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17.06 - Audiência pública gera grupo de trabalho de Direitos Humanos
A secretária estadual
de Assistência Social e Direitos Humanos, Benedita da Silva, participou, no dia 16 de junho, de uma audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e da
Cidadania da Alerj para prestar esclarecimentos sobre a política governamental
de Direitos Humanos. Ela admitiu dificuldades na sua área e reconheceu a necessidade de mais diálogo com o Legislativo e com a sociedade
civil.
Benedita concordou ainda com a proposta, apresentada pelo presidente
da Comissão de DH, da criação de um grupo de trabalho para uma discussão mais
ampla do Plano Estadual de Direitos Humanos e para reestruturar o Conselho
Estadual de Direitos Humanos.
“Precisamos dialogar,
o Legislativo com o Executivo e a sociedade civil organizada para garantir o
avanço, com ações concretas, na área dos Direitos Humanos. A Comissão vai levar
à presidência da Alerj a necessidade de entrar ainda em agosto na pauta de
votação o projeto para regulamentar o Plano Estadual de Direitos Humanos. Caberá
ao grupo de trabalho estudar as emendas necessárias no projeto”, disse o
presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado estadual Marcelo Freixo
(PSOL).
“Nosso orçamento nunca vai estar ajustadíssimo ao que
se propõe. Sabemos que temos uma máquina emperrada”, admitiu a secretária, sobre
as dificuldades na sua área, que só teve R$ 7 milhões liquidados até agora neste
ano, de um orçamento total de 98 milhões. Ela compareceu à audiência depois de
ter ignorado um convite e rejeitado duas convocações da Comissão de Direitos
Humanos. Benedita também alegou falta de pessoal capacitado para dar conta de
todas as demandas na sua área.
Na
pauta da audiência estavam o Plano Estadual de DH, a situação do Conselho Estadual de
DH e do Conselho Estadual Anti-Drogas (Cead). Representante da
Articulação em Rede de Entidades de Direitos Humanos (Aredh), que reúne 20
organizações, Pedro Strozemberg apontou problemas no setor governamental.
“Encontramos um cenário de esvaziamento do debate em torno da conferência
estadual de DH; sentimos a ausência de interlocutores no governo em 2008 e ainda
há a fragilidade dos conselhos de DH, especialmente os voltados para a
juventude. O governo não participa e as reuniões não acontecem por falta de
quorum”, disse Strozemberg. Ele apresentou a proposta da criação de uma agenda
de trabalho para a sistematização das propostas da sociedade civil organizada,
do governo e do Legislativo, com o estabelecimento de um cronograma de
ações. “A gente precisa que esse processo avance”,
concluiu.
Fonte: Mandato Marcelo Freixo (PSOL)
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