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Começa nesta segunda (8/4) julgamento de réus do Massacre do Carandiru
Publicado em 8.4.13 - com informações da Revista Fórum
Hoje, segunda-feira (8/4), no Fórum Criminal da Barra Funda, começa o Júri Popular dos 26 policiais acusados de assassinar 15 dos 111 presos mortos no episódio que ficou conhecido como MASSACRE DO CARANDIRU. As execuções ocorreram no dia 2 de outubro de 1992, no 2º pavimento do Pavilhão 9. O julgamento será dividido em quatro blocos. Nesse primeiro, seriam julgados 28 acusados, porém, dois morreram. A expectativa do juiz José Augusto Nardy Marzagão é que os 83 réus sejam julgados até o final de 2013. Caso todos os acusados fossem analisados ao mesmo tempo, não haveria condições para que a promotoria e a defesa apresentassem suas teses. O número de réus inicialmente era de 116, porém, a morosidade do julgamento diminuiu esse número, por conta da prescrição dos crimes e mortes dos acusados. A pena para o crime de homicídio é de 12 a 30 anos, porém, se condenados, os policiais não devem ser presos imediatamente, já que podem recorrer em liberdade. O promotor Fernando Pereira da Silva demonstra preocupação com a memória dos jurados, já que o caso completa 21 anos em 2013. Por isso, deve recorrer às consequências da tragédia, entre elas, a criação do Primeiro Comando da Capital (PCC). “Um aspecto que será lembrado (no júri) é que, em 1992, não existiam facções criminosas organizadas. A gente tinha quadrilhas e bandos isolados dentro dos estabelecimentos prisionais. (…) O massacre do Carandiru foi o estopim da organização dos criminosos”, disse o promotor ao Terra.
Dráuzio Varella, autor do livro Estação Carandiru, disse em texto publicado na Folha de S.Paulo que não haverá justiça sem punição do mandante. Ele afirma: "O denominado Massacre do Carandiru foi uma carnificina gratuita que enfraqueceu o poder do Estado e abriu espaço para que o crime se organizasse em facções suficientemente fortes para impor suas leis, nas prisões e fora delas.[...] É obrigatório reconhecer que o mandante foi uma autoridade pública e que o Estado deve assumir a responsabilidade pelo massacre".
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