http://www.piratininga.org.br
Boletim do
NPC —
Nº 94
— De 1 a 15/10/2006
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
Notícias do NPC
Curso Anual do NPC – Há 12 anos disputando a hegemonia
Está chegando o 12º Curso Anual do Núcleo Piratininga de Comunicação. De 30 de novembro a 3 de dezembro, no Auditório da Funarte, no Rio de Janeiro, "A fusão da Mídia com o Estado e os limites da indústria de manipulação das consciências" estará em debate. Mesmo com um local maior, o número de vagas é limitado. Portanto, não espere mais para garantir a sua. As inscrições serão encerradas quando todas as vagas forem preenchidas. Nestes 12 anos, muitos dirigentes e jornalistas sindicais passaram pelos cursos do NPC. E após cada encontro, fica sempre uma certeza, o Curso Anual é um dos principais espaços de debate da comunicação sindical para a disputa da hegemonia no nosso país. Venício Lima, Hamilton de Souza, Dênis de Moraes, José Arbex Jr., Laurindo Leal, Ademar Bogo, Altamiro Borges, Kjeld Jakobsen, Virgínia Fontes, Ricardo Kotscho, Vereadora Soninha, Beto Almeida, João Pedro Stédile. Estes são alguns dos palestrantes já confirmados. Eles vão falar de política internacional, nacional, de cultura dos trabalhadores, de arte, de música e de cinema. Além de apresentar experiências concretas, desde o MST aos movimentos culturais de comunidades urbanas. Ou seja, o 12º Curso Anual do NPC está imperdível. Informações em www.piratininga.org.br
NPC promove mostra de vídeos populares
Evento gratuito é dedicado a estudantes e professores das redes pública e privada, em parceria com o circuito Estação e o Paço Imperial No mês em que se comemora o Dia do Mestre, o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), em parceria com o Circuito Estação e o Museu do Paço Imperial, promove gratuitamente, entre os dias 21 e 28 de outubro, a mostra de vídeos populares O Uso de Vídeos na Sala de Aula. Destinada a professores e alunos da rede pública e privada, a mostra tem por objetivo estimular o uso de vídeos como ferramenta pedagógica, despertando o interesse das crianças e adolescentes para as questões sociais, a história e a cultura brasileiras. Temas como racismo, luta pela terra, trabalho infantil, folclore, meio ambiente, história, política, conjuntura nacional e realidade brasileira serão levados a estudantes e professores do ensino fundamental e médio, através da intermediação dos sindicatos dos professores e profissionais de educação das redes pública e privada. Além de assistirem aos vídeos, alunos e professores terão também a oportunidade de fazer uma visita guiada ao Museu do Paço Imperial e participar de debates ao final de cada sessão. Programação - A programação foi assim organizada: dia 21, sábado, entre 9 e 13 h, o cinema estará aberto aos professores selecionados pelo SINPRO (Sindicato dos Professores da Rede Particular de Ensino). No sábado seguinte, 28, será a vez dos professores selecionados pelo SEPE (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação). Nos dias úteis, entre 23 e 27, o Estação Paço vai acolher estudantes do ensino fundamental e médio, de acordo com agenda organizada pelo NPC e os próprios sindicatos. Cidadãos críticos - Embora resultem do esforço de entidades do próprio movimento popular ou de instituições muito próximas dele, a maioria dos vídeos constantes da mostra é desconhecida dos movimentos sociais e, com raras exceções, esses vídeos nunca foram exibidos em circuito comercial. Por esta razão, o NPC, organização voltada para a pesquisa e divulgação da comunicação alternativa e popular, vem se empenhando em difundi-los, já que seu conteúdo oferece uma grande contribuição para a construção de cidadãos críticos. Além da mostra, o NPC está preparando também a publicação de um catálogo com cerca de 300 títulos de vídeos populares. É intenção da entidade, também, estimular a criação de videotecas, a partir de núcleos formados com a participação de sindicatos, associações comunitárias ou outras instituições. O projeto “Artes e histórias para contar e mostrar” está sendo desenvolvido com o patrocínio da Eletrobrás, através da Lei Rouanet.
Curso de Comunicação Comunitária
Será nos dias 21 e 22 de outubro, o segundo módulo do Curso de Comunicação Comunitária que o NPC realiza com o apoio do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro. As aulas serão ministradas por Claudia Santiago, Mário Camargo, Renata Souza e Stela Guedes. O NPC avisa aos participantes que não enviaram os exercícios propostos no prazo determinado que ainda poderão fazê-lo até o dia 18 de outubro impreterivelmente para o endereço santiagoclaudia@terra.com.br. Quaisquer dúvidas sobre o segundo módulo deverão ser esclarecida por Augusto no NPC. Atenção. Não serão aceitas novas inscrições. Só poderão participar desta etapa os que compareceram a anterior.
A Comunicação que queremos
1ª Mostra CineTrabalho incentiva filmes e vídeos que tratam do mundo do trabalho
O Núcleo Piratininga está apoiando a 1ª Mostra CineTrabalho da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". O projeto acontece de 20 a 23 de novembro de 2006, no campus Marília - Anfiteatro I. A coordenação é do professor Giovanni Alves que será um dos palestrantes do 12º Curso de Comunicação do NPC. As inscrições podem ser feitas até o dia 27, na página www.telacritica.org. O Boletim do NPC entrevistou Giovanni para conhecer maiores detalhes da Mostra. Kátia Marko - Quais os objetivos da Mostra? Giovanni Alves - O objetivo da Mostra CineTrabalho é, primeiro, estimular (e incentivar) sua produção - filmes e vídeos que tratam do mundo do trabalho. Hoje é muito fácil produzir vídeos e filmes - basta ver o fenômeno do You Tube ou do Google Vídeo na Internet. Não basta ter uma filmadora na mão. É preciso ter uma idéia na cabeça. O que queremos dizer é que é importante expor o mundo do trabalho. Deste modo, o CineTrabalho possui um sentido político: dar visibilidade, através do filme e do vídeo, às condições de vida e de trabalho de homens e mulheres da sociedade do capital. A idéia-chave é dar visibilidade ao mundo do trabalho, lutar contra a invisibilidade dos explorados em suas múltiplas dimensões de vida e trabalho. Kátia Marko - Como e quem pode participar? Giovanni Alves - Todos podem participar, enviando seus vídeos ou filmes de curta, média ou longa-duração, ficcional ou documentário, que tratem de algum modo, do mundo do trabalho em seus múltiplos aspectos. O importante é participar e dar a sua mensagem midiática. Estamos apenas começando. Todo começo é difícil. Tentaremos buscar apoio para dissiminar esta idéia. Kátia Marko - Como você vê a utilização do cinema na organização dos trabalhadores? Giovanni Alves - O cinema ou o vídeo é um recurso midiático da mais alta relevância na prática política de construção da consciência de classe. Não apenas a formação política ou sindical propriamente dita. Mas a formação humana. Isto é, através da arte podemos nos redimir da barbárie social, cultivando outra sensibilidade. Mais do que nunca, a emancipação social do século XXI é uma emancipação estética e não apenas política no sentido estrito. Vivemos numa sociedade midiática e devemos utilizar recursos midiáticos na prática pedagógica de formação humana, política e sindical. Mais do que nunca se exige capacidade de inovação nesta área de educação popular, política e sindical. A burguesia faz isto diariamente. É claro que a utilização do filme de cinema ou vídeo exige uma reflexão metodológica. Não basta exibir e pronto. É preciso elaborar uma metodologia - é isto o que o Tela Crítica se propõe a fazer. (Leia a entrevista completa em nossa página, na seção: entrevista)
Exposição Fotográfica e Lançamento do Livro Angola – A Esperança de um Povo
Finalmente chega ao Rio de Janeiro a Exposição Angola – A Esperança de um Povo, de grande sucesso em suas temporadas em São Paulo, Salvador e Brasília. Devido ao grande vínculo cultural entre África e Rio de Janeiro, os fotógrafos não podiam deixar de levar esta importante mostra fotográfica à capital carioca, cidade com a maior colônia de cidadãos de origem angolana no País. A Exposição e Livro Angola – A Esperança de um Povo são fruto do trabalho dos fotógrafos documentaristas Vinicius Souza e Maria Eugênia Sá que percorreram diversas cidades do país africano logo após o acordo de paz que deu fim à guerra civil. Os fotógrafos chegaram a várias regiões de difícil acesso, visitando campos de deslocados, hospitais, campos minados e escolas na capital e no interior. O resultado desta documentação fotográfica é revelado nas 60 fotos em preto e branco e coloridas presentes na exposição e 48 no livro. São imagens de esperança, alegria e fé num futuro de paz que finalmente aparecem refletidas nos olhos de cada pessoa comum nas ruas das grandes cidades, em distribuições de alimento, nos cuidados médicos recebidos e no reencontro com familiares. A exposição fica em cartaz até o dia 26 de novembro no Centro Cultural Justiça Federal, Av. Rio Branco, 241, Centro, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro. Informações: (11) 5093-2855 / 9631-0666 ou vgpsouza@uol.com.br / mge_sa@yahoo.com.br.
Revista Pobres & Nojentas chega ao seu terceiro número
Saiu o terceiro número da revista Pobres & Nojentas, publicação alternativa de jornalismo interpretativo lançada em Florianópolis. Nas suas páginas, histórias dos povos originários do Chile, de garotos franciscanos, de crianças, de comunidade em festa, de mulheres de luta, de trabalhadores argentinos, poesia... Um jornalismo engajado, com um texto simples, o projeto se propõe - com ironia, mas também com seriedade - se contrapor à superficialidade do chamado "jornalismo de gente", um tipo de publicação que tem se pautado na divulgação de informações sobre a vida dos ricos e famosos. A publicação faz parte da Companhia dos Loucos, editora alternativa e marginal, criada em 2003 pelos jornalistas Elaine Tavares, Raquel Moysés e Paulo Zembruski. Para fazer sua assinatura, é só escrever para eteia@gmx.net .
De Olho Na Mídia
Há poucos dias do segundo turno, olho aberto com a mídia
Por Claudia Santiago. “Gato escaldado tem medo de água fria”, diz a minha avó. E quem viu a edição que o Jornal Nacional fez do debate Lula X Collor, em 1989; quem acompanha diariamente a cobertura que os jornais fazem dos conflitos envolvendo os camelôs e a Guarda Municipal; quem estudou a cobertura tendenciosa ou a falta de cobertura que os principais veículos de comunicação do país deram às edições do Fórum Social Mundial. Ou ainda quem já era grandinho, em 1982, e foi testemunha da participação da Rede Globo na tentativa frustrada de fraude para impedir a eleição de Leonel Brizola, no Rio de Janeiro. Continuando a lista. Quem viu a omissão da mesma Rede Globo de cobrir qualquer evento relacionada às Diretas Já, até as vésperas da votação. O ponto alto foi a decisão da emissora de noticiar um comício pela aprovação de emenda como se fosse uma comemoração pelos 300 anos da cidade de São Paulo. Quem se indignou com as capas de uma determinada revista semanal contra o MST e contra a esquerda. Quem está acostumado a ver a manipulação na forma como são tratados os moradores de rua ou jovens ambulantes, como os jovens engraxates do Galeão, é como gato escaldado. Tem medo da mídia. Não podemos esperar isenção e imparcialidade. Os donos de jornais têm interesses políticos e econômicos. E é isso que determina a cobertura. Como entendemos que as pessoas têm o direito de serem informadas corretamente, nós, movimento social, devemos: 1. Denunciar qualquer tentativa de manipulação. Para isso podemos nos valer da imprensa alternativa, sindical e popular, Internet e telefone celular. Os partidários de Hugo Chavez usaram o celular para se mobilizar contra o golpe midiático que pretendia depor o presidente. A candidata do PCdoB do Rio de Janeiro foi atacada na véspera da eleição por mensagens transmitidas por telefone celular. 2. Produzir material próprio _ folhetos, boletins, bambus – e dizer para a população qual é a nossa versão dos fatos.
Mídia “abafa” investigações contra PSDB!
Leia a seguir dois trechos do artigo de Bia Barbosa para a Agência Carta Maior, “Mídia “abafa” investigações contra PSDB”!. O texto completo está em nossa página. Credibilidade em jogo Por Bia Barbosa, em 29/9/2006 (...) Em seu site pessoal, o repórter da Globo Luiz Carlos Azenha avalia que o que acontece hoje é um "espetáculo de hidrofobia que, lamentavelmente, não se fez quando a Vale do Rio Doce foi privatizada ou quando surgiram denúncias de que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comprou votos no Congresso para garantir seu direito à reeleição". "Embora isso não justifique o banditismo de integrantes do governo Lula, está claro que sanguessugas, vampiros e mensaleiros começaram a agir no governo FHC. O que fez a Polícia Federal, então? E Aristides Junqueira (sic), o engavetador-geral da República?", questiona Azenha. O repórter diz que se sente à vontade para escrever sobre o atual governo porque investigou e denunciou alguns de seus integrantes. "Mas o trabalho de um jornalista deve ser guiado pela imparcialidade. A pior coisa que um repórter pode fazer é trombar com os fatos", afirma. Nos bastidores do jornalismo, não são poucas as histórias do poder de José Serra junto aos donos dos meios de comunicação. Certa vez, ele teria ligado diretamente para Boris Casoy e pedido a cabeça de um repórter que não havia feito a "pergunta combinada" a ele numa entrevista de rua. Também não são poucas as inclinações das chefias às políticas conservadoras. Na avaliação de Luís Nassif, em post publicado esta semana em seu blog, é evidente que há uma competição entre praticamente todos os grandes veículos da mídia para saber quem derruba Lula primeiro. "Está-se tentando repetir a história, quando o momento seria propício para o veículo que se colocasse acima das paixões, recuperasse a técnica jornalística e se comportasse como magistrado, duro, inflexível, porém justo, colocando a preocupação com o país acima das conveniências de momento", escreveu o jornalista. Para Nassif, a virulência do editorial de domingo (24) da Folha de S. Paulo adotou um estilo inspirado em Carlos Lacerda. Lacerdista ou não, é fato que há uma guerra declarada da mídia ao governo e uma onda - não necessariamente articulada, porque nem precisa ser - para poupar tucanos e fingir que nada se passa do lado oposto do muro. Pesquisas quantitativas e qualitativas - como as divulgadas pelo Observatório Brasileiro de Mídia - mostram como isso se reflete no tempo e no espaço de textos negativos ou positivos dados pela imprensa a cada um dos candidatos. Dentro das redações, os movimentos são sutis. Por enquanto, as pesquisas eleitorais mostram que, apesar da artilharia, o efeito surtido questiona a eficiência da estratégia. Resta saber se, depois das eleições, o caminho escolhido pela imprensa brasileira não afetará sua credibilidade e sua capacidade de continuar influenciando a opinião pública.
Dentro das redações
Por Bia Barbosa, em 29/9/2006 (...) As decisões acerca da cobertura da Folha de S. Paulo, que são apontadas, mas não explicadas, pela crítica interna da redação, não são exclusivas do jornal cujo presidente – Luis Frias – é amigo pessoal de José Serra. Em veículos do mesmo grupo, vale a regra do faz de conta: faz de conta que Abel Pereira – o empresário ligado ao PSDB que também estaria envolvido em negociações do dossiê – não existe.
“Como Abel [Pereira] não está preso, não está indiciado, então faz de conta que ele não existe. Mas ele também estava negociando o dossiê com Vedoin; havia um leilão de informações, independente do conteúdo ser verdadeiro ou falso. Era preciso investigar por que ele estava lá. Mas o que se faz é repercutir o que sai no jornal impresso do dia. Então, se a Folha não dá, aqui também não sai nada. Parece que, por alguma razão, as pessoas não conseguem entender que há um outro lado da história”, disse à Carta Maior um jornalista que trabalha numa empresa do Grupo Folha.
“Aqui não há uma pressão para que o Serra apareça bem, mas todo mundo sabe que a ordem de cima é pra poupá-lo. Se vier algo concreto contra ele, vamos dar. Mas se for uma situação nebulosa – como acontece com informações sobre outros políticos que acabam publicadas – não damos”, explica outro profissional que trabalha na empresa.
Em outro grande jornal de São Paulo, cuja linha editorial é claramente favorável aos tucanos, a cobertura da crise recente foi “como o de sempre”. “Ataquem os inimigos e finjam-se de mortos com os amigos”, relatou um repórter. “O foco da pauta desses dias foi todo no bando que comprou o dossiê, mas ninguém se preocupou em ir atrás do dossiê. A pauta do dia já vem pronta, na verdade: o repórter chega e já dizem pra ele pra onde ele vai correr. Aí ele vai pra rua, apura o que pediram pra apurar e acabou”, explica outro jornalista do mesmo jornal.
Segundo os repórteres de uma das revistas semanais de maior circulação, há uma clara diferença de comportamento entre o período "padrão" e os períodos de “crise”. As informações chegam, são apresentadas pela equipe de reportagem, mas não ganham continuidade na pauta.
“Não há uma ordem explícita. Há pequenos boicotes internos e você nunca sabe se isso é voluntário”, diz um jornalista do semanário. “Você até tenta furar o bloqueio. Apura, mostra, mas a pauta não anda. É inexplicável”, completa.
Na época da crise do mensalão, qualquer informação contra o governo era usada pela revista para confirmar a tese de autoritarismo e aparelhamento do Estado. Quando alguma coisa vazava “do outro lado” – por exemplo, quando surgiu a relação entre Marcos Valério e o tucano Eduardo Azeredo –, e não havia como sonegar a informação do leitor, “a matéria se transformava numa análise sociológica de como a política é suja no Brasil. Ou seja, uma matéria é a sujeira de um partido. A outra, é a sujeira da política no geral. Aí essas informações caem na vala comum”, explica um dos jornalistas do veículo.
Pelos relatos – e pelo fato de todos os jornalistas temerem falar abertamente sobre a cobertura política que seus veículos realizam –, fica nítido que há uma pressão clara dos donos dos meios de comunicação não apenas para que a cobertura siga determinada orientação, mas também para que não se discuta isso publicamente.
Exercícios de leitura preconceituosa
Por Venício A. de Lima, 28/9/2006 Um exemplo de como certos blogs são feitos é a nota sobre o livro Mídia: crise política e poder no Brasil que apareceu no blog de Paulo Moreira Leite, do O Estado de S.Paulo. De uma obra que tem prefácio escrito por Alberto Dines e sete capítulos, o jornalista selecionou apenas um dos capítulos para, a partir de uma leitura parcial e preconceituosa, desqualificar o livro e acusá-lo de contribuir para "criar um ambiente de impunidade em nome da luta ideológica contra a imprensa burguesa". Do único capítulo lido o jornalista omite a tese principal, que é o enquadramento da "presunção de culpa" dentro do qual a cobertura da crise política de 2005-2006 foi feita pela grande mídia; ignora que o conceito de "Escândalo Político Midiático", desenvolvido pelo professor da Universidade de Cambridge, J. B. Thompson, não significa que a mídia inventa os escândalos midiáticos, mas que ela é condição para que eles existam; e distorce um dos exemplos utilizados ao afirmar que "o autor acha que [o título de matéria de O Globo] deveria mencionar apenas o PSDB", enquanto o que se analisa é a violação da lógica temporal do fato no título da matéria. O jornalista blogueiro rotula ainda o livro – que não leu – de partidário, pois "sustenta ‘a linha justa’ da direção do partido [PT]", insinuando que o autor é um militante petista – o que simplesmente não corresponde à verdade. Note-se, ademais, que as expressões "imprensa burguesa" e "luta ideológica" não são utilizadas no livro uma vez sequer. Em resumo: a nota do blog faz exatamente o que acusa injustamente o livro de fazer: luta ideológica. Não é sem razão que certos jornalistas blogueiros carecem de qualquer credibilidade.
Mau tempo na imprensa carioca
Por Gustavo Barreto, 7/10/2006 Tão ou mais desesperadora que a situação das famílias que tiveram suas casas destruídas em decorrência de desabamentos no Rio de Janeiro é a atual situação de grande parte da imprensa que cobriu os acontecimentos, alguns com vítimas fatais. As cenas de pessoas que perderam tudo é uma constante há muitos anos, com histórias trágicas e destaque para grandes deslocamentos de terras e casas completamente destruídas. A dor das pessoas também é fortemente ressaltada neste tipo de reportagem. A grande questão aqui é que há anos se faz um jornalismo medíocre no que diz respeito às responsabilidades públicas e privadas, sem qualquer traço de preocupação com o interesse coletivo. As exceções apenas reforçam a regra. Os desabamentos ocorrem ano após ano por conta do descaso das administrações municipais, Estadual e Federal quanto à questão da habitação. Seja qual for o motivo principal – corrupção, incompetência, desentendimento político entre as esferas etc. –, este é um consenso que qualquer criança de 10 anos, com 30 minutos de pesquisa, consegue descobrir. O que impressiona neste caso, em particular – embora com “coincidências” de interpretação por toda a imprensa brasileira – é que este tipo de abordagem nem passa perto da mente dos editores dos jornais. Com isso, a Natureza passa a ser a “culpada”. O telejornal da Rede Globo RJTV, por exemplo, explora amplamente frases como “A chuva provocou estragos (...)” e “O mau tempo fez mais vítimas em (...)” (edição de 7/10/2006). A idéia de “fatalidade” vai de encontro às explicações mais desejáveis para os donos dos poderes locais e nacionais: os culpados pelos acontecimentos são, além da Natureza (no formato de chuva), os moradores que ocupam áreas que supostamente não deveriam ser ocupadas. Tenho, com isso, duas sugestões aos editores de jornais e telejornais brasileiros. A primeira: deixar a superficialidade e abordar o tema de forma a contribuir para a prevenção das futuras tragédias, que – como todo ano – não deixarão de acontecer. A segunda, caso a primeira não seja possível: gravar um material básico, com personagens chorando, casas destruídas e pistas interditadas, e repeti-lo todos os anos apenas com mudanças básicas como data e município. Isso pouparia o trabalho dos editores e profissionais envolvidos nas reportagens e seria mais honesto da parte de quem não está nem aí para a chuva de descaso público a que tais famílias estão submetidas – motivo mais plausível para as mortes e os desabamentos.
Imagens da Vida
Ocupação de Sem-Teto no Centro do Rio
Sobre Foto Jornalismo Social Foto e texto de Domingos Peixoto Que direito tenho eu de invadir sua casa, imortalizar sua dor, e nunca mais vê-lo? Que direito tenho eu de ficar longo tempo observando-o, e registrar o exato momento em que você rouba o que a sociedade nunca lhe ofereceu? Que direto tenho eu de ouvir seus gritos e sentir que naquele exato momento você acaba de perder um pedaço da sua alma, e ao mesmo tempo a palavra pai deixa de existir? Que direito tenho eu de fotografar a sua humilhação, ver seus olhos vermelhos, sentir o cheiro dos gás lacrimogêneo espalhado, e saber que o seu maior desejo é ter uma carteira assinada, um emprego digno? Que direito tenho eu de olhar para você, capturar sua alma, e perceber que sua vida não melhorou nada desde quando chegou com sua força de trabalho, para construir o meu país? Que direito tenho eu de ficar feliz quando acabo de saber que ganhei mais um prêmio de fotografia? O meu direto, a minha dor, a dor de um fotojornalistasocial nunca vai parar nas páginas de jornal. A dor fica com ele, entre negativos, CDs, discos rígidos - fica no seu olhar, fica na sua alma. Ele carrega para sempre nas suas mais íntimas células de seu corpo. O fotojornalistasocial vai além de seu salário, vai além da pauta do dia-a-dia, vai além, vai sempre além, tentando mostrar o que as pessoas já estão cansadas de olhar e não querem enxergar. O prazer do fotojornalistasocial é dar voz, é questionar, é mostrar, é despertar, é acordar o sentimento de humanidade que existe dentro de cada um de nós. E saber que através de seus olhos outros olhos enxergaram outras formas de ver a sociedade.
Democratização da Comunicação
IV Semana Nacional pela Democratização da Comunicação
De 16 a 25 de outubro acontece a IV Semana Nacional pela Democratização da Comunicação. Organizada pela Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação (Enecos), o objetivo é pautar a discussão da democratização da comunicação em diversos níveis. Tanto, como forma de transmissão de informação sobre o tema para aqueles que não têm contato ainda. Como para a formação política de pessoas já conscientes da necessidade de mudança na estrutura dos meios de comunicação no Brasil.
XIII Plenária do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação
Por Kátia Marko.O Conselho de Comunicação Social, órgão auxiliar do Congresso Nacional, está finalizando sua segunda gestão e preparando-se para as eleições no final do ano. Marcado por polêmicas, o órgão auxiliar do Congresso Nacional será tema de debate no encontro nacional do FNDC, que acontece em Florianópolis (SC) de 20 a 22 de outubro. Foram mais de 12 anos de batalha pela implantação do Conselho e logo em sua primeira gestão ele mostrou-se necessário, trabalhando de forma altamente produtiva e dando visibilidade a questões como TV digital, TV a cabo e a fusão Sky/DirecTV. Porém, o segundo mandato do órgão auxiliar do Congresso Nacional para assuntos de comunicação foi marcado por polêmicas desde o início, já que o empresariado ocupou grande parte das cinco vagas destinadas a representantes da sociedade civil. As mudanças regimentais engessaram o conselho. “A abertura de diálogos foi imobilizada já que tudo era levado à votação e como o empresariado tinha grande maioria e os projetos contrariavam os seus interesses, acabava sendo vetado”, afirma.
NPC Informa
Leia livros da Expressão Popular, faça a resenha e ganhe um livro
Se você já leu algum da Editora Expressão Popular e gostou, escreva uma resenha e envie para o programa Leia Livro pelo site www.leialivro.com.br, com cópia para divulgação@expressãopopular.com.br. As melhores indicações de leitura publicadas pelo Leia Livro se tornam boletins transmitidos diariamente por nove rádios em todo o país. Se sua resenha render um boletim valerá um livro novo que você escolhe no Leia Livro e recebe pelo Correio. Você poderá escolher qualquer livro que tenha sido doado ao programa pelas mais de 30 editoras participantes. Participe!
“Mostra de Cinema Árabe no MIS” em São Paulo, de 10 a 18 de outubro
O Instituto da Cultura Árabe (Icarabe) e o Museu da Imagem e do Som (MIS) promovem, de 10 a 18 de outubro, mostra de longas-metragens que conquistaram o Grande Prêmio do Júri nas Bienais de Cinema Árabe do Institute du Monde Arab (IMA), de Paris. Realizadas desde 1992, as bienais premiaram, em suas sete edições anteriores, produções provenientes do Egito, Líbano, Marrocos, Argélia, Tunísia e Mauritânia. Muitos desses filmes são inéditos em nosso circuito comercial de cinema, como “Beirute Ocidental”, de Ziad Doueiri, e outros já consagrados, como “Tempo de Espera”, de Moufida Tlatli. O Museu da Imagem e do Som fica na Avenida Europa, 158.
A Rádio Comunitária, em Porto Alegre, entra no ar para transmitir e resistir
Entrou no ar dia 25 de setembro a rádio comunitária do bairro Glória, em Porto Alegre, na freqüência 105.7 FM. A rádio foi instalada no prédio de uma escola estadual. Os equipamentos foram adquiridos em 2002 através de uma demanda aprovada no Orçamento Participativo da Juventude, no qual os estudantes da escola participaram. A rádio só entrou no ar devido à mobilização dos estudantes, ex-estudantes, pais e da motivação da diretora da escola. Segundo Eduardo Cauê, coordenador do Centro de Comunicação e Cultura, a rádio será inaugurada no dia 11 de novembro. Neste dia, será apresentada a proposta do Centro de Comunicação e das oficinas de formação que serão desenvolvidas. Cauê destaca que "a meta da rádio não é só informar, mas lutar para democratizar a comunicação".
Porto Alegre terá Festival de Fotografia em janeiro de 2007
Organizado pela Brasil Imagem, o FestFoto - Festival de Fotografia de Porto Alegre se propõe a ser um festival sem galerias, mas sim com salas de projeção. Com um formato de festival de cinema, onde os autores vão projetar seus trabalhos em sessões contínuas, o FestFoto quer consolidar um perfil de aglutinador de linguagens, que dialoguem não apenas entre seus pares e o público, mas também passeie pelas infinitas possibilidades que a tecnologia digital permite usufruir.
Autores Convidados Estão confirmadas as participações, entre outros, dos fotógrafos Rogério Reis, Claudio Edinger, Luiz Carlos Felizardo, Leopoldo Plentz, J.R.Ripper, Coletivo da Escola de Fotógrafos Populares (Projeto Observatório de Favelas, da Comunidade da Maré/RJ).
Inscrições As incrições para o FestFoto podem ser feitas até o dia 20 de novembro. Os interessados devem acessar a página do festival (www.festfotopoa.com.br) e baixar a ficha de inscrição, seguindo todos os passos descritos para a sua realização. O resultado da seleção sai no dia 15 de dezembro e a lista dos selecionados vai ser publicada no site do festival.
FestFoto Contatos: (51) 3022.8150 E-mail: info@festfotopoa.com.br ou coordenacao@festfotopoa.com.br
8 de outubro é o Dia Nacional contra a Baixaria na TV
No dia 8 de outubro, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, juntamente com as entidades parceiras da campanha Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania, promoveu a 3ª Edição do "Dia Nacional Contra a Baixaria na TV". O tema deste ano é a Publicidade para crianças e adolescentes. A campanha espera mostrar aos telespectadores que a televisão é um bem público, objeto de concessão, e por isso, sujeita à interferência do Estado e da sociedade. A publicidade, por sua vez, não pertence apenas aos publicitários e anunciantes, mas a todos que, diariamente, são alvo de seus produtos e serviços.
Participaram do programa exibido pela TV Nacional, TV Câmara e TV NBR o jornalista Lalo Leal, como mediador, o deputado Orlando Fantazzini, o diretor de classificação indicativa do Ministério da Justiça José Eduardo Elias Romão, Guilherme Canellas da ANDI e o representante da executiva nacional da campanha, Ricardo Moretzson.
Proposta de Pauta
PSDB e PFL querem calar a CUT sobre as eleições
A coligação PSDB-PFL protocolou na quinta-feira, dia 5, pedido de investigação judicial eleitoral contra a CUT, solicitando que o TSE investigue se houve abuso de poder econômico por parte da entidade e conceda liminar determinando que a CUT retire de seu sítio na internet notícias relativas à campanha presidencial. "Em primeiro lugar, esperamos que o TSE tenha uma posição clara, garantindo ao Portal e aos demais veículos de comunicação da CUT o direito a informar o que foi o governo do PSDB-PFL e o que é o governo do presidente Lula. Neste momento em que existem dois projetos em disputa, é fundamental esclarecer a base, pois este é um papel da Central", declarou o presidente nacional da CUT, Artur Henrique da Silva Santos ao jornalista Leonardo Severo. Para Arthur, ainda de acordo com matéria de Severo, “é importante que o TSE esteja alerta para defender a lisura do pleito, "porque o que se vê é uma articulação por parte da grande mídia, abertamente contrária à candidatura do campo democrático e popular. Há uma campanha descarada por parte de setores da imprensa no sentido de manipular a opinião pública, com mentiras e desinformações em favor da candidatura tucana". Segundo o advogado Ericson Crivelli, "a CUT juridicamente é uma associação e como tal não recebe contribuições compulsórias – como foi alegado na ação proposta pelo PSDB-PFL – e sim mensalidades voluntárias pagas pelas entidades filiadas". Portanto, destaca o advogado, "querer impedir a livre manifestação da CUT seria admitir que a justiça eleitoral pudesse também cercear a liberdade de manifestação das ongs existentes na sociedade, o que é inteiramente descabido".
De Olho Na Vida
Nos últimos dias, cinco crianças foram assassinadas em favelas no Rio de Janeiro
. Renan da Costa Ribeiro, três anos, foi morto dia primeiro de outubro de 2006, com um tiro de fuzil na barriga, na comunidade de Nova Holanda na Maré. Renan era sobrinho do namorado de Renata, da equipe do NPC. . Paulo Vinícius de Oliveira Chaves, sete anos, morreu atropelado por uma viatura da Polícia Militar, dia 20 de setembro de 2006, em Vigário Geral. . Guilherme Custódio Morais, oito anos, morreu no dia 20 de setembro de 2006, por bala perdida na Favela do Guarabu, na Ilha do Governador . Lohan de Souza Santos, nove anos, morto por uma bala de fuzil na cabeça no dia 16 de setembro de 2006, no Morro do Borel. . Moisés Alves Tinim, 16 anos, morto dia dois de outubro de 2006, com um tiro de fuzil, no Morro da Esperança no Complexo do Alemão. Por isso o dia 12 de outubro será comemorado de uma maneira especial no Rio de Janeiro. A partir das 13h, uma manifestação vai reunir moradores, organizações de direitos humanos e militantes da luta contra a violência policial na Praça Nova Holanda, na Maré. Dica: Entrar pela Teixeira Ribeiro e seguir à esquerda pela principal. Nota da editora do BoletimNPC. Como participo de cursos para jovens que moram em favelas, vivo com o coração apertado, achando que a qualquer momento um deles pode entrar nas estatísticas de jovens assassinados pela Polícia. Desta vez, com a morte de Renan, na Maré, a tragédia chegou bem perto. O Núcleo Piratininga será representado no ato por Cristina, Leon, Luisa, Sergio, Soninho e Vito.
Dieese: 76% dos jovens de baixa renda só trabalham
Agência Brasil. Apenas 23,5% dos jovens de baixa renda de São Paulo conseguem conciliar estudo e trabalho, enquanto 76,5% só trabalham, segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A pesquisa "A Ocupação dos Jovens nos Mercados de Trabalho Metropolitanos" concluiu que jovens de famílias de baixa renda encontram mais dificuldades para estudar e trabalhar ao mesmo tempo. O levantamento, divulgado em setembro, analisa a inserção da população jovem no mercado de trabalho nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA) e São Paulo e no Distrito Federal.
Pérolas da edição
Não me arrependo de nada.
“Não me arrependo de nada. Quando os meninos me contaram o que tinha acontecido, disseram: “Não adianta. Não vai pegar nada”. E eu disse que, se dependesse de mim, “ia pegar”. Era um compromisso que tinha com eles até hoje. Vale à pena lutar por isso, vale à pena denunciar. Esses meninos merecem que a gente tenha uma atitude de dignidade”. Glayds Romeo Peccequillo funcionária que trabalhava na Febem Raposo Tavares (SP) quando internos foram espancados por funcionários. Em função das denúncias que fez e das informações que conseguiu passar ao Ministério Público, Glayds foi demitida pelo governo de São Paulo. No início de outubro, a Justiça brasileira divulgou a maior condenação por tortura no país, dada a funcionários da Febem-SP: dois diretores foram condenados a 87 anos de prisão e 10 monitores, a 74 anos. A frase foi dita em entrevista a Bia Barbosa.
A imprensa – talvez embalada pelo clima da campanha eleitoral
“A imprensa – talvez embalada pelo clima da campanha eleitoral (Alckmin já era governador quando o fato ocorreu) – deu pouco destaque à notícia, que, certamente, é prejudicial aos tucanos, há doze anos à frente do governo de São Paulo. Com todas suas rebeliões, denúncias e também condenações por tortura, a Febem é a prova viva da falência da política de segurança e de recuperação e ressocialização de adolescentes em conflito com a lei empregada historicamente pelo PSDB.” Bia Barbosa sobre o fato citado acima
Novos artigos em nossa página
Caixa-dois da imprensa livre: contratação de torturadores
Por Regis Moraes, em 07.10.06 Lembro-me da reação de algumas pessoas quando, faz algum tempo, dizia que o grupo Folhas, da ‘progressista’ família dos Frias, era, na verdade, uma empresa de oportunidades, que apoiava a tortura quando esta era conveniente e fazia a defesa da ‘democracia’, a seu modo, claro, quando esta se mostrava mais rentável. Um certo ar de descrédito aparecia no rosto de meus interlocutores. Agora, sai uma biografia do sr. Otávio Frias, pai, em que o autor registra um fato que não poderia ocultar – trata, certamente, de apresentá-lo de modo... polido. O fato é, contudo, bastante duro. O grupo Folhas foi, durante a ditadura, um fornecedor de dinheiro para torturadores. Crônica: Viva a Liberdade de Imprensa Por Bernardo Kucinski, para a Agência Carta Maior, em 07.06.2006 Leia em nossa página na seção mídia a crônica em que o jornalista Bernardo Kucinski narra um discurso que poderia ter acontecido após a divulgação dos resultados eleitorais no último domingo (1º). A crônica foi publicada originalmente no site da Agência Carta Maior. A caravana JN já definiu como governar o Brasil Por Sérgio Domingues, em 05.10.2006 Depois de mais de 16 mil quilômetros de viagem, Pedro Bial e sua caravana chegam a Brasília dizendo o que é melhor para o Brasil. Em sua condição de comitê central do partido da grande mídia, a Globo quer um país mais neoliberal e mais conservador. Pobres & Nojentas chega ao seu terceiro número Por Elaine Tavares, em 09.2006 Saiu o terceiro número da revista Pobres & Nojentas, publicação alternativa de jornalismo interpretativo lançada em Florianópolis. Nas suas páginas, histórias dos povos originários do Chile, de garotos franciscanos, de crianças, de comunidade em festa, de mulheres de luta, de trabalhadores argentinos, poesia... Um jornalismo engajado, com um texto simples, o projeto se propõe - com ironia, mas também com seriedade - se contrapor à superficialidade do chamado "jornalismo de gente", um tipo de publicação que tem se pautado na divulgação de informações sobre a vida dos ricos e famosos. A publicação faz parte da Companhia dos Loucos, editora alternativa e marginal, criada em 2003 pelos jornalistas Elaine Tavares, Raquel Moysés e Paulo Zembruski. Para fazer sua assinatura, é só escrever para eteia@gmx.net Pará: mobilização leva pistoleiro e fazendeiro ao banco dos réus Por Rogério Almeida Tem sido a ação de uma rede de pessoas e instituições que se alinham em defesa da reforma agrária e dos direitos humanos, que tem conseguido levar a julgamento envolvidos na execução de dirigentes sindicais, militantes e seus assessores na Amazônia. É por conta de tal mobilização, que ultrapassa os nossos quintais, que vai a julgamento no próximo dia 10, o pistoleiro, Wellington de Jesus Silva. O pistoleiro executou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município de Rondon do Pará, José Dutra da Costa, conhecido como Dezinho, no dia 21 de novembro de 2000. Silva é o único envolvido que foi preso e vai a julgamento.
Expediente
Boletim do NPC
Rua Alcindo Guanabara, 17, sala 912 - CEP 20031-130 www.piratininga.org.br / npiratininga@uol.com.br Coordenador: Vito Giannotti Edição: Claudia Santiago (MTB.14.915) Colaboraram nesta edição: Bia Barbosa (SP), Gustavo Barreto (Rio de Janeiro), Lycia Ribeiro (RJ), Renata Souza (RJ), Rogério Almeida (PA) e Sérgio Domingues (RJ).Web-designer: Gustavo Barreto e Cris Fernandes. Agradecimentos especiais: Domingos Peixoto. (Repórter fotográfico que não nos conhece, nunca nos viu e ao ser solicitado, imediatamente, enviou uma foto para a seção “Imagens da Vida”.)
Se você não quiser receber o Boletim
do NPC, por favor, responda esta mensagem escrevendo REMOVA.
|
|
|
|