Pol�tica
Chavez ganhou e a direita não aceita
Publicado em 9.10.12 - Por Vito Giannotti / Brasil de Fato A direita dos EUA e seus
discípulos no Brasil, sobretudo os grupos da mídia empresarial/patronal, não
admitem esta derrota. A mídia, agrupada na revista da editora Abril, no jornal
que falou da “Ditabranda”, no empresarial Estadão e nas Organizações Globo,
está altamente contrariada. E tem razão de estar. Eles sabem muito bem que
Chavez, logo após votar, domingo 7, declarou: “O que está em jogo nesta eleição
é o modelo neoliberal”. Na mesma hora o site da Veja colocava sua cobertura que começava a frase: “O ditador
Chavez...” Ditador? Com esta eleição disputada, fiscalizada, observada por
centenas de enviados internacionais? E daí? A Veja continua sua cruzada, feita de mentiras, como capitã da
extrema direita no nosso país.
Direita engana
alegremente
A eleição deste domingo foi a
mais fiscalizada do mundo. Os EUA e seu candidato, o aprendiz de golpista Capriles,
estavam doidos para achar alguma irregularidade. Queriam virar a mesa. Mas não
deu. Um dos grandes observadores foi Ignácio Ramonet, do Le Monde Diplomatique. Ele se instalou em Caracas, observou as
eleições e declarou: “Venezuela é exemplo de democracia para a Europa em crise que está sendo
penalizada pelo fracasso do neoliberalismo”. E continuou: “As eleições na
Venezuela desde 1998 são um jogo limpo e aberto”.
A mesma coisa foi dita pela guatemalteca
Rigoberta Menchu, premio Nobel da Paz que esteve em Caracas fiscalizando o
pleito. A lisura total das quatro
reeleições de Chavez foi sempre reconhecida por um observador dos EUA acima de qualquer suspeita
de ser amigo de Chavez: Jimmi Carter. Mas o que a mídia empresarial brasileira
não admite é uma última frase de Ignácio Ramonet, após a vitória de domingo:
“Esta eleição mostra que é possível governar de outra forma”. Sim, é exatamente
isso que a direita não admite. Como deixar ganhar alguém que fala em
“Socialismo do Século XXI”? .
Calma, ainda não é a revolução
Na esquerda muitos se queixam que
o bolivarismo de Chavez não é revolucionário, não é marxista. Verdade. Mas a
consciência do povo venezuelano está se abrindo para a necessidade de um novo
modelo, contrário ao neoliberalismo hoje hegemônico. O povo está participando,
sendo protagonista do seu futuro. É por isso que os EUA querem o fim de Chavez e
seu projeto bolivariano. Por isso que a imprensa controlada pelo Império e seus
discípulos na Veja, FSP, GLOBO e OESP
envenenam os olhos e as mentes de suas vítimas.
A direita venezuelana, com todo o
carinho da mídia da direita do continente, vai tramar mil e uma coisas para dar
um golpe neste projeto. Hoje não precisa um golpe militar. Há outros meio
disponíveis à mão. É só se lembrar do Paraguai de Lugo. Tudo eles farão. E daí?
O que fazer? É sempre o mesmo refrão: construir nossa mídia contra-hegemônica.
Forçar a mudança das leis atuais que só servem ao império da mídia patronal.
Núcleo
Piratininga
de Comunicação
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