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Relatório não confirma necessidade de remoção de todos os imóveis do Morro dos Prazeres
O Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria Pública do Rio de Janeiro entregou ao Subprocurador de Direitos Humanos do Ministério Público, Leonardo Chaves, um relatório elaborado por engenheiro e arquiteto convidados a realizarem uma
visita técnica à comunidade no dia 13 de abril. A visita tinha por objetivo averiguar as condições reais de risco da área após as fortes chuvas da semana passada, e avaliar a posição da Prefeitura segundo a qual todos os imóveis das comunidades dos Prazeres e Escondidinho, em Santa Teresa, estavam em risco e, portanto, os moradores teriam que ser removidos.
O governo municipal alega existir um laudo da Fundação Geo-Rio que dá base à essa conclusão, porém até agora agora os moradores e a Defensoria não conseguiram ter acesso a ele. Dentre as conclusões gerais do relatório do Núcleo de Terras e Habitação, estão a necessidade do acesso ao laudo já existente ou a realização de estudo apropriado, para se avaliar o conjunto das condições de estabilidade das encostas do morro dos Prazeres. "A vistoria superficial que fizemos não corrobora, até o momento, a conclusão de que todas as encostas da elevação denominada Morro dos Prazeres estejam comprometidas e em estado crítico", diz o documento.
Moradores dizem não à remoção
Os moradores do Morro dos Prazeres afirmaram nesta terça-feira, em entrevista ao Jornal do Brasil, que irão resistir à iniciativa da Prefeitura de transferir toda a comunidade para a área antes ocupada pelo presídio Frei Caneca, no Estácio. O Morro dos Prazeres foi uma das áreas mais atingidas pelas fortes chuvas da semana passada, com 30 mortes registradas. Segundo os moradores, e o relatório entregue ao subprocurador, ainda não há certeza de que todas as partes da favela oferecem risco.
"Onde vamos morar até o conjunto habitacional do Frei Caneca ficar pronto, o que deve levar uns dois anos? Enquanto isso, vamos ter de viver com essa quantia irrisória em algum local alugado? Há cerca de dois anos, uma família daqui perdeu dois de seus membros num desmoronamento. Receberam esse aluguel social da prefeitura para morar em outro lugar e estão muito mal financeiramente" – relatou a presidente da Associação dos Moradores do Morro dos Prazeres, Eliza Brandão da Silva. Eliza. "Tem quatro anos que fazemos solicitações de obras de contenção à prefeitura. Só depois de uma tragédia que eles se mobilizaram", completa.
[Com informações do Jornal do Brasil e da Rede Contra a Violência]
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