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Atingidos por barragens: retrocesso extraordinário na política de direitos
Publicado em 15.03.13 - por IHU-Online
No dia internacional da luta contra as barragens, pelos rios, pela água e pela vida, o Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB propõe a elaboração de uma política pública para as famílias atingidas pelas hidrelétricas. De acordo com Luis Dalla Costa, a proposta pretende garantir os direitos das famílias que são direta ou indiretamente impactadas pelos novos empreendimentos. Segundo ele, estima-se que aproximadamente um milhão de pessoas já foram prejudicadas pelas hidrelétricas brasileiras desde os anos 1970, e outras 60 mil serão atingidas em decorrência do Plano Decenal de Energia do governo federal.
Ao avaliar os 22 anos de atuação do MAB, Dalla Costa ressalta que houve um retrocesso no diálogo com o governo federal e o setor elétrico, desde a privatização no governo Fernando Henrique Cardoso. “A energia passa a ser vista não mais como um bem essencial para o desenvolvimento do país, mas como uma mercadoria e, como tal, quanto menor o custo da geração de energia e maior a lucratividade, maiores serão os benefícios para os setores privados. Nesse contexto, consolidou-se uma política privatista com interesse rentista do setor elétrico”, constata em entrevista concedida à IHU On-Line por telefone.
Além dos debates e manifestações no dia 14 de março, o MAB está preparando o Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens, que será realizado em São Paulo, de 3 a 7 de junho deste ano.
Luis Dalla Costa é coordenador geral do MAB.
Confira a entrevista.
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