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Boletim do
NPC —
Nº 230
— De 15 a 31/3/2013
Para
jornalistas, dirigentes, militantes
e
assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
Notícias do NPC
Domingo é Dia de Cinema
Nesta data haverá exibição do filme "O dia que durou 21 anos". O documentário, dirigido por Camilo Tavares, mostra como foi a participação dos EUA no golpe de 1964. A exibição é às 9h, no Cine Odeon, na Cinelândia. A entrada custa R$ 2,00. O debatedor é o professor da UFRJ, Carlos Fico.
Debate na Livraria Antonio Gramsci
INCT-Ineu, SENGE e NPC promovem o curso “EUA: hegemonia e imperialismo”
Estados Unidos: trajetória de desenvolvimento do país, hegemonia e imperialismo. Este é o tema de um curso intensivo que será ministrado no Centro do Rio pelo professor Reginaldo Moraes, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-Ineu). As aulas estão divididas em quatro dias: 10, 11, 24 e 25 de maio. Nas sextas-feiras, dias 10 e 24, o curso vai das 18h às 22h; nos sábados, 11 e 25, vai das 9h às 13h.
As aulas baseiam-se na exposição da história do país, desde o século XIX até os dias atuais, com apoio dos slides apresentados pelo professor. Haverá ainda um material didático que será distribuído a todos os participantes, contendo textos e roteiros e uma pequena coleção de leituras adicionais. Os tópicos abordados serão os seguintes:
1. Século XIX - os Estados Unidos como país em desenvolvimento. 2. A virada do século e a segunda revolução burguesa nos EUA: o capitalismo corporativo e as finanças. 3. Da depressão às políticas estatais anti-crise e destas à economia de guerra. 4. A idade de ouro do pós-guerra, a transnacionalização e hegemonia internacional 5. O pesadelo dos anos 1970: decadência americana? 6. A retomada neoliberal do fim do século XX. As raízes da crise atual e algumas interpretações das tendências futuras.
O curso está sendo promovido pelo INCT-INEU, em parceria com o Sindicato dos Engenheiros do Rio (Senge) e com o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC). Ele será realizado no auditório do Senge, que fica na Av. Rio Branco, nº 277, 17º andar, Cinelândia. Interessados em participar devem enviar um e-mail para boletimnpc@uol.com.br. O investimento é de R$ 30,00, o que dá direito ao material completo e a certificado.
Serviço Curso: Estados Unidos: trajetória de desenvolvimento do país, hegemonia e imperialismo Datas: 10 e 24/5 (sextas-feiras), das 18h às 22h; 11 e 25/5 (sábados), das 9h às 13h Local: Sindicato dos Engenheiros do Rio (Av. Rio Branco, 277, 17º andar, Centro) Promoção: INCT-Ineu, Senge e NPC R$ 30,00
A Comunicação que queremos
CONHEÇA OS CURSOS NPC para o ano de 2013
O NPC oferece cursos para SINDICATOS, MOVIMENTOS SOCIAIS, ONGs e todos os trabalhadores que lutam por uma sociedade justa e libertária. A partir da visão da necessidade dos trabalhadores disputarem a hegemonia nesta sociedade de classes, queremos ajudar a melhorar a NOSSA comunicação para se contrapor à mídia empresarial apresentando as nossas visões dos fatos e assim contribuir com a construção do mundo novo com que sonhamos. . Estes cursos são oferecidos em todos os estados do País para os grupos sociais que os solicitam. Servem para quem está entrando na luta e para quem já milita há muitos anos. Cada um aproveita conforme suas necessidades. As entidades e organizações que contratam os nossos cursos, que precisam ser marcados com bastante antecedência, contribuem com uma taxa fixa que é usada para manter as atividades do NPC. Esses são os cursos disponíveis: .. COMUNICAÇÃO SINDICAL 1.Comunicação Sindical e Disputa de Hegemonia – Com Vito Giannotti 2.Comunicação Sindical: Teoria e prática - Com Claudia Santiago e Vito Giannotti 3.Comunicação e Negociação - Com Dieese e NPC 4.Oratória – Arte de falar em público - Com Vito Giannotti 5.Redação Sindical e Popular - Com Claudia Santiago e Sheila Jacob 6.Novas mídias – Arthur William . HISTÓRIA DOS TRABALHADORES 1.Lutas dos Trabalhadores no Mundo (sec. XIX,XX) - Com Vito Giannotti 2.Lutas dos Trabalhadores no Brasil – (séc. XIX e XX )- Com Vito Giannotti . TEMAS VÁRIOS TRANSVERSAIS 1.Como fazer Análise de Conjuntura - Com Regis Moraes e Claudia Santiago 2.Concepção e Prática Sindical - Com Vito Giannotti 3.Gramsci – Supremacia e Hegemonia - Com Rodrigo Castelo 4.Estados Unidos – Hegemonia e imperialismo – Com Reginado Mores ... Para acessar o programa completo de cada curso, basta acessar nossa página.
De Olho Na Mídia
A farra da mídia empresarial sobre os motivos invasão do Iraque em 2003
[Por Vito Giannotti] Dez anos de invasão norte-americana no Iraque: 2003-2013. Quantos mortos? Quantos mutilados? E a destruição de casas, escolas, hospitais? Milhões de vidas arrasadas. Pra quê? Qual a razão? Os postes sabem quais as verdadeiras razões desta invasão. São duas, principais: . Garantir petróleo nas mãos das multinacionais, em sua maioria das terras do Tio Sam e garantir enormes negócios para suas empresas. . Galvanizar a opinião pública contra um inimigo comum no cenário de pós guerra-fria Mas quem sabe disso? Certamente quem se informou pela Globo, ou outras TVs parecidas nada sabem das verdadeiras causas desta invasão. Jornais e revistas da “grande mídia” dizem, diretamente ou subliminarmente, que os EUA fazem o que fazem imbuídos dos mais nobres sentimentos de levar a democracia e os valores ocidentais às regiões “incivilizadas” dos planetas. Invadem o Afeganistão para livrar o povo do país dos talibãs; destroem o Iraque para livrar os iraquianos da tirania de Saddam Husseim. Dois anos de preparação da farra
A farra dos meios de comunicação foi preparada durante dois anos e se agudizou a partir do famoso 11 de Setembro de 2001. Com este atentado o mundo inteiro passou a ser bombardeado diariamente com imagens de milhões de bandeiras norteamericana. E dá-lhe o avião batendo nas Torres gêmeas. E a locução dizia o quê? Quem fez isso? Que horror, foram os árabes, a Al queda, Bin Laden. Afinal todo árabe é um terrorista, no mínimo em potencial. Sobretudo os do Iraque, terra do ditador Saddam Hussein. E sabem o que ele quer? Dominar o mundo para escravizar todos os povos. E ele tem armas terríveis. Quais? Armas químicas, bacteriológicas e atômicas. A mídia apavorou o mundo com mentiras No mundo inteiro, as pessoas ficaram apavoradas. Na Europa, esperava-se um ataque das bombas de Saddam ou um envenenamento coletivo de tifo, varíola, peste e envenenamentos. Assim, a invasão do país passa a ser comemorada. Graças a Deus, os EUA resolveram “ocupar” aquele país de energúmenos, ou seja, de gente que tem o diabo no corpo. Mas nada aconteceu. As bombas de destruição em massa tão alardeadas pela mídia em total sintonia com o governo Bush nunca apareceram. Enquanto isso, já se vão dez anos de mortes, torturas extermínio do povo iraquiano e de enriquecimento astronômico das grandes empresas petroleiras multinacionais. Conclusão: Cadê nossa mídia? A lição é simples de entender. A mídia patronal, a mídia do capital é isso. Sem ilusões. Cadê a nossa? A batalha para construir, fortalecer, ampliar nossa mídia é central. Sem isso não haverá mudanças no país. Vamos fazer esta batalha com todos os meios. Criar nossas mídias. TODAS. E exigir duas coisas do poder/governo. Novas leis de regulamentação das comunicações e financiamentos públicos para incentivar e estimular a mídia alternativa. Mídia de “opinião”, mídia comunitária, mídia plural culturalmente e ideologicamente. Sem isso é esperar as bombas de Saddam Hussein. Nota do BoletimNPC Sobre a invasão do Iraque, veja aqui o documentário dirigido e produzido pelo jornalista Geneton Moraes Neto. . Entrevista completa com o soldado americano que escreveu uma carta pedindo perdão aos iraquianos pela invasão: http://t.co/ikDoCM1Dho . O pedido de perdão do soldado americano que invadiu o Iraque (trecho no fim do programa) é forte e faz pensar: http://t.co/ikDoCM1Dho . Sobre a cobertura da Invasão do Iraque, ler: Deus é inocente, a imprensa não. De Carlos Dorneles.
Radiografia da Comunicação Sindical
Coletivo de Mulheres da Fisenge lança tira em quadrinhos sobre assédio moral
Foi lançada no dia 8 de março, em Sergipe, a primeira tirinha da série “Histórias de Eugênia: mulher, mãe e engenheira”. A ilustração – de autoria de Pater – é uma iniciativa do Coletivo de Mulheres da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) e trará para o debate o tema “Assédio Moral”. De acordo com a diretora da mulher da Fisenge, Simone Baía, o objetivo é dar visibilidade, de maneira didática, às situações de assédio moral vividas pelas engenheiras em seu ambiente de trabalho e combater este tipo de prática. “Também vamos abordar situações familiares, como a dupla e tripla jornadas de trabalho e a divisão das tarefas domésticas”, contou Simone. Também estão programadas: a realização de um seminário e a publicação de uma cartilha sobre assédio moral. A primeira tira traz uma situação pela qual inúmeras mulheres passam em seu cotidiano. Confira a primeira tirinha em quadrinhos da série “As histórias de Eugênia: mulher, mãe e engenheira”. Imagem em alta resolução pode ser solicitada pelos e-mails: comunicação@fisenge.org.br ou fisenge@fisenge.org.br ou telefone: (21) 2533-0836
NPC Informa
Jornalista se torna réu em ação criminal por escrever crônica ficcional sobre coronelismo [Publicado em 26.03.2013 - Por Sindicato dos Jornalistas de Sergipe] Juíza reconhece que o artigo literário em primeira pessoa não tem indicação de locais, datas, cargos e não cita ninguém, mesmo assim ela recebeu a denúncia do MP que acusa o jornalista de ofender desembargador do TJ, cunhado do governador Marcelo Déda (PT). Leia mais sobre esse assunto em: http://migre.me/dRhFt
Inscrições abertas para o 2º Encontro de Blogueiros do Paraná
Estão abertas as inscrições para o II Encontro de Blogs, Redes Sociais e Cultura Digital do Paraná, que acontece entre 12 e 14 de abril. Durante os três dias de encontro, o Memorial de Curitiba será palco da discussão de temas relacionados à liberdade de expressão, à cidadania e à Internet. O #2ParanáBlogs pretende reunir blogueiros, jornalistas, ativistas digitais, comunicadores populares e cidadãos em geral. O valor da inscrição é de R$ 20 e os primeiros 40 inscritos que necessitarem de auxílio para hospedagem terão direito à hospedagem solidária da APP. Mais informações: www.blogoosfero.cc/paranablogs
Rio Grande do Sul discute financiamento para comunicação pública e comunitária
[21.03.2013 - Secom RS] O "Financiamento da Comunicação Pública" será tema do III Seminário Comunicação em Pauta, promovido pela Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital (Secom) do governo estadual do Rio Grande do Sul. O evento, que acontece nos dias 5 e 6 de abril, tem por objetivo debater propostas de financiamento e sustentabilidade para comunicação pública e comunitária no estado.
O Seminário será realizado no Hotel Continental (Largo Vespasiano Julio Veppo, nº 77, Centro, Porto Alegre). A iniciativa conta com o apoio da Fundação Cultural Piratini, da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (ABRAÇO/RS) e da Rede de TVs Comunitárias do Estado.
Veja a programação no site do evento: http://www.secom.rs.gov.br/conteudo/1229/seminario-comunicacao-em-pauta-debate-financiamento-da-comunicacao-publica-e-comunitaria
Dia Internacional pelo Direito à Verdade ainda não é oficial no Brasil
No dia 21 de dezembro de 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 24 de março como o "Dia Internacional pelo Direito à Verdade em relação às Graves Violações dos Diretos Humanos e para a Dignidade das Vítimas".
A data foi escolhida por marcar dois gravíssimos fatos ocorridos na América Latina nesta data: o primeiro, o assassinato a sangue frio do Monsenhor Oscar Arnulfo Romero, bispo de El Salvador no ano de 1980, e o segundo, o Golpe de Estado na Argentina, em 1976, que vitimou mais de 30.000 pessoas naquele país.
Em alguns países da América Latina, é proclamado feriado; em outros, um dia especial de estudos em escolas e universidades.
No Brasil, até o momento, a data ainda não é rememorada. [Texto: Comissão da Verdade - SP]
Democratização da Comunicação
MARCO REGULATÓRIO FNDC quer novo marco regulatório das comunicações
A campanha “Para Expressar a Liberdade”, puxada pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) realizará sua plenária nacional no próximo dia 19 de abril, em São Paulo, para apresentar e aprovar um projeto de iniciativa popular de uma nova legislação para as comunicações. No final do governo Lula, o então ministro Franklin Martins redigiu uma proposta de Lei dos Meios para o país¸ que se aproximava das diretrizes aprovadas na I Conferência Nacional da Comunicação. O governo Dilma nunca se manifestou sobre a proposta. Recentemente, o ministro Paulo Bernardo declarou a impossibilidade de avanços em torno de novas leis para o setor. As que existem são de 1962. “--- esse alinhamento (do governo) cada vez maior com o empresariado, por sua vez, nos aponta a necessidade de seguirmos evidenciando os objetivos da Campanha Para Expressar a Liberdade, em especial o Projeto de Lei de Iniciativa Popular com base nas diretrizes aprovadas na Confecom”, diz nota distribuída pela Campanha Para Expressar a Liberdade. Estão previstas também as datas de 26 de abril, aniversário da TV Globo, e 1º de Maio, Dia do Trabalhador, para a realização das ações de divulgação do tema da democratização da comunicação e do início de coleta de assinaturas para o projeto de lei.
Proposta de Pauta
Verbas publicitárias vão continuar beneficiando exclusivamente os grandes grupos de mídia
Os defensores dos critérios técnicos e não políticos na distribuição das verbas publicitárias do governo de novo levaram a melhor na escolha do novo secretário executivo da Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Quem assume a secretaria executiva da Secom-Presidência é o indicado pela ministra Helena Chagas, defensor da chamada mídia técnica em prejuízo da democracia. Ou seja, as grandes empresas de comunicação podem dormir tranquilas pois continuarão com seus caixas cheios de dinheiro público. As pequenas empresas de comunicação e a mídia dos movimentos sociais, por sua vez, amargarão dias difíceis. Aos que pensam, estudam e vivem a comunicação cabe a tarefa de decifrar os sinais enviados pelo governo Dilma quando define assim a sua política de comunicação.
Renato Rovai: No Brasil, a concentração hoje na comunicação é indecente
[Por Renato Rovai – 22.-3.20013] No final de 2009, mais precisamente no dia 16 de dezembro, a Secom- PR publicou uma instrução normativa nº 2. A partir daquele momento, o governo federal e seus órgãos passaram a ser regidos por essa norma em conjunto com o que prevê o decreto 6555/2008. Essa legislação é baseada num conjunto de critérios que, na opinião da diretoria da Altercom, está sendo interpretado a partir de uma lógica mercadista que não atende ao espírito público no que diz respeito ao comprometimento com a multiplicidade informativa necessária para o fortalecimento da democracia. Leia mais sobre esse assunto em: http://migre.me/dR3PT
De Olho Na Vida
Escravagistas protestam contra os direitos dos empregados
[Por Celso de Miranda] Minha mãe foi empregada doméstica quase a vida toda. Não foi a vida toda porque ela parou de trabalhar quando descobriu que tinha uma doença grave e não conseguiu mais emprego... Veio morar comigo, enquanto meu irmão correu o mundo e conseguiu que ela se aposentasse por invalidez com 50% de um salário mínimo. Ela morreria alguns meses depois disso. Minha sugestão a todo mundo que está reclamando da extensão das leis trabalhistas aos empregados domésticos: não os contrate. Se houver diminuição de oferta, deixe que eles mesmos reclamem. Outra boa saída é que quando você chegar amanhã no emprego, vá ao RH e assine um termo abrindo mão do pagamento de direitos como horas extras abonadas jornada de 44 horas e passe a viver com os mesmos direitos que eles têm hoje. E então, amigão, só então, passe a reclamar.
Vozes escravagistas contra os direitos das domésticas
[Por Sérgio Domingues] Em 26/03, o Congresso Nacional aprovou a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estende às empregadas domésticas todos os direitos dos demais trabalhadores. Raríssima medida positiva aprovada pelo parlamento em muitos anos. Exatamente por isso, recebida com alertas sobre desemprego em massa no setor. Leia mais sobre esse assunto em: http://migre.me/dSUon
Os índices exorbitantes de homicídios no Brasil
[Por Eric Nepomuceno - 21-03-2013 - publicada no jornal Página/12] Segundo dados do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, só em 2010 foram assassinadas 36.792 pessoas no Brasil, uma média de 100 por dia. Armas, narcotráfico e corrupção. Entre 2004 e 2007, ocorreram 147.343 mortes por armas de fogo. Esse número é ainda mais impactante quando comparado com o total de vítimas fatais registradas em doze países que viveram conflitos armados. Da República do Congo ao Paquistão, passando pela Somália, por territórios palestinos e por Israel foram 169.574 mortos. Esses são os dados reunidos pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, que acabam de ser divulgados em Brasília. Somente em 2010, foram assassinadas 36.792 pessoas no Brasil, uma média de cem por dia ou de quatro por hora. Uma a cada quinze minutos. Existem outros aspectos, do mapa da violência no Brasil, que chama a atenção. Se antes as mortes violentas estavam concentradas nos dois maiores centros urbanos, São Paulo e Rio de Janeiro, agora o fenômeno se nacionalizou. Com isso, o Brasil continua ocupando um lugar de destaque entre os países mais violentos do mundo, tomando como base a proporção de assassinatos para cada cem mil habitantes: 20,4 pessoas.
Os crimes do Estado de ontem e de hoje
[Por Maria Rita Kehl – 25.03.2013] Não é absurdo pensar que o Brasil, país do esquecimento fácil, do perdão concedido antes por covardia e complacência do que por efeito de rigorosas negociações, seja um país incapaz de superar sua violência social originária. Os sintomas da brutalidade consentida ressurgem nas execuções policiais que vitimam jovens nas periferias de São Paulo, nas favelas do Rio e em todas as outras grandes cidades brasileiras. Ressurge nos assassinatos de defensores da floresta e pequenos agricultores, por jagunços e policiais a mando de grandes grileiros de terras.
Imagens da Vida
Como diziam nossos antepassados... Uma foto vale mais do que mil palavras
Veja mais: . Cenas exclusivas da violência da PM no despejo da Aldeia Maracanã (RJ) https://www.youtube.com/watch?v=jxrZLuAgJo4
. Arma sônica usada pela 1ª vez contra manifestantes no Brasil https://www.youtube.com/watch?v=ngPH1nnU61o
“A memória é a garantia de nossa própria identidade”
"A mensagem da Aldeia Maracanã é clara: há coisas que não se negociam, não se vendem. Todos devem ter direito à memoria, à cultura, à identidade e à preservação de si e da sua autonomia. A transformação destes em mercadoria é inaceitável. A Aldeia era uma alternativa, uma forma de resistência contra o atual funcionamento da cidade e do estado do Rio de Janeiro. E, por isso, ela era considerada inaceitável pela atual gestão governamental." (Mensagem que circulou pelo Facebook dias após a desocupação da Aldeia Maracanã, no dia 22/03/2013, no Rio de Janeiro) Ou, como diz a filósofa Marilena Chauí, “A memória é a garantia de nossa própria identidade”.
Dicas
Espaço virtual Marcel Proust
Se a literatura está entre seus interesses, não deixe de visitar o Espaço Literário Marcel Proust. Em www.proust.net.br a produção literária dos editores do site é publicada em quatro blocos:
1."Entendendo Proust"; 2.Resenhas e Análises Literárias ( Dostoievski, Joyce, Mann, Camus, Tolstói, Miakovski); 3.Contos, Novelas e Crônicas; 4.Helenismo e Tragédia Grega. “Estamos publicando uma breve introdução sobre a ideologia daquele que foi um dos maiores romancistas épicos de todos os tempos: Liev Tolstói. O grande escritor russo tentou viver em conformidade com suas próprias ideias, na medida em que "todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo". Assim ele o fez, seguindo o ideário de seu anarquismo cristão." Publicado em www.proust.net.br/blog
De Olho No Mundo
Partidos britânicos chegam a acordo para regular imprensa.
Enquanto por aqui a palavra regulação logo é associada pelo ministro das Comunicações e pela mídia como ataque à liberdade de expressão, o berço do liberalismo regula a sua através de acordo. Diz a correspondente de O Globo, Viviam Oswald: “Após quatro meses de discussão, os três principais partidos britânicos anunciaram nesta segunda-feira um acordo para o que se tornará o novo regime de regulação da imprensa no Reino Unido, país em que os tabloides fazem especial sucesso. Caberá a um órgão independente o papel de impor multas que poderão chegar a um milhão de libras (cerca de R$ 3 milhões) ou até 1% do faturamento das empresas, além de obrigar jornais, revistas e sites de internet com conteúdo jornalístico a publicar pedidos de desculpas com destaque nas primeiras páginas sempre que considerar apropriado! Leia mais sobre esse assunto em http://migre.me/dR2GW
A regulação da mídia na Inglaterra e duas lições para a Terra de Santa Cruz
[Por Venício Lima – 26.03.2013] Há duas lições básicas para o Brasil no que vem ocorrendo na Inglaterra desde o escândalo que revelou os crimes do tabloide News of the World – relevadas, é claro, as enormes diferenças entre as duas sociedades. A primeira, específica para os que ainda não conseguem conviver com a ideia, é de que a regulação – veja só – da mídia impressa é necessária, é possível e é democrática. Ela é fundamental para que a liberdade de expressão seja de todos e não apenas de alguns poucos. Ela visa garantir direitos, e não o contrário.
A segunda lição, importantíssima, se refere ao “como” os ingleses conseguiram viabilizar a nova regulação da mídia impressa: através da negociação, do entendimento entre os seus principais partidos, da situação e da oposição, no Parlamento. Ao contrário de vizinhos nossos como a Argentina, a Venezuela e o Equador, no Brasil o principal partido no governo, o PT, tem apenas 17% dos deputados na Câmara e 17% dos senadores no Senado. Por óbvio, não tem força política para aprovar, sozinho, medidas sobre as quais já tomou posição pública – como é o caso, por exemplo, de um novo marco regulatório para as comunicações. A articulação com outros partidos é simplesmente indispensável. É preciso buscar pontos em comum e tentar vencer resistências – e interesses – que tem prevalecido nas comunicações brasileiras há décadas.
Todo esse complexo processo certamente passa pela mobilização da sociedade, inclusive de setores capazes de influenciar votos de deputados e senadores que hoje constituem a ampla aliança que governa o país.
Leia mais sobre esse assunto em: http://migre.me/dRaXo
“A televisão é feita para os fodidos”. A qualidade da TV no México. No Brasil é diferente?
[Por Jenaro Villamil, no livro “El Sexenio de la Televisa”] “A televisão é feita para os fodidos, os que não podem divertir-se de outra maneira, não para os ricos como eu que temos muitas possibilidades, nem para os que lêem revistas de crítica política, mas para os fodidos, que não lêem e aguardam que chegue o entretenimento”. Com esta filosofia arrasadora, Emilio Azcárraga Milmo, o Tigre, se defendeu nos anos oitenta diante das críticas constantes à falta de qualidade da programação da sua Televisa, a maior rede de TV mexicana.
Pérolas
Quatro frases de David Harvey sobre as Olímpíadas
1 . "É terrível o que está acontecendo no Rio de Janeiro. É um processo de acumulação por espoliação. Os jogos tem servido para isso. Todos sabem que há tempos os jogos estão a serviço da especulação imobiliária. Porque continuamos caindo nisso?"
2. "A cidade de Nova Iorque se candidatou, mas a população de lá não queria."
3. "Evidências mostram que os jogos não geram recursos, e são muitos os perdedores."
4. "Na China foram 3 milhões de pessoas deslocadas, vocês viram o que aconteceu na Grécia. Montreal ainda está pagando sua dívida. Agora a resistência precisa trabalhar para limitar os danos".
*Via Giselle Tanaka. Tradução livre a partir de fala no seminário "Marx: A criação destruidora", no último sábado, 23 de março, em São Paulo.
Por Dentro da Universidade
Boitempo na contramão da onda neoliberal
Em 2011, a Boitempo deu início a uma de suas maiores empreitadas editoriais: a tradução completa de O capital, pela primeira vez a partir da edição preparada no âmbito do projeto alemão MEGA-2 (Marx-Engels Gesamtausgabe), com tradução de Rubens Enderle. Em março de 2013 a editora lança o primeiro volume deste clássico, que veio à luz na Alemanha em 1867 e é considerado a mais profunda investigação do modo de produção capitalista e suas correspondentes relações de produção e de circulação. Marx se dedica à compreensão das categorias que constituem a articulação interna da sociedade burguesa e analisa o capital em sua relação direta com a exploração da força de trabalho assalariado. A Inglaterra, localização clássica da força de trabalho industrial, serve de ilustração para sua exposição teórica. Assim como na tradução dos Grundrisse, esse volume substitui o tradicional uso da expressão “mais valia” por “mais valor”, uma tradução teoricamente indiscutível e unânime entre pesquisadores brasileiros que trabalham dentro da tradição marxista.
Memória
Há 102 anos, em 25 de março, operários morrem em incêndio numa tecelagem em Nova Iorque
[Por Bruno Ruivo] Em 1911, em 25 de março, há 102 anos, em Nova Iorque, 129 trabalhadoras e 17 trabalhadores morreram e outras 71 ficaram gravemente feridas com o infame Incêndio na Fábrica Triangle de Corpetes (Triangle Shirtwaist Factory Fire), uma indústria de indumentárias femininas que ocupava os três últimos andares do Asch Building, na esquina de Greene Street e Washington Place na cidade de Nova Iorque. O "Triangle Shirtwaist Factory Fire" foi a um só tempo o terceiro desastre mais mortal da História de Nova Iorque, um das maiores tragédias operárias da pródiga virada do século XIX para o XX nos EUA, e verdadeiro divisor de águas do movimento feminista norte-americano. Clique aqui para ler o texto competo.
Artigos
Discovery exibe produção brasileira “A Rede Condor”
[O então presidente da Republica Emílio Garrastazu Médici e o futuro, Ernesto Geisel: papel do Brasil na montagem da operação foi comprovado] [Publicada em 25.03.2013] No especial A REDE CONDOR, que foi exibido domingo, 24 de março, às 21h30, a produção brasileira exibida pelo Discovery revela os bastidores desta sangrenta operação que perseguiu, torturou e assassinou centenas de milhares de pessoas e na qual o Brasil teve participação decisiva. Os depoimentos de historiadores, investigadores, jornalistas e presos políticos trazem detalhes de como se formou e atuou esta rede de cooperação, desde seu início em reuniões secretas entre altos líderes militares até serem colocados em prática atos de extermínio. Para saber mais sobre a produtora do filme, a brasileira Mixer, clique aqui. http://www.mixer.com.br/. A direção é Daniel Billio e a direção geral de Rodrigo Astiz.
A mídia e o papa
[Por Celso Vicenzi - 21.03.2013 -] Nos últimos dias o noticiário sobre a eleição do novo papa tomou conta da mídia brasileira. Entre o ufanismo inicial e o (quase) desapontamento final, seguem algumas observações. Leia na nossa página: http://migre.me/dMoa1
O PT deveria pedir a cabeça de Paulo Bernardo
[Por Breno Altman - 21.03.2013] As declarações do ministro das Comunicações, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo” no dia 19/3, constituem afronta à disciplina partidária. Sempre ausente nos debates organizados pelo PT e os movimentos sociais sobre o marco regulatório de sua área, Paulo Bernardo decidiu recorrer a um jornal adversário de seu partido para atacar publicamente resolução do diretório nacional da agremiação, em um tom de quase escárnio. Leia na nossa página: http://migre.me/dMrJU
Marco das comunicações é questão de Estado
[Publicado em 26.02.2013 - Por Instituto Telecom] Governo ignora reivindicação histórica da sociedade civil por um Marco Regulatório para as Comunicações, sob a frágil justificativa de que não há mais tempo em ano pré-eleitoral. Leia na nossa página: http://migre.me/dRe07
“Hoje esse silêncio vai ter que acabar, custe o que custar”
[Publicado em 27.03.2013 - por Patrick Mariano, especial para o Viomundo] Vivemos tempos estranhos. Alguns filmes fazem propaganda de métodos de tortura e recebem o aplauso de parte crítica. Alguns presidentes constroem atos legislativos que permitem a tortura e autorizam seu uso como prática institucionalizada. Leia na nossa página: http://migre.me/dSVia
Leandro Fortes: O nazijornalismo do CQC
[Publicado em 27.03.2013 - por Leandro Fortes, em Carta Capital] "Dar um microfone a uma criança, ou usá-la como instrumento pérfido de manipulação, como fez o CQC com José Genoíno, não faz dela um repórter – e, provavelmente, não irá ajudá-la a construir um bom caráter. É um crime". Leia na nossa página: http://migre.me/dSVoB
Expediente
Núcleo Piratininga de Comunicação
Rua Alcindo Guanabara, 17, sala 912 - CEP 20031-130 Tel. (21) 2220-5618www.piratininga.org.br / npiratininga@uol.com.br Coordenação: Vito Giannotti Redação: Sheila Jacob Edição: Claudia Santiago Web: Luisa Souto
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do NPC, por favor, responda esta mensagem escrevendo REMOVA.
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