Doloroso e comovente desabafo de uma trabalhadora rural (bóia-fria) da região de Tarumã, interior de São Paulo, sobre as dificuldades da vida no campo, a exploração a que são submetidos os camponeses por parte dos latifundiários, as humilhações e as carências sofridas e o descaso do poder público para com a população rural pobre.

O depoimento foi colhido em 1975, durante filmagens sobre acidentes de trabalho nas fazendas da região. "Se não existisse o miserável do pobre do bóia-fria não existiam essas fazendas e o bóia-fria não tem dinheiro para comprar uma pedra de sal" – constata, com dor a mulher, de 32 anos, rodeada de filhos. O vídeo não chega a ser um documentário, não é uma produção acabada, mas uma oportunidade para que a entrevistada, extravasando a sua dor, denuncie as condições desumanas a que são submetidas no campo as famílias dos bóias-frias. Impossível ficar indiferente.

Indicação de uso: Para discussões de trabalhadores rurais, sem-terra, pastorais da terra, estudiosos da questão agrária brasileira.

Ficha técnica:

Direção: Mário Kuperman; 1975; 20 minutos

Produção: Futura Filmes

Contato: (11) 3061-2676 (Mário K.). 

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