NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação

Há exatos 44 anos, dia 13 de dezembro de 1968, a ditadura civil-militar brasileira promulgou o Ato Institucional nº 5 (AI-5). O episódio é um marco neste período sombrio da história do nosso país: o Congresso foi fechado, a censura ficou mais forte e ampliou-se a perseguição às organizações populares e aos opositores ao regime. A violência foi institucionalizada como política oficial do Estado, e os anos seguintes foram marcados por uma série de perseguições, exílios, sequestros, tortura e assassinatos de todos aqueles que ousavam se posicionar contra o regime de exceção que vigorava naquele momento.

Para lembrar a data, nesta quinta-feira, 13 de dezembro, a Articulação por Memória, Verdade e Justiça do Rio de Janeiro convocou diversas entidades, associações e militantes em defesa dos direitos humanos para um protesto no Leblon, Zona Sul do Rio. Na ocasião, integrantes do Levante Popular da Juventude e outros manifestantes fizeram um “escracho” em frente ao prédio em que vive o Tenente-coronel Lício Augusto Ribeiro Maciel, conhecido como “Dr. Asdrúbal”.

Os “escrachos” são protestos realizados em todo o país para denunciar agentes da tortura e colaboradores da brutalidade do regime militar. O “Doutor da Morte” escrachado no Rio foi responsável, direta e indiretamente, pela assassinato e desaparecimento de 60 lutadores no episódio que ficou conhecido como Guerrilha do Araguaia. Maciel chegou a confessar a execução de 16 pessoas no livro O coronel rompe o silêncio, de Luiz Maklouf. Hoje ele é réu em um processo, encaminhado à justiça pelo Ministério Público Federal, pelo desaparecimento do militante do PCdoB Divino Ferreira de Souza.

A Articulação por Memória, Verdade e Justiça do Rio organizou essa manifestação para mostrar que as barbaridades cometidas por este e outros repressores não serão esquecidas.

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NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge