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Durante jornada de lutas, atingidos por barragens lançam campanha Todos pela Energia
Publicado em 14.03.12
Nesta semana, entre os dias 12 e 16 de março, milhares de atingidos por barragens estão se mobilizando em diversas capitais brasileiras para reivindicar seus direitos e denunciar o atual modelo energético, que tem causado enormes prejuízos sociais e ambientais para as populações atingidas e a toda a classe trabalhadora. É a jornada nacional de lutas que comemora o 14 de Março: Dia internacional de luta contra as barragens, pelos rios, pela água e pela vida.
No Rio de Janeiro, a mobilização de terça-feira, dia 13, foi marcada pela ocupação da sede da Eletrobras. Como divulgou o MAB, a entidade foi recebida pelo diretor administrativo da Eletrobrás, Manoel Colasuonno, e cobrou uma política nacional de respeito aos direitos das famílias desalojadas pela construção de barragens, além de um fundo de auxílio para reparar as perdas e prejuízos das pessoas afetadas, garantindo todas as condições para o reassentamento adequado. Também defenderam o apoio no desenvolvimento de cursos de alfabetização e de produção de alimentos solares, avanços no programa “Luz para todos”, além de outras demandas.
Divulgação - MAB
Atingidos por barragens fazem marcha até sede da
Eletrobrás, no Rio.
À noite, militantes de São Paulo, Minas Gerais e do Rio estiveram na Câmara Municipal do Rio para o lançamento da Campanha Nacional Todos pela Energia. O vereador Eliomar Coelho (PSOL-RJ), que presidiu a solenidade, lembrou que a atividade resgata o papel do Rio de um dos principais espaços dos grandes debates nacionais, pois trouxe à tona importantes demandas do movimento que interessam a todos os cidadãos, do campo e da cidade, e não apenas àqueles que sofrem diretamente os impactos ambientais e sociais de grandes empreendimentos. “A luta por um outro modelo energético deve ser de todos os brasileiros” reforçou o vereador.
Movimentos sociais na luta contra privatização da energia e da água
Foto por Mira Rusin/MAB
Lançamento da Frente Todos pela Energia, na Câmara Municipal
Uma das bandeiras da Campanha diz respeito à luta contra a privatização do setor elétrico e em defesa da renovação das concessões, muitas delas em mãos de empresas estatais, como a Eletronorte, Furnas e Chest. “Queremos que o setor continue nas mãos do Estado Brasileiro, mas não violando direitos, e sim a serviço dos trabalhadores”, disse Gilberto Cervinski, da coordenação nacional do MAB, lembrando que a própria Eletrobras foi apontada em um relatório recente como empresa violadora de direitos. Ele ainda afirmou que “as privatizações envergonham o povo brasileiro, pois permitem que o Estado seja saqueado”.
Outra campanha é a defesa da água como direito de todos, e não como mercadoria. Segundo Marina dos Santos, da coordenação nacional do MST, os trabalhadores sem-terra se unem a essa luta pois também sofrem com o atual modelo de desenvolvimento brasileiro – o qual, como observa, só aumenta as diferenças. Além de se unir à campanha contra a privatização do setor elétrico e dos recursos naturais, como a água, o Movimento se une à campanha pela redução do custo da energia para melhorar condições de vida e da população. E também cobra da Agência Nacional de Energia Elétrica (Anel), que “se omite em regular o preço da energia, mas age de maneira ofensiva para garantir os lucros das empresas”.
Além dos mlitantes do MAB e MST, estiveram presentes na solenidade Marco Antônio, presidente do Senge-RJ; Emanuel Cancella, do Sindipetro; e Antonio Martins, da FUP. Todas as entidades manifestaram seu apoio às lutas do MAB. O deputado estadual Marcelo Freixo (Psol-RJ) também se solidarizou com a causa, afirmando que seu mandato fará parte dessa luta por outro modelo de desenvolvimento, que tenha como prioridade o ser humano, e não o lucro de grandes empresas.
Acompanhe as lutas do MAB em http://www.mabnacional.org.br/
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