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Para construir um projeto libertário de comunicação

No dia 14 de junho, o Instituto de Artes e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense recebeu militantes, estudantes e profissionais para o debate “Um projeto libertário de Comunicação para o Brasil”. O evento foi realizado pelo setorial de comunicação e cultura do PSOL, com o apoio do Núcleo Frei Tito de Direitos Humanos, Comunicação e Cultura.

 

Claudia Abreu, do Comunicativistas, abriu as apresentações com um panorama geral do que foi a I Conferência de Comunicação, ocorrida em dezembro do ano passado. Segundo ela, 148 das propostas aprovadas já são projetos de lei ou estão em estudo no Congresso. Outro ponto importante abordado foi o controle social da mídia. Abreu explicou que não se trata de censura e sim um instrumento público de regulação.

 

O professor da UFF Adilson Cabral disse conhecemos o sistema privado e estatal  de comunicação. Mas o mesmo não acontece com o sistema público, que nem sequer tem regulamentação. Ele lembrou ainda a importância de fomentar iniciativas de comunicação comunitária e discutir propostas para a sua sustentabilidade.

 

Vito Giannotti, do Núcleo Piratininga de Comunicação, destacou a importância da mídia quando se trata de luta política. “A mídia patronal é um grande instrumento de convencimento, de poder e hegemonia”, disse. Para ele, além das pressões necessárias para o avanço  no campo institucional, é necessário que “criar a nossa própria mídia, interessante e atrativa”, afirmou Giannotti.

 

O deputado federal Chico Alencar refletiu que por ser a comunicação fundamental, a elite brasileira não quer que haja um processo de democratização. Alencar apresentou dados que demonstram que o setor de mídia hoje é concentrado e, em termos econômicos, tão importante quanto o capital industrial. Por isso, se torna tão importante pautar a discussão da comunicação, inclusive em momentos eleitorais.

 

O jornalista Arthur William, do Intervozes, mostrou que os movimentos sociais enxergam a comunicação como um direito humano, essencial para que haja de fato democracia e cidadania. No entanto, esse direito não está restrito em receber informações, mas também na possibilidade de produzir e transmitir conteúdos. Nesse contexto, estão as rádios comunitárias, que sofrem com uma legislação extremamente restritiva. William também deu explicações sobre TV Digital, Rádio Digital e Plano Nacional de Banda Larga.


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 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge