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Ministério Público move ação para Globo explicar Aids no programa Big Brother
O Ministério Público pediu à Justiça que a Rede Globo preste esclarecimentos no programa Big Brother sobre a contração do vírus HIV, de acordo com orientações do Ministério da Saúde. O pedido foi apresentado à Justiça Federal de SP pelo procurador regional dos Direitos dos Cidadãos do Estado, Jefferson Dias. Não há data para apreciação, mas é necessário que ocorra até o final do BBB, que será dia 30.
A medida é um desdobramento das declarações veiculadas no dia 9/03 feitas por Marcelo Dourado, participante do programa. Ele disse que “heterossexuais não pegam Aids”, e que o vírus só é transmitido de um homem para outro. Para o procurador, mesmo que a desinformação tenha sido dada por um participante, a emissora tem total responsabilidade por tudo que transmite. “Os canais são responsáveis pelo que divulgam, ainda mais material gravado”, diz Dias, lembrando que a declaração foi escolhida para entrar na versão editada do programa que vai ao ar no canal aberto. Para as entidades que lutam pelos direitos dos homossexuais, a declaração é uma entre várias outras atitudes preconceituosas do participante. Esta seria mais uma mostra da conivência da emissora com esse comportamento, deixando clara sua falta de compromisso público. “As atitudes de Dourado, em um programa com grande audiência nacional, apenas servem para reforçar toda a carga de preconceito, discriminação e estigmatização contra a população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT)”, disse, em nota, a ABGLT - Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Marcia Balates, da Liga Brasileira de Lésbicas, acha que a TV Globo não está isenta de responder na Justiça sobre o que transmite. “Tudo bem que [em um reality show] a pessoa está falando aquilo que ela é ou pensa, mas a Globo tem total responsabilidade. Eles editam o programa e têm a função de passar informação. Além disso, têm que contribuir para o combate a qualquer tipo de preconceito”, diz. [Com informações da Folha de S. Paulo e do Observatório do Direito à Comunicação]
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