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Em Niterói, vítimas das chuvas de 2010 vivem uma tragédia continuada
Desabrigados contam sua vida três anos depois
[Por Claudia Santiago, Eric Almeida, Euro Mascarenhas, Renato Prata, Sheila Jacob/ Fotos: Adriana Medeiros e Eric Almeida]
Publicado em 8.4.13 no Brasil de Fato 6
de abril de 2010. Data triste na lembrança daqueles que viveram ou
acompanharam a destruição causada pelas fortes chuvas que resultaram na
morte de 170 pessoas e cerca de dez mil desabrigados em Niterói. O
episódio ficou conhecido como Tragédia do Bumba, pois a comunidade que
leva este nome teve o maior número de vítimas dos desabamentos que
ocorreram naquele dia: foram 47 mortos em apenas um dia, e mais de três
mil famílias que moravam na comunidade ficaram desabrigadas. São muitas
histórias de sofrimento e tentativas de começar tudo de novo. Uma
destas histórias é a de Leandra Maria de Oliveira, que nasceu em Volta
Redonda e hoje tem 40 anos. Viveu 16 anos no Morro do Bumba, no bairro
Viçoso Jardim, em Niterói. A comunidade foi seu lar até o fatídico dia
em que a tempestade destruiu sua casa de três quartos, sala, cozinha,
banheiro e um grande quintal. Hoje, três anos depois, ela vive com seus
cinco filhos e mais um neto em um quarto em um abrigo no 3º Batalhão de
Infantaria do Exército (BI). Lá estão outras 300 pessoas, metade delas
crianças e adolescentes. Nos
dias que sucederam ao desabamento, os desabrigados se dividiram em dois
abrigos oferecidos pela prefeitura de Niterói: o 3º BI, que fica em
Venda da Cruz, São Gonçalo, e o 4º G-CAM, localizado no bairro Barreto.
Este último foi desativado em 2011 de forma bem violenta, como lembram
as pessoas que lá viviam na época. “Acordamos de manhã com cachorros e a
tropa de choque em cima da gente. Os vizinhos não nos queriam ali
porque achavam que a nossa presença desvalorizava a área”, conta Leandra
em entrevista ao Brasil de Fato. “Tiraram a gente de lá e nos jogaram
neste verdadeiro inferno. Diziam que seria provisório, que ficaríamos
aqui apenas seis meses, mas três anos se passaram e tudo continua
igual”, diz inconformada.
Leia o texto completo.
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