A audiência foi convocada pela Comissão Especial sobre a Transoeste e a Transcarioca, mas apenas o presidente da comissão, vereador Carlos Caiado, compareceu ao compromisso público. Segundo ele, a comissão não sabe quantos serão desapropriados. A prefeitura já falou em 3 mil desapropriações, mas o número não é conclusivo. E este é um dos motivos pelo qual a audiência foi convocada. A região mais afetada pelas obras para as Olimpíadas de 2016 é a Zona Oeste. Moradores de diversas comunidades têm tido a casa marcada por agentes da prefeitura e recebem visitas de assistentes sociais. Contudo, a prefeitura não dá esclarecimentos sobre o porquê dos cadastros – tão pouco sobre desapropriações, remoções ou indenizações.
Maurício Braga, do Conselho Popular do Rio de Janeiro, esteve na câmara para a audiência que não ocorreu. Segundo ele, a população não é a princípio contra a obra. O problema real é a falta de diálogo do poder público com os moradores da área.
A defensora pública Adriana de Britto informou que a população tem procurado o Núcleo de Terras e Habitação da defensoria pública buscando informações. Mas os questionamentos do órgão junto ao executivo municipal têm recebido respostas evasivas.
Cerca de cem pessoas permaneceram no plenário para tentar garantir uma nova audiência. O presidente da Casa, vereador Jorge Felippe, garantiu marcar uma reunião com uma comissão de moradores junto aos secretários de governo. Enquanto isso, o responsável pela Comissão Especial sobre a Transoeste e a Transcarioca, garantiu que nova audiência pública será convocada. (pulsar)