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A cultura do machismo matou Eliza
Por Tânia Franco - Lamentavelmente, a questão (assassinato da Eliza) é mais ampla. Em relação ao tema, há delinquentes, e omissos, no Flamengo, como há nas escolas, nos hospitais, no meu prédio e até no Vasco! O abuso, a violência, a desqualificação, em todos os níveis, contra a mulher tem sido, desde sempre, consentida pela sociedade brasileira quando convive, sem crise de consciência, com a criminalização do aborto ou quando estimula nas suas meninas uma cultura de sensualidade e vulgaridade: hoje, há salões de beleza se especializando em atender meninas e oferecer festas de aniversário infantil! Para a maioria, isso é "coisa de criança! Infelizmente, são elos de uma mesma corrente. Se quisermos falar sério do assunto, temos que esquecer esse caso pontual e começar um combate indignado contra a cultura do machismo enraizada nas nossas práticas cotidianas e começar a encarar como desafio, por exemplo, a eliminação da prostituição infantil que faz do norte e nordeste do país, principalmente, o destino de viajantes de todo o mundo interessados em turismo sexual. Precisamos, portanto, transformar esse espetáculo circense contra "Bruno e companhia" em uma atitude permanente de repúdio a todas as manifestações de machismo clara e impunemente praticadas no Brasil, uma cultura pela qual somos, cada um de nós, de alguma forma, responsáveis.
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