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Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira/SP homenageia fotógrafo dos movimentos sociais
Publicado em 26.2.13 - por Sindmetal Limeira Entre os dias 25 de fevereiro e 01 de março, o Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira (SP) realiza a exposição fotográfica O fotógrafo operário, operário da fotografia na Câmara Municipal, homenageando o fotógrafo dos movimentos sociais, João Zinclar, que faleceu em um trágico acidente no dia 19 de janeiro deste ano.
A exposição fotográfica mostra o olhar revolucionário de João Zinclar nas fotos registradas nos dias 23 e 24 de fevereiro de 2012, quando a população limeirense foi à Câmara pedir a cassação do então prefeito Sílvio Félix, acusado de atos de corrupção. Um ano depois, o momento lembrado através das fotos de Zinclar é considerado um dos mais importantes da história política da cidade.
“O fotógrafo operário, operário da fotografia” João Zinclar Lima Silva nasceu em Rio Grande (RS) em 13 de agosto de 1957. Era o mais velho de cinco irmãos. Tinha desde jovem o espírito aventureiro pelo qual sua carreira foi marcada. Aos 18 anos, saiu de casa para se tornar hippie.
Aos 30 anos, começou a trabalhar como encanador mecânico, se filiou ao PCdoB e se tornou dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas. Participou do sindicato e do partido até 1996, quando se desligou, mas o sentido de coletivo e solidariedade que aprendeu no sindicato foi algo que levou por toda a sua vida e que sempre esteve presente nas suas fotos.
Em 1987, conheceu a professora Silvia Ferraro, que na época era militante do movimento estudantil. Em 1993, os dois estavam juntos, e dessa relação, que durou oito anos, nasceu Vitória, única filha de Zinclar e sua maior paixão. Como se interessava por fotografia, Zinclar decidiu fazer um curso básico para aprender a manusear uma câmera. Ele passou então a trabalhar como freelancer e com seu olhar revolucionário eternizou as lutas dos trabalhadores, dos indígenas e dos Sem Terra.
Por cinco anos, fotografou os ribeirinhos nas margens do Rio São Francisco, experiência que culminou na publicação da obra fotográfica "O Rio São Francisco e as Águas no Sertão", obra que se tornou um importante documento da campanha contra a transposição do rio.
“Mudar o mundo eu acho que é uma tarefa muito maior do que a fotografia. Mudar o mundo é ter milhões de pessoas na rua em movimentos contra os opressores, contra as ditaduras, é isso que muda o mundo”, disse João Zinclar em uma entrevista. Ele era um fotógrafo que estava onde o povo está. Costumava afirmar que sua condição operária o sensibilizou para os movimentos sociais e para a causa dos trabalhadores.
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