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Ministro diz que veto a posse de rádios e TVs por políticos deve ser regulamentado
Publicado em 12.01.11 - Por Observatório do Direito à Comunicação
O novo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, aposta
que o novo marco legal do setor
deverá ser alvo de grandes discussões no Congresso Nacional. Além do controle social, para ele o que
esquentará os debates é a possibilidade de regulamentação do veto a
políticos controlarem concessões de rádio e
televisão. Em entrevista recente, Bernardo defendeu que os
políticos não possam ser donos de empresas de radiodifusão. Apesar de a
declaração gerar polêmica, a proibição na verdade já existe e está clara
na Constituição. Mas isso não impede que parentes de políticos ou
grupos empresariais ligados a eles participem do controle. Desde 1988 essa limitação não foi regulamentada fazendo com que os
políticos encontrem brechas para continuar atuando na área de
comunicação social.
Bernardo não tem ilusões de que o Congresso Nacional poderá
dificultar a discussão das restrições, que deverão estar presentes no
novo marco legal das comunicações. "Hoje em dia é mais fácil votar o
impeachment do presidente ou de um parlamentar do que a revogação de uma
concessão de TV", comentou. O estabelecimento de regras mais
rígidas não deve atingir
imediatamente as autoridades que já possuem concessões de
radiodifusão. Mas a criação
dessas regras com certeza influenciará a análise das renovações,
fazendo com que, no futuro, os políticos possam perder essas licenças.
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Piratininga
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