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Condenado policial militar acusado de matar jovem em 2002
Publicado em 22.03.12
Na terça-feira, 20 de março, o ex-policial militar Paulo Roberto Paschuini, acusado de assassinar o jovem Hanry Silva Gomes da Siqueira no Morro do Gambá, em 2002, foi condenado a três anos de reclusão. O julgamento deveria ter ocorrido há mais tempo, mas foi adiado por recursos de sua defesa. Como teve seu último recurso negado em segunda instância, finalmente Paulo Roberto foi a júri e teve finalmente sua sentença declarada.
Embora possa recorrer, a decisão judicial expressa o resultado de anos de lutas de Márcia Jacintho, mãe de Hanry que, incansável, não descansou um só minuto em sua luta para desconstruir a recorrente versão policial do "auto de resistência". Normalmente essa é justificativa é usada para dar aparência de legalidade às execuções sumárias. Essa é uma vitória de Márcia e um incentivo a todos os familiares de vítimas de violência estatal do Rio de Janeiro e do Brasil.
Em uma entrevista concedida ao BoletimNPC em 2009, quando foi decretada a condenação de Marcos Alves da Silva, outro policial acusado de ter assassinado o jovem, Márcia Jacintho contou que teve que investigar a morte do próprio filho para provar sua inocência. “Aquele seria o crime perfeito. Os policiais forjaram as provas, como costumam fazer. A mídia anunciaria menos um traficante, e a sociedade bateria palma. Não costumam ouvir ninguém. Só consigo ter espaço hoje para falar porque estou desde 2003 tentando provar a inocência do meu filho. Finalmente consegui limpar a imagem dele”, disse Márcia naquela ocasião.
[Com informações da Rede Contra a Violência]
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