Em Belo Horizonte, a concentração maior acontece na sede da Cemig, no bairro Santo Agostinho, onde já chegaram trabalhadores do Anel Rodoviário, da Cidade Industrial, do São Gabriel, Itambé e Betim. Estão a caminho para o local, em caravana, trabalhadores de Sete Lagoas e Outro Preto.
O coordenador geral do Sindieletro-MG, Jairo Nogueira Filho, lembra que a greve sai em um momento que os trabalhadores não aguentam mais as condições precárias de salário e trabalho. Segundo ele, a população também é penalizada com a queda na qualidade dos serviços, devido à falta de manutenção e investimentos. Isso pode ser constado com os constantes apagões. “Basta uma chuva um pouco mais forte para que milhares de consumidores fiquem sem energia”, observa. Jairo Nogueira avalia que essa situação, que vem se arrastando ao longo dos últimos oito anos, tornou-se insustentável.
“O grande objetivo da greve é que a Cemig reveja sua posição de enrolar nas negociações e que negocie de fato a pauta de reivindicações dos trabalhadores. Queremos melhor rendimento, uma política de saúde e segurança que garanta o fim dos acidentes e os altos índices de afastamento por doença do trabalho, plano de carreira que valorize os empregados, o fim da terceirização das atividades-fim por meio de concurso público, entre outras reivindicações”, afirma.