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Boletim do
NPC —
Nº 6
— De 17 a 30/6/2002
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
A Comunicação que queremos
Mostra de Imprensa Sindical Brasileira: vejas fotos da noite de abertura
A
1ª Mostra de Imprensa Sindical Brasileira 1988-2002 foi organizada pelo
Núcleo Piratininga de Comunicação. A
Mostra se encerrou no dia 14 deste mês. Foram 45 dias recebendo visitas de
aproximadamente 1.000 pessoas, vindas de vários pontos do país. Há diversas
propostas de levar a exposição para outros estados, como Sergipe, São Paulo,
Paraná, Mato Grosso etc. Vamos tentar fazer que isso aconteça porque trata-se
de um evento que se mostrou valioso. Além disso, queremos que venham a 2ª, a
3ª, a 100ª edição dessa mostra.
Entre
em nossa página e veja as fotos da inauguração da Mostra.
Sai livro de Comunicação Popular de Maria Otília Bocchini
Maria
Otília Bocchini e Maria Elena Ortega Ortiz Assumpção lançaram, na semana
passada, o livro “Para escrever bem”. Segundo as autoras “este não é
mais um livro com listas de erros de português a serem evitados. Ensina a
escrever textos fáceis de ler, sem perder nadada da informação. Os
fundamentos do texto acessível são transmitidos por meio de conceitos, técnicas,
exemplos e muitos exercícios”. Otília e Maria Elena estão convencidas de
que escrever bem é ainda mais importante que escrever certo. Maria Otília faz
parte do Conselho do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC).
Informações
(11) 4196-6000 ou vendas@manole.com.br.
No Rio de Janeiro, a obra estará à
venda no NPC.
9ª Plenária aprova bases do programa do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação Aconteceu neste final de semana, de 14 a 16 de junho, no
Rio de Janeiro, a IX Plenária do Fórum Nacional pela Democratização da
Comunicação (FNDC). Cerca de 50 pessoas participaram do encontro. Destes, 16
delegados representando as entidades nacionais e os dois Comitês Regionais hoje
formados no país, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. Estiveram em pauta
questões importantes como o Conselho de Comunicação Social, a entrada do
capital estrangeiro na mídia brasileira, a radiodifusão comunitária e a
introdução da tecnologia digital na comunicação social eletrônica. A plenária
também debateu a recomposição da base política, orgânica e administrativa
do Fórum. E aprovou as bases do programa do FNDC para a Democratização da
Comunicação no Brasil que será entregue aos candidatos à presidência da República.
No programa são apresentados os objetivos estratégicos
do Fórum: 1) Construção do Controle Público dos Meios de Comunicação;
2) Reestruturação dos sistemas e do mercado na área das comunicações;
3) Capacitação da sociedade para conhecimento e a ação sobre a comunicação;
4) Definição e disputa de uma Política de Desenvolvimento da Cultura do
país através da mídia. Este programa voltará a ser avaliado na X Plenária
do FNDC, no final de novembro, com a indicação de ser realizado em Brasília.
Entidades vão investir
na formação de comitês regionais
Na
metade de 1994, o FNDC contou com 44 comitês regionais e comissões pró-comitês.
As entidades presentes na Plenária se comprometeram em investir na construção
dos comitês regionais, pois entendem a importância destes espaços para
divulgar os objetivos do Fórum e desenvolver a luta pela democratização da
comunicação. Além disso, foram aprovadas as seguintes propostas para a
organização política do FNDC: campanhas explicativas sobre as questões em
disputa, principalmente os projetos de ombudsman da mídia durante as eleições
e a implementação da tecnologia digital no Brasil, uma política de formação
de quadros dentro dos comitês regionais, a criação de um grupo que busque o
diálogo com outras entidades não-específicas para identificar pontos de
interesse comuns e articular a atuação conjunta.
Fórum surgiu em 1991...
Desde
o final dos anos 70, em pleno regime militar, os movimentos sociais já tentavam
organizar ações e constituir um espaço democrático para enfrentar os
principais problemas do Brasil no âmbito das comunicações. A partir da década
de 80, o descontentamento com a falta de respostas para o “aqui e agora”
gerou demandas que passaram a ser respondidas por soluções de sentido libertário,
mas com perspectivas imediatistas e particularizadas. Em quase 20 anos de luta
pela democratização da comunicação no país, prevaleceu a dificuldade de se
formular um projeto abrangente de caráter democratizante para as comunicações.
A
novidade só surgiu em abril de 1991. Neste ano foi criado o Fórum Nacional
pela Democratização da Comunicação (FNDC). Resultado de um esforço de revisão
crítica de experiências frustradas ao longo das duas décadas anteriores.
Além
dos protagonistas até então envolvidos no processo de luta pelo controle público
do setor, o ineditismo da proposta do movimento atraiu centenas de entidades
federais e estaduais que, até então, sequer acompanhavam a luta pela
democratização da comunicação no Brasil. Na metade de 1994, 32 entidades
nacionais haviam aderido ao programa de lutas. Em seu ápice, o FNDC foi
integrado por um total de 364 entidades representativas dos mais diferentes
segmentos da sociedade brasileira. Com o Fórum, a sociedade começou a se impor
diante do Estado e do setor privado em relação às questões da área das
comunicações.
Mais
do que uma mera pretensão política, a atuação prática do Fórum pôde ser
sentida nas principais lutas que se seguiram à sua constituição:
- Regulamentação do Conselho de Comunicação Social (Lei
8389);
- Aprovação da regulamentação da TV a Cabo (Lei 8977),
incluindo a criação de canais comunitários, universitários e outras inovações;
- Elaboração do anteprojeto de uma nova Lei de Imprensa;
- Regulamentação da Radiodifusão Comunitária (Lei 9612).
Se você quiser saber mais sobre a história e
atuação do FNDC, consulta a página do Fórum: www.fndc.com.br.
Leia mais sobre este tema no artigo A luta pela
democratização dos meios de comunicação a partir dos movimentos sociais,
de Taís Ladeira, que
estará em nossa página a partir de 4ª feira, 19 de junho.
Lançamento do livro Tragédia e esperança na Palestina, de José Arbex Jr.
Debatedores:
Ali El-Khatib, da ONG Jerusalém
Gershon Knispel, do Movimento
Israelense pela Liberdade de Criação
João Pedro Stedile, do Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
José Arbex Jr., jornalista e
historiador
Paulo Suess, teólogo do Conselho
Indigenista Missionário (Cimi) e da Cáritas do Brasil
Moderador: Hamilton Octavio de
Souza, diretor do Depto. de Jornalismo da PUC - SP
Na ocasião, serão lançadas campanhas de solidariedade para com o povo
palestino e por uma paz justa entre palestinos e israelenses.
Local: Teatro da Universidade Católica (Tuca) -
São Paulo
Data: 25 de junho (terça-feira)
Hora: 19h
Encontro latino-americano debate democratização de comunicação
Terminou no
dia 12, em Quito, Equador, o Encontro Latino-Americano “E por quê não uma
sociedade da comunicação?”. Este encontro faz parte da Campanha pelo Direito
à Comunicação na Sociedade da Informação (CRIS, sigla em inglês) e
para comemorar os 25 anos da Agência Latinoamericana de Información (ALAI-amlatina).
Participaram do encontro desde o dia 10, delegados de redes que trabalham pela
democratização da comunicação, assim como coordenações e redes sociais que
sentem a necessidade de articular espaços permanentes de comunicação em suas
respectivas agendas de trabalho.
A
proposta do encontro é fazer um amplo debate público e mobilizar várias forças
sociais em torno do direito à comunicação. Foram abordados dois eixos
centrais: a realização da Cumbre Mundial de la Sociedad de la Información,
convocada pelas Nações Unidas para dezembro de 2003 em Genebra, e estabelecer
pontes entre as diferentes iniciativas dos movimentos sociais que defendem o
direito à comunicação. (Fonte: Alai-amlatina)
Três vídeos sobre a greve de Guariba – SP 1984
O professor e cineasta José Roberto Novaes acabou de lançar
mais dois documentários sobre a histórica greve dos cortadores de cana da região
de Ribeirão Preto, SP. Naquela greve, os bóias-frias da região mais rica do
País cruzaram os braços lutando por melhores condições de vida.
Nas redondezas de Ribeirão Preto se concentram, hoje, 25%
da produção de açúcar e do álcool do País. A região é tão rica
que muitos, sobretudo a Rede Globo, a chamam de Califórnia Brasileira.
Enquanto isso, os bóias-frias viviam como no resto do País,
em situação de miséria. Em 84 fizeram uma célebre greve e tiveram muitas vitórias.
A situação melhorou, mas o custo foi alto. Dois trabalhadores foram
assassinados pela Polícia Militar enviada pelo então governador de São
Paulo, Franco Montoro.
Meses depois, o então ministro da Justiça, Paulo
Brossard, durante a campanha eleitoral daquele ano foi à televisão declarar
que o PT havia matado os dois trabalhadores. A sua versão logo foi desmentida
pelos fatos.
Beto Novaes, em 91, fez seu primeiro filme sobre estes
acontecimentos, Califórnia à Brasileira.
Agora saíram mais dois curtas, de uns dez minutos cada um,
com um olhar histórico sobre aqueles fatos. Guariba 1984-2001 e A memória
em nossas mãos.
O conjunto forma uma trilogia que se completa e faz uma
recuperação histórica de fatos importantes na luta dos trabalhadores do nosso
país.
O Avesso da Mídia
Tim Lopes e as classes perigosas
Crianças
costumam brincar entre si perguntando se prefere morrer de faca ou de tiro. No
caso da morte de Tim Lopes há vários aspectos a serem considerados. Vários
enfoques. Um pior que o outro, como na brincadeira das crianças. Difícil dizer qual o mais grave.
Para
mim, porém, há um que julgo particularmente terrível. É a reafirmação do
preconceito contra pobres, negros e moradores das favelas. É a reafirmação da
idéia de que estes trabalhadores, pelo fato de serem pobre e morarem em
favelas, são bandidos, assaltantes, torturadores ou, no mínimo,
ladrões. Todas as matérias televisivas que eu assisti mostram o morro, a
favela, como um antro de assassinos. “Pobre é isso mesmo. Todo pobre é isso.
Sempre foram assim”. Essa é a conclusão mais lógica a que qualquer criança
chegaria ao assistir as longuíssimas reportagens com direito a aplausos e lágrimas,
do Jornal Nacional. Como no fim de um espetáculo ou de uma novela.
Transformando jornalismo em show. Para entender este mecanismo deve-se ler
Showrnalismo (Editora Casa Amarela), de José Arbex Jr.
Vamos
às manchetes de alguns jornais
As
chamadas dos grandes jornais obedeceram ao mesmo raciocínio . O Estadão de
11/06 traz uma manchete inóqua: “Exército tem plano para ação no Rio desde
88.” Em seguida,o olho: “Militares tem atualizado periodicamente esquema
para intervenções, em MORROS”. Está aí o nó da questão: o problema é o
morro! E quem mora nos morros? Numa
das retrancas do mesmo jornal a resposta aparece e reafirma a visão de quem são
os “perigosos”, vejamos: “ este é o caminho mais seguro para a solução
do problema da violência. Para o fim dos donos de favelas e morros. Para o fim
do crime hediondo”.
É
isso. Problema é o morro e a
favela. Enfim, os pobres. Desde o século 19, no Brasil, se falava dos
pobres como “classes perigosas”.
Uma
perguntinha: nos morros do Rio há fábricas de armas? Há plantações de coca
ou de maconha? Então, de onde vem tudo isso? Com chega lá em cima? Quem
facilita todas essas transaçõesinhas? Quem coordena tudo isso? E em qual
avenida da orla moram estes senhores?
Mas
nada disso se fala. O que fica para velhos, moços e crianças é que os pobres
são criminosos. E todos moram em morros e favelas.
Difundir
e fortalece essa idéia é o crime dos crimes. Inafiançável durante décadas e
décadas, e mais décadas.
(Vito
Giannotti)
Duas matérias do Globo de hoje, 16/06, para estimular comentários
1) A primeira é ilustrativa do modelito que o grupo no poder vem adotando. Na página
3 do caderno principal, em matéria de página inteira intitulada "Chapa
Serra-Rita agora é oficial", com o subtítulo: "Comigo não tem
calote nem confisco, diz o tucano ao ter a candidatura homologada" e
direito a grande fotografia onde se dão as mãos FHC, Ruth Cardoso, Serra e a
mulher... Página quase propagandística, diriam alguns... O texto, elogioso,
comenta:
" Se não fosse pelas cores das bandeiras, dos cartazes e dos outdoors,
qualquer um poderia apostar que se tratava de uma convenção americana. A festa
de homologação da candidatura de Serra foi inspirada no modelo americano de
convenções. Muita tecnologia, luzes, câmaras que se movimentavam em gruas,
gigantescos cartazes coloridos, balões e torcidas organizadas. Uma produção
impecável, que custou cerca de meio milhão de reais".
2) A segunda é mais séria e grave. No mesmo jornal e caderno, na página
seguinte (p. 4), a coluna de Helena Chagas intitulada "FH cuida da saída"
nos remete a pensar exatamente o caso da Argentina e a nos indagar sobre a
irresponsabilidade reinante. Depois de mencionar que FHC não terá problemas de
trabalho após a saída da presidência, diz Chagas: "Permanece, porém,
aquela assombração que, diz-se, há muito povoa os piores pesadelos de
Fernando Henrique: o medo de ser preso ou passar por constrangimentos provocados
pelo Ministério Público ou pela Justiça." Helena Chagas enfatiza a
honradez do atual presidente e atribui tal medo a "rumores", que
"dão conta de que, no MInistério Público, onde o governo não tem
exatamente uma maioria de amigos, há planos para pegar Fernando Henrique na
esquina"(...) "Com pouco espaço de manobra, o Planalto está numa
sinuca. Tem duas possibilidades legais de alterar as regras [para impedir uma
prisão]: a emenda constitucional que cria a figura do senador vitalício para
ex-presidentes e o projeto de lei que restaura o foro privilegiado do STF para
ex-presidentes e ex-parlamentares nos processos que tratam de atos executados
durante o mandato."
Isso não faz lembrar Pinochet?
Isso não nos faz pensar na profunda desqualificação da política realizada ao
longo dos últimos 20 anos? Que diferença ainda existe entre máfias e eleitos?
A proximidade é clara: ambos devem ficar fora do alcance de qualquer justiça...
(Virginia Fontes)
Televisão: Globo Repórter usa sutileza, mas dá seu recado
No
dia 8 de junho, o Globo Repórter foi ao ar com um tema que nunca vai sair de
moda no capitalismo: o dinheiro. Reportagens rápidas, bem feitas e até bem
humoradas. Tudo para no final fazer uma ameaça sutil: o país vai para o caos
se Lula for eleito.
Leia mais sobre o assunto no
artigo de Sérgio Domingues: www.piratininga.org.br.
Comunicando para milhões
Que tal uma campanha nos jornais sindicais? Leia as frases abaixo: No
capitalismo global moderno, só votam os americanos, os brasileiros não votam, de
George
Soros
megaespeculador/agiota.
E
Rudiger Dornbusch, um dos papas da teoria neoliberal e professor do MIT
(Massachusetts
Institute of Tecnology), disse:
Se estamos buscando um especulador para culpar pela situação do Brasil, esse
especulador é Fernando Henrique Cardoso.
Vamos
estampar essas frases em nossos jornais. São dois neoliberais da mais pura cepa
falando duas verdades que raramente são explicitadas de forma tão clara!
Se liga, Brasil É
contagiante observar a lição de cidadania e democracia que está sendo
veiculada pelos meios de comunicação, quero dizer pela Rede Globo, num ano de
tantas motivações.
A campanha Se liga Brasil incentiva você a gastar R$ 0,27 + impostos para
escolher se quem deve permanecer na casa do Big Brother Brasil é o Thyrso ou o
Fernando.
A campanha Se liga Brasil incentiva você a gastar R$ 0,27 + impostos para
escolher se a seleção Brasileira está psicologicamente preparada para
enfrentar o próximo adversário ou não.
A campanha Se liga Brasil incentiva você a gastar R$ 0,27 + impostos para
escolher se....
Por que será que a campanha Se liga Brasil não incentiva você a gastar
R$ 0,27 + impostos para escolher se a CPMF deve ou não continuar?
Por que será que a campanha Se liga Brasil não incentiva você a gastar
R$ 0,27 + impostos para escolher se o país deve ter um imposto único ou não?
Por que será que a campanha Se liga Brasil não incentiva você a gastar
R$ 0,27 + impostos para escolher se o imposto de renda está alto ou não?
Por que será que a campanha Se liga Brasil não incentiva você a gastar
R$ 0,27 + impostos para escolher se você quer receber o seu FGTS roubado há 12
anos atrás em uma única parcela ou não?
Por que será que a campanha Se liga Brasil não incentivou você a gastar
R$ 0,27 + impostos para escolher se a Companhia Vale do Rio Doce deveria ser
privatizada ou não?
Por que será que a campanha Se liga Brasil não incentiva você a gastar
R$ 0,27 + impostos para escolher se a CESP deveria ser privatizada ou não?
Por
que será que a campanha Se liga Brasil não incentiva você a gastar R$ 0,27 +
impostos para escolher se a TELESP deveria ser privatizada ou não?
Por que será que a campanha Se liga Brasil não incentiva você a gastar
R$ 0,27 + impostos para escolher se o Banestado deveria ser privatizado ou não?
Por que será que a campanha Se liga Brasil não incentiva você a gastar
R$ 0,27 + impostos para escolher se a CPFL deveria ser privatizada ou não?
Por
que será que a campanha Se liga Brasil não incentiva você a gastar R$ 0,27 +
impostos para escolher se Sérgio Naya deveria ir para a cadeia ou não?
Por que será que a campanha Se liga Brasil não incentiva você a gastar
R$ 0,27 + impostos para escolher se Eurico Miranda deveria ir para a cadeia ou não?
Por que será que a campanha Se liga Brasil não incentiva você a gastar
R$ 0,27 + impostos para escolher se o Banespa deveria sair do poder do Estado de
S. Paulo ou não?
Por que será que a campanha Se liga Brasil não incentiva você a gastar
R$ 0,27 + impostos Por que será que os especuladores internacionais estão com
tanto medo das próximas eleições?
Por que será outros tantos por quês?
É
PORQUE VOCÊ NÃO SE LIGA, BRASIL !
Faça estas perguntas a todos que você conhece e comece a mudar a história
do país. Faça estas perguntas a todos que você
conhece
e comece a mudar a história do país, assim os seus netos poderão, no futuro,
responder que este é um país democrático porquê você ajudou a mudá-lo!.
Você
transmite tantas correntes de amizade, orações, sonhos e anjos então, por
favor, não pare esta corrente !
"ALCA: novo projeto de dominação imperialista dos Estados Unidos"
A afirmação é do professor e
sociólogo Luis Fernando Novoa em debate sobre a Área de Livre Comércio das Américas,
Alca, em Santos (SP). Os Estados Unidos, a partir da eleição do governo Bush e
de 11 de setembro, mais especificamente, querem impor ao mundo um projeto
unilateral, que o professor define como "projeto de hegemonia total"
A periferia dos Estados Unidos -- a América Latina e o
Caribe -- vai entrar com algumas contribuições cruciais para esse projeto, que
no caso se esboça com a Alca. "Produziremos exatamente aquilo que eles (o
governo e as grandes corporações americanos) precisarem. A nossa
agricultura não será para alimentar o nosso povo e não vai ser para formar
cadeias agroindustriais exportadoras", observa Luis Fernando Novoa, que
também é da coordenação da ATTAC (Associação pela Tributação das Transações
Financeiras em Apoio aos Cidadãos) de Campinas.
O papel do Brasil e dos outros países da América Latina e
do Caribe passa a ser "suplementar" na ordem da Alca. "Seremos
eternamente acessórios dos americanos, sem a possibilidade de projetar e
lutar por margens de autonomia", adverte o professor, que também destaca o
rebaixamento político nesses países.
Para que se tenha uma economia do padrão Alca, ou seja, um
padrão rebaixado, é preciso ter, também, uma política de igual padrão. Ou
seja, desqualificada. Uma política que seja a reprodução dos interesses do
sistema. Políticos que administrem as solicitações e imposições do mercado,
que mantenham a taxa de câmbio como o sistema econômico quer, que mantenham os
pagamentos da dívida externa que estabilizem o fluxo de capital deles
(americanos).
Nessa política servil aos interesses das grandes corporações
dos Estados Unidos inserem-se, também, os políticos que defendem a
desregulamentação das leis trabalhistas, das leis ambientais e dos serviços públicos.
Neocolônia
Luis Fernando Novoa vê a Alca como a volta aos tempos de
colônia. "Uma colônia onde as relações sociais serão relações de
exclusão. Não teremos uma sociedade, mas um conjunto de extratos sociais
incomunicáveis, onde a única relação possível com o outro passa a ser a
violência, o preconceito e o racismo. No fundo é uma política de extermínio.
Estamos vivendo a prévia de uma sociedade totalitária que a começa a se esboçar
(Rosângela Ribeiro Gil)
De Olho No Mundo
Correção:
Em nosso
último boletim, informamos que o artigo "A
máfia sindical venezuelana e a tentativa de golpe contra Chávez", de
Altamiro Borges, poderia ser encontrado na página www.oficinainforma.com.br
,
mas o artigo está hospedado na página www.espacoacademico.com.br.
Argentina come carne de gato
Está
é uma ótima notícia para assustar eleitores pró-Lula.
A
notícia corre solta... O Globo, seu jornal popular, o Extra, e óbvio, o Jornal
Nacional, levantaram esta grande notícia, na sexta-feira, 7 de junho:
“Argentina como carne de gato”.
“Buenos
Aires – Na cidade de Quilmes, a menos de 30 quilômetros de Buenos Aires, a
pobreza alcançou níveis extremos desde a desvalorização do peso e a
consequente disparada dos preços no país. Segundo investigações publicadas
ontem pelo jornal Página 12, moradores de um bairro pobre de Quilmes comem
carne de gato, cavalo, rato e sapo já que não têm recursos para comprar
comida.
A
informação começou a circular quando algumas crianças comentaram, na escola,
que haviam comido cavalo. O IAPI é um dos bairros mais humildes de Quilmes,
cidade que tem 600 mil habitantes. Cerca de 90% dos chefes de família do bairro
estão desempregados”.
Esta
notícia não está nos jornais do império Marinho por acaso. Faz parte da
campanha terrorista do Serra, Soros e companhia e tem como objetivo assustar os
brasileiros com o espantalho da miséria Argentina.
A
mensagem é a seguinte: se o Lula ganhar você vai comer carne de gato.
Nada
é por acaso na mídia. Se estivessem interessados em informar diriam que estes
argentinos são vítimas do projeto neoliberal que eles escolheram ao votar em
Carlos Menen. Está aí o resultado para ser apreciado pelo paladar: gatos e
sapos.
Mas
isto, evidentemente, a Globo não vai dizer. Nós é que temos de fazer isso. E
por falar em projeto neoliberal e
paladares esquisitos é bom lembrar uma noticiazinha do Jornal da Tarde da família
Mesquita, de São Paulo, de 4/9/1992.
“Mexicanos
comem mais insetos”
O
consumo de insetos comestíveis aumentou em vários estados do México (...). O
pesquisador disse que os insetos estão sendo usados para diminuir o problema da
fome e desnutrição no país. Esse fenômeno é o reflexo do programa de mudanças
econômicas do país, de orientação liberal”.
Ontem,
México, hoje, Argentina e ... graças ao Fernando Henrique, provavelmente amanhã,
Brasil. Quem é o culpado? Para Serra, Soros e a Globo tem um: Lula!
Colômbia: 85 sindicalistas mortos só em 2002
Continuando
seu importante trabalho de divulgação de informações sobre a América
Latina, a Agência Adital faz mais essa grave denúncia. Segundo a a
CUT-Colômbia, "o principal responsável por esta barbárie é o Estado,
com o Governo sob o comando do Presidente da República, Andrés Pastrana. Até
junho de 2002, o saldo de agressões contra sindicalistas foi de 85
assassinatos, 11 atentados, 9 seqüestrados, dos quais foram libertados 4 e 7
estão desaparecidos."
Estes
números mostram que independente de ser acertada ou não que forças de
esquerda, como as FARCs ou o ELN, lancem mão da luta armada, o fato é
que a repressão estatal na Colômbia atinge liberdades fundamentais. E essa
informação não chega à maioria dos trabalhadores no Brasil. Para mais
informações e participar da campanha de solidariedade aos presos políticos,
acesse a página da Agência de Informação frei Tito para América Latina:
www.adital.org.br.
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Expediente
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Coordenação:
Vito Gianotti e Sérgio Domingues
Edição: Cláudia Santiago - Mtb.RJ-14.915
Diagramação: Edson Dias Neves
Colaboraram
nesta edição: Katia
Marko, Rosângela Ribeiro Gil
e Virgínia Fontes. Caso você queira
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do NPC, por favor, responda esta mensagem escrevendo REMOVA.
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