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Memria - Outras Memrias
ESPETÁCULO A FILHA DA ANISTIA NO SÁBADO RESISTENTE

ESPETÁCULO A FILHA DA ANISTIA NO SÁBADO RESISTENTE

Sinopse da apresentação:

Após a morte da avó, Clara parte em busca do pai que nunca conhecera. Esse encontro irá revelar um passado de mentiras e omissões, forjado durante os anos de chumbo no Brasil. Duração: 30 minutos. 14 anos. Direção: Hélio Cícero. Com: Alexandre Piccini, Carolina Rodrigues e Hélio Cícero.

Após a apresentação e debate, será rendida homenagem à família de ANTONIO RAYMUNDO DE LUCENA, militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) que foi assassinado no dia 20 de fevereiro de 1970, há exatamente 40 anos, por elementos da Força Pública do Estado.

A família de Antônio Raymundo de Lucena (também conhecido como “Doutor”) foi presa por integrantes da Policia do Exército e submetida as mais variadas torturas. 

Ariston Lucena, o filho mais velho, foi preso aos 18 anos de idade, após cerco empreendido aos militantes da VPR na área do Vale do Ribeira, e passou quase 10 anos preso, uma vez que foi condenado à pena de morte após a mudança da Lei de Segurança Nacional, em 1969.

A companheira de Doutor, Damaris Lucena, depois de presenciar ao assassinato do marido na frente dos filhos, amargar a tortura e a separação das crianças quando de sua prisão, foi libertada após ser trocada com os filhos Ângela Telma, de 3 anos, e Denise e Adílson, os gêmeos de 9 anos, no sequestro do cônsul japonês, Nobuo Okuchi. Exilou-se primeiramente no México e, posteriormente, em Cuba, onde reconstruiu a vida.

A família retornou ao Brasil após a Anistia e, desde então, busca incessantemente pelos restos mortais de Antônio Raymundo de Lucena que, embora figure na lista oficial de “mortos”, permanece desaparecido, tendo sido enterrado, provavelmente, numa vala clandestina do Cemitério de Vila Formosa.

 Sábado Resistente

O Sábado Resistente é promovido pelo Núcleo de Preservação da Memória Política do Fórum dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo e pelo Memorial da Resistência de São Paulo. É o espaço de discussão entre companheiros combatentes de ontem e de hoje, pesquisadores, estudantes e interessados para o debate sobre temas ligados às lutas contra a repressão, em especial à resistência ao regime militar, implantado com o golpe de Estado de 1964. Nossa preocupação é estimular a discussão e o aprofundamento dos conceitos de Liberdade, Igualdade e Democracia, fundamentais ao Ser Humano em busca de sua libertação. 

 * obra teatral premiada pela Secretaria de Estado da Cultura com o incentivo do ProAC – Programa de Ação Cultural, para montagem inédita durante o ano.



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 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge