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Trabalhador terceirizado da Petrobrás morre em acidente
Publicado em 06/08/10 - Por: Imprensa FUP No último sábado, 03 de julho, mais um trabalhador terceirizado do Sistema Petrobrás foi vítima de acidente fatal. Desta vez foi o petroleiro do setor privado Damião Ferreira de Lima, 32 anos, que trabalhava há 15 anos na Província Petrolífera de Urucu, no Amazonas. Ele era auxiliar de operação da empresa Parente Andrade, que presta serviços para a Petrobrás naquela unidade. O acidente ocorreu quando o trabalhador encontrava-se próximo ao equipamento de lançamento de PIG. Durante a despressurização da câmara do lançador, a tubulação de drenagem ricocheteou e o atingiu fatalmente na região da cabeça É a terceira morte este ano com trabalhadores nas unidades da Petrobrás. Em março e maio, dois trabalhadores da Bahia foram vítimas da política de insegurança da empresa: um na Rlam (Mataripe) e outro na Estação de Imbé/OP-AR (Araças). De 1995 até 2010, foram registradas 283 mortes por acidentes de trabalho no Sistema Petrobrás, das quais 228 com trabalhadores terceirizados. A FUP e seus sindicatos têm denunciado as situações de riscos a que são expostos constantemente os petroleiros, em conseqüência de decisões gerenciais que sempre priorizam o lucro e a produção, em detrimento da segurança. Enquanto a Petrobrás faz marketing com o SMS, os trabalhadores perdem a vida. Os gestores da empresa agem como se estivesse tudo na mais perfeita ordem e continuam permitindo omissões e subnotificações de acidentes, menosprezando ocorrências graves e negando-se a atender ou mesmo a discutir com mais empenho as reivindicações da FUP. Segurança é prioridade A FUP lembra que o direito de recusa (direito que o trabalhador tem de não operar uma máquina que ele acha que oferece risco para ele mesmo, para a comunidade ou ao meio ambiente) garantido em acordo coletivo, através da cláusula 21, e é um instrumento poderoso para se contrapor à política de insegurança da Petrobrás. As emissões e acompanhamentos de Permissões de Trabalho (PTs) devem ser realizados com absoluto critério, seguindo as regras e normas de segurança previstas na legislação e nos próprios procedimentos internos da empresa, que quase sempre são manipulados e atropelados pelas gerências.
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