ltimas Notcias
5.06 - Lobby internacional do petróleo começa a dar resultado
Temos dito
e repetido que um dos segmentos por trás do lobby
internacional sobre os três poderes da nossa
República é os EUA, que só tem 29
bilhões de barris de reservas e consomem 10
bilhões por ano. Há também o cartel internacional das 7
irmãs, que já tiveram 90% das reservas mundiais
sob o seu domínio e hoje tem cerca de 3% apenas.
O
pré-sal brasileiro pode ajudar os Estados Unidos a
sobreviver. Esses dois blocos de poder jogam pesado na
obtenção de reservas por todo o mundo: suborno,
corrupção, assassinato de líderes e
invasão de países com reservas de recursos
não renováveis como petróleo e
minérios estratégicos.
Na
era Obama, ao contrário da era Bush, a
atuação tem sido mais sutil: massagem no ego do
“publico alvo”. Vejamos alguns exemplos: 1) Obama
diz que Lula é o Cara (My men), portanto, o líder
mais popular do mundo; 2) Câmara de Comércio
Brasil EUA homenageia Gabrielli com o título de
“homem do ano”; 3) O Ministro de Minas e
Energia, Edson Lobão, foi homenageado pela Câmara
Brasileira de Comércio da Grã-Bretanha, no dia 20
de maio, sendo agraciado com o título de
“Personalidade do Ano”. A solenidade de
agraciamento ocorreu em um Jantar de Gala realizado no Hotel Dorchester
de Londres, Inglaterra.
Falando francamente, não
há um único requisito em Lobão para
justificar tal título. A não ser o golpe no ego
para abrir a sua guarda para as corporações
estrangeiras que querem manter a atual legislação
do petróleo, favorável a eles. É o
lobby domesticando o Lobão.
Portanto,
quando Lobão declara, em Londres: “A
Petrobrás não pode encarar sozinha a grande
tarefa de desenvolver o pré-sal”, e acrescenta:
“Certamente faremos leilões no próximo
ano”. É o efeito do novo tipo de
assédio.
Lobão
disse ainda que espera que o Congresso aprove a proposta do grupo
interministerial, encampada pelo presidente Lula, ainda este ano, para
retomar os leilões no fim de 2011. Segundo a imprensa,
Lobão e Dilma declararam que as áreas
serão entregues à empresa que oferecer maior
percentual de participação para a
União . “Se a Petrobrás não
quiser participar dos leilões, é problema
dela”.
Já
vimos filmes parecidos com este: no 6o leilão, a americana
Devon ganhou parte do bloco BC-60 oferecendo um percentual de
conteúdo nacional inviável (A ANP havia dado um
peso de 40% nesse requisito). A Devon, até então
parceira da Petrobrás, portanto, sabia da oferta dela,
“divorciou” e fez uma proposta vitoriosa pagando
menos que a oferta Petrobrás. No 9º
leilão a empresa OGX, do Eike Batista, comprou alguns
geólogos da Petrobrás (pagando
salários altíssimos) e quando o leilão
terminou eles saíram da Petrobrás para aquela
empresa. Resultado: a Petrobrás fez oferta para 57 blocos e
perdeu cerca de 20 para o Eike.
Relembremos
que, já no governo de transição,
estivemos com a Dilma e ela perguntou como parar o 5o
leilão. Respondemos que ele já estava muito
adiantado e que a Petrobrás havia ganhado 75 dos 78 blocos
ofertados, portanto, ela deveria cuidar para não haver novos
leilões. “Isto é ponto
pacífico no Governo Lula”, disse ela. Um
mês depois, emitiu a portaria no 8 do CNPE mandando a ANP
retomar os leilões. Era a plástica
ideológica para se credenciar como candidata a presidente.
Assim, a nova estatal apregoada, ao que parece, virá para
continuar os leilões e, se possível alijar a
Petrobrás da competição. Lembremos
também que a americana Halliburton comanda a ANP
de fato e o Haroldo Lima, de direito.
Logo,
é fundamental que todas as entidades e o povo brasileiro
vão para as ruas defender essa riqueza que pertence ao povo
brasileiro. Se os leilões continuarem, as empresas
estrangeiras que ganharem blocos levarão 50% dessa riqueza e
ainda terão uma enorme vantagem estratégica: a
propriedade do petróleo, contra o Brasil.
Por Fernando
Siqueira - presidente da Associação de
Engenheiros da Petrobras / AEPET
Fonte: Agência Petroleira de Notícias
Núcleo
Piratininga
de Comunicação
—
Voltar —
Topo
—
Imprimir
|