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Histria
A imprensa operária sempre cumpriu papel importante na luta dos trabalhadores

[Por Ramon Araujo-NPC] O papel da mídia sempre foi fundamental nas lutas de classe travadas pelas trabalhadoras e pelos trabalhadores do mundo. No século XIX e início do século XX, o jornal impresso era o meio de comunicação mais importante. O movimento proletário, percebendo isto rapidamente, tratou de fazer diversos jornais para divulgar suas ideias e propostas, convocando os trabalhadores a se insurgirem contra a miséria e as injustiças que lhes eram impostas. Lenin, em seu texto Por onde começar?, escreve que além de propagandista e agitador coletivo, o jornal operário era um organizador coletivo.

Os impressos não ofereciam muita dificuldade para as suas confecções. Não necessitava de máquinas extremamente modernas e grandes quantidades de dinheiro impossíveis de serem custeados pelos trabalhadores. É claro que era com muito esforço e com pouca estrutura que os operários conseguiam manter os jornais. As investidas policiais nas gráficas, por mando dos patrões e dos governos conservadores, em que as máquinas eram destruídas, os materiais roubados, e trabalhadores presos, eram um golpe nefasto para as organizações operárias.    

 Nos períodos de greve se intensificava a tiragem dos periódicos feitos pelos trabalhadores. Na greve geral de 1917 – uma das demonstrações mais bonitas de força e coragem do movimento operário brasileiro –, pouco lembrada nos dias atuais pelas organizações de esquerda do país, as palavras escritas pelos proletários em seus periódicos foram fundamentais. Eram através de seus artigos, manchetes e charges que os trabalhadores se inteiravam de tudo que estava ocorrendo e se orientavam para a tomada de decisões.

Casos como o assassinato do grande pedagogo Ferrer y Guardia, em 1909, que desencadeou grandes manifestações pelo Brasil, e da Revolução Russa, em 1917, que provou ao mundo a real possibilidade de se alcançar o socialismo, só conseguiram chegar ao conhecimento da massa trabalhadora brasileira através dos impressos operários.

Com o desenvolvimento da tecnologia e, com isto, dos meios de comunicação, o jornal impresso foi perdendo espaço para o rádio e para televisão. Com isso, os grupos de esquerda foram cada vez mais tendo dificuldades para chegar às grandes massas. Hoje temos a internet que, por mais que não seja um espaço livre do controle das grandes empresas, significou um furo da elite que precisa ser aproveitado pelas organizações anti-sistêmicas. Porém, na sociedade brasileira a internet ainda não representa o meio de comunicação mais influente. Este posto ainda é ocupado pela TV.

Casos como o levante Zapatista em Chiapas, a greve dos professores em Oxaca, que acabou virando uma das maiores batalhas dos dias atuais protagonizada pelos oprimidos, e o assassinato de moradores de favelas na cidade do Rio de Janeiro só chegaram ao nosso conhecimento através de uma rede de comunicação contra-hegemônica.

A tentativa de golpe ocorrida no Equador há dias atrás é muito emblemática neste aspecto. Se não fosse o papel desempenhado pelo canal de televisão TeleSur, que acompanhou o caso ao vivo e na integra, que entrou em contato com líderes como Chávez que cobriu tudo com o maior profissionalismo, talvez tivéssemos presenciado mais uma vitória das forças obscuras; da direita mais conservadora da América Latina.

No entanto, esta rede de comunicação contra-hegemônica, apesar de algumas vitórias, ainda não é capaz de estabelecer uma correlação de força com as grandes empresas da comunicação, principalmente no Brasil. É preciso avançar, ainda mais no momento que estamos vivendo, com o assenso das bandeiras populares de um lado, e com o desespero da elite conservado e golpista de outro.                             


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 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge