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M%EDdia
O Brasil precisa entrar na nova onda da democratização da comunicação

Por Marcos Aurélio Gungel

Secretário de Comunicação do Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Sindalesc)

 

Ao participar do 15° Curso Anual do Núcleo Piratininga de Comunicação, que aconteceu entre os dias 11 e 15 deste mês, no Rio de Janeiro, foi possível perceber claramente o quanto a Grande Mídia serve como instrumento de segregação. Ao enfocar o tema “Mídia Hoje como Partido do Capital” o curso trouxe à tona um domínio invisível sobre a maioria da população: a supremacia da Mídia sob a batuta do poder econômico.

Durante os cinco dias, dirigentes e jornalistas ligados aos principais sindicatos do País discutiram exaustivamente como quebrar essa hegemonia, assim como já estão fazendo alguns países da América Latina. Nessa vanguarda estão Uruguai, Argentina, Equador e Venezuela, exemplos que devem ser seguidos, pois estão conseguindo mexer neste verdadeiro “vespeiro”.

É consenso dos mais variados segmentos do país que precisamos de um marco regulatório que limite a ação das empresas de comunicação. Segundo alguns analistas presentes no curso a Mídia está em crise, e por isso mesmo, os grandes oligopólios (situação de mercado em que a oferta é controlada por um pequeno número de grandes empresas) unem-se e organizam-se para manter o poder da informação, e consequentemente, o poder econômico. Um exemplo está na Sociedade Interamericana de Prensa (SIP), que reúne as grandes corporações midiáticas do mundo e que lutam arduamente para manter o poder.

Outro assunto em destaque durante o curso foi o direito à informação, que deve ser a bandeira principal da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), a ser realizada no início de dezembro, em Brasília, já sinalizado nos vários encontros estaduais. Convocada pelo governo federal, mas reivindicado, sobretudo pelos movimentos sociais, a Confecom debaterá a distribuição de concessões de radiodifusão, inclusão digital, qualidade de conteúdo veiculado, e até um novo Código de Ética, como deseja da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

Questões como segurança, saúde, educação, dívida pública e a pobreza, entre outras, também foram objeto de análise e estudo durante o curso. Elas estão na ponta dos problemas nacionais, mas a Grande Mídia, aquela que detêm o monopólio da informação, reluta em atacar com profundidade, criminalizando a pobreza e os movimentos sociais. Ela incita a utilização da “soberania da força”, disse o deputado estadual do PSOL Marcelo Freixo, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito das Milícias, do Rio de Janeiro, durante os debates.

Na Europa e em países mais desenvolvidos não é permitido que o mesmo grupo domine a Televisão, a Rádio e o Jornal ao mesmo tempo. A Internet é um caso aparte, mas que também está na mira das grandes corporações midiáticas. Apesar de ser uma concessão pública, no nosso país todos sabem quem manda na informação. O advento das novas tecnologias (Internet); a baixa credibilidade; as mudanças aceleradas e principalmente, a possível regulação, as leis de políticas públicas e até o surgimento das rádios comunitárias, sinaliza para a quebra desse monopólio.

A tarefa não será fácil. É preciso um pacto nacional, pois nas palavras do professor de Comunicação da Universidade de São Paulo (USP), Laurindo Leal Filho, que debateu o tema “O direito à Informação e à Confecom”, existem três bancadas distintas no Senado: “da terra (latifúndio), do céu (religioso) e do ar (comunicação). Sabemos que tudo passa por lá, mas o Brasil precisa entrar nessa nova onda e democratizar a informação, uma ponte para construir a hegemonia na sociedade, essa sim, legítima.


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 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge