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Boletim do NPC Nº 77De 16 a 31/10/2005
Para jornalistas, dirigentes, militantes
e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais



Notícias do NPC


11º Curso Anual do NPC: só restam 50 vagas

Os interessados devem entrar em contato com o NPC para evitar os costumeiros problemas de última hora.

Estão abertas as inscrições para o grande curso anual do Núcleo Piratininga de Comunicação. Nesse ano, pretendemos tratar de assuntos não simplesmente úteis, mas necessários e urgentes. Estamos numa conjuntura difícil para toda a esquerda. Como vai ser a comunicação dos trabalhadores e das forças populares de esquerda daqui para frente? Quais os velhos desafios não enfrentados e os novos a enfrentar com coragem?

Confira a programação em www.piratininga.org.br


Io Seminário de Comunicação Comunitária da Paraíba

Foto cedida por Folha do Valentina..

Aconteceu, nos últimos dias 13 e 14, um encontro com 180 representantes de movimentos sociais, grupos comunitários, rádios comunitárias, grupos artístico-culturais, da Universidade Federal da Paraíba e da Prefeitura de João Pessoa. O que unificou todos os presentes foi a busca da construção de uma comunicação livre e comunitária, feita pelos próprios atores sociais.

O coordenador do NPC, Vito Giannotti, participou, na abertura do encontro, do debate sobre “O papel dos meios de comunicação comunitários para a democratização da sociedade”.

No sábado, o tema específico foi: “Aspectos jurídicos da comunicação comunitária: o rádio em pauta”. A parte principal da exposição foi apresentada pelo deputado federal Fernando Ferro (PT/PE). O parlamentar relatou sua vasta experiência, no Brasil e na Venezuela, com o tema em tela. Um dos participantes, representante da Anatel, foi bastante questionado pela platéia.

Na mesa de sábado, o  Núcleo Piratininga também participou das exposições e procurou mostrar a importância do rádio em um país como o Brasil, onde o índice de leitura de jornais é muito baixo. À tarde, os participantes elaboraram um documento com as principais decisões e reivindicações do encontro. O conteúdo do documento final foi apresentado aos participantes e será divulgado para o conjunto da população através da “Carta de João Pessoa”.




De Olho Na Mídia


Carta das Mulheres dá a volta ao mundo

Foto: SOF

17 de outubro: mulheres do mundo nas ruas para apoiar a Carta Mundial das Mulheres para a Humanidade. Do meio dia até uma hora da tarde, mulheres de todos os meridianos saíram às ruas para manifestar seu compromisso com a Carta Mundial e seus valores de igualdade, liberdade, justiça, paz e solidariedade. Esta manifestação dá seqüência à longa luta das mulheres pela igualdade e por uma sociedade justa onde mulheres e homens possam viver em paz.

Nesta edição, o Boletim do NPC se junta às vozes de todas essas mulheres para chamar por uma campanha na imprensa alternativa e sindical de divulgação das propostas do movimento feminista e de combate ao tratamento que a mulher recebe da grande mídia.

Basta de olhar para bancas de jornais e nos sentirmos agredidas por cartazes e silhuetas em papelão de mulheres nuas anunciando revistas para o entretenimento masculino.

Basta de suplementos especiais nos jornais e revistas especiais que dizem como devemos fazer para nos tornarmos mais agradáveis aos homens: como emagrecer, como se tornar mais bonita, como cuidar dos cabelos, os últimos exercícios inventados pelas academias. Chega de receitas de bolo, de bordado e tricô.

“A mulher objeto, brinquedo de cama e mesa do homem”, como Heloneida Studart definiu em seus livros feministas na década de 70, não pode ainda continuar em vigor. 

(Por Claudia Santiago)


No tiroteio do referendo, a Globo acerta o alvo
A novela “Bang-Bang” estreou no dia 03/10 e está sendo alvo de protestos dos setores envolvidos no referendo sobre o desarmamento. Tanto os defensores do SIM, quanto os partidários do NÃO acusam a novela de parcialidade. Os primeiros alegam que uma novela baseada no faroeste americano é uma defesa explícita da manutenção do comércio de armas. Os segundos destacam falas e posturas de personagens como uma condenação ao direito de adquirir armas legalmente.

Os defensores do SIM têm toda razão em reclamar. Afinal, o que não faltam no novo produto global são armas de todo o tipo. Mas, os partidários do NÃO poderiam deixar de citar a seguinte cena, ocorrida no capítulo do dia 4 de outubro, em que o personagem Javier Bolívar, interpretado por Genésio de Barros, diz para o filho: "Eu já te falei o que eu penso dessa história de revólver, de tiro, de violência. Isso não é bonito. Eu falo por experiência própria, filho. Há muitos anos, quando nós lutávamos para reaver as nossas terras, eu tive a ilusão de que as armas eram o verdadeiro caminho para a justiça. Eu estava errado. Com o tempo, eu aprendi que “hay que endurecer, sí, mas com ternura’”.

Então, quem está certo? É a Globo, ora. Lançou uma novela em pleno calor da discussão e o capítulo de estréia teve 36 pontos de média no ibope da Folha Online. A novela anterior estreou com média de 31 pontos. Muitos podem alegar que a emissora dá todos os sinais de que é partidária do SIM. Afinal, seu primeiro time de estrelas está na campanha pelo fim do comércio de armas. Por outro lado, o time político da própria Globo está muito mais alinhado com os setores conservadores que defendem o NÃO.

Acontece que ao parecer ser partidária do SIM, a Globo também tem chance de parecer politicamente correta. Ao mesmo tempo, o referendo não altera em nada as condições sociais e econômicas da sociedade brasileira. Uma realidade injusta e violenta que a própria Globo ajudou a construir e quer manter. Portanto, não há muito a perder. Ganhando o SIM, a emissora pode fazer pose de empresa que tem “responsabilidade social”. Vencendo o NÃO, a violência ganha mais uma justificativa superficial. As pessoas se matam na periferia e nas favelas porque continuam a comprar armas.

Enfim, as contradições entre os personagens da novela global mostram apenas os limites do referendo e a posição confortável dos verdadeiros responsáveis pela violência no País. Enquanto partidários do SIM e do NÃO duelam ferozmente, os ricos apreciam o espetáculo e os pobres continuarão a morrer.

(Por Sérgio Domingues)


Desde 2002, Campanha contra Baixaria na Tevê recebeu 17,4 mil reclamações
A campanha "Quem financia a baixaria é contra a cidadania" registrou, desde 2002, 17,4 mil manifestações de insatisfação. Os dois programas apresentados por João Kleber na Rede TV foram os mais criticados por conterem cenas impróprias ao horário e exporem os participantes dos quadros ao ridículo. Para reclamar da programação televisiva, qualquer pessoa pode entrar em contato com a campanha pelo telefone 0800-619619 ou pelo e-mail eticanatv@camara.gov.br. A campanha ainda recebe reclamações via Correio pelo endereço Câmara dos Deputados, Comissão de Direitos Humanos, Sala 185, CEP 70169-970, Brasília-DF.
(Juliana Cézar Nunes para a Agência Brasil)



Democratização da Comunicação


Semana Nacional pela Democratização da Comunicação de 17 a 21 de outubro
No mundo inteiro, estudantes, comunicadores, ativistas de mídia, entidades e movimentos sociais comemoram o dia 17 de outubro como o Dia Internacional pela Democratização da Mídia. No Brasil, para marcar a data este ano, várias entidades estão promovendo a terceira edição da Semana Nacional pela Democratização da Mídia, com atividades acontecendo em todo o País.

Hoje, a comunicação é central na vida de todos. Todo mundo vê televisão, ouve rádio, lê algum jornal ou revista – nem que seja pendurada na própria banca de jornal ou na sala de espera do dentista. Esses veículos de comunicação influenciam muito nossos gostos e opiniões, mas muito pouca gente como a mídia é construída, que ela tem lado e opinião – e mais, que ela tem dono.

Em nosso país, nove famílias são donas da maioria das rádios, tevês, jornais e revistas que dominam nosso cotidiano. Essas famílias não estão preocupadas em informar e prestar serviços públicos, mas sim em preservar e aumentar seus próprios lucros e interesses. Profissionais que querem fazer uma comunicação diferente são demitidos, movimentos sociais são criminalizados.

A Semana Nacional pela Democratização da Mídia é uma oportunidade de problematizar e discutir estas questões. A comunicação não é exclusividade do dono da tevê, do rádio ou do jornal, mas é um direito de todos. Se todos tiverem voz, se a comunicação for efetivamente democratizada e democrática, a construção de um Brasil melhor terá dado um passo importante.

(Texto produzido pelos organizadores da semana em S. Paulo)


Estudantes coordenam Semana da Comunicação, de 17 a 21 de outubro, em Alagoas
Está sendo realizada, de 17 a 21/10, a Semana da Comunicação, um evento promovido pelos estudantes do curso de comunicação social de Alagoas. A semana trará discussões, debates e atividades em torno do tema "combate ao monopólio da comunicação". Serão exibidos filmes todas as noites e haverá oficinas e grupos de discussão sobre o combate às opressões e a defesa da rádio livre e um Ato. No último, dia as atividades serão em uma comunidade perto da Ufal, com a exibição do filme "Rádio Favela uma onda no ar".

A atividade será incorporada às mobilizações da greve e contaremos com o apoio dos docentes, servidores e demais estudantes de outros CAs, que fazem parte do Comando de Greve. 

(Por Humberto Meira, estudante do 1º ano de Jornalismo da Ufal)


No Rio, atividades durante toda a semana De costas para Hélio Costa
No Rio de Janeiro, as atividades da Semana acontecem de 17 a 22 deste mês. Serão realizados debates, oficinas, grupos de discussão, exibição de vídeos, etc. No dia 20, haverá um ato-show na Praça XV, a partir das 16h, contra a gestão do atual ministro das Comunicações, Hélio Costa. Costa, proprietário de emissora comercial e representante dos interesses empresariais no setor, é favorável à adoção de um padrão de rádio e TV digitais dos EUA e contra as rádios comunitárias e o uso de software livre na administração pública.

Entendemos que essa é uma questão de toda a sociedade, e não apenas dos movimentos que lutam pela democratização da mídia. Se o padrão estadunidense for adotado para rádio e TV digitais, a dependência tecnológica do Brasil será aprofundada e as concessões de radiodifusão continuarão nas mãos das poucas famílias que controlam a informação no país. A adoção de softwares livres também é muito importante, pois representa a luta contra as patentes do conhecimento, tão essencial quanto a luta contra as patentes da vida, no caso dos transgênicos.

Por fim, é necessário apoiar a luta das rádios verdadeiramente comunitárias e livres, que vêm sendo duramente reprimidas pela Agência Nacional de Telecomunicações e pela Polícia Federal. Só em 2005, foram 2.204 rádios fechadas por esses órgãos, principalmente por razões políticas, já que essas rádios promovem a cidadania e a cultura nacional.

Informações: (21) 3852 0148, ramal 220 / 8831 65 19 (Bruno ou Cláudia), 9848 2980 (Paula) ou 9185 1598 (Breno). Mais infos sobre a Semana: www.crisbrasil.org.br

(Texto produzido pelos organizadores da semana no Rio)



NPC Informa


TV Paraná Educativa transmite programas da Telesur
O canal estatal de televisão Paraná Educativa transmite os programas da Telesur, companhia de TV mantida principalmente pelo governo da Venezuela com o apoio de vários canais de TVs públicas de outros países sulamericanos. Entre eles a Paraná Educativa, aqui do Brasil.

De segunda a sexta, a programação da Telesur vai ao ar pelas ondas da Paraná Educativa sempre à meia-noite. Aos sábados às 11h e aos domingos entre 10h30 e 11h30 e também às 14h. É possível sintonizar a Paraná Educativa através do canal 9 VHF (no Paraná) ou através de antenas parabólicas sintonizadas em 1320 Mhz, polarização horizontal (no resto do país).

Além de ser uma fonte alternativa de informação e fazer um contraponto aos canais noticiosos que propagandeiam as idéias do império, os programas da Telesur transmitidos pela Paraná Educativa nos ajudam a treinar nossos ouvidos para entender a língua da maioria dos povos de nosso continente, já que as transmissões são feitas em espanhol.

Jornalistas brasileiros também colaboram com o noticiário da Telesur e não é raro ouvir notícias em bom portunhol.

(Por Sergio Bertoni - TIE Brasil)


"Vlado - trinta anos depois" já está em cartaz

Foto: divulgação

Em um longa-metragem de 90 minutos, o cineasta João Batista de Andrade conta a história do jornalista Vladimir Herzog, assassinado na prisão em 1975, durante o regime militar. Os depoimentos trazem as lembranças da viúva, Clarice Herzog, e de pessoas que conviveram com Vlado. A produção é da Oeste Filmes e TAO Produções. Mas... prepare o coração para rever cenas que marcaram a época: choques elétricos, capuz preto, "cadeira do Dragão". Não só, porém. Também estão no filme imagens do culto ecumênico realizado em memória de Vlado na Catedral da Sé no dia 31 de outubro de 1975, com a participação de 8 mil pessoas, num protesto silencioso contra o regime. No documentário há depoimentos, entre outros, de D. Paulo Evaristo Arns, o rabino Henry Sobel, Fernando Morais, José Mindlin, Ruy Ohtake, Clara Sharf, Paulo Markun, Alberto Dines, Sérgio Gomes, Diléia Frate, Mino Carta, João Bosco e Aldir Blanc.

Informações para a imprensa com Ivani Cardoso (ivanicardoso@lufernandes.com.br) ou pelo telefone (11) 3814-4600.



Joel Zito de Araújo: As dores continuam presentes na alma do negro

Documentarista desde 1984, o cineasta Joel Zito de Araújo teve forte atuação no movimento sindical nos anos 80, em São Paulo e Belo Horizonte. Ele fez uma palestra durante o segundo dia da III Conferência Bienal da Associação para o Estudo da Diáspora Africana no Mundo (ASWAD), no dia 6 de outubro, no Rio de Janeiro. Lembrou histórias sobre a questão racial e o movimento sindical e falou sobre projetos ligados a estes temas. Respeitado entre o movimentos negro por seus filmes, criticou a “idéia marxista de que o mais importante é a classe, e não a raça”, e disse que tem intenções de explorar a subjetividade colonizada em um novo projeto que, segundo prevê, ainda deve demorar para sair.

Para Joel, o importante é tocar em questões que ainda não foram devidamente exploradas. “Uma amiga me disse para fazer um filme sobre Chiquinha Gonzaga, inclusive porque dava para obter financiamento mais facilmente, mas eu penso que insistir nas histórias da escravidão pode reforçar a subalternidade dos negros”, alertou, destacando o “pacto de relação de poder existente em não tocar na questão racial e negar a negritude”. Ele citou diversas histórias do sindicalismo brasileiro para apontar o tabu existente em relação ao tema e achou significativo o fato de seu filme “As Filhas do Vento” ter sido classificado pela revista ISTOÉ como “panfletário”.

Ele reforçou sua intenção de explorar preconceitos, como o de que a miscigenação veio para acabar com a raça negra e que, neste sentido, ser mestiço é ser subalterno e apenas uma fase de “passagem”. Joel sustenta: “O mestiço não se vê como um grupo. Ele tem a consciência – ou melhor, a inconsciência de que é parte de um processo de branqueamento”. Por isso, argumenta, “não pretendo trabalhar a ação, mas a alma do negro. Não a história heróica, mas as dores que continuam no presente”.

(Por Gustavo Barreto)


O novo livro de Pedro Tierra: poesia necessária para um tempo adverso
O Empório Tradição acaba de lançar, em Brasília, o livro de poesias de Pedro Tierra: O Porto Submerso.

Pedro Tierra nasceu Hamilton Pereira, em Goiás. Viveu em seminários, ajudou a fundar sindicatos de trabalhadores rurais em vários Estados e tornou-se dirigente nacional do PT. Durante o governo de Cristovam Buarque, ocupou a Secretaria de Cultura do Distrito Federal.

Como poeta, publicou nove livros, um deles em alemão (Zeit der Widrigkeiten, Tempo de Adversidades). Os outros são Poemas do Povo da Noite, Água e Rebelião, Inventar o Fogo, Passarinhar, Bernardo Sayão e o Caminho das Onças, e Dies Irae. Pedro alcançou reconhecimento nacional e internacional com a parceria estabelecida com Pedro Casaldáliga, Martin Coplas e Milton Nascimento na redação da Missa da Terra sem Males e da Missa dos Quilombos. Atualmente, preside a Fundação Perseu Abramo.

Hamilton Pereira, o Pedro Tierra esteve em praticamente todas as edições do Curso Anual do NPC. Em 2005 também está entra os professores convidados.



Agência de Fernanda Viseu ganha prêmio de marketing
A FV2 Comunicação Integrada, agência dirigida pela jornalista Fernanda Viseu e sua sócia Flávia Vasconcelos, acaba de ser eleita a empresa do ano de comunicação e marketing por meio do Prêmio Vip Marketing 2005. Fernanda é também jornalista do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense e já participou de vários cursos promovidos pelo Núcleo Piratininga de Comunicação.


Radiografia da Comunicação Sindical


A comunicação dos engenheiros de São Paulo
Eles formam um grande "exército". Só no Estado de São Paulo contam-se em quase 150 mil. Haja informação. Haja comunicação para passar! Esse é o esforço que a equipe profissional do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, SEESP, faz todos os dias. Uma equipe bem formada, que tem a frente a jornalista Rita Casaro. Ela nos conta, nesta Radiografia Sindical, como é a comunicação dos engenheiros.

Boletim NPC - Quantos engenheiros o sindicato de São Paulo representa? E quantos são filiados?

Rita Casaro - Estima-se que haja no Estado de São Paulo cerca de 150 mil engenheiros, todos são representados pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP). Entre esses, aproximadamente 100 mil são beneficiados pelos acordos e convenções coletivas de trabalho firmados pela entidade – os demais são autônomos ou empresários. Atualmente, há 39 mil filiados ao sindicato.

Boletim NPC - Quais são as principais atividades sindicais junto aos engenheiros?

Rita Casaro - A mais relevante, sem dúvida, é a representação à mesa das negociações coletivas que visam aos acordos e convenções. Como a categoria se distribui por todos os setores da economia, são dezenas de campanhas salariais que ocorrem ao longo ano. Além disso, e também devido à diversidade da atuação dos engenheiros, o sindicato tem uma ativa participação na discussão de temas que envolvem políticas públicas e infra-estrutura, como saneamento e meio ambiente, energia, habitação e transporte.

Boletim NPC - Qual o conceito que o SEESP tem de comunicação sindical?

Rita Casaro - Ao longo do tempo, o SEESP vem consolidando seu esforço de comunicação, que atualmente se traduz, principalmente, no Jornal do Engenheiro (JE), publicação quinzenal enviada aos associados. Dentro das limitações que sempre existem, a proposta é fazer um jornal que dê conta da pauta política e institucional do sindicato, mas que também se abra a temas que consideramos de interesse do engenheiro. Uma conquista, iniciada na última gestão e consolidada na atual, é garantir que o jornal seja jornal de fato. Ou seja, tem projetos gráfico e editorial que são respeitados e tem periodicidade definida – a data de fechamento é sagrada. Uma demonstração do empenho nesse sentido é o fato de haver um conselho editorial, composto por dirigentes e assessores, que se reúne regularmente. Esse grupo tem autonomia para pautar o jornal, criar novas seções e eventualmente extinguir as consideradas superadas.

Boletim NPC - O SEESP tem departamento de comunicação organizado? Com quantos profissionais?

Rita Casaro - O SEESP tem um Departamento de Imprensa, que conta com três jornalistas (uma delas encarregada de gerenciar a área), dois designers gráficos, uma estagiária e uma fotógrafa. Essa equipe, além do Jornal do Engenheiro, produz os materiais gráficos, como boletins setoriais, fôlderes, panfletos, cartazes etc, e faz assessoria de imprensa da entidade.

Boletim NPC - Quais os meios de comunicação utilizados pelo sindicato? E como é feita a distribuição desse material? E qual é a tiragem, o nome?

Rita Casaro - O Jornal do Engenheiro tem tiragem de 22 mil exemplares e é distribuído pelo Correio aos associados. Além desse, são produzidos boletins setoriais (para empresas energéticas, por exemplo), sem periodicidade regular e com distribuição nos locais de trabalho pelos delegados sindicais e também por e-mail.

Boletim NPC - Como o SEESP tem utilizado a ferramenta Internet para a comunicação junto aos seus representados?

Rita Casaro - A Internet é cada dia mais usada como um meio ágil e econômico de se comunicar com os associados. Por e-mail, são enviados boletins, convites, é feita divulgação de eventos. Além disso, o site do sindicato funciona como uma apresentação institucional da entidade aos engenheiros. Lá, eles podem se informar sobre os serviços à disposição, legislação, atividades mais importantes etc.

Boletim NPC - Qual é o endereço do portal na internet? Desde quando ele funciona?

Rita Casaro - O site do SEESP (www.seesp.org.br) está no ar desde 1999. Atualmente, passa por uma reformulação para se tornar mais interativo e abrangente.

Boletim NPC - Na sua opinião, um sindicato pode ficar sem comunicação? Por que?

Rita Casaro - Obviamente que não. Ficar sem comunicação significa ficar isolado da sua categoria e da sociedade e um sindicato precisa dialogar com ambas. Em primeiro lugar, precisa entender as necessidades da sua base, captar seus anseios e transformá-los em ação política, que por sua vez também precisa ser divulgada. Isso só pode acontecer com comunicação, de cuja eficácia depende muito da ação sindical.

(Rosângela Ribeiro Gil, de Santos)



De Olho Na Vida


Agricultura familiar faz festa no Baixo Amazonas
Dos quatro cantos da Amazônia, cortando os rios Tapajós, Amazonas e seus afluentes chegaram a Santarém, no Oeste do Pará, cerca de 300 agricultores e agricultoras. Vieram de diversas associações de produtores familiares de 15 municípios do Baixo Amazonas para mostrar suas experiências comunitárias na produção agrícola, artesanato, turismo rural comunitário, produção pesqueira, entre outras atividades agroecológicas.

Uns viajam horas de barco, atravessam dias e noites. Outros cruzam as estradas e trilhas para trazer na bagagem, do doce de muruci, tapioquinha, beju, óleo de andiroba, farinha de mandioca, galinha caipira, pato no tucupi aos viveiros de peixes.

É a V Feira da Produção Familiar do Baixo Amazonas (FEPAM-BAM) que aconteceu de 13 a 16 de outubro de 2005. Ela é um dos maiores acontecimentos agroecológicos da região, promovido desde 1997, pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará e Amapá, em parceria com o Fórum da Produção Familiar do Oeste do Pará.

(Por Rogério Almeida)


Entidades rejeitam Pólo Siderúrgico na ilha de São Luís
A escadaria da biblioteca pública Benedito Leite, na praça Deodoro, em São Luís, foi tomada na manhã de dia 11 de outubro por militantes do Movimento Reage, formado por várias entidades sindicais e populares, num protesto contra a implantação do Pólo Siderúrgico na ilha de São Luís. O empreendimento liderado pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), em parceria com a corporação chinesa Baosteel, visa instalar na ilha de São Luís, próximo ao porto do Itaqui, um complexo de três usinas e duas gusarias em uma área de 2.471 hectares, onde moram cerca de 14 mil pessoas em 11 comunidades rurais. Cada usina teria capacidade de produzir 7,5 milhões de toneladas por ano, totalizando 22,5 milhões de toneladas. Siderúrgicas deste porte, em ilhas, são rejeitadas por estudos técnicos de várias instituições científicas que alertam para os graves riscos ambientais e sociais, como a poluição do ar, do solo e do subsolo, além dos impactos causados pelo deslocamento de comunidades tradicionais.

O projeto é defendido pelos governos federal e estadual e acolhido pela Prefeitura de São Luís, com respaldo da quase totalidade dos meios de comunicação, que vêem no pólo oportunidades de geração de empregos diretos e indiretos, bem como o incremento da escalada desenvolvimentista do Maranhão, a exemplo da monocultura de soja, voltada para a exportação.

 “A luta contra a implantação dessas usinas em São Luís está apenas começando. A ilha não comporta mesmo uma usina siderúrgica, pelos impactos sociais e ambientais que esta instalação irá causar”, afirma o advogado Guilherme Zagallo, um dos coordenadores do Reage, enfatiza Zagallo.

(Por Ed Wilson Araújo)



Imagens da Vida


Uma lembrança de Rosa Luxemburgo
Foto de Renato Mauro

Local onde foi encontrado o corpo da revolucionária

O Landwehrkanal é, como o nome diz, um canal do Rio Spree que envolve a região central de Berlim. O canal corta o Tiergarten, um parque no coração da cidade. Atrás do jardim zoológico, numa das curvas do Landwehrkanal foi encontrado o corpo de Rosa num sábado, dia 31 de janeiro de 1919. Há uma rua pequena com o nome dela no lado leste da cidade.

(Foto e texto enviados por Jô Portilho)
Nota da edição:
A revolucionária Rosa foi assassinada no dia 15 de janeiro pelas forças da reação durante o governo da Social-democracia. Seu corpo foi jogado no canal por ordem do tenente Volgl que, com toda probabilidade, foi o autor do disparo que matou Rosa. Autora de inúmeros livros, entre eles Reforma ou Revolução. Foi enterrada no cemitério de Friederichfelde, no dia 13 de junho de 1919.



Pérolas da edição


Pérolas da Edição

“No Iraque, os jornalistas que estavam lá eram protegidos e transportados pelas tropas americanas. Em Nova Orleans, no entanto, eles estavam lá por eles mesmos. Ninguém estava os protegendo e eles começaram a ver cadáveres na rua e entraram em pânico ao vivo.”

Stephen Marshall, jornalista canadense, criador da GNN (Guerrilla News Network) que veicula vídeos e textos críticos acerca da cobertura feita pela mídia dos EUA sobre o governo George W. Bush.
“É pela opinião pública que se pode fazer tudo. Desde que se consiga orientá-la para um sistema qualquer, tem-se a certeza de fazer prevalecer este sistema. Porque a opinião do povo, como se diz muito bem, é sua força e a força do povo é tudo!” (Journal de Laberté de Presse – 27.09.1794).
Gracco Babeuf, jornalista revolucionário da Revolução Francesa
“A miséria religiosa é ao mesmo tempo a expressão da miséria real e, por outro lado, o protesto contra esta miséria. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um homem sem coração, como o espírito de um tempo privado de espírito. Ela é um ópio do povo.”
Karl Marx



Memória


Memória do Movimento Estudantil
Um grupo de professores e alunos do Departamento de História da UFRJ (IFCS) que trabalha no Laboratório de Estudos do Tempo Presente, no projeto intitulado "Memória de Esquerda", está reunindo documentação sobre o Movimento Estudantil nas décadas de 70 e 80. Solicita aos que tiverem guardado em casa panfletos, jornais, fotos e documentação sobre a atuação do Movimento Estudantil neste período e estiver interessado em fazer uma doação, que entrem em contato através dos e-mails: historia.oral-tempo@grupos.com.br; difcs@yahoo.com.br ou mp-araujo@uol.com.br


Proposta de Pauta


Dois anos da Guerra do Gás na Bolívia
Em outubro de 2003, 67 pessoas morreram, na Bolívia, durante uma ação das forças militares para combater as mobilizações massivas contra a exportação de gás para a América do Norte. O ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada comandou a ação que deixou também  411 feridos e viajou para Miami. Ninguém foi punido.

Organizações acusam o governo estadunidense de apoiar o ex-presidente boliviano, sob o pretexto de que os que morreram em outubro de 2003 eram terroristas, narcotraficantes e guerrilheiros que estavam desestabilizando o país. No massacre, mulheres grávidas e crianças morreram atingidas por balas.

No sábado, dia 17, em El Alto, cidade epicentro do massacre, foi feita a entrega dos documentos de propriedade dos mausoléus onde estão enterrados os mortos da denominada Guerra do Gás. No Cemitério de Villa Ingenio, situado na parte norte de El Alto, estão enterrados os restos de 23 mortos na Guerra.

(Fonte: Adital)



ESPECIAL:


13 anos de impunidade do Massacre de Carandiru
Jornalista do Consultor Jurídico escreve sobre os 13 anos de impunidade do Massacre de Carandiru

por Leonardo Fuhrmann

O massacre do Carandiru completou 13 anos neste domingo, 2 de outubro. O prédio onde 111 presos foram executados pela polícia paulista foi implodido para dar lugar a um parque. O episódio rendeu filmes, livros e músicas. Dos cerca de 120 supostos autores do crime, apenas um foi julgado. Nenhum está preso. As autoridades paulistas da época continuaram suas vidas públicas. Mais: as mortes viraram tema de campanha eleitoral. A exemplo do prédio onde ele aconteceu, é quase como se o massacre não existisse.

(O artigo foi produzido para o Consultor Jurídico e está disponível em www.piratininga.org.br)



Cartas


O exemplo de Apolônio
Achei FANTÁSTICO o fato de vocês terem dedicado o nº 76 do Boletim, que por sinal é muito bom, à memória do grande companheiro Apolônio de Carvalho. Como o conheci pessoalmente, pois foi o assistente do CC do velho PCB para os jovens comunistas, não esquecerei jamais o exemplo de fraternidade, solidariedade, paciência, bondade e retidão de caráter. Valores de um verdadeiro revolucionário, tão ausentes nos dias de hoje. PARABÉNS. Shalom Tito


Novos artigos em nossa página


Sociedade civil acusa Hélio Costa de “tirar debate do ar”
Por Jonas Valente
A TV brasileira vai mudar. Ela não será mais transmitida por ondas radioelétricas, como é hoje, mas por informação convertida na forma de bits, como aquelas que são armazenadas nos computadores e trocadas por meio da internet. E este aparente detalhe está fazendo toda a diferença em uma revolução que não irá apenas melhorar a qualidade técnica de aspectos como som e imagem, mas irá gerar toda uma nova forma de relação dos brasileiros para com este meio de comunicação. Apesar de ter grandes dimensões (econômicas, culturais, políticas) para o futuro do País, a discussão sobre a implantação da TV digital no Brasil, conduzida pelo Ministério das Comunicações, está passando ao largo da sociedade e vem privilegiando apenas os interesses das empresas de mídia. É baseado nesta crítica que diversas entidades da sociedade civil da área de comunicação abriram fogo contra o ministro Hélio Costa para disputar os rumos da TV brasileira. (Para Carta Maior, em 11/10/2005)


Postura da mídia abre espaço para a volta do fascismo
Por Maurício Thuswohl
Intelectuais presentes em seminário promovido pela Unesco, no Rio, avaliam que casos recentes nos EUA, onde parte dos veículos adotou a autocensura, no Brasil e na Venezuela mostram que a relação mídia-poder tem de ser tema central da análise política internacional. (Para Carta Maior, em 15/10/2005)


A sabedoria de Hugo Chávez no Roda Viva
 Por Izaías Almada
Argumentos tirados da lata do lixo...
A frase acima foi usada pelo presidente Hugo Chávez como parte de uma resposta dada a um jornalista de O Estado de São Paulo no programa Roda Viva da segunda-feira, 3 de outubro.
Não sei se o leitor teve a oportunidade de assistir ao programa.
O de segunda-feira, no entanto, deixou a desejar. Não pela figura do presidente venezuelano, sempre franco, educado, sabedor de que devia se ater aos problemas da América Latina e – em particular – aos problemas da sua nova Venezuela. A decepção ficou por conta da mediocridade (e em alguns casos má fé mesmo) com que alguns dos entrevistadores se comportaram. Salvo as exceções de Fernando Morais e Bob Fernandes, que procuraram levantar questões pertinentes à importância e ao momento histórico do entrevistado, os outros integrantes da roda se comportaram (tão em moda na imprensa brasileira atual) mais como inquisidores do que propriamente entrevistadores. Pior ainda: inquisidores mal preparados. (Para Caros Amigos, em 10/2005)


Seminário na Paraíba levanta propostas para uma política de comunicação comunitária
Os participantes do I Seminário de Comunicação Comunitária, promovido pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) nos dias 13 e 14 de outubro, elencaram dez sugestões para o início da elaboração de uma  política destinada ao setor na cidade. Entre as propostas estão a municipalização do serviço de concessões de rádios comunitárias na Capital, através da criação de lei municipal, e a formação de um conselho para exercer o controle social sobre a atividade. O relatório contendo as deliberações do evento deverá ser encaminhado até a próxima quarta-feira (18) ao secretário de Comunicação (Secom), Nonato Bandeira, que deve submetê-lo à análise do prefeito Ricardo Coutinho (PSB).

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Boletim do Núcleo Piratininga de Comunicação

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Coordenador: Vito Giannotti
Edição e redação: Claudia Santiago (MTB.14.915)
Web-designer: Gustavo Barreto e Cris Fernandes.
Colaboraram nesta edição: Ana Manuella Soares (RJ), Bruno Zornitta (RJ), Douglas Pego (RJ), Ed Wilson Araújo (MA), Gustavo Barreto (RJ), Humberto Meira (AL), Jô Portilho (Berlim), Kátia Marko (RS), Rosângela Ribeiro Gil (Santos), Rogério Almeida (PA) e Sérgio Domingues (SP).



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ÍNDICE
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Notícias do NPC
11º Curso Anual do NPC: só restam 50 vagas
Io Seminário de Comunicação Comunitária da Paraíba

De Olho Na Mídia
Carta das Mulheres dá a volta ao mundo
No tiroteio do referendo, a Globo acerta o alvo
Desde 2002, Campanha contra Baixaria na Tevê recebeu 17,4 mil reclamações

Democratização da Comunicação
Semana Nacional pela Democratização da Comunicação de 17 a 21 de outubro
Estudantes coordenam Semana da Comunicação, de 17 a 21 de outubro, em Alagoas
No Rio, atividades durante toda a semana De costas para Hélio Costa

NPC Informa
TV Paraná Educativa transmite programas da Telesur
"Vlado - trinta anos depois" já está em cartaz
Joel Zito de Araújo: As dores continuam presentes na alma do negro
O novo livro de Pedro Tierra: poesia necessária para um tempo adverso
Agência de Fernanda Viseu ganha prêmio de marketing

Radiografia da Comunicação Sindical
A comunicação dos engenheiros de São Paulo

De Olho Na Vida
Agricultura familiar faz festa no Baixo Amazonas
Entidades rejeitam Pólo Siderúrgico na ilha de São Luís

Imagens da Vida
Uma lembrança de Rosa Luxemburgo

Pérolas da edição
Pérolas da Edição

Memória
Memória do Movimento Estudantil

Proposta de Pauta
Dois anos da Guerra do Gás na Bolívia

ESPECIAL:
13 anos de impunidade do Massacre de Carandiru
Jornalista do Consultor Jurídico escreve sobre os 13 anos de impunidade do Massacre de Carandiru


Cartas
O exemplo de Apolônio

Novos artigos em nossa página
Sociedade civil acusa Hélio Costa de “tirar debate do ar”
Postura da mídia abre espaço para a volta do fascismo
A sabedoria de Hugo Chávez no Roda Viva
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