anos na Fazenda Ponta de Gramame, João Pessoa - PB, estão ameaçadas de despejo e de destruição de suas plantações. As terras ficam em áreas de especulação imobiliária. Semanalmente, as 36 famílias de agricultores que vivem na Fazenda Ponta de Gramame levam seus produtos à feira agroecologica na Universidade Federal da Paraíba e às feiras livres dos bairros da Valentina e Geisel, em João Pessoa. “Na feira na Universidade eu já tenho freguesia certa, vendo tudo o que levo. Minha renda é mais ou menos de R$400,00 por semana”. Declara Joselito Severino dos Santos, conhecido como Doda, produtor agroecológico que vive na Fazenda há mais de 12 anos. Doda afirma também que a alimentação da família é toda do sítio e que compra poucas coisas, como o café, o açúcar e algum tipo de carne. “Aqui é minha vida e a de minha família”, conclui. Já o agricultor Manoel Luis dos Santos, comercializa, no bairro Valentina, frutas, verduras, feijão, macaxeira e batata. “Além da família toda encher a barriga, temos uma renda de R$500,00 semanais com a comercialização dos produtos na feira. Não posso deixar esta terra. Já sofremos muita violência por parte do proprietário, mas é aqui que sustento minha família”. Os agricultores e agricultoras que vivem na Fazenda Ponta de Gramame têm relatos similares para contar. A história de luta e resistência desta comunidade vem desde o início dos anos noventa, quando posseiros que já viviam na área há décadas foram ameaçados de expulsão pela Família Gouveia Falcone, proprietária da área, que queria transformar a Fazenda em um empreendimento imobiliário. Em 1999, dezenas de famílias Sem Terra ocuparam a área para reforçar a luta dos posseiros e logo reivindicaram a desapropriação do imóvel ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). De lá até hoje a história é de violência. Os agricultores tiveram suas plantações destruídas por quatro vezes, totalizando mais de 300 hectares de alimentos perdidos. Até hoje, sofrem constantes ameaças de morte e perseguições por parte dos capangas do proprietário e cinco posseiros já foram presos durante os conflitos por defender seus direitos e o da comunidade. Ainda que com seguidos anos de violência e despejos, as famílias seguem resistindo e produzindo no local. Clique aqui e leia a matéria completa.
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