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Boletim do
NPC —
Nº 96
— De 1 a 15/11/2006
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
Notícias do NPC
12° Curso Anual do NPC terá quatro oficinas facultativas de diagramação, linguagem, infográficos e pauta
Estão
programadas quatro oficinas práticas relativas à produção de jornais e boletins
sindicais e populares. Veja o resumo do conteúdo destas oficinas:
1- Diagramação: Técnicas básicas e dicas
práticas de como tornar nossos jornais atrativos. Como usar todos os recursos
de hoje para melhor comunicar nossas mensagens.
2- Linguagem: Como vencer as muralhas da linguagem que
nos impedem de transmitir nossas idéias? Como falar para todos e não pra um
grupinho de iniciados?
3- Infográficos: Sua importância na
diagramação atual. Da antiga diagramação do século XX para a do século XXI.
Exemplos da infográficos na mídia empresarial e na nossa, sindical.
4- Pauta: Uma pauta que fale do micro e do macro. Como
passar do nosso umbigo para o mundo? Qual o equilíbrio entre o local e o geral?
Passos e serem dados.
As
oficinas são optativas. Quem quiser participar precisa se inscrever. Não há
nenhuma despesa adicional. Mas é preciso avisar para que se prepare a
infra-estrutura necessária. Elas serão realizadas na quinta, dia 30, pela
manhã, das 9h30 às 13h30, no local do Curso. O almoço, na quinta feira dia 30,
não está incluído no curso. Cada um se responsabiliza pelo seu. O curso geral terá
início às 14h.
ATENÇÃO: Os interessados deverão
comunicar sua inscrição nas oficinas através do e-mail npiratininga@uol.com.br.
Programação
cultural do 12° Curso terá visita a exposição fotográfica sobre Angola, no
Centro Cultural da Justiça Federal.
Está
acontecendo, no Rio, uma bela exposição fotográfica sobra Angola patrocinada
pelo Sindicato da Justiça Federal, no Centro Cultural da Justiça Federal. O NPC
programou, junto com os responsáveis, uma visita dos participantes do 12° Curso
que estiverem interessados em conhecer o assunto. Será uma visita guiada na
sexta-feira, dia 1º, às 19h, seguida por um debate com o jornalista Achille
Lollo que morou dez anos em Angola.
Local do curso e
hospedagem
Os
inscritos no 12º Curso Anual do NPC receberão em seus endereços eletrônicos o
mapa do local do curso e da hospedagem. Até já!
Curso de Comunicação Comunitária

Em
dezembro, termina o Curso de Comunicação Comunitária que o NPC realiza
anualmente para jovens que moram em comunidades e que querem atuar na
comunicação. No terceiro módulo, no último final de semana, os alunos
conversaram com o professor Beto Novaes, diretor, entre outros, dos filmes
“Califórnia à Brasileira”, “Meninas Mulheres”, “Conversa de Criança” e do mais
recente, juntamente com Aída Novaes, de “Expedito em Busca de Outros
Nortes”. A turma está produzindo um
documentário sobre suas próprias vidas, com recursos do Projeto Artes e
História para Contar e Mostrar, que tem o patrocínio da Eletrobrás. O Curso de
Comunicação Comunitária do NPC é realizado com o apoio do Sindipetro-Rio de
Janeiro e do Ceris. Beto Novaes estará no 12º Curso Anual do NPC.
A Comunicação que queremos
Tiragem de jornais diminui no mundo e no Brasil, mas comunicação eletrônica cresce em importância a cada dia Claudia Santiago - Nas vésperas do 2° turno,
circulou pela Internet um texto do jornalista Paulo Henrique Amorim que
mostrava a importância crescente da informação eletrônica para uma campanha
eleitoral e para qualquer difusão de idéias. E dizia, sem meias palavras, que a
esquerda usa muito mal esta ferramenta. Duas frases finais do artigo sintetizam
seu pensamento e podem ser uma enorme lição para sindicatos, movimentos e
partidos de esquerda:
Frase
1: “Os sites de informação do Governo ou de instituições ligadas ao Governo, na
Internet, são de ima inépcia petista”. Realmente esta afirmação seria ofensiva
se cada um de nós não achasse que ele tem razão.
Frase
2: “De uma maneira geral, os governos, os partidos (com exceção de César Maia e
Zé Dirceu) não sabem usar a Internet”. Não é segredo para ninguém que a maioria
dos sindicatos usa muito pouco e muito mal este instrumento de “guerrilha
informacional” que é a Internet. Amorim, frente ao fato que ele analisa, do
alinhamento de toda a imprensa contra a reeleição do presidente Lula, receita
que a única tábua de salvação é o uso da Internet.
No
Globo de domingo dia 5, um artigo do colunista Merval Pereira confirma,
partindo de outras análises, a lição acima. Sob o título de “Campanha digital”
ele escreve: “A campanha eleitoral e este período de pós–campanha (...)
revelaram a importância do uso da Internet como instrumento de mobilização e de
discussão”. O artigo é rico em dados que provam a importância deste instrumento
de guerrilha da comunicação. Só para ter uma idéia, há no mundo 4,8 milhões de
usuários cadastrados do Orkut. Os brasileiros representam 66,49% dos usuários
mundiais do Orkut. Outro dado: Nos EUA, há 57 milhões de pessoas que navegam na
Internet. No Brasil, há 30 milhões e destes, 25% vasculham blogs todo dia. Vale
a pena pensar no assunto e agir.
De Olho Na Mídia
A mãe da Veja adota filha pobre de R$ 1,99 ou ... A Editora Abril lança revista popular
Vito Giannotti – Deu dia 13.11, no
Estadão: “A Editora Abril lança, no próximo dia 23, uma revista semanal feita
pelos leitores”. Esta se chamará “Sou + Eu”, terá 350 mil exemplares semanais e
será vendida a R$ 1,99. É uma tentativa da editora de ampliar sua presença nas
classes de poder aquisitivo mais baixo. A partir desta notícia poderemos fazer
177 considerações. Neste dias, poderemos acompanhá-las fartamente em debates e
pela Internet. Vamos ver algumas dessas que serão feitas a partir desta nova
revista da Abril.
- A burguesia sempre
cria novos meios para disputar a hegemonia com as classes populares. A
Abril tem dezenas de revistas, fora o panfletão da direita chamado de Veja. Todas estas, porém, não lhes
eram suficientes. Faltava mais uma que acaba de ser criada.
- Uma análise que
decorre do ponto acima: Por que a maioria dos sindicatos se satisfaz com
um chamado jornal que sai a cada mês? Ou a cada dois meses? Não seria o
caso de parar o refluxo que teve início no começo dos anos 90 e volta a
ter publicações no mínimo semanais?
- Só para relembrar. Em
1990, seis sindicatos chegaram a ter jornais diários: Metalúrgicos do ABC,
Bancários de São Paulo, Bancários do Rio de Janeiro, Bancários de
Brasília, Químicos de São Paulo e Bancários de Salvador? Hoje, desses,
sobram só dois: o jornal dos Bancários de Salvador e o dos Metalúrgicos de
São Bernardo. Por que aconteceu isso? Por não pensar em reverter este
rumo? Por que não imitar a Editora Abril?
- Quem disse que a era
dos jornais impressos acabou? A mãe da Veja
não acha. Tanto é que lança mais uma revista destinada a leitores com
baixa escolaridade. E nem as Organizações Globo acham que a leitura de
jornais acabou. Tanto é que neste ano, lançaram, no Rio, o jornal popular O Expresso, a R$ 0,50.
- Para fechar, que tal
pensar em fazer nascer um, dois ou três jornais de esquerda a serem
vendidos em bancas. Impossível? Quem disse?
Mídia trata com respeito à revolta dos “camisados” dos aeroportos e condena “baderna” dos “descamisados” de ônibus e trem. Mário Camargo - A operação padrão dos controladores do vôo é
muito justa. Trabalhar demais em condições precárias em uma função de alto
risco não faz bem para ninguém. Afinal, um erro pode representar a morte de
pessoas.A
greve revela ainda o descompasso entre o crescimento da aviação civil e a
infra-estrutura do setor.
(...)
Mas o episódio levanta questões importantes em relação à sociedade brasileira
que merecem reflexão sobre a cobertura da mídia e a ira dos “camisados”.
Primeiramente
é preciso reconhecer que os usuários do transporte aéreo não merecem ficar
horas e horas à espera de um avião. São cidadãos e estão pagando por um serviço.
É justo que reclamem, que busquem seus direitos.
(...)
Os “camisados” que podem pagar passagens aéreas mostraram neste episódio como
reagem quando estão numa situação que os desagrada.
Pistas
e aviões foram invadidos. Guichês depredados. Funcionários das empresas
maltratados e até violentados fisicamente. As matérias dos telejornais
mostraram o vocabulário (encoberto por um bip introduzido na edição das
matérias) dos “camisados” quando estão com raiva. Impublicável. (...)
A cobertura da mídia nos últimos dias foi um espetáculo à parte. Durante todos
os telejornais o espaço dado ao episódio foi imenso. Com entradas ao vivo e o
exagero de sempre. Não se ouviu dizer que os usuários eram baderneiros. Não se
ouviu dizer que utilizaram de violência e que depredaram os patrimônios público
e privado. Nenhuma reportagem reclamou da virulência. Exatamente ao contrário
de quando a mídia fala de qualquer greve ou manifestação de trabalhadores
sem-terra, sem-teto, sem-condução, sem-nada.
(Leia artigo de Mário Camargo em nossa página)
Secretário de Requião aponta erros na cobertura da Globo no Paraná
Benedito Pires Trindade,
secretário de Imprensa, lista erros factuais cometidos na cobertura da Globo
sobre o Porto de Paranaguá. Segundo ele, posição contrária ao caráter público
do porto não pode justificar distorções. Ali Kamel, editor-executivo de
jornalismo da emissora, disse à Carta Maior que está analisando o caso.
Por Marco Aurélio Weissheimer -
Carta Maior (10.11.2006)
O secretário de Imprensa do Governo do Paraná, Benedito Pires Trindade, enviou
quarta-feira (8) uma carta aos jornalistas Ali Kamel, Carlos Eduardo Schroder,
Willian Bonner, Elaine Camilo, Roberto Machado, Wilson Serra e Caio Barsotti,
todos da Rede Globo, apontando uma série de erros na cobertura da emissora
sobre o funcionamento do porto público de Paranaguá.
"Pela segunda vez, em menos de três meses, a Rede Globo erra sobre o Porto
de Paranaguá. No dia 5 de agosto a tal caravana de Pedro Bial esteve no Porto e
viu uma fila diante do terminal da Cargill, privado, e atribuiu-a à ineficiência
do porto público. Chegou a afirmar que nos terminais arrendados à iniciativa
privada a coisa ainda anda. Pior ainda, sem nenhuma sustentação
em fatos, apenas no ouviu dizer, disse que os caminhões podem amargar até 24 horas
na fila", escreve o secretário, que relaciona outros episódios da cobertura
da Globo que seria marcada pela desinformação.
"No dia 7 de novembro, de novo no Jornal Nacional", acrescenta,
"mais um amontoado de desinformações".
"Usando imagens de arquivo, a Globo volta a ver filas no Porto de
Paranaguá. Chega a afirmar que as tais filas estendem-se por 90 quilômetros,
atingindo Curitiba". A
Secretaria
de Imprensa do governo do PR entrou em contato com a afiliada da Globo no Estado
e foi informada que a matéria não havia sido produzida no Paraná e que o
jornalismo local da emissora não tinha participado da produção da mesma.
"Donde se deduz que tudo foi feito com imagens de arquivo e dados também
há tanto tempo arquivados, em desuso, superados pelos fatos", assinala
Benedito Pires. Na carta, ele observa que, após um processo de reorganização
feito pelo governo do Estado, o Porto de Paranaguá não tem mais filas. "A
nova logística exige que os caminhões que cheguem ao Porto estejam com as suas
cargas negociadas e prontas para serem descarregadas nos terminais e embarcadas
nos navios", explica aos jornalistas.
(Leia o artigo completo em nossa página)
5% dos 1.059 deputados estaduais eleitos declararam ao TER ter rádio ou TV
Por Alceu Luís Castilho e
Flávio Amaral - Agência
Repórter Social - Levantamento da Agência Repórter Social a partir de
declarações de bens registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram
que 53 deputados estaduais eleitos no dia 1º de outubro afirmaram ter concessão
de rádio ou televisão. Eles se
somam, assim, aos 27 senadores e 53 deputados federais que possuem algum tipo
de controle de rádio ou TV.
Entre
os 1.059 deputados estaduais eleitos, portanto, 5% declararam ter outorga de
rádio ou televisão. O índice é menor que o observado entre os deputados federais,
de 8,8%, conforme levantamento anterior da Agência. Entre os 513 eleitos para a
Câmara, somente 45 declararam esse tipo de bem aos Tribunais Regionais
Eleitorais (TREs).
Outros
oito parlamentares aparecem na lista feita em 2005 pelo professor Venício de
Lima, da Universidade de Brasília, elaborada a partir de dados do Ministério
das Comunicações. Daí o total de 53 deputados federais.
Proporção por regiões
O
Nordeste segue sendo a região com mais parlamentares com algum tipo de concessão.
São 26 deputados estaduais nordestinos, entre os 53 no País, ou 49,1% do total.
Entre os federais, a proporção da banca nordestina da comunicação é de 52,8%.
Em
seguida, entre os estaduais eleitos, vem o Sudeste, com 15 parlamentares (28,3%
do total). É a mesma proporção observada entre os federais eleitos: são 15
capixabas, mineiros, paulistas e fluminenses em um total de 53 concessionário eleitos
para a Câmara.
Na
região Sul foram eleitos oito deputados estaduais com concessão de rádio, ou
15,1% do total. Entre os deputados federais a proporção foi menor, de 9,4%, com
apenas cinco parlamentares.
O
Centro-Oeste aparece entre os deputados estaduais eleitos com quatro
concessionários de
rádio e TV (7,5% do total), bem mais que entre os deputados federais, com
somente um parlamentar (1,8%) detentor de rádio.
A
região Norte não tem nenhum deputado estadual nessa lista. Entre os deputados federais
são quatro parlamentares, ou 7,5% do total.
Critérios
O
critério observado pela Agência Repórter Social para a lista dos deputados estaduais
eleitos com rádio e TV foi unicamente a declaração aos TREs, conforme consta no
site do Tribunal Superior Eleitoral.
O
número pode ser maior, pois a declaração de bens de alguns deputados (menos de
5% do total), particularmente do Piauí, aparece incompleta no TSE.
No
caso específico do deputado Lélis Trajano (PSC), eleito para a Assembléia paulista,
ele não foi incluído por ter declarado ao TRE a posse apenas de "quotas"
de alguma empresa, sem especificar qual. Em seu site ele aparece como
"diretor da Rádio Musical FM de São Paulo".
A
nomenclatura "deputados estaduais" foi aqui repetida sem ressalvas
por conta da inexistência, na lista, de algum deputado distrital com rádio ou TV
declarada.
(Leia o artigo completo em nossa página)
De Olho Na Vida
Jornalista ligado a movimentos sociais brasileiros é assassinado no México
CMI- Na
sexta-feira, dia 27 de outubro, o jornalista e voluntário do Centro de Mídia
Independente Brad Will foi assassinado por forças paramilitares na cidade de
Oaxaca, no México. Em protesto, defensores de uma imprensa livre e independente
se reuniram em uma manifestação no consulado geral do México em São Paulo, no
último dia 31. Brad
era um jornalista americano, colaborador da imprensa independente no Brasil e
na América Latina e aliado dos movimentos populares. No Brasil, sua colaboração
foi decisiva para a
denúncia do massacre contra os sem-teto da ocupação Sonho Real em Goiânia. As
imagens que registrou da ocupação e do ataque sofrido pelas forças policiais do
estado de Goiás chamaram a atenção do mundo para a situação dos sem-teto.
Brad também cobriu os mais importantes processos sociais do continente nos
últimos anos, com vídeos e matérias sobre a rebelião dos Aymara na Bolívia, as
assembléias e piquetes na Argentina e a "Outra Campanha" no México.
Mas foi seu último trabalho que o levou à morte.
Brad estava cobrindo o processo de resistência e repressão à Assembléia Popular
dos Povos de Oaxaca (APPO), uma coalizão de grupos e movimentos sociais formada
após a greve dos professores naquela histórica cidade mexicana. A APPO pede a
renúncia do governador do estado de Oaxaca Ulises Ruiz Ortiz, acusado de
corrupção e fraude eleitoral e defende a substituição do governo do estado por
assembléias populares.
O fotógrafo de Fidel Terra Magazine
– (8.11.2006).
Fidel quer que o olhar do menino Raysel Sosa repouse sobre a ilha. Para isso, o
governante cubano lhe deu de presente uma máquina fotográfica Nikon. Poucos
dias antes, a empresa japonesa fabricante da máquina tentou impedir que o
registro fotográfico de Rayel fosse feito pelas lentes orientais.
Rayel
foi ganhador da América Latina e Caribe no 15º Concurso Internacional Infantil
das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, evento que contou com apoio da Nikon.
O menino de 13 anos deixou a ilha - privilégio para poucos cubanos - juntamente
com seu professor Jorge González, e foi para a Argélia para ser premiado, com
todas as despesas pagas pelo governo de Cuba.
Subiu
no palco juntamente com mais três garotos, dos EUA, África e Europa. Todos ganharam
camiseta e estojo com materiais de desenho. A Nikon também quis premiar os
jovens talentos com uma câmera fotográfica de grande qualidade. Não hesitou em
dar o presente para todos os premiados, exceto Rayel.
A
justificativa da empresa é de que suas câmeras contém componentes
norte-americanos. Dar a câmera para Rayel significaria romper o bloqueio
econômico dos EUA à ilha. Para não furar o embargo, que tem quase o triplo da
idade do menino, mais que 45 anos, a Nikon deixou Rayel de mãos abanando na frente
dos seus colegas de outros países.
A
história pegou mal para a Nikon. O governo cubano considera que o menino foi
humilhado por conta de uma herança de ódio que recai sobre seus ombros e que
ele ainda mal pode compreender. Fidel Castro mandou o vice-ministro da saúde ir
à escola onde Rayel cursa a sétima série, na cidade de La Lisa, entregar o
presente. O garoto já tirou várias fotos da natureza da ilha.
SEM-TETO
Por Bruno
Zornitta
Será justo deixar Prédios públicos abandonados Enquanto sem-teto são maltratados Sem ter onde morar?
Anos a fio, improdutivos Sem cumprir a função social Chega a ser algo imoral Tamanho descaso com seres vivos
E quando, por meio da ação direta Ocupam-nos, na moral Sofrem com violência policial E com a justiça indiscreta
São jovens, crianças, idosos E não marginais Como se crê, pelos jornais Que os pintam de criminosos
NPC Informa
Latuff fica em segundo lugar em concurso de charges no Irã

Latuff
ficou em segundo lugar no concurso iraniano de charges sobre o Holocausto,
promovido pelo jornal Hamshari em parceria com a Casa da Caricatura do Irã. “O
desenho mostra um palestino em um uniforme parecido com os usados no campo de
concentração de Auschwitz, se lamentando em frente ao muro construído para
separar parte de Israel de territórios palestinos. O primeiro lugar ficou com o
marroquino Abdullah Derkaoui”, informa o site Comunique-se.
UERJ resgata memória da imprensa carioca
A Universidade
estadual do Rio de janeiro está disponibilizando na Internet, uma série de
entrevistas sobre a história da imprensa carioca de um amplo trabalho de
pesquisa realizado por profissionais e alunos de Comunicação e de História em
acervos públicos e particulares.
O
entrevistados são os jornalistas Alberto Dines, Hélio Fernandes, Villas-Boas
Corrêa, Newton Carlos, Luiz Mendes e do cartunista Nani. As entrevistas serão transcritas para um livro
que contará ainda com os depoimentos de Beatriz Bissio e do fotógrafo Evandro
Teixeira. O material está disponível para consulta no site Memória da Imprensa
Carioca: http://www2.uerj.br/~cte/memoria_da_imprensa.htm.
Carlos Pronzato lança, na Bahia, Do Che ao Evo/ Del Che al Evo No
dia 7 de novembro de 2006, data que
marca os 40 anos da chegada do guerrilheiro argentino/cubano Ernesto Che
Guevara à região selvática da Bolívia, o revolucionário cineasta argentino/brasileiro
lançou, em Salvador, o livro de crônicas DO CHE AO EVO. Estamos providenciando
para que o livro esteja à venda no 12º Curso do NPC.
Pérolas da edição
Cidade e Comunicação
"Sou africano na luta contra o anjo-colonizador imoral e
amoral, não tolero opressão, tortura, prisão, pois não há defesa para o
indefensável.
Caveirão elitista da maldade, abrindo fogo contra o povo;
intolerante “tanque” do preconceito, indiferença, cinismo e egoísmo.
Tombam corpos de meninos mortos, outrora felizes, pelos guetos nos
quais negros foram confinados.
Quem é humano e quem é sub-humano? Quem enriquece e quem
empobrece? O Tigre encontra no leão enjaulado (Nelson Mandella) a inspiração
maior, para fazer de um mundo em preto e branco, um universo colorido."
(Trecho
de samba-enredo da Escola de Samba Porto da Pedra)
“Qualquer movimento de organizações que busquem a democratização
da comunicação é expurgada pelos donos de veículos, que levantam a bandeira da
liberdade de imprensa, mas na verdade querem preservar a liberdade dos seus
negócios. Iinformação é produto, mercadoria e rende dinheiro”.
(Carlos
Dornelles, em debate em Porto Alegre, em 06.11.2006)
Novos artigos em nossa página
A inversão dos sentidos no jornalismo brasileiro
Bernardo Kucinski - O programa do governo Lula
para a comunicação, bem abrangente e detalhado, nunca foi publicado na íntegra
pela grande imprensa. Usaram alguns pedaços de frases, tirando-os do seu
contexto, eliminaram detalhes significativos, inventaram expressões que não
existem. Com que propósito? (03.11.2006)
População critica cobertura; Globo faz abaixo-assinado pra se defender
Bia Barbosa - Carta Maior. Protestos
contra atuação da mídia nas eleições saíram das críticas na internet e chegaram
às ruas, como nas manifestações durante a festa da reeleição de Lula (foto).
Para defender sua cobertura, chefia da Globo colocou abaixo-assinado "à
disposição" dos jornalistas. (01.11.2006)
O Globo contra a democratização da mídia
Por Marcelo
Salles – Fazendo
Media -Nesta terça-feira, dia 7 de novembro, O Globo volta à carga
contra a democratização dos meios de comunicação. Na página 7, o colunista Luiz
Garcia, em artigo intitulado "Desdemocratização", se mostra
incomodado com o projeto do deputado federal Walter Pinheiro (PT-BA), que prevê
"maior participação de movimentos sociais no controle do setor" e
"incentivos legais e econômicos para a criação de jornais e revistas
independentes". 08.11.2006
O vôo da ira Mário Camargo - A operação padrão
dos controladores do vôo é muito justa. Trabalhar demais, em condições
precárias em uma função de alto risco não faz bem para ninguém. Afinal, um erro
pode representar a morte de pessoas. (7.11.2006)
Jornalista debate papel da ONG Repórteres Sem Fronteiras Altamiro Borges - Como que
preparando o terreno para uma nova intervenção militar do terrorista-mor George
W. Bush, a organização “não-governamental” (ONG) Repórteres Sem Fronteira
divulgou nesta semana mais um dos seus controvertidos relatórios. O documento
aponta a Coréia do Norte, por coincidência o alvo principal das provocações dos
EUA na atualidade, como o “país que está em último lugar no ranking mundial da
liberdade de imprensa”. De imediato, líderes do Partido Republicano,
desesperados com as pesquisas que apontam a derrota dos seguidores de Bush nas
eleições legislativas de novembro, usaram o relatório para justificar duras
sanções contra o governo de Pyongyang e até uma “intervenção militar cirúrgica
no país." (Novembro/2006
Pará: terra das mortes sem fim
Rogério
Almeida -
A formação de consórcio de fazendeiros para a execução de seus adversários, é
uma das teses defendidas pelo conjunto de entidades ligado a defesa da reforma
agrária no Pará. Parece que tal tese se estende para além das execuções. A
perspectiva pesa sobre os casos da
execução da família Canuto, no município de Rio Maria, da missionária Dorothy Stang, em Anapu e do
sindicalista José Dutra da Costa, conhecido com Dezinho, Rondon do Pará.
(...)
Terra encharcada de sangue
Ao longo dos anos o sul e sudeste do Pará ficaram imortalizadas como onde mais
de mata gente empenhada na luta pela reforma agrária no país. Os derradeiros
tem-se registrado o deslocamento para o oeste do estado. Numa região abundante
em terras e recursos naturais, a Terra do Meio. Lá foram mortos Dema, Brasília,
Irmã Dorothy, sem falar numa chacina em 2003.
Nu último sábado a lista ganhou mais um caso. Trata-se do vereador Gerson
Cristo (PT), 40 anos, que denunciava havia anos a grilagem de terras, a
devastação da floresta amazônica e a exploração ilegal de madeira, foi
assassinado com três tiros na cabeça, no sábado, por dois pistoleiros
que estavam de motocicleta, em São Félix do Xingu, no sul do Pará. (13.11.2006)
Expediente
Boletim do NPC
Rua Alcindo Guanabara, 17, sala 912 - CEP 20031-130 www.piratininga.org.br / npiratininga@uol.com.br Coordenador: Vito Giannotti Edição: Claudia
Santiago (MTB.14.915) Colaboraram
nesta edição: Bia Barbosa (SP), Bruno Zornitta (RJ), Cristina Braga (RJ), Guilherme
Marques Soninho (RJ), Luisa Souto (RJ), Marcus Vinícius (RJ), Mario Camargo
(RJ), Nádia Gebara (SP), Reginaldo Moraes (SP), Sérgio Domingues (RJ) e Rogério
Almeida (PA). Web-designer: Gustavo Barreto e Cris Fernandes.
Se você não quiser receber o Boletim
do NPC, por favor, responda esta mensagem escrevendo REMOVA.
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