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Comissão de Anistia julga processos de sete mulheres perseguidas durante ditadura
Publicado em 9.03.12 - Por Agência Brasil
Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado dia 8 de março, a Comissão
de Anistia realiza nesta sexta-feira, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo,
uma sessão especial de julgamento para analisar os processos de sete
mulheres que foram perseguidas durante a ditadura militar.
A 55ª Caravana da Anistia vai julgar os casos de Maria Niedja de
Oliveira, Maria Nadja Leite de Oliveira, Maria Angélica Santos Bacellar,
Gilda Fioravanti da Silva, Ida Schrage, Hilda Alencar Gil e Darci
Toshiko Miyaki. “O processo de reparação é de construção da verdade ao
longo do tempo. E, ao mesmo tempo, um processo de ampla visibilidade das
vítimas. Aquelas vozes que foram caladas no passado agora têm a
oportunidade de, por meio de um processo de escuta pública, fazer a
narrativa da história sob seu ponto de vista, em contraposição àquilo
que foi registrado de forma oficial pelos organismos de repressão”,
explicou Paulo Abrão,
presidente da comissão.
A Comissão de Anistia existe desde 2001. Nesse período, já recebeu mais de 70 mil requerimentos solicitando
reparação. Desse total, pouco mais de 60 mil requerimentos foram
apreciados.
Além do julgamento, também será feita uma homenagem às mulheres que
já tiveram seu processo analisado e que receberão a certidão de
anistiada política. Na homenagem, será exibido o documentário Vou Contar para Meus Filhos,
parte do projeto Marcas da Memória, do Ministério da Justiça, que,
segundo Abrão, financia iniciativas de memorização por parte da
sociedade civil.
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