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Levante Popular da Juventude faz protestos em 11 estados contra torturadores
Publicado em 16.05.12 - Da Página do Levante Popular da Juventude
Nesta segunda-feira, dia 14 de maio, o Levante Popular da Juventude promoveu mais uma série de "escrachos" contra torturadores e agentes da repressão da ditadura militar por diversos estados do Brasil. Os atos se basearam na denuncia de ex-agentes que participaram direta ou indiretamente de ações de tortura na época e em frente a prédios que serviam para tais fins, como o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) e o Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (Doi/Codi).
Foram realizadas mobilizações organizadas nacionalmente em 11 estados: PE, PA, BA, CE, SE, PB, RN, SP, MG, RJ, RS. Oito agentes foram denunciados publicamente por meio dos esculachos, ao apontarem suas participações nos processos de tortura durante a ditadura. Os manifestantes apoiam a instalação da Comissão da Verdade, cobram a localização e identificação dos restos mortais de desaparecidos políticos e exigem que os torturadores sejam julgados e punidos. O objetivo é sensibilizar a sociedade e garantir que a Comissão tenha liberdade para fazer o seu trabalho e alcance seus objetivos.
Ações
O NPC acompanhou o grupo no Rio de Janeiro, na ação realizada na Rua Marquês de Abrantes, 218 Flamengo, Zona Sul da cidade. Este é o endereço de José Antônio Nogueira Belham, ex-chefe do Doi-CODI no Rio. Dentre as inúmeras torturas e assassinatos cometidos em sua repartição está a do engenheiro civil e militante pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) Rubens Paiva.
A militante Carolina Dias explica que a ideia dos escrachos é mostrar à sociedade como convivemos diariamente com agentes da repressão e passamos por locais em que ocorriam as sessões de tortura. "Queremos avançar no processo de justiça e verdade, para que haja uma verdadeira reparação dos crimes cometidos em nosso país. Por isso estamos lembrando essa história", disse a jovem, destacando nosso atraso em relação a países vizinhos, como Argentina e Uruguai, que vêm julgando seus criminosos e favorecendo essa memória, com museus, memoriais e centros de pesquisa.
Para saber mais sobre as ações nas outras cidades, baste acessar a página do Levante Popular da Juventude.
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