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Confira a coluna Espaço sindical do jornal Brasil de Fato

Publicado em 26.01.12 - Por Redação Brasil de Fato

O mês de janeiro foi marcado pelas mobilizações dos policiais civis, que fizeram greve e passeatas no Ceará
 

Processos contra a Vale

De acordo com a Justiça Federal, milhares de processos abarrotam o Judiciário Trabalhista, em vias de inviabilizar, em Parauapebas (PA) – região da maior mina de minério de ferro mundial -, o que levou à criação de mais uma Vara do Trabalho, no ano de 2007, uma vez que as reclamações trabalhistas em Parauapebas explodiram nos últimos anos. Em 1995 elas eram da ordem de 1.878. Em 2006, passaram 3.752. Em 2009 chegaram à 6.761. Por esses e outros motivos a transnacional concorre ao prêmio de “pior empresa do mundo”. (Justiça nos Trilhos)    

 

Práticas da transnacional

Em março de 2010, a Vara do Trabalho de Parauapebas, no Pará, condenou a Vale a pagar R$ 100 milhões por danos morais coletivos e mais R$ 200 milhões por dumping social. A Justiça obrigou a Vale a pagar as horas em que os trabalhadores se deslocam de suas moradias até as minas (horas “in itinere”). O trabalhador, que deveria cumprir a jornada reduzida de 6 horas, acaba por ficar à disposição das empresas por pelo menos 13 horas de trabalho, em clara afronta às limitações constitucionais e legais da jornada. E mais, retira diariamente cerca de 15 horas do tempo de fruição pessoal do trabalhador para executar tarefas relacionadas ao emprego, de acordo com documento produzido pela Rede Justiça nos Trilhos.   

 

Metalúrgicos lesionados

A ZF do Brasil, instalada na zona industrial de Sorocaba, emprega aproximadamente 2,4 mil metalúrgicos. A fabricante de autopeças apresenta cerca de 300 metalúrgicos lesionados em seu quadro de funcionários, e negou-se a oferecer uma clínica particular para que os trabalhadores pudessem fazer tratamento. O número de lesionados representa 12,5% do quadro da empresa. Além da ZF do Brasil, o mesmo grupo tem outras duas plantas em Sorocaba: Sistemas e Lemforder. (Brasil Metal Diário)        

 

Cárcere privado na Embrapa

Os trabalhadores do Campo Experimental do Distrito Agropecuário da Suframa, pertencente à Embrapa Amazônia Ocidental, em Presidente Figueiredo (AM), enfrentam grave situação de exploração e degradação em seu local de trabalho. Distantes cerca de 50 quilômetros da cidade onde vivem, Manaus, eles são obrigados a passar as noites entre segunda e sexta-feiras isolados no campo, privados do convívio social e familiar e sem qualquer estrutura de atendimento médico. “Descobrimos que eles são obrigados a passar as noites lá para que a empresa não gaste com transporte”, relatou Simone Alves, presidente da Seção Sindical Embrapa Amazônia (Sinpaf).          

 

Revoada sindical

O PSDB paranaense formalizou a criação do núcleo sindical do partido no estado. Com isso, 21 estados têm um grupo sindicalista no ninho tucano. A criação dos núcleos faz parte da estratégia do PSDB de aproximar a legenda dos trabalhadores, de olho na eleição presidencial de 2014. No evento de criação do núcleo mineiro, realizado em agosto de 2011, cerca de 400 pessoas estiveram presentes e 93 sindicalistas se filiaram ao PSDB. A sigla trabalha com a meta de filiar cinco mil sindicalistas de todo o país em março, durante um evento em São Paulo. O partido também pretende lançar sindicalistas para disputar as eleições municipais neste ano. Ao menos 300 sindicalistas já filiados ao PSDB devem ser candidatos a vereador em todo o país em 2012. Participaram da reunião em Curitiba integrantes da Força Sindical, da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e da Nova Central (Gazeta do Povo).         

 

Policiais em ação

O mês de janeiro foi marcado pelas mobilizações dos policiais civis, que fizeram greve e passeatas no Ceará. Por sua vez, em Curitiba (PR), os policiais civis fizeram, no dia 24 de janeiro, uma manifestação para pressionar o governo do Paraná a publicar o novo Estatuto da Polícia Civil. Entregue há mais de 80 dias para análise do governo estadual e encaminhamento à Assembleia Legislativa, o documento pretende modernizar a administração do órgão, estabelecer a recomposição salarial, entre outras demandas da categoria. Porém, não houve sinal do Poder Público até o momento do ato (Sinclapol).        

 

Centrais farão ato de massa

Força, UGT, Nova Central, CTB e CGTB reuniram-se em São Paulo, no dia 20, para definir uma série de ações conjuntas. A reunião, na sede da Força Sindical, teve o sentido de unir e mobilizar o campo sindical, além de propor medidas que fortaleçam a indústria e a economia. Uma das deliberações das Centrais foi realizar, em meados de março, um grande ato na avenida Paulista. A meta é reunir 200 mil pessoas, mobilizadas pelas bandeiras do desenvolvimento, emprego, salário e queda nos juros. A mobilização visa a uma aliança produtivista, incluindo setores do empresariado. (Repórter Sindical)  


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