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Histria
Para o trabalhador conhecer sua própria história

Por Ligia Coelho 

O escritor e ex-metalúrgico Vito Giannotti lança História das Lutas dos Trabalhadores no Brasil, um livro destinado a todos os que querem conhecer a história da classe trabalhadora no País, mas indicado, principalmente, ao trabalhador brasileiro 

Do primário à Universidade, os alunos estudam que a História se faz por meio dos reis, rainhas, grandes estadistas, almirantes, brigadeiros, generais, empresários e políticos. O trabalhador humilde, que ergue as construções, forja o ferro e o aço, lavra os campos, fia e tece, entre tantos outros ofícios, nunca é citado. Para este personagem, quase sempre esquecido, e para preservar a sua história, nunca lembrada, Vito Gianotti escreveu Lutas dos Trabalhadores no Brasil, resultado de dez anos de trabalho e pesquisa. Para isso, consultou mais de 500 livros, fora jornais, revistas e outras fontes.

Editada pela Mauad, a 3 edição do livro será lançada no dia 27 de maio, às 18 horas, no Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro (Senge) à Avenida Rio Branco, 277, 17º andar, Cinelândia. Trata-se de um documento histórico da maior importância para todos que querem conhecer as lutas, conquistas e derrotas dos trabalhadores brasileiros. Indicado tanto para sindicalistas quanto para professores, estudantes e pesquisadores, será útil também, e principalmente, para os próprios trabalhadores, que precisam conhecer sua história contada do ponto de vista de sua classe.

Em 320 páginas, com linguagem simples e acessível, o autor traça um panorama de toda a história da classe trabalhadora brasileira, desde suas origens, no começo da industrialização do país, cerca de 100 anos após a revolução industrial na Europa, até o ano de 2002, com a eleição de Lula. Sempre contextualizando o Brasil na conjuntura internacional.

Brasileiro nascido na Itália, como bem aponta na apresentação o professor Rubim Santos Leão de Aquino, Vito trocou a Faculdade de Filosofia pelo ofício de trabalhador braçal – foi marítimo e nos anos 60 fixou-se no Brasil, trabalhando como metalúrgico, em São Paulo. Em seu currículo de 64 anos bem vividos predominam algumas paixões: além do Brasil e dos trabalhadores e sua história, Vito é apaixonado por comunicação popular. Numa sociedade em que a grande mídia, com raras exceções, volta-se inteiramente para a defesa do mercado e do capital, ele entende que o trabalhador precisa criar a sua própria comunicação, para disputar hegemonia.

  “Os trabalhadores que querem mudar o mundo e a sociedade na qual vivem precisam conhecer sua história” – diz Vito, logo na introdução. Essa a motivação deste Lutas dos Trabalhadores no Brasil. “Este trabalho não tem a pretensão de aprofundar os fatos da nossa história. Deseja, porém, oferecer apenas uma primeira visão panorâmica, geral, da história da classe operária no Brasil”.

Nos anos 60 e 70, Vito lutou contra a ditadura militar e, como tantos que militaram naquela época, foi preso várias vezes – pelo Exército, pelo Dops e pela Polícia Federal. Nas lutas diárias como metalúrgico forjou a sua militância sindical no Brasil e descobriu a importância de uma comunicação alternativa, popular, voltada para os interesses dos trabalhadores. Dos boletins e jornais sindicais para os livros foi um pulo. Escreveu, entre outros, O que é Estrutura Sindical (Brasiliense), CUT ontem e Hoje (Vozes), Força Sindical a Central neoliberal (Mauad) Muralhas da Linguagem (Mauad), O que é Jornalismo Operário (Brasiliense) e Comunicação Sindical arte de falar para milhões (Vozes), este último em parceria com a sua mulher, a jornalista Claudia Santiago.

           No início da década de 90, cada vez mais envolvido pelo tema da comunicação popular, fundou, com Claudia, o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) e passou a dar cursos e fazer palestras em diversas partes do país, a convite de sindicatos e associações de classe. Sempre tendo como perspectiva a importância da comunicação sob a ótica dos trabalhadores, na disputa da hegemonia sócio-político-cultural. 


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 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge