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Boletim do NPC Nº 78De 1 a 15/11/2005
Para jornalistas, dirigentes, militantes
e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais



Notícias do NPC


Hotel Rwanda no Domingo é Dia de Cinema
 

20 de novembro. Dia Nacional da Consciência Negra

No dia 30 de outubro, o Projeto Domingo é Dia de Cinema promove a última exibição do ano de 2005. O projeto retorna no início do ano que vem. O tema, a África, foi escolhido como homenagem ao 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. Domingo, dia 20, às 9h, no Odeon-BR, na Cinelândia.

O filme. De  Terry George. Com Cheadle, Sophie Okonedo, Nick Nolte, Joaquin Phoenix, Desmond Dube, David O Hara, Cara Seymour, Fana Mokoena, Hakeem Kae-Kazim, Tony Kgoroge. Nacionalidade: Canadá / Reino Unido / Itália / África do Sul, 2004.

Sinopse. Quando a Bélgica ocupou o território do Ruanda, dividiu a população segundo características físicas: os mais altos, de pele mais clara e narizes mais finos eram Tutsi, os restantes Hutu (a classe inferior, porque menos ocidentalizada). Os colonizadores incentivaram o confronto entre as duas etnias, e o ódio intensificou-se após a independência no princípio dos anos 60.

Na Primavera de 1994, o assassinato do presidente de Ruanda, o general Hutu Juvenal Habyarimana, desencadeou uma guerra civil sangrenta. Durante 4 meses, os extremistas Hutu mataram mais de um milhão de Tutsi (a quem chamavam ‘baratas’). Especula-se que o próprio assassinato possa ter sido obra de extremistas Hutu para motivar o conflito. Mas a milícia Interahamwe não perdeu tempo, dando início ao extermínio. Este genocídio assumiu proporções ainda mais graves, porque o mundo o ignorou e se recusou a intervir. 

No meio desse horror, emergiu uma figura heróica, um homem que fez tudo ao seu alcance para salvar a vida de mais de mil adultos e crianças, na sua maioria Tutsi: Paul Rusesabagina.

Paul (Cheadle) é gerente do elegante Hotel des Mille Collines, propriedade da empresa belga Sabena, em Kigali, e é Hutu. A sua mulher, Tatiana (Okonedo) é Tutsi, tal como os restantes familiares. Quando a violência começa, Paul consegue levar a sua família para o hotel, que se encontrava protegido devido à presença de cidadãos estrangeiros. Com o agravar do conflito, Paul vê-se forçado a transformar o seu hotel num campo de refugiados.

Com o mesmo profissionalismo com que gere o hotel, negocia com “amigos” e “inimigos”, sabendo que essa pode ser a diferença entre a vida e a morte de muitos. Acompanhamos a luta, o desespero, a frustração e a raiva de um homem que arriscou a sua vida e a da sua família contra a tirania e a opressão. Cheadle, no seu primeiro grande papel de protagonista, é coragem e compaixão, carisma e instinto. (Fonte: http://cinerama.blogs.sapo.pt/)

O projeto. Domingo é Dia de Cinema (imagem) é o projeto desenvolvido pelo Oficina-escola Grupo Estação, Pré-vestibulares comunitários e Núcleo Piratininga de Comunicação. Tem o apoio do Sindicato dos Trabalhadores da UFRJ (SINTUFRJ) e do Comitê-Rio Contra a Guerra e a Violência.



Novo curso de Oratória para Mulheres em novembro
Estão abertas as inscrições para a próxima turma de mulheres que vai fazer o curso de Oratória Sindical. A promoção é da secretaria de Formação da CUT-RJ e da Comissão Estadual de Mulheres da CUT e a realização do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC). Será nos dias 22 e 23 de novembro. Informações e inscrições com Carminha através do telefone (21) 2196-6700.

Curso especial nacional para os bancários do Banco Central será no Rio, de 9 a 11 de novembro
O SINAL, Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central vai realizar um curso adaptado às suas necessidades de formação em comunicação. Estarão presentes 40 trabalhadores do BC, vindos de todos os estados do País. O NPC, atendendo às necessidades que eles manifestaram, programou um curso com um conteúdo adaptado. Serão três dias assim divididos.

O primeiro dia e meio será reservado a uma discussão mais teórica sobre a comunicação e temas diretamente ligados ao trabalho deste companheiros:

  • A Comunicação numa sociedade de classes, com Regis Morais
  • A Comunicação na visão de Gramsci, hoje, com Virgínia Fontes
  • O controle da informação pela mídia do sistema, com José Arbex Jr.
  • A comunicação na Venezuela de Chavez e o golpe midiático de 92, com Gilberto Maringoni
  • A TVsur como iniciativa contra-hegemônica de comunicação, com Iraê Sassi
  • Alca, OMC, Banco Mundial e FMI, com Sandra Quintela
O outro dia e meio será dedicado à aplicação prática do visto acima à preocupação do SINAL, a comunicação com os trabalhadores e com a sociedade. Os temas serão os clássicos para o NPC.
  • A disputa de hegemonia na sociedade, com Vito Giannotti
  • A pauta dos nossos jornais, boletins e revistas para fazer esta disputa, com Claudia Santiago
  • O uso da imagem na comunicação, com Jesus Carlos da ImagemLatina
11º Curso do NPC tem grande variedade de inscritos: muitas experiências a serem trocadas
Este ano, ao olhar pelas inscrições que já foram feitas, a composição dos participantes do 11º Curso Anual vão ser mais variadas que nos anos anteriores.

Há a predominância de sindicatos já muito conhecidos dos nossos Cursos Anuais, como os do Judiciário, dos funcionários e professores das Universidades (A Associação dos Docentes da Lavras, a ADUFRJ e a Fasubra participaram de todos os cursos nos últimos cinco anos), dos Bancários, dos Metalúrgicos. Mas há sindicatos novos como o Sinpol do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro.

Porém a novidade maior é a participação de muitos jornalistas de Prefeituras Populares e de Movimentos interessadas num novo Brasil. Vem gente que luta pela terra, gente que luta pela moradia nos grandes centros urbanos. Haverá a participação de jornalistas que fazem o Repórter da Terra e outros que produzem jornais comunitários pelo Brasil afora.

Informações e inscrições: (21) 2220 5618 / 9923 10 93  / npiratininga@uol.com.br




De Olho Na Mídia


A psicose do medo no dia a dia vencerá qualquer plebiscito a respeito
09h45m - Dois jovens são presos no Cerro-Corá, no Cosme Velho
09h44m - PMs trocam tiros com traficantes em Vila Isabel
09h18m - PM prende três ladrões de carros em Teresópolis
09h15m - Traficantes são presos em Barra Mansa
07h34m - Vigia é encontrado morto em Benfica
07h10m - Motorista é assaltada em sinal em frente ao Jóquei na Gávea
06h16m - Dono de padaria é assaltado e levado por bandidos com refém em Olaria
05h03m - PMs prendem estudantes arrombadores de carro no Fonseca em Niterói
04h34m - Assaltante é preso por agentes do serviço reservado do Batalhão de Olaria no Jardim América
03h59m - Dois mortos em troca de tiros com a polícia na Cidade de Deus


Estas são as manchetes no Globo on line de um dia qualquer, em torno do 23 de setembro deste ano, em plena campanha do plebiscito do Sim e do Não. O clima de obsessão do medo é gritante. Quem lê estes chamados é levado a uma única reação: vou me proteger... Vou me armar. Pouco importam os argumentos racionais em contrário. O que determina o comportamento das pessoas, quase como um reflexo condicionado, é o clima geral de paranóia mantido e ampliado por rádios, TVs, jornais e revistas.

Neste clima de paranóia do medo, sem nunca apontar as causas reais da violência, pouco importa para qual das duas opções os Marinhos tenham feito campanha. Isto é insignificante. É uma gota d’água num oceano de anos e anos de neurotização da população.

É só assistir ou ouvir os programas matinais, entre 7 e 9 horas, nos vários canais e teremos a confirmação.

De trinta minutos de noticiário, várias vezes, mais de 60 ou 70% são notícias apavorantes de violência. A maioria é idiotice que não mereceria nem um segundo de atenção. Mas o que se vê é o contrário. Rios de palavras para apavorar o telespectador ou ouvinte que teoricamente não deveria ficar neurótico.

Baseado na constante campanha do medo, há a possibilidade real de, num futuro próximo, ganhar qualquer proposta sobre a remoção de favelas, implantação da pena de morte, o rebaixamento da idade penal para 10 anos ou, por quê não, a proibição de pessoas de cor não exatamente branca circular nas ruas após as 20 horas. O caminho é curto. Fiquemos atentos!

(Por Claudia Santiago)


Campanha sutil
Conhecido defensor das oligarquias, o jornal O Estado de S. Paulo está em campanha direta para conseguir mais verbas públicas para os grandes fazendeiros e as empresas rurais. Praticamente todo dia apresenta uma situação de dificuldade do setor (queda do dólar, seca, geada etc.) para justificar a mamata. Usa também como pressão a ameaça do ministro do latifúndio e do agronegócio, Roberto Rodrigues, em pedir demissão do cargo. A tática não é nova.
(Brasil de Fato nº 137)


Lacônica e educada, TV Globo respalda corrupção tucana
Patética a cobertura que o programa Fantástico deste domingo (23/10), da TV Globo, deu à recente denúncia de utilização de caixa 2, em 1998, pelo atual presidente do PSDB, o senador por Minas Gerais Eduardo Azeredo. Ao contrário da extensa reportagem sobre casos de corrupção envolvendo um Estado menos importante no cenário nacional (Rondônia), cuja produção incluiu uma música de terror ao fundo (!), a Rede Globo foi lacônica no caso tucano. A “reportagem” da Globo — na verdade, era uma notinha bem pequena — termina com a fala de Azeredo “explicando” que sua relação com Valério foi “absolutamente normal”, nada demais, bobagem. E termina aí.

Cláudio Mourão da Silveira, tesoureiro da campanha do PSDB mineiro em 1998, confirmou que foram gastos R$ 20 milhões e declarados apenas R$ 8,5 milhões ao Tribunal Regional Eleitoral. O esquema usado por Mourão é o mesmo adotado pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares para fazer repasses a parlamentares da base governista. Da mesma forma que Delúbio, Mourão se associou a Valério, fez empréstimos no Banco Rural e até agora não quitou a dívida. Azeredo teve uma dívida sua com Mourão, operador do caixa 2, paga pelo empresário Marcos Valério de Souza, outro notável corrupto. O pagamento, com um cheque de R$ 700 mil, foi feito em 2002. Azeredo disse ainda que, ‘poucos dias depois’, o atual ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia (PTB), fez empréstimo no Banco Rural e quitou a dívida com Valério. Azeredo foi o avalista desse empréstimo, de ‘pouco mais de R$ 500 mil’.

Ou seja: nada demais. Bobagem.

(Por Gustavo Barreto)



Democratização da Comunicação


Carta-compromisso pela Democratização da Comunicação
São Paulo, 22 de outubro de 2005
Na sociedade atual, os grandes meios de comunicação são os principais veículos de informação, entretenimento, difusão da cultura e formação de valores. TV, jornais, rádios, revistas e a internet são hoje um espaço de debate com fortíssima influência sobre o cotidiano dos brasileiros e brasileiras.

No entanto, hoje essa arena de debate é completamente controlada por poucas empresas familiares, por conglomerados transnacionais e políticos. Das manchetes dos telejornais às capas das revistas e histórias das novelas, eles decidem o que será visível ou não para o grande público, que entende a comunicação hoje como um mero serviço, e a informação, o conhecimento e a cultura como mercadorias a serem consumidas.

Seguindo esta lógica, cada vez mais os meios de comunicação vêm se constituindo como aparelhos ideológicos das classes dominantes, atuando pra naturalizar este modelo de sociedade desigual que subjuga a maioria da população aos interesses de poucos.

Para que a diversidade e pluralidade características da nossa sociedade se reflitam nos meios de comunicação e para que este passe a ser um espaço ocupado por todos e todas, se faz urgente a democratização da comunicação no Brasil, visando à plena efetivação do direito humano à comunicação.

Para defender esta idéia, diversas associações, movimentos sociais e ONGs se reuniram em São Paulo durante a III Semana Nacional pela Democratização da Comunicação. Agora, assumem o compromisso de incorporar a suas lutas essa bandeira, como parte integrante da luta por uma sociedade mais democrática e igualitária.

Acreditamos que:

- a democratização da comunicação é uma luta fundamentalmente conectada às lutas populares, à luta pela reforma agrária e urbana, pelo fim da desigualdade de classe e ao combate ao racismo, ao sexismo, à homofobia e a todas as formas de opressão;

- a busca pela pluralidade de sujeitos e opiniões na mídia, componente essencial de um regime realmente democrático, é central para mostrar que não existem porta-vozes eleitos, mas que todas as pessoas têm direito de expressar suas opiniões;

- a garantia da diversidade, seja de gênero, étnica, religiosa, sexual, etária ou outra, é pressuposto para a garantia da igualdade nos meios de comunicação;

- a isenção e a imparcialidade dos meios de comunicação são mitos a serem desconstruídos; trata-se de veículos que têm seus próprios interesses, que apesar de legítimos, geralmente não representam o interesse público;

- as violações dos direitos humanos cometidas pelos meios de comunicação devem ser combatidas sistematicamente, assim como a criminalização dos movimentos sociais por parte da mídia;

- a implantação de instrumentos de controle público sobre a mídia comercial, de forma a garantir que o interesse público não seja contrariado, deve ser uma luta de toda a sociedade;

- é necessária a criação, por parte do Estado, em cumprimento ao que estabelece a Constituição Federal acerca da existência de um sistema público de comunicação, de espaços de comunicação públicos e de gestão participativa, que possibilitem a plena apropriação da comunicação por parte de todos os sujeitos sociais. O Estado Brasileiro tem um papel a cumprir neste processo de garantia dos direitos humanos e de plena realização da democracia;

- movimentos sociais, ONGs e indivíduos devem ser solidários e se posicionar contra a repressão a todas as formas de comunicação, sobretudo às rádios comunitárias e livres, instrumentos legítimos de comunicação de interesse público;

- modelos flexíveis de gestão da propriedade intelectual, assim como ferramentas e tecnologias livres e colaborativas devem ser adotadas como forma de estímulo ao desenvolvimento pleno e ao aumento do acesso aos benefícios do conhecimento humano.

Carta-compromisso pela Democratização da Comunicação
São Paulo, 22 de outubro de 2005

Assinam a presente carta:

• Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros – ABGLT 
• Campanha Pela Ética na TV 
• Central dos Movimentos Populares – CMP 
• Centro Acadêmico Benevides Paixão – PUC/SP 
• Centro Acadêmico de Biologia – USP 
• Centro Acadêmico Emílio Ribas – Nutrição/USP 
• Centro Acadêmico FOFITO/USP 
• Centro Acadêmico Lupe Cotrim – ECA/USP 
• Centro Acadêmico de Matemática, Estatística e Computação – IME/USP 
• Centro Acadêmico Professor Paulo Freire – Pedagogia/USP 
• Centro Acadêmico Vladimir Herzog – Faculdade Cásper Líbero 
• Centro de Direitos Humanos – CDH 
• Centro de Imprensa Alternativa 
• Coletivo Digital 
• ComunicaBem – Comunicação para Educação e Cidadania 
• Conectas Direitos Humanos 
• CRIS Brasil – Articulação Nacional pelo Direito à Comunicação 
• Diretório Acadêmico de Comunicação e Artes do Mackenzie 
• Diretório Central dos Estudantes Alexandre Vannucchi Leme – USP 
• ENECOS – Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social 
• Fórum GLTTB 
• Gestos - Soropositividade, Comunicação e Gênero 
• ILGA-LAC – International Lesbian and Gay Association for Latin America and the Caribbean 
• Instituto Edson Neris 
• Instituto Pro Bono 
• Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social 
• Instituto Pólis 
• Jornal Brasil de Fato 
• Jovens Feministas 
• Mídia Étnica 
• Movimento Negro Unificado/SP - MNU/SP 
• MUCCA - Mudança com Conhecimento, Cinema e Arte 
• Ondas Paranóicas – oficina de rádio 
• Projeto Arrastão 
• Projeto Cala-boca Já Morreu 
• Revista Viração 
• RITS – Rede de Informações para o Terceiro Setor 
• SINERC – Sindicato Nacional das Emissoras de Radiodifusão Comunitária 
• Sociedade Cultural Dombali 
• União Cristã Brasileira de Comunicação Social – UCBC 
• União dos Movimentos de Moradia – UMM 
• Vídeo: Cultura e Trabalho/Ação EducativA



Carta-compromisso pela Democratização da Comunicação
São Paulo, 22 de outubro de 2005
Na sociedade atual, os grandes meios de comunicação são os principais veículos de informação, entretenimento, difusão da cultura e formação de valores. TV, jornais, rádios, revistas e a internet são hoje um espaço de debate com fortíssima influência sobre o cotidiano dos brasileiros e brasileiras.

No entanto, hoje essa arena de debate é completamente controlada por poucas empresas familiares, por conglomerados transnacionais e políticos. Das manchetes dos telejornais às capas das revistas e histórias das novelas, eles decidem o que será visível ou não para o grande público, que entende a comunicação hoje como um mero serviço, e a informação, o conhecimento e a cultura como mercadorias a serem consumidas.

Seguindo esta lógica, cada vez mais os meios de comunicação vêm se constituindo como aparelhos ideológicos das classes dominantes, atuando pra naturalizar este modelo de sociedade desigual que subjuga a maioria da população aos interesses de poucos.

Para que a diversidade e pluralidade características da nossa sociedade se reflitam nos meios de comunicação e para que este passe a ser um espaço ocupado por todos e todas, se faz urgente a democratização da comunicação no Brasil, visando à plena efetivação do direito humano à comunicação.

Para defender esta idéia, diversas associações, movimentos sociais e ONGs se reuniram em São Paulo durante a III Semana Nacional pela Democratização da Comunicação. Agora, assumem o compromisso de incorporar a suas lutas essa bandeira, como parte integrante da luta por uma sociedade mais democrática e igualitária.

Acreditamos que:

- a democratização da comunicação é uma luta fundamentalmente conectada às lutas populares, à luta pela reforma agrária e urbana, pelo fim da desigualdade de classe e ao combate ao racismo, ao sexismo, à homofobia e a todas as formas de opressão;

- a busca pela pluralidade de sujeitos e opiniões na mídia, componente essencial de um regime realmente democrático, é central para mostrar que não existem porta-vozes eleitos, mas que todas as pessoas têm direito de expressar suas opiniões;

- a garantia da diversidade, seja de gênero, étnica, religiosa, sexual, etária ou outra, é pressuposto para a garantia da igualdade nos meios de comunicação;

- a isenção e a imparcialidade dos meios de comunicação são mitos a serem desconstruídos; trata-se de veículos que têm seus próprios interesses, que apesar de legítimos, geralmente não representam o interesse público;

- as violações dos direitos humanos cometidas pelos meios de comunicação devem ser combatidas sistematicamente, assim como a criminalização dos movimentos sociais por parte da mídia;

- a implantação de instrumentos de controle público sobre a mídia comercial, de forma a garantir que o interesse público não seja contrariado, deve ser uma luta de toda a sociedade;

- é necessária a criação, por parte do Estado, em cumprimento ao que estabelece a Constituição Federal acerca da existência de um sistema público de comunicação, de espaços de comunicação públicos e de gestão participativa, que possibilitem a plena apropriação da comunicação por parte de todos os sujeitos sociais. O Estado Brasileiro tem um papel a cumprir neste processo de garantia dos direitos humanos e de plena realização da democracia;

- movimentos sociais, ONGs e indivíduos devem ser solidários e se posicionar contra a repressão a todas as formas de comunicação, sobretudo às rádios comunitárias e livres, instrumentos legítimos de comunicação de interesse público;

- modelos flexíveis de gestão da propriedade intelectual, assim como ferramentas e tecnologias livres e colaborativas devem ser adotadas como forma de estímulo ao desenvolvimento pleno e ao aumento do acesso aos benefícios do conhecimento humano.

Carta-compromisso pela Democratização da Comunicação
São Paulo, 22 de outubro de 2005

Assinam a presente carta:

• Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros – ABGLT 
• Campanha Pela Ética na TV 
• Central dos Movimentos Populares – CMP 
• Centro Acadêmico Benevides Paixão – PUC/SP 
• Centro Acadêmico de Biologia – USP 
• Centro Acadêmico Emílio Ribas – Nutrição/USP 
• Centro Acadêmico FOFITO/USP 
• Centro Acadêmico Lupe Cotrim – ECA/USP 
• Centro Acadêmico de Matemática, Estatística e Computação – IME/USP 
• Centro Acadêmico Professor Paulo Freire – Pedagogia/USP 
• Centro Acadêmico Vladimir Herzog – Faculdade Cásper Líbero 
• Centro de Direitos Humanos – CDH 
• Centro de Imprensa Alternativa 
• Coletivo Digital 
• ComunicaBem – Comunicação para Educação e Cidadania 
• Conectas Direitos Humanos 
• CRIS Brasil – Articulação Nacional pelo Direito à Comunicação 
• Diretório Acadêmico de Comunicação e Artes do Mackenzie 
• Diretório Central dos Estudantes Alexandre Vannucchi Leme – USP 
• ENECOS – Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social 
• Fórum GLTTB 
• Gestos - Soropositividade, Comunicação e Gênero 
• ILGA-LAC – International Lesbian and Gay Association for Latin America and the Caribbean 
• Instituto Edson Neris 
• Instituto Pro Bono 
• Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social 
• Instituto Pólis 
• Jornal Brasil de Fato 
• Jovens Feministas 
• Mídia Étnica 
• Movimento Negro Unificado/SP - MNU/SP 
• MUCCA - Mudança com Conhecimento, Cinema e Arte 
• Ondas Paranóicas – oficina de rádio 
• Projeto Arrastão 
• Projeto Cala-boca Já Morreu 
• Revista Viração 
• RITS – Rede de Informações para o Terceiro Setor 
• SINERC – Sindicato Nacional das Emissoras de Radiodifusão Comunitária 
• Sociedade Cultural Dombali 
• União Cristã Brasileira de Comunicação Social – UCBC 
• União dos Movimentos de Moradia – UMM 
• Vídeo: Cultura e Trabalho/Ação EducativA



Manifestantes caminham em direção à sede da Anatel
Ativistas em favor de políticas públicas pela democratização da comunicação realizaram no dia 20 de outubro um ato-show em repúdio à gestão do atual ministro das Comunicações, Hélio Costa.

A manifestação, batizada "De Costas para Hélio Costa", ocorreu em frente à sede da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), na Praça XV, Rio de Janeiro. Por volta das 16h30, os participantes fizeram a interdição simbólica da Anatel, em resposta ao fechamento de 8.589 rádios livres e comunitárias por parte da Agência, do início do governo Lula ao primeiro semestre de 2005. Em seguida houve shows com músicos independentes e panfletagem. Foram distribuídos 1.500 panfletos informativos sobre a conjuntura nacional do setor de comunicações.

Para ler, visite nossa página: www.piratininga.org.br



NPC Informa


Seminário sobre Mídia Cidadã em São Bernardo do Campo
De 28 a 30 de novembro, o Campus Rudge Ramos da Universidade Metodista de São Paulo, em São Bernardo do Campo, recebe os participantes do seminário Mídia Cidadã. A finalidade do evento, que tem o patrocínio da World Association for Christian Communication (Wacc), é compreender o sistema brasileiro de mídia cidadã, tendo como principais referências as questões da propriedade intelectual e da diversidade cultural.

O seminário terá três eixos: contexto midiático, políticas públicas e questão de gênero. Além disso, terá quatro territórios analíticos: imprensa local, rádios comunitárias, comunicação popular e mídia digital.

Informações: (11) 4366-5819 / www.metodista.br/unesco / mcgobbbi.unesco@metodista.br



Pedagoga lança livro sobre televisão e formação de professores
A pedagoga Simone Rodrigues Batista acaba de lançar o livro “Televisão e formação de professores; construindo mediações docentes”.  A obra trata da importância do professor na relação entre a TV e o público infantil como forma de evitar reducionismos: a televisão como salvação para o processo pedagógico ou como instrumento de esvaziamento crítico dos jovens. “Televisão e formação de professores; construindo mediações docentes”, editado pela LCTE, é resultado da dissertação para o Mestrado em Educação feito por Simone Batista na Faculdade de Educação, da Universidade de São Paulo (USP).

Pesquisa feita pela pedagoga santista com 48 crianças do ensino fundamental apontou o seriado “Power Rangers” como o preferido do grupo. A partir dessa constatação, a autora formulou uma série de atividades com a finalidade de provocar a observação crítica sobre os episódios, notadamente os sentimentos e valores revelados pelos personagens, como a violência, competitividade e o machismo.



Sebastião Salgado mostrará vida como ela era há séculos
Agência EFE. O fotógrafo Sebastião Salgado quer mostrar a vida como ela era séculos atrás em seu novo ensaio fotográfico, "Gêneses", que o manterá ocupado pelos próximos anos. Em entrevista publicada hoje no jornal francês Le Monde, Salgado contou que quase a metade da Terra está igual há séculos, como é o caso de numerosas cadeias montanhosas, algumas florestas e os desertos. "Em alguns lugares do mundo, os homens vivem como há 10 mil anos", disse o fotógrafo, que pretende percorrer alguns pontos do planeta por alguns anos para mostrar que ainda há ligação entre a época atual e a origem da criação, a gênese do planeta.

Salgado dividirá seu trabalho em vários setores. Um deles, dedicado às paisagens, outro à humanidade e outros lembrando elementos da Natureza, como "alguns animais quase pré-históricos, caso de certas tartarugas que conheci nas Ilhas Galápagos e que têm 250 anos". O ex-economista lamentou que já não se possa voltar atrás na destruição de parte da Terra, mas acredita que seu trabalho pode contribuir para que a Humanidade tome consciência de que ainda se pode preservar outra parte.



Três mil pessoas no Encontro Nacional de Violeiros em São Paulo
Nos dias 15 e 16 de outubro, a cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, abrigou, pela terceira vez, o Encontro Nacional de Violeiros. Cerca de 3 mil pessoas participaram da festa organizada pelo MST junto com a Associação Nacional de Violeiros do Brasil e a Arquidiocese de Ribeirão Preto. O arcebispo de Ribeirão, dom Arnaldo Ribeiro, anunciou, na ocasião, a renovação do contrato, por mais cinco anos, do Centro de Formação dom Helder Câmara com o MST que utiliza o espaço para realizar, além da festa de violeiros, diversas atividades de formação. Felinto Procópio, o Mineirinho, do setor de cultura do MST, explica que a viola sempre correu na contramão do mercado, fazendo trincheira às invasões da mídia no imaginário popular. Por isso, muitos violeiros não têm oportunidade para apresentar sua arte. "Abrir espaço aos violeiros e tentar mostrar a diversidade da cultura popular brasileira são as nossas propostas nesse Encontro", diz Mineirinho.

No Rio de Janeiro tem Jongo da Serrinha
Acesse www.jongodaserrinha.org.br


Spike Lee fará documentário sobre Nova Orleans pós-Katrina
Reuters. O cineasta Spike Lee vai a Nova Orleans para rodar um documentário sobre o choque entre raça e política após a passagem do furacão Katrina pela região. O diretor diz que vai usar "jornalismo factual, e não narrativa ficcional" no olhar que pretende lançar sobre o Katrina e Nova Orleans, transformada em ponto de união de ativistas políticos negros e teóricos da conspiração. Em meio a críticas de que o governo do presidente norte-americano, George W. Bush, demorou a reagir ao furacão (deixando milhares de negros e pobres ilhados em meio à violência, numa situação em que não havia lei nem ordem), o líder da Nação do Islã, Louis Farrakhan, sugeriu que os diques de Nova Orleans teriam sido rompidos como meio "de livrar-se dos pobres."

O ativista Jesse Jackson comparou o centro de convenções de Nova Orleans, onde se reuniram pessoas que fugiram da inundação, ao "porão de um navio negreiro". Em entrevista à Reuters, Spike Lee comentou: "Quando se trata do governo dos EUA e as pessoas de cor, não excluo nenhuma possibilidade. Há história demais... que vêm desde o incidente em que o Exército norte-americano deu a indígenas cobertores contaminados com varíola".

Spike Lee comparou a situação de Nova Orleans com o filme "Chinatown", de 1974, que começa como uma simples história policial ambientada em Los Angeles em 1933, mas acaba se transformando numa história sobre corrupção e cobiça em altos escalões. "Pensei automaticamente em Chinatown, esse grande filme de Roman Polanski. A subtrama do filme gira em torno do fornecimento de água no sul da Califórnia, como ela não era fornecida às pessoas que precisavam dela."

O documentário de Spike Lee será produzido pelo canal a cabo HBO, da Time Warner, e ele quer que o filme fique pronto para o primeiro aniversário da passagem do Katrina. Realizador de 18 filmes em mais de duas décadas, Lee sempre tratou de temas polêmicos como brutalidade policial, racismo, nacionalismo, negro e sexo entre pessoas de raças diferentes.




A Comunicação que queremos


I Seminário de Comunicação Popular do Estado do Tocantins
Nos dias 28, 29 e 30 de outubro ocorrerá em Palmas, no auditório do Tribunal de Contas do Estado, o I Seminário de Comunicação Popular do Estado do Tocantins. O evento, que terá abertura às 19:00hs, tratará a comunicação de forma ampla. Desde as manifestações folclóricas aos veículos de comunicação de massa serão discutidos. E ao se tratar da comunicação de massa, seu compromisso com a educação, a arte, a cultura e a informação serão, neste espaço, debatidos pela população, que poderá discutir as funções que a comunicação deve ter para a sociedade. Este evento pretende ser um espaço de discussão e oficinas que contribuam para a reaproximação da comunicação de massa como os movimentos sociais, as identidades regionais e desmistifique a comunicação como um todo.

O I Seminário de Comunicação Popular do Estado do Tocantins contará com palestrantes como Osvaldo Meira Trigueiro (doutor em Ciências da Comunicação e professor da UFPB), Vito Gianotti (coordenador do Núcleo Piratininga de Comunicação), frei Xavier Plassat (coordenador Nacional de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo), Paulo Miranda (Secretário-Executivo da ABCCOM - Associação Brasileira de Canais Comunitários e Diretor Administrativo e Financeiro da TV Comunitária de Brasília) e, dentre outros, Francisca Ester de Sá Marques (professora do Departamento de Comunicação Social da UFMA, mestre em Comunicação e Cultura pela Unb e doutoranda pela Universidade Nova de Lisboa).

"Hip-Hop a Lápis" é indicado ao prêmio Hutúz
A publicação Hip-Hop a Lápis foi indicada a concorrer ao prêmio Hutúz na categoria “hip-hop ciência e conhecimento”, na qual concorrem pessoas que estão estudando, desenvolveram estudos ou editaram obras sobre o hip-hop. O prêmio Hutúz está na 6º edição e já é a maior premiação de hip-hop da América latina. Além do Hip-Hop a Lápis, concorrem o documentário Rap Grande do Sul – Adversos, o livro o Hip-Hop Consciência e Atitude, de autoria de Big Richard, o Manual Prático do Ódio. do escritor Ferréz, e o livro Suburbano Convicto, de Alessandro Buzo. A votação acontece através do site www.hutuz.com.br ; Para votar é necessário solicitar uma senha que será enviado para seu e-mail. Hip-Hop a Lápis é um projeto que envolve quatro colunistas e convidados que se intercalam e apresentam às sextas-feiras suas crônicas no Portal Vermelho (www.vermelho.org.br). Após três anos de publicação, o livro foi editado com uma seleção destes artigos.



Programa "Vozes Indígenas do Brasil", feito por rádio holandesa, recebe prêmio Vladimir Herzog
A série de programas de rádio "Vozes Indígenas do Brasil", produzida pelos jornalistas Mário de Freitas e Railda Herrero, da Rádio Internacional da Holanda, recebeu o prêmio brasileiro Vladimir Herzog de melhor reportagem de rádio de 2005. Os jornalistas passaram mais de 60 dias percorrendo aldeias e povoados indígenas das regiões norte, nordeste, centro-oeste e sudeste do Brasil entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano coletaram depoimentos dos mais diversos povos indígenas. Os primeiros resultados destas gravações formam uma série de dez programas desenvolvidos em temas como diversidade cultural e lingüística, terra, educação, organização, direitos e diálogo, entre outros.

Na opinião de Railda Herrero, o trabalho desenvolvido por eles foi apenas o de carregar o microfone para as Vozes Indígenas no Brasil e que por isso todo o mérito do prêmio é dos povos indígenas. Mário de Freitas explica também que este é um trabalho que há muito tempo eles gostariam de ter feito por que sempre tiveram interesse em divulgar a luta indígena brasileira. Ainda que o objetivo inicial da série tenha sido dar voz aos povos indígenas, o "efeito colateral", como diz Herrero, é a utilização dos programas como material didático em sala de aula. Diversas escolas e organizações indígenas e da sociedade estão pedindo cópias do programa para reproduzir em sala de aula ou para discussões em grupo. Quem quiser ouvir os programas pode acessar a página na internet www.parceria.nl

(De Amsterdã, na Holanda, da Agência
Notícias do Planalto, Daniela Stefano)


Seminário de Jovens Comunicadores reúne experiências bem sucedidas de comunicação para o desenvolvimento
Jovens comunicadores, universitários, radialistas, educadores e representantes de ONGs se encontrarão no dia 29 de outubro para discutir alternativas de uso da comunicação como ferramenta de promoção do desenvolvimento sustentável. O evento, intitulado II Seminário de Jovens Comunicadores, será realizado em Iguatu (município do Estado do Ceará) e tem o objetivo de refletir sobre o papel do Jovem Comunicador, trocar experiências entre jovens que utilizam instrumentos de comunicação (rádios comunitárias, jornais alternativos, jornais estudantis), além de propor estratégias para o fortalecimento das iniciativas de comunicação realizadas por jovens do Médio Jaguaribe (CE), microrregião composta pelos municípios de Acopiara, Iguatu, Jucás, Orós e Quixelô.

Durante a programação, haverá palestras e apresentações de experiências dos estados do Ceará, Pará, Maranhão e Pernambuco, nas áreas de Política e Comunicação, Educomunicação e Inclusão Digital. O Seminário de Jovens Comunicadores teve sua primeira edição realizada em 2002 e é promovido pelo Instituto Elo Amigo, Comunicação e Cultura e Redije (Rede de Integração dos Jornais Estudantis). Este ano a organização conta com o apoio das Secretarias de Educação, Esporte e Juventude de Iguatu, Comitê para Democratização da Informática (CDI-MMJ), Parc (UFC), Redes e Juventudes e Fundação Kellogg.

Comunicação e juventude no semi-árido cearenseO Seminário marca o início de um projeto de formação de jovens comunicadores do Médio Jaguaribe que vão atuar como agentes de promoção da cidadania na região. Todos os jovens envolvidos no projeto fazem parte de Fóruns Municipais de Juventude e as oficinas serão ministradas por alunos do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará (UFC). O projeto é uma iniciativa do Instituto Elo Amigo, em parceria com o Programa de Assessoria Técnica e Sociocultural às Rádios Comunitárias do Ceará (PARC - UFC).

II Seminário de Jovens ComunicadoresTema: A Comunicação como Estratégia do Desenvolvimento Local. Local: Sesc – Iguatu (CE). Data: 29 de outubro de 2005. Informações: (88) 3581.6575 e (85) 3231.6092. Assessoria de imprensa: Paulo Marcelo Freitas – (85) 3454-1477 / (88) 9922-8511.




De Olho Na Vida


Sílvio Rodrigues participa da III Cúpulas dos Povos
O cantor cubano Silvio Rodríguez estará presente na III Cumbre de los Pueblos que será celebrada de 1 a 5 de novembro em Mar del Plata, na Argentina.  Vai participar de um ato de repúdio ao presidente dos Estados Unidos, George Bush, previsto para o dia 4, pelas políticas do governo norte-americano na América e a presença do mandatário na Argentina. A III Cumbre de los Pueblos é o outro lado da moeda da IV Cumbre de Presidentes de las Américas, que acontecerá na mesma cidade.

Segundo os organizadores, o objetivo da III Cumbre de los Pueblos é "aprofundar o debate e a discussão acerca da construção de alternativas e o fortalecimento das resistências frente à ALCA- Área de livre comércio das Américas e os demais tratados de livre comércio, o pagamento da  dívida externa, a militarização e a pobreza e mobilizar a todo o continente contra a presença de Bush e suas políticas em nível mundial". A Cumbre de los Pueblos de América é convocada pela Alianza Social Continental (ASC), uma coalizão de organizações sindicais, religiosas, campesinas, de direitos humanos, de mulheres e outros movimentos sociais, com presença em todos os países do hemisfério, incluindo EUA, Canadá e Cuba.

(Fonte: Rebelión)


Remédios proibidos nos Estados Unidos e América do Norte vêm para o Brasil
O jornalista Hamilton Octavio de Souza informa em sua coluna, no jornal Brasil de Fato, que a indústria farmacêutica dos Estados Unidos está descarregando no Brasil todo o estoque de remédios proibidos na América do Norte e na Europa. Isso mesmo com a existência de listas públicas desses produtos e informações científicas sobre os danos que causam à saúde dos seres humanos.

Este fato não é de hoje. Desde o começo da década de 1970 a Imprensa Alternativa, florescente á época, já noticiava esta prática do império norte-americano. Os jornais Opinião, Movimento e as dezenas que existiram ao longo da décad de 70 falavam de fábricas poluentes e de remédios proibidos no mundo todo e permitidos só no Brasil. O DDT, produto altamente tóxico, era um deles. Listas de remédios testados aqui no Brasil para ver se dava para usar nos países do chamado primeiro mundo eram comuns nas páginas do Pasquim, Ex, Coojornal, Em tempo e naturalmente nos dois mais célebres, Movimento e Opinião.



Ativista gay é assassinado no Rio
Cláudio Alves dos Santos, ativista gay e voluntário do Centro de Referência Contra a Violência e Discriminação ao Homossexual (Disque Defesa Homossexual) foi encontrado morto no IML na tarde do dia 20/10. Segundo laudo do próprio IML ele foi torturado com requintes de crueldade e depois assassinado por arma de fogo no município de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, Rio. Santos foi uma das pessoas responsáveis pela identificação das três vítimas homossexuais assassinadas na Chacina da Baixada Fluminense, quando morreram 29 pessoas no dia 31 de março deste ano.


Memória


Comemorações de 50 anos do Dieese começam com seminário
O seminário Desenvolvimento com Distribuição de Renda, no dia 28 de outubro, marca o início das comemorações dos 50 anos do Dieese. O encontro terá como painelistas Davi Antunes (pesquisador da Unicamp), Jeferson Daniel de Matos (Fundação de Economia e Estatísticas) e Eduardo Grijó (Agergs). Na atividade, será lançado o Anuário dos Trabalhadores 2005. O encontro, das 14h às 18h, será na sede do Sinpro-RS – Avenida João Pessoa, 919, em Porto Alegre. As inscrições podem ser feitas na avenida Júlio de Castilhos, 596, 8º andar, também na capital pelo telefone 51-32114177 ou pelo e-mail errs@dieese.org.br


Imagens da Vida


Brasil: pantanal matogrossense

Foto de Chico Ferreira



Pérolas da edição


Pérolas da Edição

“Nada separa as classes sociais no Brasil como a língua. Fora a renda, claro.”

Luís Fernando Veríssimo em Língua Portuguesa, ao responder à pergunta "você acredita que a desigualdade social se expressa também na língua?"
“Simbólico é também o fato de que poucos, pouquíssimos, entre os companheiros de Vlado, continuem fiéis aos ideais dos anos verdes. Muitos aderiram à tucanagem, hoje servem aos legítimos herdeiros do udenismo paulista. Ocorre-me parafrasear Santa Joana, na versão de George Bernard Shaw: “Quando, ó Deus, este Brasil estará preparado para receber seus mártires?”
Mino Carta, em Carta Capital nº 365


Pérolas da Edição

“Nada separa as classes sociais no Brasil como a língua. Fora a renda, claro.”

Luís Fernando Veríssimo em Língua Portuguesa, ao responder à pergunta "você acredita que a desigualdade social se expressa também na língua?"
“Simbólico é também o fato de que poucos, pouquíssimos, entre os companheiros de Vlado, continuem fiéis aos ideais dos anos verdes. Muitos aderiram à tucanagem, hoje servem aos legítimos herdeiros do udenismo paulista. Ocorre-me parafrasear Santa Joana, na versão de George Bernard Shaw: “Quando, ó Deus, este Brasil estará preparado para receber seus mártires?”
Mino Carta, em Carta Capital nº 365



Por Dentro da Universidade


Seleção de bolsistas para o Programa de Formação de Quadros Profissionais
O Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas selecionará até quatro pesquisadores recém-doutores (titulo obtido entre 2001 e 2005) nas áreas de Ciências Sociais (Antropologia, Ciência Política e Sociologia), História, Ciência da Informação ou Arquivologia para seu Programa de Formação de Quadros Profissionais, no Rio de Janeiro. As inscrições devem ser feitas até 30 de dezembro de 2005 através do Portal CPDOC (www.cpdoc.fgv.br). Além de preencher o formulário online, disponível a partir de 10 de novembro, o candidato deverá anexar currículo Lattes atualizado e memorial descrevendo (em até 15 mil caracteres com espaços) sua experiência acadêmica e profissional e expondo os motivos pelos quais pretende estagiar no CPDOC.


Proposta de Pauta


Novo tratado defende o conceito de diversidade cultural
As reuniões da 33ª Conferência Geral da Unesco terminaram com um “sim” para o tratado que defende a diversidade cultural. Foram 151 votos a favor e dois contra – dos Estados Unidos e de Israel. Líderes do projeto, França e Canadá querem assegurar, no papel, o direito de um governo promover e proteger os bens culturais da competição internacional. No caso, a hegemonia americana. Com o aval da Unesco, um país pode, por exemplo, cobrar taxas sobre filmes estrangeiros sem ser acusado de violar regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Mas, na opinião de alguns especialistas, para que o texto tivesse força, seria importante o consenso. E isso os EUA bloquearam – não sem mal-estar.

O entretenimento é o segundo produto de exportação mais importante para os EUA. Perde apenas para a indústria bélica. E o principal temor dos EUA é o de que a Convenção abra brechas para a criação de barreiras à produção hollywoodiana. Os americanos temem a Convenção e quem lutou por ela teme a fragilidade do documento. Apesar dos discursos animados, os defensores do tratado não estão certos de que terão força para colocar seus princípios em prática. Mas, pelo menos, passa a existir um novo parâmetro para medir as regras que regem a cultura.

(Carta Capital Nº 365)



Democratização da Comunicação


Carta-compromisso pela Democratização da Comunicação
São Paulo, 22 de outubro de 2005
Na sociedade atual, os grandes meios de comunicação são os principais veículos de informação, entretenimento, difusão da cultura e formação de valores. TV, jornais, rádios, revistas e a internet são hoje um espaço de debate com fortíssima influência sobre o cotidiano dos brasileiros e brasileiras.

No entanto, hoje essa arena de debate é completamente controlada por poucas empresas familiares, por conglomerados transnacionais e políticos. Das manchetes dos telejornais às capas das revistas e histórias das novelas, eles decidem o que será visível ou não para o grande público, que entende a comunicação hoje como um mero serviço, e a informação, o conhecimento e a cultura como mercadorias a serem consumidas.

Seguindo esta lógica, cada vez mais os meios de comunicação vêm se constituindo como aparelhos ideológicos das classes dominantes, atuando pra naturalizar este modelo de sociedade desigual que subjuga a maioria da população aos interesses de poucos.

Para que a diversidade e pluralidade características da nossa sociedade se reflitam nos meios de comunicação e para que este passe a ser um espaço ocupado por todos e todas, se faz urgente a democratização da comunicação no Brasil, visando à plena efetivação do direito humano à comunicação.

Para defender esta idéia, diversas associações, movimentos sociais e ONGs se reuniram em São Paulo durante a III Semana Nacional pela Democratização da Comunicação. Agora, assumem o compromisso de incorporar a suas lutas essa bandeira, como parte integrante da luta por uma sociedade mais democrática e igualitária.

Acreditamos que:

- a democratização da comunicação é uma luta fundamentalmente conectada às lutas populares, à luta pela reforma agrária e urbana, pelo fim da desigualdade de classe e ao combate ao racismo, ao sexismo, à homofobia e a todas as formas de opressão;

- a busca pela pluralidade de sujeitos e opiniões na mídia, componente essencial de um regime realmente democrático, é central para mostrar que não existem porta-vozes eleitos, mas que todas as pessoas têm direito de expressar suas opiniões;

- a garantia da diversidade, seja de gênero, étnica, religiosa, sexual, etária ou outra, é pressuposto para a garantia da igualdade nos meios de comunicação;

- a isenção e a imparcialidade dos meios de comunicação são mitos a serem desconstruídos; trata-se de veículos que têm seus próprios interesses, que apesar de legítimos, geralmente não representam o interesse público;

- as violações dos direitos humanos cometidas pelos meios de comunicação devem ser combatidas sistematicamente, assim como a criminalização dos movimentos sociais por parte da mídia;

- a implantação de instrumentos de controle público sobre a mídia comercial, de forma a garantir que o interesse público não seja contrariado, deve ser uma luta de toda a sociedade;

- é necessária a criação, por parte do Estado, em cumprimento ao que estabelece a Constituição Federal acerca da existência de um sistema público de comunicação, de espaços de comunicação públicos e de gestão participativa, que possibilitem a plena apropriação da comunicação por parte de todos os sujeitos sociais. O Estado Brasileiro tem um papel a cumprir neste processo de garantia dos direitos humanos e de plena realização da democracia;

- movimentos sociais, ONGs e indivíduos devem ser solidários e se posicionar contra a repressão a todas as formas de comunicação, sobretudo às rádios comunitárias e livres, instrumentos legítimos de comunicação de interesse público;

- modelos flexíveis de gestão da propriedade intelectual, assim como ferramentas e tecnologias livres e colaborativas devem ser adotadas como forma de estímulo ao desenvolvimento pleno e ao aumento do acesso aos benefícios do conhecimento humano.

Carta-compromisso pela Democratização da Comunicação
São Paulo, 22 de outubro de 2005

Assinam a presente carta:

• Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros – ABGLT 
• Campanha Pela Ética na TV 
• Central dos Movimentos Populares – CMP 
• Centro Acadêmico Benevides Paixão – PUC/SP 
• Centro Acadêmico de Biologia – USP 
• Centro Acadêmico Emílio Ribas – Nutrição/USP 
• Centro Acadêmico FOFITO/USP 
• Centro Acadêmico Lupe Cotrim – ECA/USP 
• Centro Acadêmico de Matemática, Estatística e Computação – IME/USP 
• Centro Acadêmico Professor Paulo Freire – Pedagogia/USP 
• Centro Acadêmico Vladimir Herzog – Faculdade Cásper Líbero 
• Centro de Direitos Humanos – CDH 
• Centro de Imprensa Alternativa 
• Coletivo Digital 
• ComunicaBem – Comunicação para Educação e Cidadania 
• Conectas Direitos Humanos 
• CRIS Brasil – Articulação Nacional pelo Direito à Comunicação 
• Diretório Acadêmico de Comunicação e Artes do Mackenzie 
• Diretório Central dos Estudantes Alexandre Vannucchi Leme – USP 
• ENECOS – Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social 
• Fórum GLTTB 
• Gestos - Soropositividade, Comunicação e Gênero 
• ILGA-LAC – International Lesbian and Gay Association for Latin America and the Caribbean 
• Instituto Edson Neris 
• Instituto Pro Bono 
• Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social 
• Instituto Pólis 
• Jornal Brasil de Fato 
• Jovens Feministas 
• Mídia Étnica 
• Movimento Negro Unificado/SP - MNU/SP 
• MUCCA - Mudança com Conhecimento, Cinema e Arte 
• Ondas Paranóicas – oficina de rádio 
• Projeto Arrastão 
• Projeto Cala-boca Já Morreu 
• Revista Viração 
• RITS – Rede de Informações para o Terceiro Setor 
• SINERC – Sindicato Nacional das Emissoras de Radiodifusão Comunitária 
• Sociedade Cultural Dombali 
• União Cristã Brasileira de Comunicação Social – UCBC 
• União dos Movimentos de Moradia – UMM 
• Vídeo: Cultura e Trabalho/Ação EducativA



Carta-compromisso pela Democratização da Comunicação
São Paulo, 22 de outubro de 2005
Na sociedade atual, os grandes meios de comunicação são os principais veículos de informação, entretenimento, difusão da cultura e formação de valores. TV, jornais, rádios, revistas e a internet são hoje um espaço de debate com fortíssima influência sobre o cotidiano dos brasileiros e brasileiras.

No entanto, hoje essa arena de debate é completamente controlada por poucas empresas familiares, por conglomerados transnacionais e políticos. Das manchetes dos telejornais às capas das revistas e histórias das novelas, eles decidem o que será visível ou não para o grande público, que entende a comunicação hoje como um mero serviço, e a informação, o conhecimento e a cultura como mercadorias a serem consumidas.

Seguindo esta lógica, cada vez mais os meios de comunicação vêm se constituindo como aparelhos ideológicos das classes dominantes, atuando pra naturalizar este modelo de sociedade desigual que subjuga a maioria da população aos interesses de poucos.

Para que a diversidade e pluralidade características da nossa sociedade se reflitam nos meios de comunicação e para que este passe a ser um espaço ocupado por todos e todas, se faz urgente a democratização da comunicação no Brasil, visando à plena efetivação do direito humano à comunicação.

Para defender esta idéia, diversas associações, movimentos sociais e ONGs se reuniram em São Paulo durante a III Semana Nacional pela Democratização da Comunicação. Agora, assumem o compromisso de incorporar a suas lutas essa bandeira, como parte integrante da luta por uma sociedade mais democrática e igualitária.

Acreditamos que:

- a democratização da comunicação é uma luta fundamentalmente conectada às lutas populares, à luta pela reforma agrária e urbana, pelo fim da desigualdade de classe e ao combate ao racismo, ao sexismo, à homofobia e a todas as formas de opressão;

- a busca pela pluralidade de sujeitos e opiniões na mídia, componente essencial de um regime realmente democrático, é central para mostrar que não existem porta-vozes eleitos, mas que todas as pessoas têm direito de expressar suas opiniões;

- a garantia da diversidade, seja de gênero, étnica, religiosa, sexual, etária ou outra, é pressuposto para a garantia da igualdade nos meios de comunicação;

- a isenção e a imparcialidade dos meios de comunicação são mitos a serem desconstruídos; trata-se de veículos que têm seus próprios interesses, que apesar de legítimos, geralmente não representam o interesse público;

- as violações dos direitos humanos cometidas pelos meios de comunicação devem ser combatidas sistematicamente, assim como a criminalização dos movimentos sociais por parte da mídia;

- a implantação de instrumentos de controle público sobre a mídia comercial, de forma a garantir que o interesse público não seja contrariado, deve ser uma luta de toda a sociedade;

- é necessária a criação, por parte do Estado, em cumprimento ao que estabelece a Constituição Federal acerca da existência de um sistema público de comunicação, de espaços de comunicação públicos e de gestão participativa, que possibilitem a plena apropriação da comunicação por parte de todos os sujeitos sociais. O Estado Brasileiro tem um papel a cumprir neste processo de garantia dos direitos humanos e de plena realização da democracia;

- movimentos sociais, ONGs e indivíduos devem ser solidários e se posicionar contra a repressão a todas as formas de comunicação, sobretudo às rádios comunitárias e livres, instrumentos legítimos de comunicação de interesse público;

- modelos flexíveis de gestão da propriedade intelectual, assim como ferramentas e tecnologias livres e colaborativas devem ser adotadas como forma de estímulo ao desenvolvimento pleno e ao aumento do acesso aos benefícios do conhecimento humano.

Carta-compromisso pela Democratização da Comunicação
São Paulo, 22 de outubro de 2005

Assinam a presente carta:

• Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros – ABGLT 
• Campanha Pela Ética na TV 
• Central dos Movimentos Populares – CMP 
• Centro Acadêmico Benevides Paixão – PUC/SP 
• Centro Acadêmico de Biologia – USP 
• Centro Acadêmico Emílio Ribas – Nutrição/USP 
• Centro Acadêmico FOFITO/USP 
• Centro Acadêmico Lupe Cotrim – ECA/USP 
• Centro Acadêmico de Matemática, Estatística e Computação – IME/USP 
• Centro Acadêmico Professor Paulo Freire – Pedagogia/USP 
• Centro Acadêmico Vladimir Herzog – Faculdade Cásper Líbero 
• Centro de Direitos Humanos – CDH 
• Centro de Imprensa Alternativa 
• Coletivo Digital 
• ComunicaBem – Comunicação para Educação e Cidadania 
• Conectas Direitos Humanos 
• CRIS Brasil – Articulação Nacional pelo Direito à Comunicação 
• Diretório Acadêmico de Comunicação e Artes do Mackenzie 
• Diretório Central dos Estudantes Alexandre Vannucchi Leme – USP 
• ENECOS – Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social 
• Fórum GLTTB 
• Gestos - Soropositividade, Comunicação e Gênero 
• ILGA-LAC – International Lesbian and Gay Association for Latin America and the Caribbean 
• Instituto Edson Neris 
• Instituto Pro Bono 
• Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social 
• Instituto Pólis 
• Jornal Brasil de Fato 
• Jovens Feministas 
• Mídia Étnica 
• Movimento Negro Unificado/SP - MNU/SP 
• MUCCA - Mudança com Conhecimento, Cinema e Arte 
• Ondas Paranóicas – oficina de rádio 
• Projeto Arrastão 
• Projeto Cala-boca Já Morreu 
• Revista Viração 
• RITS – Rede de Informações para o Terceiro Setor 
• SINERC – Sindicato Nacional das Emissoras de Radiodifusão Comunitária 
• Sociedade Cultural Dombali 
• União Cristã Brasileira de Comunicação Social – UCBC 
• União dos Movimentos de Moradia – UMM 
• Vídeo: Cultura e Trabalho/Ação EducativA



Manifestantes caminham em direção à sede da Anatel
Ativistas em favor de políticas públicas pela democratização da comunicação realizaram no dia 20 de outubro um ato-show em repúdio à gestão do atual ministro das Comunicações, Hélio Costa.

A manifestação, batizada "De Costas para Hélio Costa", ocorreu em frente à sede da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), na Praça XV, Rio de Janeiro. Por volta das 16h30, os participantes fizeram a interdição simbólica da Anatel, em resposta ao fechamento de 8.589 rádios livres e comunitárias por parte da Agência, do início do governo Lula ao primeiro semestre de 2005. Em seguida houve shows com músicos independentes e panfletagem. Foram distribuídos 1.500 panfletos informativos sobre a conjuntura nacional do setor de comunicações.

Para ler, visite nossa página: www.piratininga.org.br



Cartas


Desfavelização é arma da direita
Meu nome é André Luiz, moro no Morro do Jacarezinho, Zona Norte do Rio e sou leitor do NPC. Acredito que esta "Desfavelização" é apenas mais uma arma da direita para deixar a Zona Sul mais bonita, pois incomoda demais para eles acordarem todos os dias e dar de cara com a favela. O argumento de muitas reportagens são os altos casos de balas perdidas na Zona Sul por conta da guerra do tráfico. Ora, na Zona Norte acontece a mesma coisa. Quem mora dentro da favela sofre o mesmo. Muitas pessoas são alvejadas e mortas por balas perdidas dentro da favela. Alguém do Estado ou da mídia vêm remover os bandidos? (Digo, os fardados e os não-fardados).

Claro que para as pessoas da Zona Sul seria muito melhor se livrar das favelas. Muitas delas devem ter horror de olhar àquela arquitetura todos os dias. Mas será que eles não pensam que existem vidas naquele lugar? Que muitos de seus porteiros, empregadas e serventes moram ali? Que existem pessoas de bem e não só bandidos? Infelizmente ninguém gosta de morar naquela grande senzala urbana, mas esta herança histórica está cada vez mais complicada de ser revogada. Enquanto existirem pessoas interessadas na beleza fútil de um cartão postal (Comercial); tirar mendigos e crianças de rua e jogar em partes periféricas do Rio para deixar as ruas da Zona Sul mais limpas, continuaremos morando em morros e favelas levando todo o descrédito da sociedade.

(André Luiz, estudante de comunicação e morador do Jacarezinho)


Remoção de favelas é nazismo
Alguns governantes pensam que as favelas são a parte flácida do belo corpo que se chama Rio de Janeiro. Pensamento Nazista. A favela não é apenas lugar onde tem o narcotráfico, mas pessoas que levam este país nas costas como traduzia Portinari em seu quadros. Cada casa é uma história de vida que alimenta a esperança de dias melhores. Derrubar barracos não é a solução. Mudar a forma de educar o povo que é um caminho a ser percorrido por toda a sociedade.
(Douglas, estudante de comunicação e morador de Manguinhos)



O que você acha disso?


Deputado quer acabar com a crase
O deputado federal João Herrmann Neto (PDT-SP) tentou acabar com o acento grave no a por considerar que a maioria dos brasileiros não sabe usar a crase. Herrmann Neto é autor do projeto de lei 5.154, de 2005, que diz o seguinte:

“Art. 1º — Fica extinto o uso do acento grave para indicar a ocorrência da crase.
Parágrafo único — A ocorrência de crase da preposição a com o artigo, pronome demonstrativo e pronome relativo continuará normalmente, deixando apenas de ser indicada pelo acento grave.
Art 2º — Conceder-se-á às empresas editoras de livros e publicações o prazo de 3 (três) anos para o cumprimento do que dispõe esta Lei.”

Por enquanto a pobrezinha está fora de perigo. O parecer do relator da Comissão de Educação foi pela rejeição e o projeto foi arquivado no dia 3 de outubro.

O que você acha disso? Você acha que o deputado Herrmann tem razão? A crase deve acabar?




Novas entrevistas em nossa página


A televisão como instrumento de inércia e passividade de crianças e adultos
Entrevista com o professor e autor de vários livros sobre televisão e educação, Pedrinho Guareschi, feita por Márcia Santos, assessora de imprensa do SINTESE - Sindicato dos Profissionais da Educação do Sergipe. (out/2005)
Para ler, visite nossa página: www.piratininga.org.br



Novos artigos em nossa página


Como se constroem as notícias
 Por Marina Amaral
Íntegra da reportagem de Marina Amaral publicada na edição especial "Corrupção" (out/2005), da revista Caros Amigos – gentilmente enviada ao Observatório da Imprensa pela autora; texto citado no programa Observatório da Imprensa na TV (nº 349, 18/10/05) pela professora Marilena Chaui, em sua análise sobre os processos de construção da notícia.


A solidão do mártires
 Por Mino Carta
Gentil, doce, frágil... Quem nos apresentou foi meu pai, faz muitos anos, éramos mocinhos. Tinha voz forte, baritonal, não casava com o físico... Assim apresento Vlado Herzog em O Castelo de Âmbar, livro que escrevi e publiquei faz seis anos. É, digamos assim, ficção autobiográfica, e nela Vlado surge com outro nome, Aldo Walder. Mas é a história da sua morte que contei, episódio crucial da minha vida real de cidadão e jornalista.


Postura da mídia abre espaço para a volta do fascismo
 Por Maurício Thuswohl
Intelectuais presentes em seminário promovido pela Unesco, no Rio, avaliam que casos recentes nos EUA, onde parte dos veículos adotou a autocensura, no Brasil e na Venezuela mostram que a relação mídia-poder tem de ser tema central da análise política internacional (Agência Carta Maior, 15/10/2005).


Cultos afro ganham direito de resposta
 Por Marcelo Oliveira
As redes de televisão Record e Mulher deverão exibir durante uma semana um programa de até uma hora de duração como direito de resposta aos praticantes de religiões afro-brasileiras ou de matriz africana, vítimas de preconceito por parte dos programas religiosos Sessão de Descarrego (Record) e Mistérios (Rede Mulher). O direito de resposta foi proposto em Ação Civil Pública interposta pelo Ministério Público Federal em novembro de 2004.


Expediente



Expediente

Rua Alcindo Guanabara, 17, sala 912 - CEP 20031-130
Tel. (21) 2220-56-18 / 9923-1093
www.piratininga.org.br / npiratininga@uol.com.br
Coordenador: Vito Giannotti
Edição e redação: Claudia Santiago (MTB.14.915)
Web-designer: Gustavo Barreto e Cris Fernandes.
Colaboraram nesta edição: Ana Manuella Soares (RJ), Ana Maria Straube (SP), Bruno Zornitta (RJ), Gissela Mate (SP), Gustavo Barreto (RJ), Kátia Marko (RS), Márcia Santos (SE), Marcus Vinícius (RJ) e Rogerio Almeida (PA).



Se você não quiser receber o Boletim do NPC, por favor, responda esta mensagem escrevendo REMOVA.

 

ÍNDICE
Clique nos ítens abaixo para ler os textos.

Notícias do NPC
Hotel Rwanda no Domingo é Dia de Cinema
Novo curso de Oratória para Mulheres em novembro
Curso especial nacional para os bancários do Banco Central será no Rio, de 9 a 11 de novembro

De Olho Na Mídia
A psicose do medo no dia a dia vencerá qualquer plebiscito a respeito
Campanha sutil
Lacônica e educada, TV Globo respalda corrupção tucana

Democratização da Comunicação
Carta-compromisso pela Democratização da Comunicação
Carta-compromisso pela Democratização da Comunicação
Manifestantes caminham em direção à sede da Anatel

NPC Informa
Seminário sobre Mídia Cidadã em São Bernardo do Campo
Pedagoga lança livro sobre televisão e formação de professores
Sebastião Salgado mostrará vida como ela era há séculos
Três mil pessoas no Encontro Nacional de Violeiros em São Paulo
No Rio de Janeiro tem Jongo da Serrinha
Spike Lee fará documentário sobre Nova Orleans pós-Katrina

A Comunicação que queremos
I Seminário de Comunicação Popular do Estado do Tocantins
Programa "Vozes Indígenas do Brasil", feito por rádio holandesa, recebe prêmio Vladimir Herzog
Seminário de Jovens Comunicadores reúne experiências bem sucedidas de comunicação para o desenvolvimento

De Olho Na Vida
Sílvio Rodrigues participa da III Cúpulas dos Povos
Remédios proibidos nos Estados Unidos e América do Norte vêm para o Brasil
Ativista gay é assassinado no Rio

Memória
Comemorações de 50 anos do Dieese começam com seminário

Imagens da Vida
Brasil: pantanal matogrossense

Pérolas da edição
Pérolas da Edição
Pérolas da Edição

Por Dentro da Universidade
Seleção de bolsistas para o Programa de Formação de Quadros Profissionais

Proposta de Pauta
Novo tratado defende o conceito de diversidade cultural

Democratização da Comunicação
Carta-compromisso pela Democratização da Comunicação
Carta-compromisso pela Democratização da Comunicação
Manifestantes caminham em direção à sede da Anatel

Cartas
Desfavelização é arma da direita
Remoção de favelas é nazismo

O que você acha disso?
Deputado quer acabar com a crase

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A televisão como instrumento de inércia e passividade de crianças e adultos

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