Este percentual de aumento real é o maior já registrado pelos Químicos do ABC e garante que, entre 2000 e 2010, a categoria acumule 15,5% de ganho real nos salários. Isso significa a recuperação das perdas salariais da década de 1990, a ampliação da renda da categoria e a base para um novo patamar de conquistas nos próximos anos.
Desta forma, os reajustes aprovados foram:
- Salários: reajuste de 8% até o teto de R$ 6.276,71, acima desse valor, fixo de R$ 502,14 (o que equivale a 2,82% de aumento real, como INPC acumulado em torno de 5,04%)
- Piso Salarial: reajuste de 9,2%, passando de R$ 815,00 para R$ 890,00 (o que equivale a 3,96% de aumento real);
- PLR (Participação nos Lucros e Resultados): reajuste de 10% no valor mínimo, passando de R$ 600,00 para R$ 660,00 (4,72% de aumento real).
Cláusulas sociais
Quanto às cláusulas sociais, ficou decidido que haverá uma recomendação de extensão de todos os benefícios da Convenção Coletiva para os companheiros e companheiras de trabalhadores que mantenham relacionamento com pessoas do mesmo sexo; recomendação que as empresas busquem aderir à prorrogação da licença maternidade para 180 dias; e que o setor patronal (CEAG-10) fará, em parceria com o Sindicato dos Químicos do ABC, seminário abordando o tema nanotecnologia e a saúde e segurança do trabalhador(a).
"Os reajustes são recordes para a categoria. Os trabalhadores do setor químico do ABC realizaram a melhor campanha reivindicatória da história ao se ter cláusulas bem elaboradas e argumentação qualificada", revela o presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Paulo Lage.